Estudo Dirigido - Iª Unidade

  •  A Psicologia é apontada como categoria mais bem preparada para repensar a sexualidade desde o século  XX.
  • Contexto do século XX - Traz uma abordagem contracionista, de heteronormatividade e subordinação da mulher como algo natural. Pretensão universalista, de igualdade para todos.
Duas abordagens coexistem no campo da sexualidade

  • A abordagem “sexológica” afirmou-se respondendo a “problemas” demográficos ou de saúde (mental ou sexual), contribuindo para produzir os discursos que Foucault chamou de bio-poder. 
  • A abordagem construcionista definiu como questão compreender a sexualidade como fenômeno social, a desigualdade entre os sexos, a subordinação das mulheres, a discriminação sexual.

O SÉCULO DA SEXOLOGIA

  • 1890-1980 - bucava trazer o discurso sobre sexualidade para a ciência, normatizando o controle dos impulsos sexuais do século XIX. (Freud e seguidores como principais teóricos da época)
  • 1930  surgem os estudos descritivos baseados em questionários e diversas modalidades de trabalho de campo.
  • 1960-1970 - a observação e a experimentação em laboratório foram adotadas para descrever a chamada “natureza” da resposta sexual.
  • Teóricos acreditavam que se a ciência produzisse teorias sobre a sexualidade e revelasse sua natureza, a humanidade seria beneficiada por um maior equilíbrio entre indivíduo e sociedade ou para relações sexuais naturais e saudáveis, no que diz respeito a heterossexualidade.
  • Surgem modelos clínicos de intervenção operados por psicólogos, médicos e psicanalistas que existem até hoje, que normatizam o sexo desejável, nomeando-o como “mais saudável”, baseados em valores e noções pessoais que reinterpretam a sofisticada teorização sexológica do século XX.
  • Identificada a natureza do sexo e seus hormônios, isso explicaria comportamentos menos civilizados e definiriam a “natureza rebelde” de uma etapa universal do desenvolvimento humano não descrita até então: a adolescência. 

PARADIGMA CONSTRUCIONISTA (ANOS 60)

 

  • Verdade sobre o sexo como vida instintiva ou impulsiva começou a ser questionada por teóricos dos movimentos feminista e homossexual que contribuíram definitivamente para a explosão de estudos no campo das ciências humanas e sociais, aprofundando a crise do paradigma sexológico.
  • ·       1990 redefiniu o gênero e a identidade sexual, atribuindo a homossexualidade a ambos os sexos.
  • Rubin, 1984/1999 propôe que sexo e gênero são coisas distintas e que demandam teorias próprias. Classificou a sexualidade em: Heterossexual, Homossexual ou Bissexual, além disso, hierarquizam o sexo bom/mal,normal/anormal, natural/não-natural.
  • ·       Para Jeffrey Weeks (2000), Sexo diz respeito ao órgão sexual e Sexualidade seria “descrição geral para série de crenças, comportamentos, relações e identidades socialmente construídas e historicamente modeladas."
  • ·       teóricos do campo construcionista têm chamado a atenção para a natureza intersubjetiva da sexualidade e dos significados sexuais, que à semelhança de outras atividades sociais, produzem a experiência subjetiva e a vida cotidiana de homens e mulheres. 

PSICOLOGIA SOCIAL DE MEAD

  • ·       um indivíduo será sempre produto da interação recíproca de muitos outros. 
  •           Enquanto self o ser humano age construindo sua ação enquanto interage com os outros. 
  •    Superando a ancestralidade de Mead, autores construcionistas enfatizam o simbólico nas interações sociais, ancorando-as nos macro-determinantes que reproduzem a desigualdade na vida social – nas relações raciais e de gênero especialmente.
      " Gênero e sexualidade são temáticas imprescindíveis na formação das psicólogas e psicólogos brasileiros, visto serem dimensões que fazem parte de nossa construção subjetiva e para muitos, ser motivo de sofrimento e humilhação psicossocial."

