quinta-feira, 30 de julho de 2020

A importância dos sonhos





A linguagem seja escrita ou falada, que o homem utiliza para se comunicar é cheia de símbolos.

"...símbolo é um termo, um nome ou mesmo uma imagem que nos pode ser familiar na vida cotidiana, embora possua conotações especiais além do seu significado evidente e convencional. Implica alguma coisa vaga, desconhecida ou oculta entre nós."(JUNG)



Considerações importantes acerca dos símbolos:
  • Geralmente conhecemos o objeto mas ignoramos suas implicações simbólicas. 
  • É preciso observar a mensagem subliminar que os símbolos trazem, para cada indivíduo.
  • Uma palavra ou imagem é simbólica quando implica alguma coisa além do seu significado manifesto e imediato.
  • Ao explorar um símbolo, a mente é condizida  a ideias que estão fora do alcance da nossa razão. (inconsciente).
  • O homem produz símbolos, inconsciente e espontaneamente, na forma de sonhos.
  • Os sentidos do homem limitam a percepção que este tem do mundo à sua volta. O conhecimento consciente tem seus limites, e não consegue transpor para além desse limite.
Toda experiência contém um número indefinido de fatores desconhecidos, por isso mesmo, a realidade concreta tem aspectos que ignoramos, e portanto, não temos consciência deles. Porém é preciso considerar que:
  • Eles são registrados inconscientemente.
  • Ficam abaixo do limiar da consciência.
  • Pode emergir por intuição ou autorreflexão.
  • Pode aparecer através de sonhos, revelando aspectos inconscientes, de forma simbólica.
Os psicólogos admitem a existência de uma psique consciente e outra psique inconsciente, como se fossem duas personalidades dentro de um mesmo indivíduo, o que é completamente normal, não tendo aí nada de patológico. 

A psique abrange o consciente e o inconsciente do indivíduo, e por esta razão, não se pode defini-la, da mesma forma que não se pode definir a natureza.

Os SONHOS  são o mais fecundo e acessível campo de exploração para quem deseja  investigar as formas de simbolização do homem.  

Sigmund Freud foi pioneiro no estudo dos sonhos, e chegou a conclusão de que não são produtos do acaso, mas que estão associados a pensamentos e  problemas conscientes. 

Jung cita como exemplos de sintomas físicos ocasionados na neurosa, que podem estar relacionadas a problemas enfrentados pelo sujeito:
  • não consegue engolir - pode não estar conseguindo engolir a situação que enfrenta.
  • ter acesso de asma - não consegue mais respirar a atmosfera de sua casa.
  • ter paralisia nas pernas - não pode andar ou continuar dessa forma.
  • sempre vomita quando come - não pode digerir determinado fato.
Os símbolos oníricos, ou seja, os símbolos que surgem nos sonhos, sempre aparecem com mais frequência do que as situações físicas. Os sonhos tem uma significação própria, variando de indivíduo a indivíduo, pois expressaria i que de específico o inconsciente do sujeito estaria tentando dizer. É preciso levar em conta que nos sonhos as dimensões de espaço e tempo são diferentes, e que os sonhos tem seus próprios limites, permitindo que se analise apenas a parte clara e visível deste. Jung afirma trabalhar apenas em torno da imagem do sonho, e por diversas vezes, repetiu a frase ao seu cliente: "Vamos voltar ao seu sonho. O que dizia o sonho?"

As pessoas ignoram os sonhos por se tratar de conteúdos dos quais sua consciência ainda não tem domínio, são conteúdos do inconsciente, e as pessoas tendem a desprezar tudo que é desconhecido, trazendo a tona o "misoneísmo" medo profundo e supersticioso do novo.

REFERÊNCIAS:
JUNG, Carl. G. O homem e seus Símbolos. Editora Harper Collins. Rio de Janeiro, 2020. Cap. 1 Chegando ao Inconsciente, p. 15-33

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