Socialização e Dominação - Cultura segundo a Escola de Frankfurt


ACC1 –principais conceitos da Escola de Frankfurt destacando a contribuição mais importante dos seguintes teóricos: Max Hokheimer, Theodor Adorno e Hebert Marcuse.
  
A Escola de Frankfurt considera a cultura como meio de subjugação e sujeição dos indivíduos, indispensável ao sistema capitalista que se constitui de um modelo de grande segregação social.

·       Fez estudos sobre autoridade e família, para dar conta de componentes sociopsicológicos do comportamento autoritário.
·       Autoritarismo e personalidade autoritária
·       Via a cultura como meio de esclarecimento de uma sociedade altamente racionalizada
·       Foco na indústria cultura e cultura de massas.
·       Foi quem menos se concentrou na cultura, focando mais na visão geral, da socialização.
·       Toma por base a composição de várias unidades sociais e instâncias de socialização como família, escola, igreja, instituições de arte etc, que possui um conjunto de relações constitutivas da psique dos indivíduos, fazendo parte da cultura.
·       VÊ a cultura como forma de socialização, mas também, como meio de conservação e ruptura de determinada estrutura social.
·       A cultura só pode ser pensada dentro de uma estrutura dinâmica do processo social, onde no capitalismo, é mantida pela coerção, e ameaça constante de fome e miséria sobre a classe trabalhadora, mantendo a sociedade unida, alimentando o sistema.
·       A família cumpre seu papel obediente em calor, adaptando o individuo a nova disciplina de trabalho imposta pelo capitalismo.
·       Falou sobre socialização burguesa e a figura da autoridade paterna como provedor financeiro do lar.
·       1930 traz a concepção da cultura não como reflexo da infraestrutura ou algo similar, mas como parte inerente do funcionamento e da manutenção do capitalismo na qualidade de meio de socialização dos indivíduos para o trabalho e sua tendência psíquica daí decorrente de aceitar a autoridade como hábito.
·       A “cultura de massas” se impunha à família, à escola, à igreja, às instituições de arte como instância principal de socialização. Sua função poderia se resumir a uma só palavra: adaptação.
·       Séc. XX , redemocratização das culturas com a dissolução gradual da família, a transformação da vida pessoal em lazer e do lazer em rotinas supervisionadas até o último detalhe, nos prazeres do estádio e do cinema, do best-seller e do rádio, trouxeram à tona o desaparecimento da vida interior ( equidade na cultura)
·       Marcuse, contribuiu com a ideia de homem unidimensional na sociedade industrial desenvolvida onde “a cultura, a política e a economia se fundem num sistema onipresente que engolfa ou repele todas as alternativas” (cultura como sistema)
·       Ideia de que a cultura é indispensável para a reprodução do sistema capitalista.
·       A cultura está submetida a forma de mercadoria, onde a subjetividade é pensada como produto de sua própria constituição.
·       Traz a ideia de esquematismo como aquilo que a indústria cultural oferece para suprir o vazio da experiência destruída.
·       Horkheimer mostrava como a cultura referia-se também ao modo como o indivíduo se situa e se relaciona com as instituições que o cercam
·       Adorno, Horkheimer e Marcuse enxergava um aumento da dominação da sociedade sobre o indivíduo em relação ao período liberal, cuja razão estava ligada à fusão das esferas privada e pública, entre as necessidades políticas da sociedade e as necessidades e aspirações individuais.
·       A ausência de individualidade e autonomia, necessária ao conflito entre indivíduo e sociedade, predisporia, então, esse indivíduo ao comportamento autoritário e à falsa convergência entre o todo e as partes.
·       Marcuse trouxe conceitos de alienação e de estranhamento, mas que não explicavam o capitalismo tardio. Esses conceitos dizem respeito à incapacidade do trabalhador de reconhecer-se no produto final de seu ato de trabalho.
·       Separam a vida material da vida espiritual, fundamentada na teoria marxista entre trabalho manual e trabalho intelectual.

FONTE:
Socialização e dominação. A Escola de Frankkfurt e a cultura.
Bruna Della Torre de Carvalho Lima* e Eduardo Altheman Camargo Santos**

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