Aula 1 - Mitologia Afro-brasileira- parte I


- Por que a Mitologia afro-brasileira desperte tanto preconceito e medo?

Trata-se de um mito que é algo vivo, da realidade vivida atualmente, diferentemente dos Mitos Gregos.  Essa realidade pode ser vivenciada em diferentes religiões de origem africanas, tais como Umbanda, Candomblé. A Mitologia Grega é uma religião morta, que já existiu.

Essas religiões de origem africanas começam na escravidão.


Dentro dessas religiões de origem africana há diversas variantes.

É terrível a ideia de que alguém é inferior, para fazer dele, de ser subserviente, se colocando como superior ao outro, às custas de promessas de coisas boas, se aproveitando das oportunidades de exploração.

As religiões falam de acolher o outro, mas para acolher o outro que é diferente antes de tudo, precisamos acolher o nosso lado diferente, o nosso lado ainda não iluminado, para depois conseguir acolher o outro. A gente precisa se harmonizar consigo mesmo, para conseguir se harmonizar e se relacionar com o outro de forma harmônica.


Orixás, Inquices,Voduns são nomes dados aos deuses em diferentes culturas. É essa coesão cultural que vai trazer a capacidade de suportar o sofrimento da escravidão vivida por esses povos.  Essa relação com o sagrado lhe traz a capacidade de suportar a realidade por mais dura que possa ser.

Surge a influência do catolicismo que traz a introdução das imagens católicas nos cultos chamados dos negros, é que surge o sincretismo religioso. Adorar a Jesus Cristo é adorar Oxalá,  adorar a São Jorge, é adorar Ogum. Esse sincretismo surge para manter a coesão ao lidar com as diversidades religiosas, ampliando as consciências religiosas.

A umbanda e o candomblé surge na sincretização com a Igreja Católica.
As igrejas pentescostais quando há os movimentos de estar recebendo o Espírito Santo as pessoas agem como se estivessem em psicofonia.  
Trata-se da mesma força, aplicadas em diferentes religiões.

As manchetes demonstram que o Candomblé sofre perseguição social. Se deixar fotografar colocou-os em exposição na qual as autoridades acabaram intervindo, devido às reclamações de vizinhos, quando na verdade, estariam apenas exercendo a sua religião.


Os Centros Espíritas são escolas, e nas casas menos ortodoxas, contemporânea, admitem e trabalham com todas as entidades: pretos-velhos, caboclos, e outros espíritos de grande iluminação. Porém, nem sempre são aceitos em determinadas casas muito ortodoxas, radicais e cartesianas, o que já não cabe mais em pleno século XXI (Alessandra)

Existe muito preconceito por parte da sociedade que na ignorância não compreende a dimensão dos trabalhos espirituais que são realizados por essas entidades em beneficio da humanidade. (Pretos-velhos, caboclos, erês, exus, pombagiras).
Na umbanda temos o resgate dos elementos abandonados, rejeitados e como eles são importantes para compreendermos a nossa identidade brasileira.


O Candomblé brasileiro é diferente do Candomblé Africano. No Brasil por conta das integrações dos clâs, as casas adoram a mais de um Orixá, integrando a pluralidade das culturas religiosas.

Os Orixás são fontes de inspiração e não fonte de identificação. Quando as pessoas dizem ser filho(a) de determinado orixã, precisa ter cuidado para não perder a sua autonomia de sua consciência, porque uma coisa é a consciência, o ego da pessoa e a outro é do orixá, que deve ser sempre fonte de inspiração e nunca de identificação.

REFERÊNCIAS
Curso extracurricular de Mitologia e Psicologia Analítica
Instituto Freedom
Aula Bônus
Aula 1 - Mitologia Afro-brasileira- parte I
Prof. Rangel Fabrete

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