terça-feira, 31 de agosto de 2021

A importância da primeira entrevista

  •  é a porta de entrada, o “cartão de visitas” do terapeuta para seus clientes.
  • troca-se muito mais do que apenas informações contratuais e queixas iniciais
  • se estabelece vínculos de suporte fundamentais para o desenvolvimento do processo psicoterapêutico. 
"As primeiras entrevistas são momentos de conhecimento e escolha mútua em que o cliente se apresenta pelos seus motivos, queixas, questões e história de forma peculiar, e o terapeuta se mostra pelo seu estilo pessoal, sua indumentária, seu escritório de atendimento e suas formas de intervir. As primeiras entrevistas são também momentos de acolhimento e preparação para o vínculo que começa a se fazer. A forma de presença do terapeuta é, portanto, fundamental para o tipo de relacionamento que vai acontecer."(SILVEIRA, 1997, p.12)

Fatores interferem neste primeiro contato...
  • ser a primeira experiência com um(a) psicoterapeuta; 
  • o preconceito presente em nossa sociedade em relação a quem busca ajuda psicológica (Isso é coisa de “maluco”!);
  • o cliente ter vivido experiências desprazerosas em outras tentativas de tratamento com psicólogos,  não se sentindo ouvido ou entendido
  • falar de problemas n]ao resolvidos é por si só motivo de constrangimentos.
"Os encontros iniciais são fundamentais para firmar a confiança na relação, fornecer suporte e desenvolver o auto-suporte. Muitos autores têm escrito sobre o assunto. Yontef, por exemplo, afirma que a Gestalt-terapia é uma abordagem existencial, que tem sua base no relacionamento de uma forma específica de diálogo  existencial inspirado na relação EU-TU de Martin Buber. (SILVEIRA, 1997.p13)

Visão  de homem do terapeuta 
  • postura coerente para realizar o trabalho
  • baseia-se na visão de homem e  de mundo coerente com sua abordagem de atendimento psicológico.
  • "O Gestalt-terapeuta alega não curar nem condicionar — mas se percebe como um observador do comportamento real e um guia do aprendizado fenomenológico do paciente." (YONTEF (1998)
  • propõe a ampliação da cosnciência na relação terapeuta-cliente.
"Encontro existencial significa encontro real entre duas pessoas, numa relação paritária, onde ambos estão sob uma única luz: o fato de estar e de ser no mundo, numa tentativa de compreender, de experienciar; de reavaliar, de fortalecer, de singularizar o que significa, de fato, existir. Desejamos recuperar a integridade do ser humano, e desejamos fortalecer o seu movimento interno para a harmonia, lutando contra toda forma de dicotomia. (RIBEIRO (1985) apud SILVEIRA (1997) p. 34)
  • conhece sobre seu modo de estar em contato com o mundo, mais ela pode se permitir escolher opções mais saudáveis para ela mesma. 
O primeiro contato com o cliente
  • por telefone, email, etc.
"“Até aqui, já coletei uma quantidade de informações não verbais. Como decodificá-las e o que vou fazer delas ainda não sei. Ficam guardadas para uso posterior.” (JULIANO (1999), p.27)
  • Observar...
    • forma como o cliente chega até o terapeuta, como por exemplo: a forma o cliente chega até o terapeuta, contato no momento da marcação da entrevista inicial, sua postura na sala de espera e como se dá o primeiro contato propriamente dito.
    • Algumas perguntas que o terapeuta pode se fazer e de alguma forma encontrar as respostas, entre outras, são úteis no sentido de nortear essa busca de compreensão mais ampla desta pessoa.
    • como o cliente chegpu ao terapeuta
    • como se dá o contato, se há empenho, flexibilidade, disponibilidade por pare do cleinte.
    • postura na sala de esera, cumpre horário, vai só ou acompanhado, como se comporta
    • Que sensação tem o terapeuta no primeiro contato?
"No dia e hora marcados, ele chega e toca a campainha. Continua aqui a percepção da estrutura de seu comportamento. Como é esse toque: forte, insistente, ou tímido e quase inaudível? Chega antes da hora, pontualmente ou se atrasa?... Fico ao mesmo tempo atenta a mim mesma, ao meu próprio fluxo perceptual. O que sinto, o que penso, que imagens brotam em mim, reações corporais, a minha postura..." (JULIANO (1999)p.27)

Acolhimento do terapeuta...
  • deve  facilitar esse primeiro contato para o cliente
  • estar atento para as dificuldades surgidas neste primeiro contato e procurar facilitar com que o cliente possa expressar-se de acordo com suas potencialidades
  • o terapeuta usa como recurso a própria relação que está estabelecendo com o cliente como termômetro para guiar a aproximação possível a cada momento.
  • checar diretamente com o cliente como é para ele estar ali com uma pessoa “desconhecida” falando sobre o que o trouxe até ali. 
  • pode sinalizar, pontuar e trazer também os aspectos positivos do discurso do seu cliente de forma a ajudá-lo a ampliar sua visão de si próprio e de suas potencialidades, tornando muitas vezes este primeiro contato mais ameno e menos ameaçador para o cliente.
  • perguntar  o motivo que a trouxe até ali ou será mais interessante comentar um assunto mais leve, agradável e corriqueiro só para dar uma “aquecida”? Este é momento do rapport , em que o terapeuta busca ser acolhedor acompanhando aquela pessoa, porém tendo a noção da proposta daquele contato.
  • pode checar com o cliente o que ele espera de uma psicoterapia, quais são os seus objetivos com aquele tratamento.
  • Cuidar da linguagem usada com seu cliente também é muito importante.
  • Nem sempre o cliente vai chegar falando livremente.
  • Importante respeitar os limites do cliente sempre.
Preparação para a primeira entrevista requer planejamento:
  • não precisa ser rpigido.
  • definir o objetivo daquele encontro
  • saber que o cliente vai a terapia para pedir ajuda
  • que o cliente não  conhece as regras e demanda um tempo para se sentir confortável.
  • verificar se tem disponibilidade para acompanhar aquele paciente.
  • preparar o ambiente,garantindo conforto e segurança ao cliente.
  • apresentação do terapeuta - aparência externa - como me visto, me comporto...
  • previsão do tempo de sessão e administra-lo.
  • deve ter clareza do valor do seu trabalho, de seu tempo e do quanto vai cobrar.
  • felxibilidade ao estabelecer valores, que sejam confortáveis a ambos terapeuta-cliente.
  • periodicidade do pagamento - pacotes de sessões, sessões individuais.
Desenvolvimento da primeira entrevista
  • ouvir com atenção a queixa que o trouxe ao consultório.
  •  identificar ao máximo o que o levou a buscar a terapia
  • nortear a primeira entrevista, além da queixa inicial do cliente, tendo a pesquisar algumas áreas significativas da sua vida, como por exemplo: família, vida afetiva, vida social, profissão e a sua religião. 
  • Relação com a família
  • Relações da Vida afetiva
  • Relações na vida social
  • Relação com a profissão
  • Relação com a religião
Encaminahmento do tratamento após primeira entrevista
  • atneder às  necessidades e possibilidades do cliente.
  • o terapeuta conheça das várias formas possíveis de atendimento (individual, em grupo ou familiar) para fazer uma indicação adequada e funcional. 
  • indicação com o possível para aquele cliente naquele momento
  •  ter informações sobre os diferentes serviços de saúde existentes para a orientação ao cliente
Contrato para os próximos encontros
  • definir necessidades e importancia do tratamento.
  • como aconterão so encontros
  • regras de funcionamento na relação terapêutica
  • ler as regras e assinar junto com o cliente.
"Considero aquilo que chamamos de contrato terapêutico como muito importante para o desenrolar do processo. O maior índice de desistência na psicoterapia é devido a mal-entendidos no contrato. Penso, então, no papel do terapeuta, no sentido de passar as informações de forma clara para que o cliente saiba o que ele nessa relação pode receber, com o que ele pode contar, até onde pode ir e decidir se aceita ou não as condições. Se por um lado quem estabelece as regras do contrato é o terapeuta, cabe ao cliente manifestar a sua opinião. Essa é mais uma oportunidade de verificar como o cliente se relaciona com as propostas do terapeuta. (SILVEIRA (1997)p13.)

Referências:

 

Setting e contrato terapêutico na Gestalt-terapia

  •  Apresenta o exame dos elementos e das condições constituintes do contrato terapêutico numa perspectiva gestáltica na perspectiva de Lima Filho (1995), Aguiar (2014), Müller-Granzotto e Müller-Granzotto (2007), Rosa (2008) e D’Acri (2009).
  •  interessa identificar o usuário e o serviço de psicoterapia, em que o entendimento desse campo de trabalho remete inexoravelmente à clínica

CONTRATO E CONTRATO PSICOTERÁPICO

"Etimologicamente, o termo “contrato” é originário do latim contactu e significa “trato com”. Ou seja, o trato que se estabelece entre duas ou mais pessoas, em determinada ocasião e sobre determinado objeto."

"contrato terapêutico é também “um acordo entre duas [terapeuta e cliente] ou mais pessoas [grupo, casal, família etc.], para a execução de alguma coisa [psicoterapia], sob determinadas condições [cláusulas do contrato]” (D’Acri, 2009, p. 43)."

"“um trato que se faz com, de onde se deduziria que cliente e psicoterapeuta estariam definindo em comum acordo as regras e responsabilidade recíprocas que irão reger seu trabalho” Lima Filho (1995, grifo do autor, p. 77)

Aspecto diferencial entre contratos na abordagem gestáltica e nas demais:

  •  é a ênfase no fazer com o cliente, “em comum acordo”. 
O contrato terapêutico tem duplo dimensionamento, atendendo ao mesmo tempo:

 1) à necessidade de regulações objetivas do trabalho terapêutico, em que devem ser contempladas as necessidades do terapeuta;

 2) às necessidades de engajamento tanto de trabalho quanto emocional do paciente.

