O comportamento e os hábitos alimentares

 O aconselhamento ou educação alimentar

 Processo pelo qual os clientes, ou pacientes, são efetivamente auxiliados a selecionar e implementar comportamentos desejáveis de alimentação e estilo de vida.

O que se esperar com esse processo?

Mudança de comportamento, e não somente a melhora do conhecimento sobre nutrição.

Comportamentos que atrapalham na educação alimentar:

A depressão, a negação, a raiva ou a barganha. Não reconhecer que realmente precisa mudar os hábitos. O desejo interno de cada indivíduo é determinante no sucesso.

Quem é o educador alimentar e o que faz?

O educador alimentar é apenas um facilitador das mudanças de comportamento. 

Ele dá apoio emocional, auxilia na identificação de problemas alimentares e de estilo de vida, sugere comportamentos a serem modificados e facilita a compreensão e o controle do cliente (CUPPARI, 2014). 

Comportamento Alimentar

São todas as práticas relativas à alimentação, como seleção, aquisição, conservação, preparo e consumo de alimentos. 

É um componente da personalidade de um indivíduo e visa a satisfazer não apenas às necessidades nutricionais, como também às psicológicas, sociais e culturais. 

O processo de formação do comportamento alimentar 

Tem bases fixadas: na infância, nas crenças, nos valores e nos tabus - que passam por gerações. 

As práticas alimentares adquiridas na primeira infância, principalmente por imitação e condicionamento, ficam arraigadas no indivíduo e trazem uma forte carga emocional, difícil de modificar.

Como modificar o comportamento alimentar?

Pode se modificar espontaneamente em função de mudanças do meio, como poder aquisitivo e disponibilidade de alimentos, importância social deles, nível de escolaridade ou grau de exposição do indivíduo aos canais de comunicação. (CUPPARI, 2014).

Pode se modificar por causa de alterações relacionadas às necessidades psicológicas, como autoconceito, aprovação social e segurança (CUPPARI, 2014).

O que é preciso avaliar antes do planejamento, execução e avaliação de intervenções e de programas de educação alimentar?

O componente cognitivo 

  • corresponde àquilo que o indivíduo sabe sobre os alimentos e nutrição. 
  • influencia, em maior ou menor grau, o comportamento alimentar. 
  • Existem dois tipos básicos de conhecimento sobre nutrição:
    •  o científico não influencia consideravelmente o comportamento alimentar, pois nem sempre é compatível com as condições do meio em que o indivíduo vive.
    •  não científico (mitos, crenças ou tabus). 

O componente afetivo 

  •  corresponde àquilo que se sente sobre os alimentos e as práticas alimentares.
  • São as atitudes que predispõem cada indivíduo a determinado comportamento alimentar (CUPPARI, 2014). 
  • envolve todos os motivos intrínsecos relacionados aos valores sociais, culturais, religiosos e significados diversos que são atribuídos aos alimentos. 
  • diz respeito, exatamente, às outras necessidades que são satisfeitas pela alimentação, além das fisiológicas. 
  • Em geral, as necessidades fisiológicas, quando satisfeitas, têm importância relativamente pequena na determinação do comportamento humano. As psicológicas, por sua vez, nunca são inteiramente satisfeitas. Por isso, são determinantes importantes do comportamento, inclusive do alimentar (CUPPARI, 2014). 
Componente situacional 

  •  é determinado pelos fatores econômicos que limitam a adesão a uma prática alimentar correta. Isso quando ela depende do aumento dos gastos com alimentação, e não apenas de uma realocação de recursos. 
  • Os fatores situacionais, que podem se apresentar como facilitadores da prática desejada, ou como barreira para ela, são de três tipos, segundo Cuppari (2014): 
    • normas sociais e padrões culturais, 
    • apoios estruturais 
    •  coerção social 
Referências:

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