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quarta-feira, 15 de setembro de 2021

O desenvolvimento da orientação profissional no Brasil

Origem

  •  prática cujos objetivos estavam diretamente ligados ao aumento da eficiência industrial
  • origens situadas na Europa do início do século XX - criação do Centro de Orientação Profissional de Munique, no ano de 1902
O marco oficial de início da Orientação Profissional situa-se entre os anos de 1907 e 1909, com a criação do primeiro Centro de Orientação Profissional norte-americano, o Vocational Bureau of Boston, e a publicação do livro Choosing a Vocation, ambos sob responsabilidade de Frank Parsons (Carvalho, 1995; Rosas, 2000; Santos, 1977; Super & Bohn Junior, 1970/1976)

Parsons definia três passos a serem seguidos durante o processo de Orientação Profissional: 
  1. a análise das características do indivíduo, 
  2. a análise das características das ocupações 
  3. o cruzamento destas informações. 
Desta forma, a Orientação Profissional baseava-se na promoção do autoconhecimento e no fornecimento de informação profissional.

Nas décadas de 1920 e 1930...
  • a Psicologia Diferencial e a Psicometria passaram a influenciar fortemente a prática da Orientação Profissional
  •  A Orientação Profissional passou a ser um processo fortemente diretivo, em que o orientador tinha como objetivos fazer diagnósticos e prognósticos do orientando e indicar ao mesmo profissões ou ocupações apropriadas.
Na década de 1940...
  • Rogers (1942) lançou as bases de sua Terapia Centrada no Cliente, que aproxima os conceitos de Psicoterapia e Aconselhamento Psicológico e valoriza a participação do cliente no processo de intervenção, que passa a ser nãodiretivo. 
  • As idéias de Rogers influenciaram enormemente a Psicologia, a Psicoterapia, o Aconselhamento Psicológico e a Orientação Profissional da época, tendo sido um importante marco de transformação das práticas de Orientação Profissional.
A partir da década de 1950...
  • surgem diversas teorias sobre a escolha profissional
  • Em 1951 foi publicado o livro Occupational Choice, de Ginzberg , Ginsburg, Axelrad e Herma  que trouxe à luz a primeira Teoria do Desenvolvimento Vocacional, em que a escolha profissional não é um acontecimento específico que ocorre num momento determinado da vida, mas é um processo evolutivo que ocorre entre os últimos anos da infância e os primeiros anos da idade adulta.
  • 1953 foi publicada a Teoria do Desenvolvimento Vocacional de Donald Super . Tal teoria definiu a escolha profissional como um processo que ocorre ao longo da vida, da infância a velhice, através de diferentes estágios do desenvolvimento vocacional e da realização de diversas tarefas evolutivas.
  • Em 1959, foi publicada a Teoria Tipológica de John Holland -s interesses profissionais são o reflexo da personalidade do indivíduo e, sendo assim, podem servir de base para a definição de diferentes tipos de personalidade, cujas características definem diferentes grupos laborais e correspondem a diferentes ambientes de trabalho.
  • nas décadas de 1950 e 1960, foram publicadas Teorias Psicodinâmicas da escolha profissional, baseadas fundamentalmente na Teoria Psicanalítica e na Teoria de Satisfação das Necessidades, e Teorias de Tomada de Decisão, mais preocupadas com o momento da escolha do que com processo em si