"Os elementos contratuais, além de ter coerência interna, devem ser coerentes também com as concepções filosóficas e epistemológicas da abordagem psicoterápica em que estão insertos."

Hycner (1995), menciona uma eftiva tensão, entre a dimensão objetiva e subjetiva pertinente à psicoterapia:

  •  como essência da prática psicoterapêutica a forte evocação de polaridades opostas, de maneira que muitas vezes se sente que irão dilacerar a sensibilidade do terapeuta, fazendo que o trabalho de psicoterapia constitua o terapeuta no campo vivo de batalha dos paradoxos inerentes à prática dessa profissão.
  • a tensão entre a dimensão objetiva e subjetiva exige integração equilibrada por parte do psicoterapeuta.
  • considera elementos objetivos e todos os elementos subjetivos que também o justificam, permeiam e constituem, imiscuídos nas diversas necessidades e possibilidades de aceitação, confirmação, refutação e também sabotagem de sua própria celebração e do processo terapêutico intencionado.

Elementos norteadores da psicoterapia...
  • enquadre não é um termo utilizado na gestalt-terapia, pois traz a ideia de forçar a algo.
  •  os papéis entre terapeuta e cliente não podem ser alterados, para que se efetive a psicoterapia.
  • devem ser apresentados ao cliente em forma de contrato terapêutico.
Principais  elementos do contrato referentes...
  •  à dimensão temporal (início e término, duração de cada encontro e do tratamento, periodicidade, interrupção e férias, bem como faltas e atrasos),
  •  à dimensão espacial (o local e suas características) 
    • diz respeito ao local e a suas características, que devem ser relativamente estáveis ou fixas – as sessões ocorrem sempre no mesmo local geográfico e na mesma sala
  •  à dimensão relacional (sigilo, valor dos honorários, forma de pagamento e sua periodicidade, reajustes e funcionamento do processo terapêutico). 
    • diz respeito a sigilo, valor dos honorários, forma de pagamento e sua periodicidade, reajustes, não comparecimento às sessões e atrasos, bem como ao funcionamento propriamente dito do processo terapêutico
"A exposição dessas dimensões permite compreender a necessidade de celebração do contrato terapêutico e de seu sentido, assim como a necessidade de manejo dele ao longo da psicoterapia."

"Como já vimos (Neubern, 2010; Lima Filho, 1995), quando não há contrato ou quando este não é suficientemente esclarecido, surgem implicações negativas, como ausência de adesão e/ou abandono da psicoterapia e confusões sobre papéis e funções, além da dificuldade de utilizar manifestações sobre elementos contratuais para promover a ampliação da awareness do paciente."
  • manifestações relcionais na entrevista devem ser colocadas à disposição do paciente.,
  • esse tipo de contrato se aplica  a pacientes organizados, sem transtornos mentais graves tais que necessitem de mediação institucional ou familiar.
"Nunca é demais lembrar que o ato humano contém a historicidade do agente (Rehfeld, 1992). Assim, passado, presente e futuro (história) estão condensados em cada uma das relações estabelecidas: ser é relacionar-se, e quando há relação há tempo. Não o tempo cronológica e vulgarmente tomado, mas como horizonte possível de toda e qualquer compreensão do ser (Heidegger, 1993)"

Momentos conscituídos no início do processo psicoterapêutico...

'Exposição e investigação – implica exposição e conhecimento mútuos. O terapeuta se deixa sentir e ver pelo paciente, ao mesmo tempo que este sente, investiga e estabelece uma compreensão de sua queixa, culminando na compreensão diagnóstica. De forma mais criteriosa, o terapeuta verifica a viabilidade do processo terapêutico com base na qualidade do contato, ou seja, se este é suficientemente positivo para dar início a um processo terapêutico e se as demandas apresentadas pelo paciente inserem-se em sua competência clínica."

" Exposição da compreensão psicodiagnóstica – consiste na tradução para o paciente de sua condição em linguagem clara e acessível, de forma que ele perceba positivamente a existência de respeito e consideração efetiva acerca das suas demandas, ao mesmo tempo que o terapeuta solicita confirmação acerca da compreensão exposta."

"Acordo terapêutico – refere-se à declaração do terapeuta de sua intenção e possibilidade de ajudar o paciente, quando isso for efetivamente verdadeiro, com a indagação sobre o interesse do paciente no início ou na continuidade da psicoterapia. Havendo concordância, estão estabelecidas as condições para a celebração do contrato terapêutico. "

"Contrato terapêutico – corresponde à fase final do início da psicoterapia e à inicial do processo psicoterápico. Formalmente anunciado e celebrado, o contrato permanece dependente do cumprimento das condições anteriores." 

O que deve ser notdo pelo psicoterapueta...

1) sentiu-se considerado e respeitado; 
2) entende que o terapeuta compreende sua queixa e sente-se em condições de ajudá-lo; 
3) concorda e, com o terapeuta, quer a realização da psicoterapia.

"a primeira sessão pode não ter sido suficiente para que o paciente se sinta incluído e confirmado (Buber); a compreensão diagnóstica talvez ainda não tenha sido estabelecida pelo psicoterapeuta, está pouco clara ou necessita de melhor consideração; por motivos diversos, o terapeuta precisa de mais informações objetivas que não foram fornecidas na primeira sessão. "

Duração das sessões de psicoterapia...
  • atendimento individual - 50 minutos
  • grupo, casal, família - 90 minutos
"Além da pertinência técnica, o tempo da psicoterapia deve fornecer condições de disponibilidade do psicoterapeuta"

"a cronologia tem caráter organizador, de regulação da ansiedade e de acolhimento da angústia. A angústia não atende a relógios, mas saber que alguém disponibiliza um tempo em sua agenda para o acolhimento torna-se, por si mesmo, um alívio, até mesmo para aquelas angústias que a própria cronologia provoca."

Agendamento e à periodicidade das sessões...
  • fixar hora´rio e número de sessões semanais.
  • dia e horário marcado propõe ideia de rotina.
A liberdade para interromper a psicoterapia antes da consecução de seus objetivos:
  •  precisa ser contratualmente reafirmada para o paciente como um elemento possível e real, a despeito da discordância ou concordância do terapeuta. 
A Gestalt-terapia é uma abordagem que tem no contato um de seus principais conceitos; 
  • na relação dialógica buberiana a tradução dessa noção e sua operacionalização para o processo terapêutico;
  •  na fenomenologia e no existencialismo a fundamentação da noção dialógica, de homem e de mundo (Karwowski, 2005).
  • o contrato também é uma forma de relação, um tipo de contato, manifestações de ajustamento funcionais e disfuncionais estão presentes na celebração deste (Rosa, 2008).
  •  deve ser assegurado ao paciente o sigilo profissional que resguarda a si e ao seu processo terapêutico contra qualquer tipo de exposição, seja ela a familiares, interessados ou não no bem-estar do paciente (pais, irmãos, cônjuges e outros) ou a instituições.
  • o valor dos serviços oferecidos em psicoterapia precisa ser acordado entre terapeuta e paciente, sendo função do profissional deliberar o valor que quer receber por seu tempo de trabalho e sua flexibilidade para o fornecimento de desconto ou de negociação.
  • No caso de coincidência de férias, ambos acordam um breve período de interrupção do processo, raramente superior a 30 dias.
  • Reajustes com base no INPC ( Índice nacional de Preços ao Consumidor, à variação inflacionária, sem abuso.
  • o não comparecimento, por qualquer motivo alegado, é considerado falta e deverá ser pago, caso não seja avisado rpeviamente.
  • A desmarcação ocorre quando o paciente avisa sobre seu não comparecimento, devendo ser estabelecidos critérios para esse procedimento – por exemplo, comunicação com pelo menos cinco horas de antecedência (D’Acri, 2009). Nessas situações, pode-se disponibilizar outro horário para o cliente.
  • atrasos por poarte do terapêuta deve ser reposto. Atrasos pelo cliente não são repostos.
"Em Gestaltterapia, a essência da relação é a separação (Rehfeld, 1992). Ou seja, é condição para um contato efetivo, legítimo e pregnante que cada um dos envolvidos na relação saiba quem é individualmente e como se faz a partir dessa e nessa relação em curso. "

Referências:
FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina okajima. A Clínica, a relação psicoterapêutica e o manejo em Gestalt-terapia. Summus editorial.  São Paulo, 2015. cap.2. Setting e contrato terapêutico




A primeira entrevista na gestalt-terapia

 Peculiaridades da primeira entrevista:

