Gestalt terapia com Crianças | Profª Sheila Antony

 GT terapia da totalidade, do contato, do aqui-agora, da consciência.

Conceitos pilares: contato e consciência.

Terapia da Totalidade - princípio do todo e parte.

  • A criança é um todo inserida em outro todo que é a sua família, que também é um todo inserida na sua cultura.
  • Para entender um comportamento, a personalidade a GT prima pelo que acontece no mundo relacional da criança: organismo-ambiente.
  • Atender criança ou adolescente é preciso ter o olhar para os pais.
  • A criança como um todo é uma Gestalt neuro-psico-motora em desenvolvimento. Tudo está conectado, nada se torna importante isoladamente. Inter-relação entre os sistemas neurológicos, psicológicos, motor e ambiental, um vai se sobrepondo ao outro em diferentes períodos.
  • É o sistema neurológico que vai dando forma aos demais sistemas.
  • Uma das atribuições do terapeuta é levar a criança a dar importância à sua relação com os outros, com o terapeuta: contato/relação, contato/capacidade e habilidade de engajamento da criança.
  • Contato na GT: ficar com - estar plenamente envolvido com o que faz, engajado, inteiro na relação.
Consciência
  • necessidade que se torna figura revela um aspecto, uma parte de um todo.
  • falar em escolha requer consciência.
  • requer autorregulação enquanto processo inato, de busca pela manutenção do equilíbrio, bem-estar e harmonia entre o organismo e o ambiente e consigo
  • na autorregulação a criança identifica sua necessidade (passa por um nível de consciência), e vai levá-la a uma ação, um comportamento para satisfazer essa necessidade, e assim, restaurar seu bem-estar pessoal nas relações e no ambiente.
  • a criança identifica um objeto no ambiente(organismo--meio) age em relação aquilo(ajustamento criativo) e cria um comportamento para satisfazer essa necessidade.(autorregualçaõ/homeostase)
A GT tem conceitos que permite criar noções do desenvolvimento da criança:
  • em cada idade surgem necessidades diferentes.
  • de acordo com suas habilidades motoras e níveis cognitivos diferentes e compatíveis com cada idade.
  • autorregulação envolve também a sabedoria organismo, é falar de corpo também, que é onde estão as nossas sensações, emoções.
  • o bebê é sensorial, tudo fica registrado no corpo. Há pais e mães que têm muita dificuldade em lidar com o bebê, tem pais que não toleram a dependência. Todo um contato corporal que afeta, cria reações sensoriais.
  • Criança começa a andar, falar e vai provocando outros tipos de reações emocionais e sensoriais.
Para o terapeuta de crianças:
  • Noções de desenvolvimento
  • Ler sobre psicomotricidade
  • Teorias construtivistas de Winnicote, Vigotsky
  • compreender a criança na sua habilidade motora, no seu equilíbrio, fazer leitura da brincadeira da criança, ver na sua totalidade, como segura um lápis, como e sua letra, na sua capacidade criativa, seu nível de desenvolvimento cognitivo (percepção, atenção, memória, linguagem)
  • Adolescentes dificilmente chegam a terapia por problemas cognitivos, geralmente, por questões comportamentais, emocionais, aprendizagem.
  • entender como vai sendo construído a culpa, o medo, a vergonha. Não nascemos com isso. Vamos construindo nas relações, seu senso de identidade.
  • O primeiro reconhecimento do eu é aos 3 anos de idade quando acriança deixa de usar seu nome, para usar o eu. Passa a se reconhecer e negar o outro.
  • Quando a criança sabe dizer eu quero, eu não quero, é um processo de formação do seu campo de subjetividade, que vai interferir no senso de identidade.
  • Criança de 8 anos já faz a distinção EU_TU / distinção de fronteiras. Ex. Eu gosto disso, meu irmão gosta daquilo, meu pai disso, minha mãe daquilo.
  • Importante que os pais validem a prática das próprias escolhas, porém, nem tudo se deve deixar a encargo  da criança. 
  • Dizer sim e não na hora certa é muito importante na relação pais e filhos.
  • 3-4 anos criança já não é mais pra usar fraldas. Crianças mais velhas que ainda usam fraldas, descartado qualquer problema médico, apresenta sintomas regressivos, requerendo cuidados ainda dos pais.
  • Observar seu corpo, sistema cognitivo, capacidade de contato, nível de consciência sensorial, emocional e corporal, como lida com suas emoções.
  • Grande principio na terapia com crianças é Incentivo rumo a autonomia, autorregulação e autorrealização.
  • O terapeuta deve ter conhecimento de sua criança interior, suas memorias afetivas em relação aos pai, quem foi a criança lá atrás, para que o terapeuta não efetue transferências ao cliente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário