O mito da democracia racial, psicologia, subjetividade e relações étnicos raciais.

 Os sujeitos negros e indígenas carregam uma carga da moralidade com que são julgados por muitos anos, sempre com uma imagem distorcida, esteriotipada e racista. 

Os avanços dos movimentos sociais e as discussões sobre as questões raciais faz com que tenhamos a garantia de direitos e uma discussão sobre o mito da democracia racial.

A democracia racial é um conceito oriundo Casa Grande e Senzala publicada em 1933 por Gilberto Freyre a partir da miscigenação entre índios, negros e brancos no processo colonizador do Brasil, para este autor a população brasileira é reconhecida enquanto mestiça ou mulata (Freyre, 2003). 

Sendo assim, todos seriam a mesma coisa, sem raças. Contudo, depois de 130 anos após a abolição da escravatura, essa democracia racial está muito distante de acontecer, o que percebemos é o adoecimento para as pessoas índias e negras, segundo Kabengele Munanga, “as vítimas do preconceito e da discriminação racial, merecem a atenção de uma ciência psicológica, tanto no plano individual sob o olhar de uma psicologia clínica, como no coletivo, sob o olhar de uma psicologia social” (Munanga, 2003, p.9).

Não existiu uma convivência harmoniosa, mas sim uma enorme diferença entre os processos de desenvolvimento desses povos e que até hoje não temos uma reparação história e sim com uma ideia de que somos todos iguais, uma falsa sensação de similaridade, porém vendo que a realidade é completamente diferente.

O mito da democracia racial e o racismo à brasileira se sustentam porque na nossa sociedade não discuti seus preconceitos e esconde sua história, frojada para agradar senhores brancos e para manutenção dos seus privilégios, amaparada na ideia de sermos todos iguais e não se convoca a mudar questões estruturais na nossa sociedade.

REFERÊNCIAS Munanga, K. Prefácio. In: I. Carone, M. A. Bento (Eds.), Psicologia social do racismo (2a ed., pp. 9-11). Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala. São Paulo, editora Global 2003.

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