  • qual a finalidade dessa priemria entrevista?
  • contexto em que ocorre
  • limites e exigências específicos de um processo terapêutico em consultório
  • características de primeira entrevista em atendimento grupal
  • características de primeira entrevista para diagnóstico.
  • características de primeira entrevista com pais de crianças e adolescentes 
  • características de primeira entrevista com criança e adolescente.
Entendimento sobre "primeira entrevista":
  • não é necessariamente um único encontro;
  • pode ser um grupo de encontros que permitirão que terapeuta e cliente se conheçam e estabeleçam o "se" e o "como" de um processo terapêutico.
  • Buscar respostas para as seguintes perguntas:
    • Existe a necessidade da terapai?
    • Deve ser feita a terapia com aquele terapeuta?
    • Como será desenvolvida a terapia?
  • Decidido sobre "fazer a terapia" é preciso saber:
    • Quando começa a primeira entrevista?
  • A psicoteraía não é a primera opção do cliente. 
    • Ele antes, já tentou outros meios alternativos para lidar com seus problemas, o que configura o início do processo terapêutico.
    • Significa que o cliente já está em contato com seu sofrimento e em busca de solução.
    • Terapia por indicação médica, provoca uma frustração na pessoa que vai fazer a psicoterapia esperando solução mágica por parte do terapeuta, pois descobre que terapia é um trabalho conjunto, e árduo, que retoma seus sofrimentos.
Fazer terapia...
  • para o cliente
    • significa dispor-se a se defrontar com aspectos de si que não conehce bem ou teme, correr risco de aceitar e promover mudanças às veszes muito doloridas na prórpia vida, saindo da posição de conforto, já conquistadas por muitas lutas.
    • é abrir-se  para o autoconhecimento e com curiosidade, para desconhecer-se com confiança.
    • se propõe a flexibilizará ampliação do diálogo, entre mudança e permanência no modo de viver.
    • sente medo em  fazer isso, precisando de coragem para se manter na terapia.
  • caminhos a percorrer para fazer a terapia
    • encontra ro psicoterapeuta
    • entrar em contato com este - telefone, email, redes sociais, presencialmente, etc
    • após esse contato, o cliente já tem suas expectativas em relação ao terapeuta e ao que ele espera da psicoterapia.
  • Três caminhso para o primeiro agendamento
  1. o terapeuta tem uma secretária
  • ele perde parte importante do primeiro contato como deixar de perceber tom de voz, oratória no telefone, facilidade ou dificuldade para agendar horario, etc
  • ao receber o pacliente pessoalemnte, nao tem sobre ele uma impressão anterior provocada pelo contato telfônico.
     2. o terapêuta tem uma secretária eletrônica
  • dificuldade de entender as gravações
  • nem sempre o cliente deixa recado, podendo desistir.
  • redução de custo com secretária.
     3. o terapeuta atende o telefone (celular)
    • cliente já conhece a voz do terapeuta no primeiro contato.
    • começam a se conhecer e verificam possibildiade de atendimento.
    • permite observar caracteristicas da pesso,a disponibilidades, dificuldade iniciais, repercuss~ies geradas no terapeuta na primeira conversa.
    • terapeuta deve estar tranquilo e disponível para seu cliente, sem pressa ou pressão.
    • cliente sempre pergunta preço da sessão, podendo ser a questão financeira um determinante no fazer ou não da terapia.
  • Quando o cliente agenda entrevista com vários terapeutas é comum que não fique em nenhum.
A procura da terapia é sinal  de que o cliente  tem esperança de melhorar sua qualidade de vida:
  • O cliente que chega é ainda um estranho que nos procura porque sofre.
  • O terapeuta deve acolhê-lo em seu sofrimento e verificar a possibilidade de, por meio de um processo psicoterapêutico, ajudá-lo a transformar esse sofrimento em crescimento.
  • Receber essa pessoa pela primeira vez exige alguns cuidados com o ambiente e conosco.
    • tempo da primeira entrevista, em torno de 50 minutos, com flexibilidade.
    • cuidado básico e concreto diz respeito ao terapeuta e ao seu ambiente de trabalho. Estar preparado para receber o paciente.
    • o terapeuta está adequadamente vestido, a recepção e a sala de atendimento estão cuidadas, há um banheiro que ele pode usar sem pressa, o terapeuta está disponível na hora aprazada.
    •  a sala, mesmo sendo do terapeuta, deve guardar espaço suficiente para ser também do cliente.
As necessárias atitudes do terapeuta nessa primeira acolhida, sobretudo aquelas que dizem respeito a ele mesmo, àquilo a que precisa estar atento a si para permanecer aberto e disponível:
  • O processo psicoterapêutico como um todo se sustenta em especial em dois pilares:
    • a relação terapêutica 
    • e a compreensão diagnóstica
Alguns procedimentos paradoxais são de vital importância no processo psicoterapêutico:

1º Paradoxo:
  •  busca da postura de não procurar para poder encontrar
  • o terapeuta deve esvazar-se o mais possível diante de seu novo cliente, a ponto de se abrir para se surpreender com ele.
  • Olhar com interesse para essa pessoa que chega, deixar-se impressionar por ela sem, a priori, procurar possíveis patologias ou potenciais ainda não desenvolvidos, sem ter um roteiro prévio para a entrevista.
  •  uma pessoa que se dispõe a verificar se pode ajudar profissionalmente a outra.
2º Paradoxo:
  • vem da expectativa do cliente de encontrar ajuda com o terapeuta
  • o terapeuta não tem certeza, a princípio, de que seu serviço e seu arsenal teórico serão úteis àquele que o procura.
  • A única crença que um terapeuta pode ter no começo é a de que somente um ser humano pode acolher outro ser humano em momentos de intensa angústia, de sofrimento ou de impasses paralisantes.
  • O cliente procura a técnica, o especialista, mas precisa receber primeiro a compaixão, matriz da empatia tão fundamental para a relação terapêutica.
  • a compaixão provém do reconhecimento e do compartilhamento da condição humana, às vezes tão precária diante das demandas da existência.
3º Paradoxo:
  • embora deva receber humana e humildemente seu novo cliente, o terapeuta não é obrigado a atender essa pessoa em terapia.
  •  Acolher para uma primeira entrevista não é o mesmo que se comprometer a iniciar um processo psicoterapêutico com a pessoa acolhida.
  •  o terapeuta tem o dever de se perguntar se tem condições de firmar com essa pessoa um compromisso que promete ser intenso e duradouro
  • terapeuta deve se questionar antes de pegar o caso:
    • se  a pessoa toca meus sentimentos, provoca-me, instiga-me, se me sinto esperançoso em um trabalho com ela.
    • essa comoção é suficientemente confiável para um trabalho duradouro? 
    • Essa esperança tem mesmo relação com o encontro ou é um a priori que introjetei?
    •  Meu conhecimento terapêutico é bom o bastante para atender essa pessoa? 
    • Algum preconceito meu pode atrapalhar esse trabalho? 
    • Posso mesmo encarar essa aventura? 
  • questões mais objetivas do processo terapêutico:
    • como será o pagamento pelo trabalho e os horários?
    • conseguirá manter determinados horários para atender ao cliente?
4º Paradoxo:
  • tem relação com uma aparente ansiedade por parte do terapeuta.
  • ele não sabe se poderá corresponder; não tem ideia de como aquele encontro irá toca-lo em relação a nossos valores, crenças, esperanças, sentimentos, formas de lidar com o belo e o trágico da vida.
  •  o terapeuta não deve se preocupar em parecer bom ou especialmente competente, mas em estar – humanamente – presente.
  • ao psicoterapeuta compete facilitar ao cliente a expressão de sua vivência e a ampliação da esperança de transformar essa dor em atualização com sentido, e isso só se dá com a presença viva e sensível de outro ser humano.
"Independentemente dos anos de prática do terapeuta, a primeira entrevista mobiliza, faz-nos viver o que Perls, Hefferline e Goodman (1997, p. 45) chamam de “excitação do crescimento criativo”– que não pode ser confundida com a ansiedade propriamente dita, embora com ela se pareça. A excitação do crescimento criativo é uma vivência de ampliação da awareness e da energia que nos permite nos colocarmos mais plenamente ante uma situação; é, por exemplo, o que vive um artista momentos antes de pisar no palco para uma apresentação."

5º Paradoxo:
  • diz respeito a uma pergunta que o terapeuta deve se fazer em todo esse início de trabalho: 
    • será que essa pessoa precisa mesmo de terapia? 
    • Esse caminho seria o melhor para ela?
    • Terapia não é para todo mundo – muito menos para todos os momentos da vida
    • a compreensão diagnóstica, um dos pilares dos primeiros atendimentos, na medida em que conduzirá o olhar do terapeuta para os pontos cuja observação é necessária para a recomendação, ou não, do início de um processo psicoterapêutico, além de embasar a estratégia terapêutica que será proposta.
    • A compreensão diagnóstica, por exemplo, possibilitará a proposição de uma terapia mais breve ou mais longa, a frequência de sessões semanais, a necessidade de recursos adicionais
Yontef (1998, p. 279): “Não podemos evitar diagnosticar. A nossa opção é: fazê-lo de maneira superficial ou não deliberada ou, ao contrário, de maneira bem ponderada e com awareness completa”. 
  •  É parte do treinamento do terapeuta buscar ter a melhor noção possível de seu padrão de estar no mundo, de se relacionar e de perceber as pessoas.
  • Grande parte do nosso modo de perceber é dada pelo que herdamos, pelas construções que fazemos vida afora, pelos valores que nos orientam, pela nossa história, pelas nossas habilidades, pelos nossos horizontes.
O pontos mais significativos para a compreensão diagnóstica na primeira entrevista:
  • analisemos o trabalho multiprofissional interdisciplinar.
    • o psicólogo tenha sensibilidade e conhecimento suficiente para encaminhar seu cliente para avaliação médica sempre que perceber que isso pode ser útil para o cliente e tranquilizador para o trabalho efetivamente psicoterapêutico.
    •  sofrimentos que necessitem de apoio psiquiátrico para que a psicoterapia seja efetiva, vale a regra de exigir uma avaliação médica antes de iniciar o processo psicoterapêutico.
    • é um exercício de observação fundamentada na abertura perceptiva e na profunda confiança na formação de sentido do observado e do vivido pelo terapeuta.
    • Busca-se compreender "como":
      • como: como o cliente é diante do terapeuta;
      • como ele se relaciona;
      • como é seu mundo; 
      • como ele gesticula; 
      • como fala; 
      • como ouve; 
      • como se movimenta pelos caminhos da vida;
      •  como se dá conta de si;
      •  como se repete e como se surpreende; 
      • como lida com o tempo e com o espaço; 
      • como ele se desenvolve; que potencialidades explora e quais evita, 
      • como faz isso; 
      • que ajustamentos criativos ele fez, faz e/ou poderá fazer; 
      • que sabedorias ele tem e reconhece,
      •  que sabedorias tem e não reconhece, 
      • como faz ou não esses reconhecimentos, 
      • que sabedorias não tem;
      •  como ele se cuida e como se descuida; 
      • como lida com os sentimentos; 
      • como lida com sua sexualidade; 
      • como lida com os mistérios da vida; 
      • como lida com a religiosidade; 
      • como se apropriou, ou não, dos valores que o orientam; 
      • como sonha e como lida com seus sonhos; 
      • como dá significado e sentido à sua história: 
      • como ele se lembra; 
      • como lida com as lembranças;
      • como se brinca e como brinca; 
      • como ele está, esteve e nunca esteve; 
      • como gostaria e como gostará de estar
"“Como” é a palavra-chave para a compreensão diagnóstica na abordagem gestáltica, e embora essas questões necessitem de tempo para ser observadas já na primeira entrevista algumas se destacam e fundamentam a indicação, ou não, da terapia – e o como dela." (FRAZÃO; FUKUMITSU.2015)
 