Orientação Profissional no Brasil..
  • Nasceu na década de 1920, a Orientação Profissional brasileira pautou-se pelo modelo da Teoria do Traço e Fator; isto é, pelas idéias de que o processo de Orientação Profissional é diretivo e o papel do orientador profissional é o de fazer diagnósticos, prognósticos e indicações das ocupações certas para cada indivíduo, o que foi feito, desde o início, com base na Psicologia Aplicada, especialmente na Psicometria.
  • marco de origem a criação, em 1924, do Serviço de Seleção e Orientação Profissional para os alunos do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, sob responsabilidade do engenheiro suíço Roberto Mange (Carvalho, 1995; Rosas, 2000; Santos, 1977).
  • nasceu ligada à Psicologia Aplicada, que vinha desenvolvendo-se no país, na década de 1920, junto à Medicina, à Educação e à Organização do Trabalho (Antunes, 1998; Carvalho, 1995; Massimi, 1990; Rosas, 2000).
  • Nas décadas de 1930 e 1940, a Orientação Profissional ligou-se à Educação. 
  • Em 1934, foi introduzida no Serviço de Educação do Estado de São Paulo, por iniciativa de Lourenço Filho (Freitas, 1973). 
  • No ano de 1942, a lei Capanema, sobre a organização do ensino secundário, estabeleceu a atividade de Orientação Educacional e atribuiu a ela o auxílio na escolha profissional dos estudantes (Lourenço Filho, 1955/1971a).
  • Deu um grande salto de desenvolvimento a partir da década de 1940
  • 1944, foi criada a Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, que estudava a Organização Racional do Trabalho e a influência da Psicologia sobre a mesma (Freitas, 1973; Instituto Superior de Estudos e Pesquisas: ISOP, 1990)
  • Em 1945 e 1946, ofereceu, com o auxílio do governo brasileiro, o curso de Seleção, Orientação e Readaptação Profissional, ministrado pelo psicólogo e psiquiatra espanhol Emílio Mira y López (Freitas, 1973; Rosas, 2000) O objetivo de tal curso foi a formação de técnicos brasileiros nestas áreas de atuação. 
  • Em 1947, foi fundado o Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP), junto à Fundação Getúlio Vargas na cidade do Rio de Janeiro, instituto que reuniu técnicos e estudiosos da Psicologia Aplicada, muitos deles formados pelo curso ministrado por Mira y López, que foi seu primeiro diretor (Carvalho, 1995; Freitas, 1973; ISOP, 1990; Rosas, 2000; Seminério, 1973).
  • a década de 1960, as mudanças ocorridas na Orientação Profissional e as críticas à Teoria do Traço e Fator, que despontavam no ambiente internacional desde a década de 1940, eram conhecidas no Brasil (Scheeffer, 1966). No entanto, a mudança de paradigma da Orientação Profissional brasileira seguiu um caminho diverso e se baseou em referenciais teóricos próprios.
  • A Orientação Profissional brasileira realizada por psicólogos foi influenciada diretamente pela Psicanálise e, especialmente, pela Estratégia Clínica de Orientação Vocacional do psicólogo argentino Rodolfo Bohoslavsky (1977/1996), introduzida no Brasil na década de 1970 por Maria Margarida de Carvalho (1995; 2001).
Objetivos do ISOP em 1947...
  •  o desenvolvimento de métodos e técnicas da Psicologia Aplicada ao Trabalho e à Educação, o que foi feito principalmente através da adaptação e da validação de instrumentos psicológicos estrangeiros e da criação de instrumentos psicológicos brasileiros; o atendimento ao público através dos processos de Seleção e Orientação Profissional; e a formação de novos especialistas (Freitas, 1973; ISOP, 1990; Seminério, 1973). 
  • No ano de 1948, foi oferecido o primeiro curso de formação em Seleção e Orientação Profissional pelo ISOP, cuja aula inaugural foi proferida por Lourenço Filho (Lourenço Filho, 1971b). 
  • Em 1949, o ISOP passou a publicar a revista Arquivos Brasileiros de Psicotécnica, que veiculava muitas das pesquisas realizadas dentro da própria instituição (Freitas, 1973; Instituto Superior de Estudos e Pesquisas Psicossociais, 1990; Lourenço Filho, 1955/1971a). 
  • Entre as décadas de 1940 e 1960, o ISOP foi referência não só para os modelos de Seleção e Orientação Profissional, mas também para o desenvolvimento da Psicologia brasileira, principalmente da Psicometria.

O desenvolvimento da Psicologia enquanto ciência independente e área de atuação profissional...
  •  culminou com a promulgação da Lei 4.119 de 27 de agosto de 1962 (Brasil, 1962), que criou os cursos de formação em Psicologia e regulamentou a profissão de psicólogo, exerceu importante influência nos rumos da Orientação Profissional no Brasil. 
  • Em primeiro lugar, o desenvolvimento dos cursos de graduação em Psicologia levou a uma gradativa modificação dos objetivos do ISOP, que, no ano de 1970, tornouse um órgão normativo da Psicologia:
    •  teve o nome alterado para Instituto Superior de Pesquisa Psicológica;
    •  ampliou seu campo de interesses;
    •  parou de prestar atendimento ao público; 
    •  passou a realizar a formação de especialistas, docentes e pesquisadores em nível de pós-graduação (Freitas, 1973; ISOP, 1990).
  • modificou os objetivos do ISOP
  • Influenciou a Orientação Profissional ao vincular esta atividade à Psicologia Clínica e ao transferir o processo de intervenção para consultórios particulares (Carvalho, 1995; Melo-Silva & Jacquemin, 2001; Rosas, 2000)
  • Com a abertura do Serviço de Orientação Profissional (SOP) da USP, no ano de 1970, houve a necessidade de adaptação do processo de Orientação Profissional oferecido por este órgão devido a grande demanda. Nestas condições, Carvalho propôs os processos grupais como forma de supri-la, como alternativa ao modelo psicométrico e como forma de promoção da aprendizagem da escolha.
  •  processo de intervenção grupal desenvolvido por Carvalho deram origem a um modelo brasileiro de Orientação Profissional, que vem sendo largamente utilizado até os dias de hoje por todo o país.
  • De acordo com Carvalho (2001), este modelo de Orientação Profissional, baseado na Psicologia Clínica, na Psicanálise e em Teorias de Dinâmica de Grupo, assemelha-se à Terapia Breve Focal, cujo foco de trabalho é a escolha profissional.
A Estratégia Clínica de Orientação Profissional foi desenvolvida por Bohoslavsky (1977/ 1996)
  • foi influenciada pela idéia de nãodiretividade da Terapia Centrada no Cliente de Rogers, pela Psicanálise da Escola Inglesa, especialmente por Melanie Klein, e pela Psicologia do Ego norte-americana
  • A entrevista clínica aparece como o principal instrumento durante o processo de orientação e a primeira entrevista tem por objetivo alcançar o diagnóstico de orientabilidade

Atualmente, dois testes projetivos vêm sendo estudados no Brasil com o objetivo de servir como instrumento para o diagnóstico de orientabilidade
  1. o Teste de Fotos de Profissões (BBT) 
    • pretende clarificar inclinações profissionais com base em oito fatores de inclinação profissional definidos previamente (Achtnich, 1979/1991; Jacquemin, 1982; Jacquemin, 2000; Jacquemin, Melo-Silva & Pasian, 2002).
    • é composto por cerca de cem fotos de pessoas exercendo atividades profissionais e cada foto é identificada por dois fatores, um primário, que corresponde à função ou atividade representada, e um secundário, que corresponde ao ambiente profissional representado. 
    • permite a clarificação da inclinação profissional do orientando

