Identificando os Pensamentos Automáticos

  • a interpretação de uma situação (em vez da situação em si), freqüentemente expressa em pensamentos automáti cos, influencia as respostas emocional, comportamental e fisiológica subseqüentes.
  • Pessoas com transtornos psicoló gicos, no entanto, com freqüência interpretam erroneamente situações neutras ou até mesmo positivas e, desse modo, seus pensamentos automáticos são tendenciosos.

  • CARACTERÍSTICAS DE PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
    "Pensamentos automáticos são um fluxo de pensamento que coexiste com um
    fluxo de pensamento mais manifesto." (Beck, 1964).
    • Esses pensamentos não são peculiares a pessoas com angústia; eles são uma experiência comum a todos nós. 
    • A maior parte do tempo, nós mal estamos cientes desses pensamentos, embora com apenas um pouquinho de treinamento possamos facilmente trazer esses pensa mentos à consciência.
    • Quando nos tornamos cientes dos nossos pensamentos, podemos automaticamente fazer uma checagem de realidade quando não estamos sofrendo de disfunção psicológica.
    • A terapia cognitiva lhes ensina ferra mentas para avaliar seus pensamentos de uma forma consciente estruturada, especialmente quando eles estão aflitos.
    • Embora os pensamentos automáticos pareçam surgir espontaneamente, eles se tornam bastante previsíveis, uma vez que as crenças subjacentes do paciente sejam identificadas. 
    O terapeuta cognitivo está preocupado em identificar os pensamentos que são disfuncionais, ou seja, os que distorcem a realidade, que são emocionalmente aflitivos e/ou interferem com a habilidade do paciente de atingir suas metas. 
    • Pensamentos automáticos disfuncionais são quase sempre negativos, a menos que o paciente seja maníaco ou hipomaníaco, tenha um transtorno de per sonalidade narcisístico ou seja um viciado em drogas.
    • Os pensamentos automáticos são usualmente bastante breves, e o paciente com freqüência está mais ciente da emoção que sente em decorrência do pensamento do que do pensamento em si. 
    • A emoção que o paciente sente é logicamente conectada ao conteúdo do pensamento automático. 
    • Os pensamentos automáticos estão comumente em uma forma “abreviada”, mas podem, com facilidade, ser soletrados quando o terapeuta pergunta pelo sentido do pensamento. 
    • Os pensamentos automáticos podem estar em uma forma verbal, vi sual (imagens) ou em ambas as formas.
    Os pensamentos automáticos coexistem com um fluxo mais manifesto de pensamentos, surgem espontaneamente e não são embasados em reflexão ou deliberação. 
    • As pessoas estão usualmente mais cientes da emoção associada, porém, com um pouco de treinamento, podem tornar-se cientes do seu pensamento. 
    • Os pensamentos relevantes a problemas pessoais estão associados a emoções específicas, dependendo de seu conteúdo e significado. 
    • Elas são freqüentemente breves e fugazes, em forma abreviada e podem ocorrer em uma forma verbal e/ou imaginária. 
    • As pessoas com freqüência aceitam seus pensamentos automáticos como verdadeiros, sem reflexão ou avaliação.
    •  Identificar, avaliar e responder a pensamentos automáticos (de uma for ma mais adaptativa) usualmente produz uma mudança positiva em afeto.
    • Ensinar ao paciente a habilidade de aprender a identificar pensamentos automáticos.
    • É vitale star alerta a indícios verbais e não-verbais do paciente.


    Referências:

     BECK, Judith S. Terapia Cognitiva Teoria e Prática. Artmed. Porto Alegre, 2007. Capítulo 6: Identificando os Pensamentos Automáticos.

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