Outras observações a serem feitas:
  • a queixa que o cliente traz à terapia. 
  • Como ela é? 
  • Como é vivida e relatada pelo cliente? 
  • Que sentido ele dá a ela? 
A queixa que o cliente traz...

  • pode não ser decisiva para a terapia.
  • é o meio pelo qual a pessoa chega ao terapeuta, devendo esse caminho ser confirmado e acolhido.
  • é a ferida que está exposta, é a dor que evidencia um sofrimento
  •  é o modo por intermédio do qual as potencialidades agora disponíveis, mas ainda não atualizadas, pedem passagem. 
  • aponta um sentido para as possíveis e necessárias mudanças
"Se a compreensão diagnóstica for bem-feita, permitirá que a primeira entrevista levante questões e pontos que aparecerão na terapia ao longo de muito tempo. Se for capaz de compreender o jeito de ser de seu cliente, o terapeuta poderá ajudar a retomada de seu crescimento porque terá uma base mais sólida para se aventurar na relação terapêutica, e também poderá fazer prognósticos, aventar possibilidades, traçar estratégias e horizontes suficientemente amplos para o processo terapêutico." (FRAZÃO; FUKUMITSU.2015)

O diálogo...
  • o é o caminho por excelência do processo psicoterapêutico desde o início
  • o terapeuta ouvi mais di que fala, ele não pode ser só ouvidos; precisa mostrar ao cliente como o compreende e como entende a situação que o traz à terapia. 
  •  compreensão e acolhimento se dá sobretudo pela comunicação verbal e não verbal.
  • É preciso que o profissional comente o prognóstico que imagina para o trabalho, com clareza e sensibilidade.
  • Um posicionamento ético para não fazer r falsas promessas, em não prometer curas, mas em demonstrar, quando é o caso, confiança em que a psicoterapia seja um recurso sólido e indicado para que o cliente lide com eficácia com as questões que o afligem.
Conclusão da primeira entrevista...
  •  é feito entre o terapeuta e o cliente
  • também entre o terapeuta e os responsáveis pelo cliente no caso de atendimento, por exemplo, de crianças, adolescentes e alguns idosos
  • estabelece as regras básicas que regerão o trabalho
Aliança Terapêutica...
  • confiança de que essa pessoa tem saúde suficiente para assumir sua parte no trabalho terapêutico.
  •  esse contrato serve para que se esclareçam, entre outros:
    •  os procedimentos a ser adotados com relação a horários, 
    • a faltas do cliente ou do terapeuta,
    •  à reposição de horários, 
    • a férias e feriados,
    • à remuneração,
    •  à disponibilidade do terapeuta fora dos horários estabelecidos 
    •  ao tempo da terapia nos casos de psicoterapia breve
O contrato na Gestalt-terapia...
  • por ser baseado na confiança, em terapias não institucionais é melhor que esse contrato seja verbal, não por escrito, preservando assim a confiabilidade mútua, princípio pétreo da relação terapêutica dialógica.

Referências:
FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina okajima. A Clínica, a relação psicoterapêutica e o manejo em Gestalt-terapia. Summus editorial.  São Paulo, 2015. cap. 1. A primeira entrevista.

Principais acontecimentos e obras que marcaram a sua evolução.

 

  •   surgiram essencialmente como uma resposta ao problema assistencial colocado pela massa cada vez maior de população consultante
  • necessidade de implementar técnicas breves para atender a demandas específicas.
  • As terapias de curto prazo, individuais e grupais, permitiram ampliar a assistência psiquiátrica
  • Menor custo atribuído às psicoterapias breves
"Os objetivos terapêuticos deveríam, então, centrar-se na superação de sintomas e incidentes agudos ou situações perturbadoras atuais, que se apresentam como prioritárias por sua urgência e/ou importância."

A denominação "psicoterapia breve"...

  • breve para o terapeuta mas nem sempre é breve para o paciente.
  • possuem tempo limitado, denotando brevidade
  • Outras denominações:
    • psicoterapias de tempo limitado
    • psicoterapias de objetivos limitados, basicamente interpretativa ou de insight, que deve ser empregada em indivíduos com capacidade egóica suficiente para serem tratados por meio dela.
    • psicoterapia breve de orientação psicanalítica
Principais acontecimentos e obras que marcaram a evolução da terapêutica breve de orientação psicanlista:
  • os primeiros tratamentos efetuados pelo próprio Freud na etapa pré-analítica e no começo da analítica eram, de certo modo, terapias breves, pois duravam só alguns meses.
  • Freud se achava empenhado, inícialmente, em buscar curas rápidas, a princípio dirigidas para a solução de determinados conflitos e sintomas1
  • Casos clínicos tratados por freud com psicoterapia breve:
    • Freud atendeu a Gustav Mahler, com resultados satisfatórios, durante algo mais de... quatro horas, a maior parte das quais transcorreram enquanto ambos passeavam por Leyden
    •  o do Homem dos ratos, que conseguiu bons resultados, e cujo histórico clínico foi publicado em 1909 (5), durou tão-somente 11 meses, tornando longos o tratamento.
    • 1914: no histórico clinico do Homem dos lobos, redigido em 1914 e editado em 1918 (7j, Freud disse que fixou pela primeira vez uma data para o término da análise, numa tentativa de acelerar o desenvolvimento do processo terapêutico2. 
    • 1916: Ferenczi menciona, pela primeira vez, a necessidade de uma psicoterapia breve, sendo repreendido por Freud (13 )3. 
    • 1918: em uma conferência pronunciada em Budapeste e editada no ano seguinte (“Os caminhos da terapia psicanalítica” [8]), Freud propõe uma psicoterapia de base psicanalítica para responder à necessidade assistencial da população, e sugere que se combinem os recursos terapêuticos da análise com outros métodos. Tal proposta é de importância decisiva para fundamentar, posteriormente, a configuração de uma terapia breve de orientação psicanalítica. 
    • 1920-1925: S. Ferenczi e O. Rank realizam tentativas para abreviar a cura psicanalítica. Escrevem conjuntamente um livro, no qual abordam o tema (3), recebendo duras críticas de Freud. 
    • Ferenczi propõe o chamado “método ativo”, que logo abandonará. 
    • Rank, por sua vez, defende a possibilidade de um tratamento analítico breve baseado na tentativa de superar, em poucos meses de análise, o trauma do nascimento, que considera o nódulo da neurose. 
    • 1937: em “Análise terminável e interminável”, Freud assinala que as tentativas de abreviar a duração da análise que consome muito tempo não requerem justificação “e se baseiam em imperativas considerações de razão e de conveniência”
    • Em várias passagens desse artigo sublinhará que o encurtamento da duração da análise é um fato desejável. Mas também fustigará as tentativas que Rank efetuara nessa direção desde 1924, baseadas em sua concepção a respeito do trauma de nascimento. O mesmo fará em relação a Ferenczi.
    • 1941: o Instituto de Psicanálise de Chicago organiza um congresso nacional sobre psicoterapia breve. Aumenta o interesse pelo tema nos Estados Unidos.
    • "1946: aparece Psychoanalytic Therapy (Ronald Press, Nova York), de F. Alexander e T. French e colaboradores do Instituto de Psicanálise de Chicago, obra que inicia uma nova e decisiva etapa no campo das técnicas breves"
      • recolocam a necessidade de abreviar o tratamento analítico e de efetuar terapias breves com uma compreensão psicanalítica. 
      • Incluem conceitos sobre planejamento da psicoterapia, flexibilidade do terapeuta, manejo da relação transferenciai e do ambiente, utilidade de ressaltar a realidade externa e eficácia do contato breve
    • "1965: aparece Short-Term Psychotherapy, obra compilada por L. Wolberg (Grune and Stratton, Inc., Nova York), que contém trabalhos de Avnet, Masserman, Hoch, Rado, Alexander, L. Wolberg, Kalinowsky, Wolf, Harrower e A. Wolberg. Sobressai o de L. Wolberg, a respeito da técnica da psicoterapia breve"
    • "1971: em TheBriefer Psychotherapies (Brunner Mazel, Inc., Nova York), Small realiza uma extensa compilação das idéias de numerosos autores sobre o tema"
Alexander e French...
  • adicionaram certas variações à psicanálise clássica, como frequência variável das consultas, orientações para o dia-a-dia e utilização de experiências cotidianas.
  •  introduziram a 'Experiência Emocional Corretiva', ideia pela qual defendem a importância de uma experiência emocional nova que corrija a vivência traumática.
Malan...
  • trouxe  a terapia focal praticada na Tavistock Clinic, em Londres.
  • enfatiza a postura face a face, o cuidado com o término da sessão e a avaliação imediata do conflito principal além do número limitado de sessões
  • sua pesquisa demonstrou que são possíveis mudanças duradouras mesmo em pacientes com graves problemas de personalidade
Sinfneos...
  • com base na teoria psicanalítica, indica a ‘Psicoterapia Breve Provocadora de Ansiedade’ para pacientes com problemática edípica.
Gilliéron...
  • adiciona a teoria sistêmica, devido à relevância do fator interpessoal para a Psicoterapia Breve.
  • acreditava que a relação com o outro estaria fundamentada em uma imagem que o sujeito tem de si mesmo.
  • aponta passos como diagnóstico de personalidade relacionado com a problemática, intervenção precoce, elaboração da interpretação inicial nas outras sessões e decisão sobre a continuidade