       2.  o Teste Projetivo Ômega (TPO)
    • sendo bastante estudado por Inalda Oliveira no curso de Psicologia da Faculdade de Filosofia do Recife (FAFIRE)
    •  é um teste de apercepção temática que foi criado em 1966 no Departamento de Psicologia da Universidade do Rio de Janeiro e seu autor é João Villas-Boas Filho (Villas-Boas Filho, s.d.; Oliveira, 1997, 2002).
    • É composto por quatro cartões estímulos que representam conflitos básicos da dinâmica da escolha.
    •  Seu uso auxilia no entendimento dinâmico dos conflitos relacionados ao processo de escolha profissional do orientando. 
Ambos os testes são comercializados, o BBT pelo Centro Editorial de Testes e Pesquisas em Psicologia e o TPO pelo Centro de Psicologia Aplicada (CEPA).

 Tipologia de Holland.
  • Armando Marocco na Universidade do Vale dos Sinos (UNISINO), no Rio Grande do Sul, adaptou para o Brasil um instrumento canadense baseado na teoria de Holland: o Teste Visual de Interesses, de Tétreau e Trahan (Marocco, Tétreau & Trahan, 1984)
  • O TVI é um teste não-verbal para medida de interesses, composto por 102 diapositivos de atividades profissionais que representam os seis tipos de personalidade do modelo de Holland. 
  •  Tal instrumento também é baseado na teoria de Holland e prevê que quanto mais indiferenciado o perfil tipológico do orientando, maior sua indecisão vocacional.
o Paradigma Ecológico em Orientação Profissional  de Jorge Sarriera
  • o ambiente é tão importante quanto o indivíduo no processo de escolha profissional, já que esta ocorre na relação do indivíduo com o meio sócio-cultural em que está inserido.
  •  O objetivo da Orientação Profissional é o de prover o orientando de habilidades pessoais que o permitam enfrentar as demandas ambientais no momento de transição entre a escolha e o mundo do trabalho;
  •  é a promoção de comportamentos adaptativos.
Desde 1942, com a promulgação da lei Capanema, a Orientação Educacional foi incluída nas escolas e a ela foi incumbida a tarefa de auxiliar a escolha profissional dos alunos (Lourenço Filho, 1955/1971a).
  • foi com a promulgação da Lei 5.692 de 11 de agosto de 1971, que determinou as novas diretrizes e bases para os ensinos de primeiro e segundo graus, que a Orientação Educacional e o Aconselhamento Vocacional, sob responsabilidade dos Serviços de Orientação Educacional (SOE), tornaram-se obrigatórios nas escolas (Brasil, 1971). 
  • Esta lei tornou a profissionalização no segundo grau obrigatória e determinou a sondagem de aptidões no primeiro grau.
A partir da década de 1980...
  •  alguns autores no âmbito da Educação começaram a teorizar sobre os processos de escolha e Orientação Profissional
  • Celso Ferretti e Selma Pimenta passaram a tecer uma série de críticas às teorias psicológicas de escolha profissional com base no agrupamento de tais teorias feito por John Crites (1969/1974). 
    • Ferretti (1980;1988)...
      •  apontou a função ideológica de manutenção da sociedade de classes capitalista subjacente às teorias psicológicas da escolha profissional 
      •  propôs um novo modelo de Orientação Profissional dentro do processo de ensino-aprendizagem, capaz de suplantar tal ideologia. 
      • O objetivo do seu modelo é a reflexão sobre o próprio processo de escolha profissional e sobre o trabalho.
Silvio Bock (2002)..

  • propôs uma nova abordagem de Orientação Profissional que definiu como além da crítica e chamou de Abordagem Sócio-histórica. 
  • Sua base teórica são as idéias de Vygotsky de que o indivíduo desenvolve-se através de uma relação dialética com o ambiente sócio-cultural em que vive. 
  • Tal abordagem tem um cunho educativo e visa a promoção de saúde, conforme o proposto por Ana Bock (Bock & Aguiar, 1995).
Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, atual lei das diretrizes e bases da Educação nacional
  •  ensino médio continua a ter como um de seus objetivos a preparação básica para o trabalho. 
  •  o ensino médio não possui mais o objetivo de profissionalização.
  •  O ensino profissionalizante de nível médio aparece apenas na condição de curso continuado; isto é, não substitui o ensino médio regular, apenas o complementa (Brasil, 1996). 
  • Segundo Uvaldo & Silva (2001), esta lei oferece mais abertura para a criação de projetos de Orientação Profissional integrados no currículo escolar.
  •  Esta idéia está em conformidade com a tendência internacional dos programas de Educação de Carreira, programas de cunho pedagógico realizados pela escola que pretendem capacitar os estudantes para a transição entre a escola e o mundo do trabalho dentro da nova ordem sócio-econômica mundial (Guichard, 2001).

