O contrato terapêutico

 Assim como na psicoterapia Individual, na Grupoterapia também precisa haver um contrato ou enquadre. 

  • É comum delimitá-lo juntamente com as pessoas do grupo, pois diz respeito às questões práticas que visam manter uma organização. 
  • Deve-se definir o local, horário, férias, duração do tratamento quando houver necessidade e honorários do terapeuta (quando for o caso de consultório particular).
  • Pode-se também combinar com o grupo outras questões que possam contribuir com o bom andamento da terapia, como o uso do celular, respeito a individualidade e as diferenças, sigilo, etc.

 É também chamado de enquadre (setting) grupal. Segundo Zimerman (1997), referem- se ao conjunto de limites, regras e combinados que são realizados pelo grupo. Serve não só para manter a organização, mas também como um fator terapêutico, funcionando como “continente”.

Zimerman (1997) lista alguns elementos que precisam ser considerados:

  •       Homogêneo ou heterogêneo.
  •       Aberto ou fechado.
  •      Número de pacientes. Para Zimerman (1997) seis pessoas é um bom número, sendo quatro o mínimo e nove o máximo.
  •       Sexo e idade.  Zimerman (1997) relata que não há regra. Entretanto, um grupo misto quanto ao gênero parece ser mais vantajoso. E quanto à idade, o ideal é que a diferença não seja tão grande.
  •      Número de sessões por semana e tempo de duração da sessão. Dependerá do referencial teórico-técnico do profissional.
  •       Tempo de duração do grupo. Irá variar conforme o tipo de grupo. Se for aberto, terá o que Zimerman (1997) denominou de “duração ilimitada”; e se for fechado, “duração limitada”.
  •     Participação do coterapeuta ou supervisor. É aquele profissional, segundo Zimerman (1997) que assume o papel de observador do grupo. Ele intervém pouco e deve estar em sintonia com o outro terapeuta. O autor destaca que essa técnica costuma apresentar bons resultados nos casos de grupos com crianças, adolescentes e famílias.
  •      Entrada de um novo elemento. Zimerman (1997) orienta que convém pedir a autorização prévia para os demais do grupo. Afinal, sua entrada precisa ser receptiva.
  •       Outras combinações, caso sejam necessárias.

Assim como na terapia individual, os fenômenos da: 

  •      resistência, transferência, contratransferência, comunicação e interpretação são aspectos a serem discutidos em uma grupoterapia de base psicanalítica. 
  •      São aspectos referentes à técnica.

Entretanto, vale lembrar que um grupo não significa uma mera junção de pessoas; portanto não é somente fazer uma simples transposição da técnica, da natureza individual para a coletiva.

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