Personalidade segundo Sigmund Freud


PERSONALIDADE

O estudo da personalidade: principais conceitos na perspectiva histórica e contemporânea. Fatores determinantes da personalidade: Biológicos e socioculturais. Estrutura, dinâmica e desenvolvimento da personalidade nas diversas abordagens.

PERSONALIDADE E PERSPECTIVA PSICODINÂMICA

Nossa personalidade é o nosso padrão característico de pensar, sentir e agir.

Duas perspectivas históricas, passaram a fazer parte do legado cultural para estudo da personalidade:

·       Perspectiva Humanista – focou nas capacidades internas de crescimento e autorrealização na qual quanto mais o ego (o que penso que sou) se aproxima do self( o que de fato sou) mais autorrealizados, serei.

·       Perspectiva Psicanalítia de Freud.

Surgem então, teóricos posteriores que trouxeram:

·       A perspectiva  do traço  - examina padrões característicos de comportamento (traços).
As perspectivas social-cognitivas, exploram a interação entre os traços das pessoas (incluindo seus pensamentos) e seu contexto social.



PERSPECTIVA PSICANALÍTICA DE SIGMUND FREUD (1856-1939)

 Propôs que a sexualidade e as motivações inconscientes na infância influenciam a personalidade.
o   A perspectiva psicodinâmica de Freud, encara a personalidade como um foco no inconsciente e na importância das experiências na infância, ou seja, encara o comportamento humano como uma interação dinâmica entre a mente consciente e a mente inconsciente, incluindo motivos e conflitos associados.

o   Foi o primeiro a concentrar atenção clínica no inconsciente.

o   Inconsciente segundo ele, é um reservatório de pensamentos, desejos, sentimentos e memórias inaceitáveis, na maioria dos casos. Psicólogos contemporâneos definem o inconsciente como processamento de informações sobre as quais não temos consciência.

o   Associação livre em psicanálise, é um método de explorar o inconsciente em que a pessoa relaxa e diz o que lhe vem a mente, por mais trivial e constrangedor que seja.

o   Ideia de Freud sobre a estrutura da mente consiste em dizer que a mente está escondida  por baixo da superfície consciente, e que o Id é totalmente inconsciente, mas o Ego e o superego, operam consciente e inconscientemente, porém, Id, Ego e Superego(ideias internalizadas), interagem entre si.
o   Para ele, a personalidade se forma nos primeiros anos de vida, na qual a criança passa por uma série de fases psicossexuais.

 As fazes psicossexuais de Freud são:
Fase
Foco
Oral ( 0-18 meses)

Centros de prazer na boca-sugar, morder, mastigar
Anal (18-36 meses)
O prazer se concentra na eliminação pelo intestino e bexiga; lidar com a necessidade de controle.
Fálica ( 3-6 anos)
A zona de prazer está nos genitais: lidar com os sentimentos de prazer incestuosos.
Latência (6 à puberdade)
Uma fase de sentimentos sexuais dormentes
Genital ( da puberdade em diante)
Maturação do interesse sexual.

ESTRUTURA TRIPARTITE DA PERSONALIDADE SEGUNDO FREUD

A personalidade humana, incluindo emoções e seus esforços, origina-se de um conflito entre moção,(impulse) e restrição, ou seja, entre nossos impulsos biológicos agressivos em busca do prazer e nossos controles sociais internalizados sobre nossos impulsos. Logo, acreditava que a PERSONALIDADE era o resultado de nossos esforços em resolver esse conflito básico, a fim de expressas esses impulsos de modo a produzir satisfação sem trazer também culpa e punição.

·       Id (energia totalmente inconsciente)

Id contém um reservatório de energia psíquica inconsciente que, de acordo com Freud luta para satisfazer os impulsos básicos, sexuais e agressivos básicos. O Id opera com base no princípio dos prazeres, exigindo gratificação imediata. Pessoas dominadas pelo Id geralmente fazem uso de tabaco, álcool, drogas, etc.
As energias que buscam satisfazer o Id, concentram-se, segundo Freud, nas zonas erógenas distintas, as quais Freud chamou de fases psicossexuais no desenvolvimento infantil que são: oral, anal, fálica, latência e genital.

·       Ego (parte executiva e, principalmente consciente, mas as vezes inconsciente, é ele que harmoniza o Id e o Superego).

Opera com base no princípio da realidade. Na medida em que a criança se desenvolve, a criança aprende a enfrentar o mundo real. O ego operando sobre o princípio da realidade, busca satisfazer os impulsos do Id, de maneiras realistas que trarão prazer a longo prazo, ao invés da dor. O ego contém nossas percepções, nossos pensamentos, nossos julgamentos e nossas memórias parcialmente conscientes. O ego considera não só o real, mas também, o ideal.

·       Superego ( Pré-consciente, está fora da consciência, mas é acessível a ela)

Se concentra somente em como a pessoa deve se comportar. Luta pela perfeição, julgando ações e produzindo sentimentos positivos de orgulho ou sentimentos negativos de culpa. Representa ideais internalizados e fornece padrões para julgamento e futuras aspirações.

Suas demandas quase sempre são opostas as demandas do Id, o Ego luta para conciliar os dois.

Termos usados por Freud na perspectiva psicanalítica:

IDENTIFICAÇÃO – as crianças incorporam os valores dos pais no desenvolvimento do superego.

FIXAÇÃO – foco constante de energia em busca do prazer em uma fase psicossexual anterior, na qual os conflitos não foram resolvidos.

MECANISMOS DE DEFESA – métodos de proteção do ego que reduzem a angústia distorcendo inconscientemente a realidade. O ego se protege com mecanismos de defesa.

RECALQUE na perspectiva psicanalítica, o mecanismo de defesa básico, que tira da consciência pensamentos, sentimentos e memórias que geram angústia.


EFERÊNCIAS
MYERS, D.G. DEWALL, C.N. Psicologia. 11ª edição. Editora LTC. Rio Grande do Sul. 2017.

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