Em 1993, foi fundada a Associação Brasileira de Orientadores Profissionais (ABOP) durante o I Simpósio Brasileiro de Orientação Vocacional Ocupacional (Carvalho, 1995; Lisboa, 2001; Melo-Silva & Jacquemin, 2001; Soares, 1999)...
  • foi criada com os objetivos de unificação e desenvolvimento da Orientação Profissional no Brasil. 
  •  vem promovendo simpósios nacionais bienais. 
  • O último ocorreu na cidade de Valinhos, São Paulo, em 2001. 
  • O próximo ocorrerá na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, neste ano de 2003. 
  • Em 1997, foi publicado o primeiro número da Revista da ABOP, cujo quarto e último número foi publicado em 1999 e cuja revitalização é de suma importância para o desenvolvimento da Orientação Profissional em nosso país.
No Brasil, a Orientação Profissional pode ser realizada por psicólogos e pedagogos, mas infelizmente, como afirmou Soares (1999), a formação de orientadores profissionais brasileiros ainda não possui regulamentação ou lei que determine conteúdos mínimos a serem ministrados.
  • Uma das conseqüências desta situação foi a não inclusão da Orientação Profissional no rol de especialidades para psicólogos, de acordo com as determinações da Resolução 014/00 do Conselho Federal de Psicologia, que dispõe sobre o título de profissional especialista em Psicologia (Conselho Federal de Psicologia, 2000). 
  • Na prática, psicólogos e orientadores educacionais podem exercer a atividade de Orientação Profissional sem qualquer formação específica na área, o que, infelizmente, retarda o seu desenvolvimento e a desqualifica.
  • é importante ressaltar que a influência peculiar da Psicologia Clínica e da Psicanálise em nosso meio, que leva muitas vezes à equiparação dos processos de Orientação Profissional aos processos de Terapia Breve Focal, merece ser futuramente estudada com maior rigor.

Referências:
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902003000100002



















segunda-feira, 13 de setembro de 2021

A Orientação Profissional e a Crise na Adolescência

  • identifica as principais influências dos adolescentes em seus processos de escolha profissional
  • como as principais fontes de informações e suas percepções com relação à importância de uma orientação profissional adequada. 
  • avaliou-se o nível de ansiedade apresentado por cada aluno durante este processo de escolha
  • pretende demonstrar a importância da orientação profissional, especialmente no período da adolescência
A adolescência...
  • fase do desenvolvimento humano que se encontra entre a infância e a fase adulta
  • ocorrem transformações de ordem física, psíquica e social
  • o adolescente vivencia diversas experiências e escolhas que envolvem toda sua expectativa de vida.
  • Finaliza o ensino Médio.
  •  o adolescente se vê diante da possibilidade de escolher continuar os seus estudos (mediante ingresso em curso técnico ou superior) ou ingressar no mercado de trabalho. 
  • precisa definir o seu futuro e buscar a sua independência
  • sofre uma forte influência da sua família e dos seus companheiros
  • a família projeta seus desejos e expectativas
  • abarcam todo o mundo emocional e intelectual do indivíduo, assim como sua vida social.
  •  Sparta e Gomes (2005) afirma que“não só fisiológicas, cognitivas e psicológicas, mas também em relação aos papéis sociais a serem assumidos pelo indivíduo”
Principais influências dos adolescentes em relação à escolha profissional
  • os temores e expectativas dos mesmos com relação ao ingresso no curso superior; 
  • os meios apresentados e/ou buscados pelos adolescentes para sanar suas dúvidas com relação a suas opções e a quantidade de informações específicas disponíveis para os adolescentes
  • Santos (2005 apud BECKER; BOBATOet al., 2012) explica que:
    • os fatores que influenciam o jovem podem variar desde suas características individuais a suas convicções políticas e religiosas, passando por seus valores e crenças, sua situação político-econômica, a família e seus pares. 
    • Dessa maneira, conhecer todos esses aspectos se faz tão importante quanto o conhecimento de si, visto que, ao refletir sobre tais influências, os jovens podem desenvolver uma visão crítica que dê espaço a identificação dos pontos positivos e negativos que direcionam suas escolhas. 
    • a literatura aponta a família como um dos principais fatores que podem tanto facilitar como dificultar o processo de escolha do adolescente com isso, o indivíduo acaba, inevitavelmente, fazendo uma escolha com base nos valores de sua família
  • Almeida e Pinho (2008, p. 173) apontam que:
    •  a família como o principal elemento que pode tanto ajudar quanto dificultar a escolha profissional. 
    • O processo de orientação profissional pode analisar e trabalhar estas influências de várias maneiras, de forma a ajudar o adolescente a entendê-las para assim poder utilizá-las de maneira consciente em sua tomada de decisão
    • na escolha da profissão, além dos interesses e aptidões do indivíduo, importará a forma como ele vê o mundo e como vê a si próprio. 
    • importará as informações que ele  detiver sobre as profissões existentes no mercado de trabalho e as influências recebidas do seu meio. 
    • A influência da família poderá ser exercida de forma mais expressa ou de forma mais discreta e manipuladora. 
    • Ao nascer, já trazemos conosco uma enorme expectativa por parte da família, visto que nossos pais ou criadores, via de regra, depositam seus sonhos em nós.
  •  Filho (2002 apud BECKER; BOBATOet al., 2012) explica que:
    •  ao se identificar com alguém por meio de sua ocupação, o adolescente cria expectativas e estereótipos com relação àquela profissão. 
    • Os amigos, por outro lado, teriam relação com a questão social e de status.
A Orientação Profissional ou Vocacional realizada pelo Psicólogo
  • Dá suporte ao indivíduo que não consegue decidir quanto a sua carreira profissional e que apresentam dúvidas quanto ao que querem ser e qual caminho deve seguir.
  • Abrange desde o aconselhamento do indivíduo até a sua escolha profissional
  • Auxilia-o para um autoconhecimento e desenvolvimento de interesses, aptidões e domínios.
  •  O serviço de orientação profissional ajuda ao sujeito a tornar-se cidadão, a encontrar sua identidade profissional, estruturando também sua identidade pessoal, permitindo assim um projeto de vida permeado de responsabilidade.
Pressupostos necessários à prática da Orientação profissional:
  • deve estar ciente do papel a desempenhar e de sua responsabilidade com o sujeito.
  • consolidar a relevância das políticas públicas que possam acompanhar e fiscalizar os serviços prestados de orientação, que precisam estar de acordo com as orientações da Associação Brasileira de Orientação Profissional (ABOP).
  • Pode ser feito por equipe muldisicplinar mas é preciso ressaltar que é exclusivo apenas ao psicólogo a aplicação de testes e avaliações psicológicas
  • sugerir aos pais trabalhem numa relação de colaboração junto aos psicólogos, podendo de fato contribuir para o desenvolvimento vocacional dos seus filhos, prestando-lhes um apoio mais qualificado.
Para Silva, Oliveira e Coelho (2002)...

