A Psicologia Social Comunitária - Estudo da Introdução

Trata da comunidade, bairro ou local onde se vive como um lugar PSICOSSOCIAL.

  • Década de 60 - Começam a realizar no Brasil, trabalhos em comunidades de baixa renda, afim de deselitizar a profissão e buscar melhorias das condições de vida da população trabalhadora.
  • A comunidade se constitui o espaço teórico e prático da Psicologia Comunitária.
  • Bairros populares, favelas, associações de bairro deram início a experiências da Psicologia Comunitária.
  • Com a ampliação dos sistemas de saúde e educação pública no país, aumentou também psicólogos trabalhando em postos de saúde, creches, instituições de bem-estar social, no sistema judiciário voltados para o cuidado de famílias e menores.
Papel da Psicologia Social Comunitária
  • Desenvolver os instrumentais de análise e intervenção relevantes, para as novas problemáticas que se apresentam aos psicólogos.
  • Fazer um levantamento das necessidades e carências vividas pelo grupo-cliente, sobretudo, no que se refere às condições de saúde, educação e saneamento básico.
  • Utilizar métodos e processos de conscientização para trabalhar com os grupos populares, com a finalidade de que eles assumam seu papel de sujeitos de sua própria história..
  • Buscar desenvolver a consciência crítica, da ética, da solidariedade e de práticas cooperativas, a partir da análise dos problemas cotidianos da comunidade.

A perspectiva da Psicologia Social Comunitária enfatiza:
  • Em termos teóricos: a problematização da relação entre produção teórica e aplicação prática do conhecimento, sendo este produto da interação entre o profissional e o sujeito de investigação. Os psicólogos sociais comunitários desempenham o papel de Intelectuais Tradicionais, quando organizam o saber já constituído e o transmite à comunidade, tonando-os sujeitos capazes de sintetizar o ponto de vista da comunidade e de coordenar processos de transformação instituído.
  • Em termos de metodologia: utilizam a metodologia da pesquisa participante, onde pesquisador e sujeito trabalham juntos  na busca de explicações e para os problemas colocados, bem como, em sua execução.
  • Em termos de valores: enfatizam a ética da solidariedade, os direitos humanos fundamentais e a busca da melhoria da qualidade de vida da população. Questiona-se a visão da ciência como atividade não-valorativa, e assume-se ativamente o compromisso ético-político.
  • Em termos éticos: trabalha para estabelecer as condições apropriadas para o exercício da cidadania, da democracia e da igualdade.
  • Em termos políticos: Questiona-se todas as formas de opressão e de dominação.

A Psicologia Comunitária é "uma área da psicologia social que estuda a atividade do psiquismo decorrente do modo de vida do lugar/comunidade; estuda o sistema de relações e representações, identidade, níveis de consciência, identificação e pertinência dos indivíduos ao lugar/comunidade e aos grupos comunitários." (GÓIS,1993)

As principais estratégias de ação detectadas na Psicologia Comunitária foram:

  • reuniões com moradores para análise das necessidade e possíveis soluções;
  • Incentivo a formação de grupos de autogestão
  • formação de recursos humanos da própria comunidade
  • Proposta de atividades específicas.
Nesse sentido, o psicologo atua mais como analista-facilitador que como um profissional que toma as iniciativas de solucionar os problemas.

A Psicologia comunitária surge entre nós, na década de 70, em reação à opressão política e dominação econômica e ideológica do período militar, incorporando o sentido da resistências à opressão e da luta pela cidadania plena.

Década de 80 início dos anos 90 a "psicologia na comunidade" passa à "psicologia da comunidade" tomando como base a análise do grupo comunitário e a psicologia comunitária como objeto de análise o sujeito construído sócio-historicamente.

REFERÊNCIAS:
CAMPOS, Regina Helena de Freitas. Psicologia Social Comunitária da solidariedade à autonomia. editora Vozes Ltda; Rio de Janeiro, 1996. pg. 9-15.

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