Psicoterapia breve na Argentina
  • 1967: tem lugar o Colóquio Acta 1967: Investigações sobre psicoterapia breve
  • Empregam-se tratamentos de duração limitada com base psicanalítica, mas a atividade é desorganizada e confusa 
  • 1970: aparece o primeiro livro de autor argentino, exclusivamente consagrado ao tema: Psicoterapia breve, de H. Kesselman, com prólogo de J. Bleger
    • utilizando o esquema referencial de Pichon-Rivière aborda, entre outros aspectos, o planejamento e as técnicas de mobilização, e assinala algumas características essenciais das interpretações a serem utilizadas no trabalho terapêutico
  • 1973: publica-se Teoria y técnica de psicoterapias, de H. J. Fiorini
    • amplo e valioso estudo sobre o tema, no qual se destacam especialmente o capítulo referente à primeira entrevista em psicoterapia breve e o que oferece um modelo teórico do foco terapêutico
    • trabalha com a 'Psicoterapia do Esclarecimento', com base na teoria psicanalítica, mas diferindo dela primordialmente pela postura docente do terapeuta.
    • Ressalta uma intervenção de rápida duração com um trabalho cognitivo que fortalece outras áreas fora das problemáticas
  • 1975: Psicoanálisisypsicoterapia breve en la adolescência*, de J. C. Kusnetzoff
    • aborda, em sua segunda parte, o tema da psicoterapia individual e grupai breve do adolescente
  • 1980: em nosso meio atualmente é indiscutível a necessidade de se recorrer a psicoterapias menos custosas que a análise, tanto em tempo como em dinheiro, a fim de responder à demanda de um número cada vez maior de indivíduos. 
Referências:
BRAIER, Eduardo Alberto. Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica. Martins Fontes. São Paulo, 2000.



domingo, 29 de agosto de 2021

A Orientação Profissional e as Transformações no Mundo do Trabalho

 A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL...

  • Suas práticas surgem a partir da criação dos Centros de Orientação Profissional na Europa e nos Estados Unidos, na primeira década do século XX.
  • pretendia identificar trabalhadores inaptos para determiandas tarefas industriais a fim de evitar acidentes de trabalho e garantir produtividade.
  • nasceu para resolver problemas práticos na sociedade industrial
Características da Sociedade capitalista ocidental...
  • Bíblia - trabalho definido como castigo divino imposto aos homens por desobediência a Deus.
  • Antiguidade Clássica - o trabalho era para escrevos - desvalorização do trabalho
  • Idade Média - trabalho cabia aos servo dos senhores feudais, donos a terra e do poder e o trabalho era realizado em família; o trabalho ainda era visto como castigo e sofrimento.
  • Idade Moderna - surgem profundas transformações sociais, culturais, científicas e econômicas trazendo um novo conceito de trabalho: na religião surge o conceitod e que trabalho é salvção e virtude, passando a condenar o ócio.
  • O Renascimento Cultural promoveu o desenvolvimento das artes e da ciência e contribuiu com a ideia do trabalho como libertação.
  • As Grandes Navegações e o Mercantilismo trouxeram o desenvolvimento do comércio e promoveram a ascensão da burguesia enquanto classe social. 
  • Iluminismo vieram avanços científicos e tecnológicos inovadores.
  • Desenvolvimento da Sociedade Industrial:
    • Primeira Revolução industrial - Adam Smith e o Liberalismo Econômico,centrada na produção em larga escala onde artesão e agricultores passama  vender sua força de trabalho em troca de salários. (final do Se´c. XVIII)
    • Segunda Revolução Industrial -  Carl marx e friedrich Engels apontaram as perversidades das relações de trabalho na sociedade industrial., defendendo a ideia de lutas de classes na luta por direitos e garantias sociais ao trabalhador industrial assalariado. (final do séc. XIX)
    • terceira Revolução Industrial - desenvolvimento da automação, a fim de aumentar a produção e reduzir o trabalho e criar linahs de montagem na indústria automobilística. Mvimento taylorista-fordista. 
      • A Orientação Profissional nasceu como prática neste contexto sócio-econômico;
      • A Orientação Profissional caracteriza- se, neste momento, como atividade diretamente vinculada à indústria e à ordem sócio- econômica vigente, com o objetivo de garantir o aumento da produtividade industrial. 
      • A Orientação Profissional, que nasceu como uma prática cujo objetivo era garantir a eficiência industrial, foi influenciada pela Psicologia Diferencial e pela Psicometria nascentes (Brown & Brooks, 1996; Carvalho, 1995; Super & Bohn Jr., 1970/1976)
      • desevolveu-se  a Teoria do Traço e Fator, que passou a servir como paradigma para a realização de processos de Orientação Profissional baseados na utilização de testes de aptidões, habilidades e interesses e cujo baluarte era o ajustamento do homem à ocupação, com vistas na excelência da eficiência industrial.
      • A formação dos orientadores profissionais residia na aprendizagem de técnicas para a avaliação de características do indivíduo e no acesso a descrições das diversas ocupações do mundo laboral da época.
      • O foco desta atividade era a busca da eficiência através do ajustamento da pessoa à função, a partir da avaliação das habilidades e competências, independentemente da autopercepção do sujeito quanto aos seus interesses e perspectivas de satisfação e auto-realização.
  • Segunda metade do séc XX
    • Decadência da sociedade industriial e revalorização da criatividade.
    • Orientação profissional toma novos rumos.
    • Influência da Terapia Centrada no cliente (Carls rogers) no que diz respeito...
      •  ao papél do sujeito na orientação profissional; 
    • a ideia de que a escolha profissional é um processo integrado ao desenvolvimento vital do sujeito (Teorias Evolutivas) 
  • O foco da Orientação Profissional transferiu-se da produção resultante para o sujeito de escolha, sendo a eficiência e a produtividade tomadas como conseqüências naturais de uma escolha adequada, centrada na satisfação e nos sentimentos de realização do indivíduo.

A sociedade capitalista atual é pautada...
  • pelo aumento do setor terciário ou de serviços;
  • pela globalização da economia;
  • pelo modelo enxuto de empresa;
  • pelo uso de tecnologias de ponta, como eletrônica, telecomunicações,informática, biotecnologia; pela altaprodução de bens não-materiais, como serviços,informação, educação, estética.
Surgem ocupações novas e vão desaparecendo ocupações novas...
  • Estas mudanças no mundo do trabalho geram instabilidade e exigem do trabalhador uma série de novas habilidades para a empregabilidade, como flexibilidade, polivalência, capacitação tecnológica, adaptabilidade.
  • Valorização da flexibilidade da produção e das relações de trabalho, que passaram a ser guiados pelas flutuações do mercado de consumo;
  • Nova ordem econômica enfraquece as lutas de classe e organizações sindicais e fortalece o individualismo.
  • Espera-se cada vez mais do trabalhador e se oferece cada vez menos a ele.
  • O trabalhos vinculado a qualidade de vida mantém cada vez mais , a maioria dos indivíduos a margem do processo produtivo.
  • Tudo isso afeta a Orientação profissional no que diz respeito a sua postura ética frente as novas configurações da sociedade capitalista contemporânea.
  • surge o fenômeno do desemprego estrutural que vem assolando o país.
O papel que o orientador profissional brasileiro...
  • orientar este jovem para que possa avaliar criticamente a sociedade contemporânea e assumir uma postura
  • ética de comprometimento social, tornando-se um agente de mudança.
  • promover uma reflexão crítica e ética sobre o compromisso social implicado nas escolhas profissionais dos indivíduos, assumindo um papel de agente de mudança social
  • A Orientação Profissional tem um importante papel na construção da sociedade pós-industrial
Passos a seguir pelo Orientador Profissional:
  1. é importante apontar a necessidade de que o orientador profissional possua uma fundamentação teórica sólida, que embase seu trabalho prático (Lassance, 1999).
  2. é necessário que o orientador profissional conheça as mudanças atuais no mundo do trabalho e oriente o jovem para as incertezas e instabilidades que dela advêm (Jenschke, 2001; Lisboa, 2000, 2002).
  3. é imprescindível que o orientador profissional aceite o caráter político e ideológico do seu trabalho e o compromisso social a ele inerente (Lassance, 1997; Lisboa, 2000, 2002; Luna, 1997; Sarriera, 1998).
    • Orientação Profissional, cujo foco deixou de ser a produção e passou a ser o indivíduo, sujeito de escolha.
    Referências:
     Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902003000100003
















    Orientação Profissional no Brasil: uma revisão Histórica da Produção Científica

    •  panorama da história da Orientação Profissional no Brasil
    • Orientação Profissional em grupo 
    • identificação dos principais referenciais teóricos e metodológicos que sustentam as práticas de Orientação Profissional no Brasil.
    • destaca que a ciência não é produzida de forma alheia ao contexto político, social e econômico.
    A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL

    Século XX - Modalidade de Orientação Profissional estritamente psicométrica

    Década de 20:
    • Aplicação da Psicologia nas relações de trabalho.
    • regulamentação dos cursos destinados à profissionalização para o comércio, indústria e agricultura.
    • 1924 -  primeira experiência de aplicação sistemática da Psicologia à organização do trabalho, com o objetvo de selecionar alunos para o Curso de Mecânica Prática.
    Década de 30:
    • 1930 - empresas ferroviárias criaram o Curso de Ferroviários de Sorocaba e o Serviço de Ensino e Seleção Profissional da Estrada de Ferro Sorocabana. 
    • cenário político-econômico brasileiro era composto pelo governo ditatorial de Getúlio Vargas (1930-1945) e pela mudança de um modelo de economia agrário-exportadora para uma economia urbano-industrial.