  • ... ao profissional da orientação profissional caberá guiar o adolescente nesse difícil processo de conscientização de suas próprias necessidades, dando-lhe a oportunidade de conversar sobre suas dificuldades, sobre os obstáculos encontrados, as apreensões, medos, dúvidas, interesses, aptidões e desejos.
Para Ferretti (1997 apud NEPOMUCENO; WITTER, 2010)...
  • ...  hoje em dia a orientação profissional é uma intervenção onde o orientador minimiza os fatores que dificultam a decisão profissional e objetiva auxiliar a pessoa em sua escolha de maneira que realize uma opção ocupacional adequada para si.
Para Rocha (2010 apud NORONHA; AMBIEL et al., 2010)...
  • ... durante o processo de orientação profissional, a pessoa é levada a conhecer suas características pessoais, em especial seus interesses, escolhas, valores, personalidade, aptidões, motivações e perspectivas de carreiras
A Orientação Profissional e a Crise na Adolescência.
  • Lisboa (1997 apud ALMEIDA; PINHO, 2008) explica que a identidade ocupacional está diretamente ligada à identidade pessoal e ambas abrangem todas as identificações feitas pelo adolescente durante sua vida.
  • Conger e Petersen (1984 apud ALMEIDA;PINHO, 2008) afirmam que a constituição da identidade ocupacional é uma das principais tarefas desenvolvimentais da adolescência. 
  • em meio a toda a crise vivida na adolescência, os jovens de hoje têm que construir sua identidade ocupacional
  • Hirt e Raitz (2010, p. 22-23) afirma que as influências presentes na escolha da profissão envolve:
    • o lugar da residência, 
    • o sexo, 
    • passa pela ocupação dos pais, 
    • pelo salário oferecido,
    • o status, dentre outros.
  • Lucchiari (1993 apud NORONHA; AMBIEL; FRIGATTO, 2010, p. 3), afirma que tal processo exige um nível de autoconhecimento que em alguns casos pode propiciar um desconforto.
  • Nepomuceno e Witter (2010) afrma que a escolha de uma profissão é uma das decisões mais sérias da vida de alguém, visto que ela irá determinar, de certa maneira,o destino da pessoa, assim como seu estilo de vida, a sua educação e até o tipo de pessoas com quem irá conviver no trabalho e na sociedade. Segundo os mesmos autores, a principal dificuldade ainda é desfazer os mitos que rondam as profissões e informar aos jovens sobre as profissões, as carreiras, as possibilidades de cursos técnicos e superiores e sobre o mercado de trabalho com informações concretas e atualizadas.
 Referências:

Artigo de Adriana Carla de Britto Silva; Vivian Maria Bezerra Melo; André Fernando de Oliveira Fermoseli. 

domingo, 29 de agosto de 2021

A Orientação Profissional e as Transformações no Mundo do Trabalho

 A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL...