SEXOLOGIA: COMPORTAMENTOS E ATITUDES SEXUAIS ATRAVÉS DOS TEMPOS

  •  Cada cultura e momento histórico viam e viviam sua sexualidade diferentemente.
  •  Pensamentos, atitude e comportamento hoje reprováveis, talvez tenham sido normais em outras épocas.
  • O pensamento sexual ocidental é fruto, em grande parte, das concepções e valores do século XIX, envolvendo questões sociais, culturais, religiosas e psicológicas da época, e por isso mesmo, a sexualidade tem natureza subjetiva.

DISTINÇÃO ENTRE SEXO E SEXUALIDADE

 O SEXO

 "O sexo é um conjunto de práticas, atitudes e comportamentos vinculados ao ato sexual, resultante das concepções existentes sobre ele." (RIBEIRO). 

 sexo biológico determina o macho e a fêmea de uma espécie, a partir de um conjunto de características hereditárias, físicas e biológicas que nasce com cada um.

  A SEXUALIDADE

 "A sexualidade, no nosso entender, é um conjunto de fatos, sentimentos e percepções vinculados ao sexo ou à vida sexual." (RIBEIRO). Envolve:

 

·                 manifestação do impulso sexual

·                 o desejo, 

·                 a busca do objeto sexual,

·                 a representação do desejo

·                 a elaboração mental para realizar o desejo

·                 influência da cultura, da sociedade e da família

·                 a moral

·                 os valores

·                 a religião

·                 a sublimação

·                 a repressão.

 

Objetivo primordial da sexualidade: a perpetuação da espécie (impulso biológico), porém, o homem encontrou na sexualidade uma forma de dar e receber prazer, utilizando-a para outros fins, o que ocorre através do sistema nervoso central, cujo estímulos são os sentimentos e as fantasias sexuais.

 O Conceito de sexualidade foi criado no século XIX e está voltado para o saber sexual, decorrente da incitação à manifestação sexual verbal e escrita, para o fazer, ou seja, para as práticas e atitudes sexuais no cotidiano do indivíduo e dos grupos. Trata-se de uma construção cultural.

MERCADO SEXUAL NO TURISMO

·       o cenário sexual no contexto do turismo e seus scripts sexuais constroem a vulnerabilidade

  •      Scripts sexuais tradicionais operacionalizados num cenário de “curtição”, “prazer”, “desinibição sexual”, evidenciaram desigualdades sociais entre caiçaras e turistas que ampliam a vulnerabilidade dos jovens 
  •     a proliferação de doenças COMO  DSTs/HIV/hepatites em decorrência de relações sexuais desprotegidas envolvendo turistas e moradores locais
  •        prostituição profissional como a exploração sexual de jovens; 

  • as emergências médicas decorrentes do uso de álcool e outras drogas pelos turistas (acidentes de trânsito, afogamentos, mortes por overdose);
  • o aumento do consumo dessas substâncias entre os jovens nativos.
  •  O Brasil é visto como país sexualmente “desinibido” (Parker, 1991) ou da exposição dos corpos em relações de sociabilidade à beira-mar.  As representações do litoral estão vinculadas às noções de desejo, espetáculo e terapia (Coriolano, 2007).
  • conceito de script sexual tem permitido compreender como diferentes comunidades estruturam as possibilidades de interação sexual com regras que podem ser explícitas ou implícitas (Parker, 1991). 
  • Os scripts sexuais e de gênero estariam, portanto, ancorados em contextos socioculturais, não seriam generalizáveis e dependeriam dos significados das práticas realizadas em cada “cena sexual
  • A exoticidade relaciona-se com o olhar estereotipado, pela construção “do outro” (de lá, ou de cá) fortemente marcada pelas desigualdades entre moradores e turistas no acesso à renda, aos bens culturais, de lazer e consumo, bem como à educação, trabalho e renda.
  • As trocas sexuais (Moraes, 1998) na forma de convites para “baladas”, “passeios de barco”, “conhecer o hotel”, “jantar”, entre outras, integram o cenário sexual das comunidades e ampliam a vulnerabilidade social de jovens de ambos os sexos ao envolvimento com o mercado sexual.