    Década de 40:
    • governo do General Dutra (1946-1950), por sua vez, foi marcado pela ideologia liberal e pela mudança na Constituição (1946), que passou a dar grande ênfase à cultura e à educação.
    • preocupação em atender aos contingentes formados nos centros urbanos
    • A defesa da educação como direito de todos teve sua contrapartida na hipótese de que as pessoas não eram igualmente dotadas pela natureza para usufruírem a oportunidade que o Estado lhes dava, tudo isso, através dos testes psicológicos e seu caráter científico.
    • 1947 - foi criado o Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP) da Fundação Getúlio Vargas (Goulart, 1985).
      • tinha por o objetivo básico de contribuir para o ajustamento entre o trabalhador e o trabalho, mediante estudo científico das aptidões e vocações do primeiro e dos requisitos psicofisiológicos do segundo (Instituto de Seleção e Orientação Profissional, 1949).
      • implantou de técnicas de seleção e orientação profissional, dando atendimento à classe média alta, numa tentativa de orientação da futura elite dirigente.
      • Formaram-se os primeiros especialistas na área da Psicologia (Bomfim, 2003).
    • ISOP no Rio teve especial importância para a criação do Serviço de Orientação e Seleção Profissional (SOSP) em Belo Horizonte.
      • SOSP tinha como objetivo de orientar vocações  no meio escolar e estabelecer critérios para a seleção de pessoal destinado à administração pública e organizações particulares.
    • O psicotécnico...
      • era o profissional que adquiria o domínio do conhecimento sobre a natureza humana e buscava adaptá-la ao novo contexto da sociedade urbanoindustrial.
      • finalidade da Orientação Profissional incorporava-se ao ideal de organização e racionalização do trabalho da época, com vistas a uma maior produtividade
      • Os testes vocacionais tinham a finalidade de orientar profissionalmente os jovens para uma escolha
      • coerente com suas aptidões, mas principalmente com vistas à maior eficiência do processo produtivo.
      • Direcionava os indivíduos para diferentes profissões pelas suas capacidades, sem considerar as diferentes condições de classe ou a história de vida do sujeito
      • A Orientação Profissional transformava as determinações sociais em características inerentes ao indivíduo.
    Anos 50 e 60
    • A revista Arquivos Brasileiros de Psicotécnica foi principal instrumento de divulgação dos trabalhos de Orientação Profissional, em sua maior parte baseados na Psicometria
    • Apresentava estudos experimentais de testes
    • estudos sobre os valores do orientador profissional, as dinÇãmicas d epersonalidade, os fatores culturais envolvidos na motivaçãoi da conduta humana, etc.

    Década de 60:
    • 1962 - reconhecimento legal da profissão de psicólogo ocorreu no Brasil, predominando inicialmente, a eprspectiva técnica.
    • substituição da metodologia de diagnosticar e aconselhar utilizando como instrumentos os testes psicológicos pelo auxílio ao autoconhecimento (influênciad e Rogers-EUA) e focalização de aspectos incosncientes (influència de Freud na Europa)
    •  1963 - Lourenço Filho, também professor do ISOP, no Curso de Formação de Orientadores Profissionais definiu como elementos da Orientação Profissional a análise das profissões e a caracterização dos atributos individuais, acrescentando em seguida que a estes elementos os especialistas estavam juntando outro: o gosto ou preferência pessoal por uma espécie de trabalho e pelas relações pessoais que o tipo de trabalho engendra. 
    • 1967 - No editorial dos Arquivos Brasileiros de Psicotécnica afirma que as análises interpretativas de natureza clínica eram fecundas, mas não isentas de perigo e, portanto, deveriam se apoiar em dados experimentais
    • Durante o Governo militar (1964-1968) foram bloqueadas todas a visões críticas e não- quatitativas  restando apenas à Psicologia a abordagem experimental e psicométrica. 
    • Houve um aumento significativo de pretedentes ao nivel superior
    • A expanç~sao do ensino superior se deu via privatização, o que não implicou a democratização do ensino.intensificando o elitismo e excçuindo a classe trabalhadora.
    • Surgem movimentos estudantis clamando por novas vagas e verbas para o ensino sueprior.- manifestações
    • 1968 - Reforma Universitária que propunha a departamentalização das faculdades universitárias
    • O trabalho de Bomfim (2003) reafirma que as dinâmicas de grupo tornaram-se freqüentes desde a década de 60
    Década de 70:
    • os primeiros anos do processo de abertura política e contaram com a reserva do povo que, acostumado ao sistema repressivo, evitava as manifestações públicas (Goulart, 1985).
    • houve um maior número de publicações sobre outras aplicações da Psicologia e apareceram os primeiros artigos sobre Psicologia Social e Dinâmica de Grupo.
    • A padronização de testes, dentre outros tipos de estudos experimentais de Orientação Profissional que constituíam a quase totalidade dos artigos publicados nos números anteriores da revista, foi substituída pelas publicações de Informação Ocupacional (IO):
      • descrições de diferentes ocupações e profissões de nível técnico e universitário
    •  nas  revistas havia uma publicação que informava sobre alguma ocupação: o que é, o que faz o profissional, local de trabalho, estudos e exigências.
    • O Centro de Informação e Pesquisa Ocupacional (CIPO
    • a Psicologia engendrava novos campos e possibilidades de estudo: 
      • Aconselhamento, Psicologia Cognitiva, Psicologia Social, etc
    • 1971 - Rodolfo Bohoslavsky publicou na Argentina seu livro sobre a estratégia clínica em Orientação Vocacional que, desde então, passou a exercer grande influência nos trabalhos desenvolvidos por brasileiros. 
    • 1973 -Ruth Scheefer publicou  um artigo no qual apresenta o conceito tradicional de Orientação Profissional em contraposição a novos conceitos, com destaque para o estudo de maturidade vocacional
    • De acordo com Scheefer (1973), o constructo maturidade vocacional foi o primeiro que Super (1957) se propôs a conceituar e operacionalizar
    • dois aspectos do desenvolvimento do comportamento vocacional que têm sido objeto de interesse:
      •  o processo de escolha e a maturidade vocacional.
    • Maturidade vocacional 
      • grau de capacidade de enfrentar e executar as tarefas evolutivas vocacionais, características das progressivas etapas vitais
    • 1978 -  primeiro artigo sobre Orientação profissional em grupo publicado por psicólogos formados oela UFRJ: Orientação clínico-vocacional.
    • 1979 - Carvalho defendeu sua tese de doutorado sobre Orientação profissional em grupo, com o objetivo de ensinar a esoclher e possibiulitar a decisão por meio de fatores básicos para uma boa esc: autoconhecimento, informação ocupacional e mercado de trabalho.
    Década de 80:
    • 1980-1981 carvalho realizou um prohjeto chamado Orientação Profissional em grupos de periferia para avaliar a pertinência do modelo teórico e metodológico usado entre adolescentes de classe media em classes populares.
    • A Psicologia buscava se redefinir e as práticas de Orientação Profissional também.
    • Bosi (1982), por exemplo, incentivava a saída da Psicologia dos consultórios e o contato dos alunos de Psicologia com a educação popular, isto é, com as escolas públicas.
    • Psicologia da época questionavam os determinantes e a liberdade de escolha profissional e as pesquisas tinham a preocupação de validar e adaptar os testes vocacionais para o contexto brasileiro
    • 1981 - principa, evento da década O seminário de Informaçãi Ocupacional do Centro de informação Ocupacional (CIPO)
    • 1983 Soares apresenta sua dissertação de mestrado, compreendendo que devem ser trabalhados o conhecmento de si mesmo, o conhecimento das profissões e a escolha propriamente dita que implica decião pessoal e viabilização da escolha.
    • 1988 - Ferreti salienta que a Orientação Profissional deve se voltar para os interesses das classes trabalhadoras e com menos ênfase para os jovens oriundos da burguesia
    • Críticas a Orientação Profissional que operava ignorando as desigualdades sociais e partindo do pressuposto
    • de que as diferenças no tocante à escolha ocupacional são individuais
    • A orinetação profissional fou discutida enquanto processo no qual a escolha é multideterminada.
    • As problemáticas da escolha profissional, o dilema da escolha profissional e a identidade profissional são categorias centrais nos estudos sobre Orientação Profissional.
    • As questões sociais já eram consideradas relevantes para a Orientação Profissional, mas as teorias e metodologias ainda buscavam seus referenciais na Psicologia Individual
    Década de 90:
    • 1990 - ISOP foi extinto
    • 1993- criação da Associação Brasileira de Orientação Profissional (ABOP) foi um marco histórico importante para a Orientação Profissional
    • 1997 - surge  aprimeira Revista de Orientação Profissional da ABOP.
    • ABOP passa a ser o novo centro orgnaizador  e promotor da Orientação profissional no Brasil.
    • As publicações revelam que não existe um único referencial teórico e metodológico no qual se baseia a Orientação Profissional, mas é possível reconhecer que a Psicologia oferece importantes referenciais e que predominam as perspectivas clínica e psicométrica
    • Orientação Profissional não pode prescindir de um referencial psicossocial, ou seja, mais que considerar a relevância dos fatores sociais no processo de escolha, é importante que o orientador baseie sua prática em referenciais teórico-metodológicos psicossociais.
    • a Orientação Profissional tem sido enfocada em três diferentes perspectivas: 
      • a perspectiva psicométrica,
      • a perspectiva clínica ,
      • e a perspectiva que valoriza as discussões sobre o trabalho no modo de produção capitalista.
    Referências:
    Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902005000100003