  • Suas práticas surgem a partir da criação dos Centros de Orientação Profissional na Europa e nos Estados Unidos, na primeira década do século XX.
  • pretendia identificar trabalhadores inaptos para determiandas tarefas industriais a fim de evitar acidentes de trabalho e garantir produtividade.
  • nasceu para resolver problemas práticos na sociedade industrial
Características da Sociedade capitalista ocidental...
  • Bíblia - trabalho definido como castigo divino imposto aos homens por desobediência a Deus.
  • Antiguidade Clássica - o trabalho era para escrevos - desvalorização do trabalho
  • Idade Média - trabalho cabia aos servo dos senhores feudais, donos a terra e do poder e o trabalho era realizado em família; o trabalho ainda era visto como castigo e sofrimento.
  • Idade Moderna - surgem profundas transformações sociais, culturais, científicas e econômicas trazendo um novo conceito de trabalho: na religião surge o conceitod e que trabalho é salvção e virtude, passando a condenar o ócio.
  • O Renascimento Cultural promoveu o desenvolvimento das artes e da ciência e contribuiu com a ideia do trabalho como libertação.
  • As Grandes Navegações e o Mercantilismo trouxeram o desenvolvimento do comércio e promoveram a ascensão da burguesia enquanto classe social. 
  • Iluminismo vieram avanços científicos e tecnológicos inovadores.
  • Desenvolvimento da Sociedade Industrial:
    • Primeira Revolução industrial - Adam Smith e o Liberalismo Econômico,centrada na produção em larga escala onde artesão e agricultores passama  vender sua força de trabalho em troca de salários. (final do Se´c. XVIII)
    • Segunda Revolução Industrial -  Carl marx e friedrich Engels apontaram as perversidades das relações de trabalho na sociedade industrial., defendendo a ideia de lutas de classes na luta por direitos e garantias sociais ao trabalhador industrial assalariado. (final do séc. XIX)
    • terceira Revolução Industrial - desenvolvimento da automação, a fim de aumentar a produção e reduzir o trabalho e criar linahs de montagem na indústria automobilística. Mvimento taylorista-fordista. 
      • A Orientação Profissional nasceu como prática neste contexto sócio-econômico;
      • A Orientação Profissional caracteriza- se, neste momento, como atividade diretamente vinculada à indústria e à ordem sócio- econômica vigente, com o objetivo de garantir o aumento da produtividade industrial. 
      • A Orientação Profissional, que nasceu como uma prática cujo objetivo era garantir a eficiência industrial, foi influenciada pela Psicologia Diferencial e pela Psicometria nascentes (Brown & Brooks, 1996; Carvalho, 1995; Super & Bohn Jr., 1970/1976)
      • desevolveu-se  a Teoria do Traço e Fator, que passou a servir como paradigma para a realização de processos de Orientação Profissional baseados na utilização de testes de aptidões, habilidades e interesses e cujo baluarte era o ajustamento do homem à ocupação, com vistas na excelência da eficiência industrial.
      • A formação dos orientadores profissionais residia na aprendizagem de técnicas para a avaliação de características do indivíduo e no acesso a descrições das diversas ocupações do mundo laboral da época.
      • O foco desta atividade era a busca da eficiência através do ajustamento da pessoa à função, a partir da avaliação das habilidades e competências, independentemente da autopercepção do sujeito quanto aos seus interesses e perspectivas de satisfação e auto-realização.
  • Segunda metade do séc XX
    • Decadência da sociedade industriial e revalorização da criatividade.
    • Orientação profissional toma novos rumos.
    • Influência da Terapia Centrada no cliente (Carls rogers) no que diz respeito...
      •  ao papél do sujeito na orientação profissional; 
    • a ideia de que a escolha profissional é um processo integrado ao desenvolvimento vital do sujeito (Teorias Evolutivas) 
  • O foco da Orientação Profissional transferiu-se da produção resultante para o sujeito de escolha, sendo a eficiência e a produtividade tomadas como conseqüências naturais de uma escolha adequada, centrada na satisfação e nos sentimentos de realização do indivíduo.

A sociedade capitalista atual é pautada...
  • pelo aumento do setor terciário ou de serviços;
  • pela globalização da economia;
  • pelo modelo enxuto de empresa;
  • pelo uso de tecnologias de ponta, como eletrônica, telecomunicações,informática, biotecnologia; pela altaprodução de bens não-materiais, como serviços,informação, educação, estética.
Surgem ocupações novas e vão desaparecendo ocupações novas...
  • Estas mudanças no mundo do trabalho geram instabilidade e exigem do trabalhador uma série de novas habilidades para a empregabilidade, como flexibilidade, polivalência, capacitação tecnológica, adaptabilidade.
  • Valorização da flexibilidade da produção e das relações de trabalho, que passaram a ser guiados pelas flutuações do mercado de consumo;
  • Nova ordem econômica enfraquece as lutas de classe e organizações sindicais e fortalece o individualismo.
  • Espera-se cada vez mais do trabalhador e se oferece cada vez menos a ele.
  • O trabalhos vinculado a qualidade de vida mantém cada vez mais , a maioria dos indivíduos a margem do processo produtivo.
  • Tudo isso afeta a Orientação profissional no que diz respeito a sua postura ética frente as novas configurações da sociedade capitalista contemporânea.
  • surge o fenômeno do desemprego estrutural que vem assolando o país.
O papel que o orientador profissional brasileiro...
  • orientar este jovem para que possa avaliar criticamente a sociedade contemporânea e assumir uma postura
  • ética de comprometimento social, tornando-se um agente de mudança.
  • promover uma reflexão crítica e ética sobre o compromisso social implicado nas escolhas profissionais dos indivíduos, assumindo um papel de agente de mudança social
  • A Orientação Profissional tem um importante papel na construção da sociedade pós-industrial
Passos a seguir pelo Orientador Profissional:
  1. é importante apontar a necessidade de que o orientador profissional possua uma fundamentação teórica sólida, que embase seu trabalho prático (Lassance, 1999).
  2. é necessário que o orientador profissional conheça as mudanças atuais no mundo do trabalho e oriente o jovem para as incertezas e instabilidades que dela advêm (Jenschke, 2001; Lisboa, 2000, 2002).
  3. é imprescindível que o orientador profissional aceite o caráter político e ideológico do seu trabalho e o compromisso social a ele inerente (Lassance, 1997; Lisboa, 2000, 2002; Luna, 1997; Sarriera, 1998).
    • Orientação Profissional, cujo foco deixou de ser a produção e passou a ser o indivíduo, sujeito de escolha.
    Referências:
     Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902003000100003
