HETEROSSEXUALIDADE

  • passou a ser sinônimo de normalidade apenas em fins do século XIX, , quando se construiu o discurso de que ela seria a forma ideal de felicidade amorosa e erótica  (Katz, 1996 e Spencer, 2004).
  • tornou-se referência legítima dos desejos, ideais, princípios e valores (heteronormatividade), produzindo, assim, um sentimento de superioridade em relação a todas as outras manifestações plurais das sexualidades (heterossexismo).(r Eribon e Haboury, 2003)
  • Princípios desconstrucionistas (Higgins, 1993) afirma que o heterossexismo justifica uma ordem moral intocável; intocável porque não é questionada, não é avaliada.  é aceita como um mito, uma verdade óbvia, natural e universal.
  • Sexismo é uma suposta superioridade dos homens (biologicamente falando) em relação às mulheres e, basicamente, sobre tudo o que diz respeito ao feminino. Desdobra-se para o machismo, que se nutre do poder dos homens e sobre tudo que diz respeito ao feminino e  é  uma arbitrariedade legitima a violência contra a mulher.

HOMOSSEXUALISMO

·       Homofobia é o medo ou o descrédito quanto às pessoas homossexuais ou àqueles que são presumidos o serem, bem como a tudo que faça referência aos atributos, esperados para um sexo, encontrados em outro sexo (Welzer-Lang, 2001). é empregado para significar um processo específico de violência física, simbólica e/ou social contra o(a)s homossexuais. No sentido foucaultiano (Foucault, 1988), que busca afastar todo e qualquer questionamento ou desestabilização da naturalização da norma(lidade) da conduta heterossexual. Tem  finalidade de oprimir todo(a)s aquele(a)s que ousam sentir, experimentar ou dizer de suas orientações e/ou identidades sexuais diversas da heterossexualide.

·       Segundo Borrilo (2000), homens homossexuais são vitimizados quando identificados como Homo, são igualados às mulheres; são estereotipados com rótulo de “mulherzinha”, “marica”, etc. Mulheres homossexuais sendo homo, deixam de cumpri sua função “fêmea” de reprodutora, rejeitadas no universo viril, assumidas lésbicas, assumem postura ativa em relação ao seu desejo sexual.

 EFEITOS DESSAS DUAS REALIDADES: HETERO E HOMO

Segundo Blumenfeld (1992), Isay (1998) e Hardin (2000):

1) Negação da sua orientação sexual (do reconhecimento das suas atrações emocionais) para si mesmo e para os outros; 

2) Tentativas de mudar a sua orientação sexual; 

3) Sentimento de que nunca se é “suficientemente bom”, o qual conduz à instauração de mecanismos compensatórios, como, por exemplo, ser excessivamente bom na escola ou no trabalho (para ser aceito); 

4) Baixa autoestima e imagem negativa do próprio corpo, depressão, vergonha, defensibilidade, raiva e/ou ressentimento – o que pode levar ao suicídio já em tenra juventude; 

5) Desprezo pelos membros mais “assumidos” e “óbvios” da comunidade LGBT; 

6) Negação de que a homofobia é um problema social sério;

7) Projeção de preconceitos em outro grupoalvo (reforçados pelos preconceitos já existentes na sociedade).

8) Tendência de tornar-se psicológica ou fisicamente abusivo, ou permanecer em um relacionamento abusivo; 

9) Tentativas de se passar por heterossexual, casando-se, por vezes, com alguém do sexo oposto, para ganhar aprovação social ou na esperança de “se curar”; 

10) Práticas sexuais não seguras e outros comportamentos autodestrutivos e de risco (incluindo a gravidez e o de ser infectado pelo vírus HIV); 

11) Separação de sexo e amor e/ou medo de intimidade, capaz de gerar até mesmo um desejo de ser celibatário(a); 

12) Abuso de substâncias (incluindo comida, álcool, drogas e outras).