    terça-feira, 24 de agosto de 2021

    A Gestalt-terapia Holística e Organísmica

    O holismo e a teoria organísmica como constitutivos e essenciais para compreender o solo sobre o qual as sementes da Gestalt-terapia foram plantadas.

    • A teoria organísmica e do pensamento holístico, Perls destaca a grande influência sofrida tanto de Goldstein e da sua obra The organism (1995) quanto de Jan Smuts e de seu livro Holism and evolution (1996).
    • A obra "Ego, fome e agressão" (Perls, 2002, p. 61), ele ainda define o holismo, conforme o termo cunhado por Smuts, como “uma atitude que compreende que o mundo consiste per se não apenas em átomos, mas em estruturas que têm um significado diferente da soma das suas partes”.
    • aderir ao paradigma holístico significava uma tentativa de romper com o paradigma reducionista e isolacionista
    • Propor-se a entender a organização dos todos segundo um ponto de vista holístico estrutural é aderir a um novo paradigma, contrário à psicanálise.
    • a Gestalt-terapia é ainda ter o holismo como novo referencial epistemológico para as ciências biológicas
    •  Goldstein, destaca o holismo como a base estrutural para o pensamento organísmico.
    "Goldstein nomeou esse todo estrutural de organismo, entendendo ser ele composto por todos os fatores constitutivos dessa pessoa, tanto no corpo empírico quanto no campo das emoções — e também nos seus padrões de relação com o ambiente e com as pessoas que o cercam." (FRazão, 2013, pg. 74)

    Holismo ...

    Holismo tem origem grega e significa Holos, inteiro, o todo. 
    É conseguir observar o todo em cada uma das partes.


    Antes de se tornar uma maçã, passou por todas as fases do desenvolvimento, desde a semente até a fruta. Fruta de muitas simbologias, quando olhada no seu todo, como pecado, sedução, amor, paixão e conhecimento. Essas observações e associações da fruta, permitiu o olhar holístico sobre a maçã.

    O termo holismo foi criado por Jean Christian Smuts em 1926, devido ao seu livro "Holismo e Evolução". Filósofo , escritor  e estadista sulafriacano (àfrica do Sul). 

    Na Gestalt-terapia foi uma grande influência devido a sua proximidade de Frederick Perls e Laura Perls. Para ele o processo evolutivo não só gerava o surgimento de novidade para coisas materiais, mas também mentais, da personalide humana, como novos valores morais, espirituais e religiosos.

    Destacava que a formação da personalidade seria mais um caso representativo de uma tendencia de que a natureza tem que evoluir na direção da composição de todos e essa formação se dá desde a formação dos princípios inorgânicos, já que até o nível da criação espiritual envolvia esse processo.

    Influências Orientais...

    Paul Goodman trouxe seus conhecimentos da filosofia oriental para o grupo dos sete, sugerindo a a concentração no aqui e agora, enfatizando a importancia de não se separar cabeça e corpo no processo terapêutico.

    A filosofia oriental teve grande importânica para a Gestalt-terapia como a ideia de um ponto zero é um conceito semelhante ao caminho do meio e as polaridades presentes na filosofia do Zen Budismo.

    O conceito de vazio e fértil que seria um vazio fecundo de possibilidade e criativaidade que também surge da ligação das concepções do Zen Budismo e que Perls cita a compreensão oriental da criação do mundo a partir da noção de ninguém. "Deixe o caminho livre".

    Perls fez uma viagem pelo Japão, com o propósito da busca pelo "satori" que para a cultura japonesa, significa ser consciência. desperto, orientado, passando a utilizar termos orientais como maio (como o mundo da ilusão). 

    Além disso,fez críticas ao Zen Budismo percebendo que se tratava de uma religião sem Deus, embora se curvassem em frente ao Buda. Criticou a Yoga e a Meditação disse: "a mediatação e a Yoga nem trepa nem sai de cima" (parece uma direção da catototnia, como distúrbio mental ou algo do tipo.

    TEORIA ORGANÍSMICA
    • Fundamentos segundo Goldstein...
      • possui caráter interacional do ser humano em relação ao contexto que o cerca.
      • considerava o homem uma totalidade sempre diferente do que a mera soma das suas funções.
      • pensava o homem como um organismo sempre em relação com o meio, o contexto geográfico, sociocultural e físico do qual é um elemento indissociável.
      • Chamou esse método de compreensão do homem como totalidade de método holístico per se.
      • afirmou que a lei que regeria o funcionamento dos organismos seria a lei da autorregulação organísmica, por meio de uma tendência do organismo de se autoatualizar.
    "Adotar um ponto de vista organísmico é, portanto, admitir a existência de uma lei que opera no funcionamento desse sistema, lei essa que afirma a busca de todo e qualquer organismo de se atualizar por um princípio autorregulador, inerente à sua natureza."
      • a autorregulação organísmica como uma lei regedora do funcionamento do organismo. 
    "O conceito de organismo de Goldstein o descrevia como uma unidade interacional na qual dentro e fora são meras abstrações, dando-se a autorregulação no entre, como um fenômeno de fronteira."
      • O conceito de organismo de Goldstein o descrevia como uma unidade interacional na qual dentro e fora são meras abstrações, dando-se a autorregulação no entre, como um fenômeno de fronteira.
    "Pinto (2009, p. 81), referindo-se à visão gestáltica, diz que esta “entende o ser humano como um todo unificado, ou seja, por um lado, uma unidade psique-corpo-espírito e, por outro, uma unidade indivíduo-meio”.
      • O pensamento organísmico-holístico indica um funcionamento absolutamente integrado entre mente, corpo e meio.
      • A visão de homem e de mundo adotada na Gestalt-terapia pensava todo e qualquer ser humano como um organismo holisticamente guiado e em processo autorregulador. (Perls)
      • O sintoma é uma tentativa primeira de adaptação do organismo diante das prioridades que este discrimina no seu momento atual e a busca de atender a elas, da melhor forma possível, na negociação necessária com as condições existentes no meio.
    "Segundo as palavras de Alvim (apud D’Acri, Lima e Orgler, 2007, p. 213), “[...] a Gestalt-terapia de PHG (1951) propõe conceber o humano como uma totalidade organísmica que não pode ser considerada isoladamente, que está
    expressa na noção de campo organismo-ambiente."
      "Delacroix (2009) destaca as bases holísticas que compõem uma visão global de homem — o organismo pensado como uma totalidade psicossomática, totalidade essa que engloba os aspectos corporais, mentais, espirituais e muitos outros, sempre em relação com o(s) outro(s), com o entorno e seu contexto de vida."

      Gestalt-terapia, pensa o homem "como um sistema complexo, em permanente interação entre suas partes e o contexto e, portanto, em contínua transformação. 

      Delacroix destaca que, com isso, quando pensamos no processo de crescimento e maturação do ser humano, esse crescimento se dá em todos os aspectos que compõem essa globalidade de ser homem e também na inter-relação com o campo. 

      Referência:
      FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina Okajima. Gestalt-terapia fundamentos epistemológicos e influÊncias filosóficas. Coleção Gestalt-terapua fundamentos e práticas. Summus Editorial. São Paulo, 2013. Capítulo 8 : A Gestalt-terapia holística, oranísmica e ecológica.

      Teoria de Campo e a Gestalt-terapia

        Frederick S. Perls...

    • “Minha ambição tem sido criar uma teoria de campo unificada na psicologia” (Perls apud Stevens, 1977, p. 99).
    • Mostrou a correlação entre "pensar e agir" - afirmando que quando se pensa, a pessoa está agindo em "imagem", simbolicamente.
    • propõe que as atividades mentais sejam consideradas "fantasia", e que fantasiar é agir simbolicamente.
    • no encontro terapêutico valida não apenas o que a pessoa pensa ou fala, mas também, do que e como ela faz.
    • fantasiar implica menor gasto de energia do que agir
    • Entre o fantasiar e o agir "existe uma zona intermediária 
    • — o “fazer de conta na terapia” (Perls, 1981, p. 30) — que, por meio do experimento vivido na situação presente do atendimento, colaborará para o próprio indivíduo compreender-se melhor.