    Orientação Profissional no Brasil: uma revisão Histórica da Produção Científica

    •  panorama da história da Orientação Profissional no Brasil
    • Orientação Profissional em grupo 
    • identificação dos principais referenciais teóricos e metodológicos que sustentam as práticas de Orientação Profissional no Brasil.
    • destaca que a ciência não é produzida de forma alheia ao contexto político, social e econômico.
    A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL

    Século XX - Modalidade de Orientação Profissional estritamente psicométrica

    Década de 20:
    • Aplicação da Psicologia nas relações de trabalho.
    • regulamentação dos cursos destinados à profissionalização para o comércio, indústria e agricultura.
    • 1924 -  primeira experiência de aplicação sistemática da Psicologia à organização do trabalho, com o objetvo de selecionar alunos para o Curso de Mecânica Prática.
    Década de 30:
    • 1930 - empresas ferroviárias criaram o Curso de Ferroviários de Sorocaba e o Serviço de Ensino e Seleção Profissional da Estrada de Ferro Sorocabana. 
    • cenário político-econômico brasileiro era composto pelo governo ditatorial de Getúlio Vargas (1930-1945) e pela mudança de um modelo de economia agrário-exportadora para uma economia urbano-industrial.

    Década de 40:
    • governo do General Dutra (1946-1950), por sua vez, foi marcado pela ideologia liberal e pela mudança na Constituição (1946), que passou a dar grande ênfase à cultura e à educação.
    • preocupação em atender aos contingentes formados nos centros urbanos
    • A defesa da educação como direito de todos teve sua contrapartida na hipótese de que as pessoas não eram igualmente dotadas pela natureza para usufruírem a oportunidade que o Estado lhes dava, tudo isso, através dos testes psicológicos e seu caráter científico.
    • 1947 - foi criado o Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP) da Fundação Getúlio Vargas (Goulart, 1985).
      • tinha por o objetivo básico de contribuir para o ajustamento entre o trabalhador e o trabalho, mediante estudo científico das aptidões e vocações do primeiro e dos requisitos psicofisiológicos do segundo (Instituto de Seleção e Orientação Profissional, 1949).
      • implantou de técnicas de seleção e orientação profissional, dando atendimento à classe média alta, numa tentativa de orientação da futura elite dirigente.
      • Formaram-se os primeiros especialistas na área da Psicologia (Bomfim, 2003).
    • ISOP no Rio teve especial importância para a criação do Serviço de Orientação e Seleção Profissional (SOSP) em Belo Horizonte.
      • SOSP tinha como objetivo de orientar vocações  no meio escolar e estabelecer critérios para a seleção de pessoal destinado à administração pública e organizações particulares.
    • O psicotécnico...
      • era o profissional que adquiria o domínio do conhecimento sobre a natureza humana e buscava adaptá-la ao novo contexto da sociedade urbanoindustrial.
      • finalidade da Orientação Profissional incorporava-se ao ideal de organização e racionalização do trabalho da época, com vistas a uma maior produtividade
      • Os testes vocacionais tinham a finalidade de orientar profissionalmente os jovens para uma escolha
      • coerente com suas aptidões, mas principalmente com vistas à maior eficiência do processo produtivo.
      • Direcionava os indivíduos para diferentes profissões pelas suas capacidades, sem considerar as diferentes condições de classe ou a história de vida do sujeito
      • A Orientação Profissional transformava as determinações sociais em características inerentes ao indivíduo.
    Anos 50 e 60
    • A revista Arquivos Brasileiros de Psicotécnica foi principal instrumento de divulgação dos trabalhos de Orientação Profissional, em sua maior parte baseados na Psicometria
    • Apresentava estudos experimentais de testes
    • estudos sobre os valores do orientador profissional, as dinÇãmicas d epersonalidade, os fatores culturais envolvidos na motivaçãoi da conduta humana, etc.