 Suicídio de Adolescentes e Orientação Sexual Homossexual: epidemiologia e casuística

·       entendem-se as ideações e tentativas de suicídio de adolescentes “não heterossexuais” como efeitos dos processos homofóbicos e não uma decorrência de processos patológicos individuais.

·       procura-se compreender o quanto o estigma de se descobrir “não heterossexual”, para si mesmo e/ou para os outros, contribui para levar um(a) adolescente ao ato de pensar e/ou de atentar contra a sua própria vida.

·       Pesquisas revelam que adolescentes homossexuais tem maior propensão a tentar suicídio que adolescentes heterossexuais.(Estado de Massachusetts, jovens LGBT 35,3% tentaram suicídio e Jovens Heterossexuais apenas 9,9%.

·       e o suicídio entre homossexuais, particularmente entre adolescentes e jovens adultos, tem sido considerado alto, nos últimos 25 anos.

·       Os adolescentes tomados por desejos eróticos em relação a pessoas de mesmo sexo biológico – neste estudo, denominados “não heterossexuais” –, sentem medo da exclusão e da injúria (Verdier e Firdion, 2003; Eribon, 2008), se afastam da sociedade, tornando-se vulneráveis à depressão e, em alguns casos, a pensamentos e tentativas de suicídio (SavinWilliams, 1990, 1998; Taquette e col., 2005). 

·       O suicídio em adolescentes não heterossexuais está acompanhado de certa desesperança e negação interna da sexualidade, que costumam ser reforçadas pela sociedade heteronormativa em que vivemos (Oliveira, 1998)

·       Segundo Castañeda (2007), esse processo de luto para certas pessoas, ele nunca tem fim – e talvez seja a diferença mais importante entre os homossexuais “felizes” e aqueles que nunca terminam de fazer o luto da heterossexualidade, que é imposta como ideal de comportamento sexual.  É importante tomar consciência desse luto, que pode durar indefinidamente ou ressurgir sob formas diferentes.

 GÊNERO

  • ·       Para as ciências sociais e humanas, o conceito de gênero se refere à construção social do sexo anatômico.
  • ·       a maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura.
  • ·       gênero significa que homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia de seus corpos.
  • ·       “O conceito de gênero diz respeito ao conjunto das representações sociais e culturais construídas a partir da diferença biológica dos sexo.
  • ·       No senso comum, as diferenças de gênero são interpretadas como se fossem naturais, determinadas pelos corpos.
  • ·       há um padrão universal para comportamentos sexual ou de gênero que seja considerado normal, certo, superior ou, a priori, o melhor. 
 GLOSSÁRIO:

 ·       Gênero: Conceito formulado nos anos 1970 com profunda influência do pensamento feminista. Ele foi criado para distinguir a dimensão biológica da dimensão social, baseando-se no raciocínio de que há machos e fêmeas na espécie humana, no entanto, a maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura. Assim, gênero significa que homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia de seus corpos.

 ·       Identidade de Gênero: Diz respeito à percepção subjetiva de ser masculino ou feminino, conforme os atributos, os comportamentos e os papéis convencionalmente estabelecidos para homens e mulheres.

 ·       Movimento Feminista: Movimento social e político de defesa de direitos iguais para mulheres e homens, tanto no âmbito da legislação (plano normativo e jurídico), quanto no plano da formulação de políticas públicas que ofereçam serviços e programas sociais de apoio a mulheres.

 ·       Travesti: Pessoa que nasce do sexo masculino ou feminino, mas que tem sua identidade de gênero oposta ao seu sexo biológico, assumindo papéis de gênero diferentes daquele imposto pela sociedade. Muitas travestis modificam seus corpos através de hormonioterapias, aplicações de silicone e/ou cirurgias plásticas, porém vale ressaltar que isso não é regra para todas (Definição adotada pela Conferência Nacional LGBT em 2008).

·       Bissexual: Pessoa que tem desejos, práticas sexuais e relacionamento afetivo-sexual com pessoas de ambos os sexos.

 ·       Cultura: Fenômeno unicamente humano, a cultura refere-se à capacidade que os seres humanos têm de dar significado às suas ações e ao mundo que os rodeia. A cultura é compartilhada pelos indivíduos de um determinado grupo, não se relacionando a um fenômeno individual. Por outro lado, cada grupo de seres humanos, em diferentes épocas e lugares, atribui significados diferentes a coisas e a passagens da vida aparentemente semelhantes. 

 ·       Direitos Humanos: Constituem o marco de reconhecimento dos direitos e liberdades básicas inerentes à pessoa humana, sem qualquer espécie de discriminação. São os direitos que consagram o respeito à dignidade humana, que visam resguardar a integridade física e psicológica das pessoas perante seus semelhantes e perante o Estado em geral. Exemplos desses direitos e liberdades reconhecidos com direitos humanos incluem os direitos civis e políticos, o direito à vida e à liberdade, liberdade de expressão e igualdade perante a lei, direitos sociais, culturais e econômicos, o direito à saúde, ao trabalho e à educação. Em 1948, após a Segunda Guerra Mundial, foi proclamada a Declaração Universal de Direitos Humanos, com a qual se inicia a fase de afirmação universal e positiva dos direitos humanos, materializada na busca por instrumentos internacionais (pactos, declarações e tratados) de defesa desses direitos. Alguns exemplos especialmente relevantes para o estabelecimento dos direitos relativos ao livre exercício da sexualidade são: o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e o de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (ambos de 1966), a Declaração sobre a Eliminação de Discriminação contra a Mulher (1967) e a Convenção subseqüente (1979), A Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959) e Convenção sobre os Direitos da Criança (1989). 

 ·       Heterossexualidade: Atração sexual por pessoas de outro gênero e relacionamento afetivo-sexual com elas. 

 ·       Hierarquia de gênero: Pirâmide social econômica construída pelas relações assimétricas de gênero. 

 ·       Homossexualidade: Atração sexual por pessoas do mesmo gênero e relacionamento afetivo-sexual com elas.  

 ·       Transexual: Pessoa que possui uma identidade de gênero diferente do sexo designado no nascimento. Homens e mulheres transexuais podem manifestar o desejo de se submeterem a intervenções médico-cirúrgicas para realizarem a adequação dos seus atributos físicos de nascença (inclusive genitais) à sua identidade de gênero constituída.

 ·       Travesti: Pessoa que nasce do sexo masculino ou feminino, mas que tem sua identidade de gênero oposta ao seu sexo biológico, assumindo papéis de gênero diferentes daquele imposto pela sociedade. Muitas travestis modificam seus corpos através de hormonioterapias, aplicações de silicone e/ou cirurgias plásticas, porém vale ressaltar que isso não é regra para todas (Definição adotada pela Conferência Nacional LGBT em 2008).

·       Eqüidade de gênero: Igualdade de direitos, oportunidades e condições entre homens e mulheres.

·       Cultura: Fenômeno unicamente humano, a cultura refere-se à capacidade que os seres humanos têm de dar significado às suas ações e ao mundo que os rodeia. A cultura é compartilhada pelos indivíduos de um determinado grupo, não se relacionando a um fenômeno individual. Por outro lado, cada grupo de seres humanos, em diferentes épocas e lugares, atribui significados diferentes a coisas e a passagens da vida aparentemente semelhantes. 

 ·       Gênero: Conceito formulado nos anos 1970 com profunda influência do pensamento feminista. Ele foi criado para distinguir a dimensão biológica da dimensão social, baseando-se no raciocínio de que há machos e fêmeas na espécie humana, no entanto, a maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura. Assim, gênero significa que homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia de seus corpos. 

 ·       Hierarquia de gênero: Pirâmide social econômica construída pelas relações assimétricas de gênero.

 ·       Movimento Sufragista: O movimento pelo sufrágio feminino é um movimento social, político e econômico, de caráter reformista, que tem como objetivo estender o sufrágio (o direito de votar) às mulheres. 

 

REFERÊNCIAS

Módulo II: Gênero | Unidade I | Texto I | Conceito de Gênero






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