    Década de 60:
    • 1962 - reconhecimento legal da profissão de psicólogo ocorreu no Brasil, predominando inicialmente, a eprspectiva técnica.
    • substituição da metodologia de diagnosticar e aconselhar utilizando como instrumentos os testes psicológicos pelo auxílio ao autoconhecimento (influênciad e Rogers-EUA) e focalização de aspectos incosncientes (influència de Freud na Europa)
    •  1963 - Lourenço Filho, também professor do ISOP, no Curso de Formação de Orientadores Profissionais definiu como elementos da Orientação Profissional a análise das profissões e a caracterização dos atributos individuais, acrescentando em seguida que a estes elementos os especialistas estavam juntando outro: o gosto ou preferência pessoal por uma espécie de trabalho e pelas relações pessoais que o tipo de trabalho engendra. 
    • 1967 - No editorial dos Arquivos Brasileiros de Psicotécnica afirma que as análises interpretativas de natureza clínica eram fecundas, mas não isentas de perigo e, portanto, deveriam se apoiar em dados experimentais
    • Durante o Governo militar (1964-1968) foram bloqueadas todas a visões críticas e não- quatitativas  restando apenas à Psicologia a abordagem experimental e psicométrica. 
    • Houve um aumento significativo de pretedentes ao nivel superior
    • A expanç~sao do ensino superior se deu via privatização, o que não implicou a democratização do ensino.intensificando o elitismo e excçuindo a classe trabalhadora.
    • Surgem movimentos estudantis clamando por novas vagas e verbas para o ensino sueprior.- manifestações
    • 1968 - Reforma Universitária que propunha a departamentalização das faculdades universitárias
    • O trabalho de Bomfim (2003) reafirma que as dinâmicas de grupo tornaram-se freqüentes desde a década de 60
    Década de 70:
    • os primeiros anos do processo de abertura política e contaram com a reserva do povo que, acostumado ao sistema repressivo, evitava as manifestações públicas (Goulart, 1985).
    • houve um maior número de publicações sobre outras aplicações da Psicologia e apareceram os primeiros artigos sobre Psicologia Social e Dinâmica de Grupo.
    • A padronização de testes, dentre outros tipos de estudos experimentais de Orientação Profissional que constituíam a quase totalidade dos artigos publicados nos números anteriores da revista, foi substituída pelas publicações de Informação Ocupacional (IO):
      • descrições de diferentes ocupações e profissões de nível técnico e universitário
    •  nas  revistas havia uma publicação que informava sobre alguma ocupação: o que é, o que faz o profissional, local de trabalho, estudos e exigências.
    • O Centro de Informação e Pesquisa Ocupacional (CIPO
    • a Psicologia engendrava novos campos e possibilidades de estudo: 
      • Aconselhamento, Psicologia Cognitiva, Psicologia Social, etc
    • 1971 - Rodolfo Bohoslavsky publicou na Argentina seu livro sobre a estratégia clínica em Orientação Vocacional que, desde então, passou a exercer grande influência nos trabalhos desenvolvidos por brasileiros. 
    • 1973 -Ruth Scheefer publicou  um artigo no qual apresenta o conceito tradicional de Orientação Profissional em contraposição a novos conceitos, com destaque para o estudo de maturidade vocacional
    • De acordo com Scheefer (1973), o constructo maturidade vocacional foi o primeiro que Super (1957) se propôs a conceituar e operacionalizar
    • dois aspectos do desenvolvimento do comportamento vocacional que têm sido objeto de interesse:
      •  o processo de escolha e a maturidade vocacional.
    • Maturidade vocacional 
      • grau de capacidade de enfrentar e executar as tarefas evolutivas vocacionais, características das progressivas etapas vitais
    • 1978 -  primeiro artigo sobre Orientação profissional em grupo publicado por psicólogos formados oela UFRJ: Orientação clínico-vocacional.
    • 1979 - Carvalho defendeu sua tese de doutorado sobre Orientação profissional em grupo, com o objetivo de ensinar a esoclher e possibiulitar a decisão por meio de fatores básicos para uma boa esc: autoconhecimento, informação ocupacional e mercado de trabalho.
    Década de 80:
    • 1980-1981 carvalho realizou um prohjeto chamado Orientação Profissional em grupos de periferia para avaliar a pertinência do modelo teórico e metodológico usado entre adolescentes de classe media em classes populares.
    • A Psicologia buscava se redefinir e as práticas de Orientação Profissional também.
    • Bosi (1982), por exemplo, incentivava a saída da Psicologia dos consultórios e o contato dos alunos de Psicologia com a educação popular, isto é, com as escolas públicas.
    • Psicologia da época questionavam os determinantes e a liberdade de escolha profissional e as pesquisas tinham a preocupação de validar e adaptar os testes vocacionais para o contexto brasileiro
    • 1981 - principa, evento da década O seminário de Informaçãi Ocupacional do Centro de informação Ocupacional (CIPO)
    • 1983 Soares apresenta sua dissertação de mestrado, compreendendo que devem ser trabalhados o conhecmento de si mesmo, o conhecimento das profissões e a escolha propriamente dita que implica decião pessoal e viabilização da escolha.
    • 1988 - Ferreti salienta que a Orientação Profissional deve se voltar para os interesses das classes trabalhadoras e com menos ênfase para os jovens oriundos da burguesia
    • Críticas a Orientação Profissional que operava ignorando as desigualdades sociais e partindo do pressuposto
    • de que as diferenças no tocante à escolha ocupacional são individuais
    • A orinetação profissional fou discutida enquanto processo no qual a escolha é multideterminada.
    • As problemáticas da escolha profissional, o dilema da escolha profissional e a identidade profissional são categorias centrais nos estudos sobre Orientação Profissional.
    • As questões sociais já eram consideradas relevantes para a Orientação Profissional, mas as teorias e metodologias ainda buscavam seus referenciais na Psicologia Individual
    Década de 90:
    • 1990 - ISOP foi extinto
    • 1993- criação da Associação Brasileira de Orientação Profissional (ABOP) foi um marco histórico importante para a Orientação Profissional
    • 1997 - surge  aprimeira Revista de Orientação Profissional da ABOP.
    • ABOP passa a ser o novo centro orgnaizador  e promotor da Orientação profissional no Brasil.
    • As publicações revelam que não existe um único referencial teórico e metodológico no qual se baseia a Orientação Profissional, mas é possível reconhecer que a Psicologia oferece importantes referenciais e que predominam as perspectivas clínica e psicométrica
    • Orientação Profissional não pode prescindir de um referencial psicossocial, ou seja, mais que considerar a relevância dos fatores sociais no processo de escolha, é importante que o orientador baseie sua prática em referenciais teórico-metodológicos psicossociais.
    • a Orientação Profissional tem sido enfocada em três diferentes perspectivas: 
      • a perspectiva psicométrica,
      • a perspectiva clínica ,
      • e a perspectiva que valoriza as discussões sobre o trabalho no modo de produção capitalista.
    Referências:
    Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902005000100003