    • "A pessoa poderá experimentar, na segurança do ambiente terapêutico, aquilo que suas fantasias ou ações não se arriscam a experimentar e, uma vez fazendo-o, conhecerá mais profundamente a si mesma por intermédio daquilo que viveu." (Perls)

      A teoria de campo de Kurt Lewin ...
      • O campo no qual o indivíduo está inserido possui estímulos que formam um intricado mosaico de possibilidades, cabendo ao indivíduo decodificá-las através de sua percepção.
      • Há a inclusão da realidade externa para além da realidade interna, possibilitando a ampluiação da compreensão do funcionamento globral do indivíduo.
      • se propõe a fundamentar nossa compreensão sobre como o sentido das ações de uma pessoa é algo que se coaduna à relação dela com seu meio. 
      • “meio” ou “campo” referem-se a “quando” e onde” algo pode produzir uma diferença na percepção da pessoa.
      •  a noção de tempo se apresenta como unidade situacional, com foco no presente, que se articula com os dados a ele anteriores e aponta para possibilidades futuras.
      • Visão do ser humano de forma integrada, criticando o paradigma aristotélico de visão generalizada do homem, sem levar em conta a sua individualidade.
      • considera mais um modelo de "método" do que de uma "teoria".
      a teoria de campo provavelmente se caracteriza melhor como um método, isto é, um método de analisar relações
      causais e de criar construções científicas” (Lewin, 1965, p. 51). 

      "Sobre o conceito de “campo”, que Lewin (1973, p. 29) também chamará de “espaço vital psicológico”, temos uma sintética definição: “O espaço vital psicológico indica a totalidade de fatos que determinam o comportamento do indivíduo num certo momento”, sendo dotado de duas regiões: a pessoa e o ambiente."

      As principais características da teoria de campo Segundo Lewin (1965, p. 69)...
      • o método de construção 
        • se contrapõe ao classificatório;
        • se preocupa com uma forma comparativa de analisar os problemas, organizando os dados conforme suas semelhanças
        • com base em elementos de construção como posição psicológica e forças psicológicas, é possível estabelecer afirmações sobre relações entre tais elementos ou entre algumas de suas propriedades empiricamente comprovadas.
        • é uma representação simbólica, em uma situação (posição psicológica), de uma pessoa (ou várias pessoas) sobre a qual (sobre as quais) incidem forças do campo vivencial naquele momento.
        • aspectos dinâmicos surgem no estudo das forças presentes na reaão da pessoa com seu meio.
        • interessam as forças presentes no momento da vida da pessoa para que um determinado comportamento aconteça.
        • “Em todo e qualquer processo, as forças no meio interno e externo são modificadas pelo próprio processo” (Lewin, 1975, p. 55).
        • importante é como o indivíduo experiência o que acontece no momento considerado.
        • é preciso aceirar o aspecto psicológico confrme a pessoa o percebe, ou seja, fenomenologicamente.
      Lewin (1965, p. 7) ressalta que sua preocupação, assim como a de qualquer psicólogo, é “[...] conhecer melhor e compreender mais profundamente os processos psicológicos. Este é, e sempre foi, o princípio orientador”.
      • Esse campo pode ser chamado de espaço de vida onde coexistem pessoas e o próprio ambiente. Na teoria de campo da fisica Levin propóe que as atividades pesicológicas das pessoas ocorrem num campo psicológico, formado por todos os eventos da vida de uma pessoa, do passado, presente e futuro, que influenciam o comportamento das pessoas.

      Espaço vital é formado pela interação das necessidades que as pessoas têm em seu ambiente psicológico, podendo apresentar aspectos variáveis e e diferentes conforma a histíra de vida de dcada pessoa, incluindo aí, a singularidade e subjetividade no espaço de vida de cada um.

      Observar o campo é observar as influências que o ambiente provocou numa pessoa, aquilo que a moldou e a fez agir exatamente daquela forma naquela circunstância. A relação sujeito-meio é imprescindível para a compreensão do modo de ser no mundo de cada um. dando atenção apra o momento social que essa pessao vive.  A imagem a seguir demonstra a interação entre o esapço interno e o ambiente em que se está inserido.

      Referência:
      FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina Okajima. Gestalt-terapia fundamentos epistemológicos e influÊncias filosóficas. Coleção Gestalt-terapua fundamentos e práticas. Summus Editorial. São Paulo, 2013. Capítulo 7 : Teoria de Campo de Kurt Lewin e a Gestalt-terapia

      A Psicologia da Gestalt

       Surgiu no início do século XX.

      • Principais expoentes: wertheimer, Kõhler e Koffka.
      • Afirmaram que "percebemos totalidades que são diferentes da soma das partes" revolucionando a teoria a respeito da maneira como percebemos as coisas.
      Franz Brentano (1838-1917)...
      •  criou a psicologia do ato, segundo a qual os fenômenos mentais são atos que implicam objetos externos, devendo a psicologia estudar os processos mentais e não seus conteúdos.
      • touxe a noção de intencionalidade, onde a conciência é sempre a consciência de algo.
      • influenciou os filósofos Husserl, Meinong e Von Ehrenfels, que junto de Edgar Rubin  foram os precusrores da Psicologia da Gestalt.
      Edgar Rubin (1886-1951)...
      • Afirmou que a percepção visual se organiza em figura e fundo.
      • percebemos totalidades e, dependendo das circunstâncias, algo se destaca, torna-se mais proeminente, fica em primeiro plano — a figura enquanto o restante permanece em segundo plano — o fundo.
      • Figura e fundo integram o que chamamos de Gestalt, configuração ou totalidade.
      • Figura e fundo não são fixas nem estáticas: elas se modificam, são reversíveis e podem se alternar conforme as circunstâncias. 
      • Trata-se de um processo contínuo de formação e destruição de Gestalten.


      Christian Von Ehrefels (1859-1932)...

    • afirmou a existência de uma qualidade perceptiva da forma (Gestaltqualitãt) que pertence à configuração e não a cada um de seus elementos ou mesmo à soma destes.
    • seu trabalho deu origem às investigações de dois outros estudiosos: Meinong  e Benussi.

    • Meinong (1853-1920) e Benussi (1878-1927)...
      • constituíram aquilo que viria a ser conhecido, na Psicologia da Gestalt, como Escola de Graz.
      • afirmaram que:
        • as sensações antecedem as percepções.
        • não se pode separar "interior" (sensações) e "exterior (percepções)
      • Uma Gestalt não se reduz à simples soma das partes, nem mesmo à justaposição delas, isso quer dizer que qualquer alteração em uma das partes vai alterar toda a configuração da gestalt.
        • possuem os mesmos elementos em quantidades iguais.
        • mudou as posições, resultaram em uma configuração diferente.

      Wertheimer ...
      • estudou o “fenômeno Phi” ou “efeito de movimento aparente”,que demonstrou que podemos ter a sensação de movimento sem que ele ocorra.

      O trabalho Clínico em Gestalt-terapia e seus princípios...

      PRINCÍPIO FIGURA E FUNDO
      • nem o terapeuta nem o cliente se dão conta de tudo que integra o fundo — eles podem perceber parte do fundo e, ainda que não percebam a totalidade do que está lá, isso é considerado parte do fundo.
      • é preciso considerar que o sentido da figura emerge da relação figura/fundo.
      • Não é a figura nem o fundo em si mesmos que determinam o significado, e sim a relação figura/fundo.
        • Por exemplo: num incêndio, a água tem um sentido (o de apagar o fogo); em outra situação, o líquido tem outro sentido (aplacar a sede, por exemplo).
      • tem caráter reversível, já que pode-se perceber na mesma figura, coisas diferentes.

      PRINCÍPIO DO FECHAMENTO
      • figuras completas são mais facilmente percebidas, razão pela qual tendemos a fechar ou completar figuras que na realidade estão incompletas.
      • Tendência em identificar a figura a seguir como um círculo, embora seja uma linha curva que não se fecha em círculo.
      • Uma Gestalten que não pode se fechar no processo terapêutico perturbam e impedem a fluidez do processo contínuo de formação figura e fundo, provocando tensão.
      • As situações inacabadas (ou Gestalten abertas) serão mais facilmente lembradas do que as acabadas (Gestalten fechadas).











      PRINCÍPIO DA SEMELHANÇA
      • percebe-se mais facilmente objetos semelhantes entre si do que objetos diferentes uns dos outros;
      • agrupa-se objetos por semelhança de cor, forma, textura, tamanho etc.
      •  categorização dos agrupamentos: com e sem  preenchimento cinza.








      PRINCÍPIO DA PROXIMIDADE
      • coisas que estão próximas umas das outras são percebidas como pertencentes a um mesmo agrupamento.
      • Tem-se 12 agrupamentos verticais e apenas 3 horizontais porém em maior proximidade, direcionando a forma como percebemos a figura abaixo


      PRINCÍPIO DA SIMETRIA OU CONTINUIDADE
      • Tendência a perceber objetos simétricos a partir do centro.
      • Na figura observa-se primeiro 3 pares de colchetes ao invés de 6 colchetes.
      • Buscamos os caminhos mais simples para nossa percepção.


      PRINCÍPIO DA PREGNÂNCIA  OU DA BOA FORMA
      • Todos os princípiso anteriores implica nesse princípio, onde a organição será sempre tão "boa" quanto as condições permitirem.
      • a organização psicológica será sempre tão “boa” quanto as condições reinantes permitirem.
      • “Boa” organização é aquela que está de acordo com as condições reinantes no momento em que o percepto é percebido.
      • envolve a capacidade de ajustar-se ao ambiente considerando, as possibilidades de ambos - terapueta-cliente.
      Referência:
      FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina Okajima. Gestalt-terapia fundamentos epistemológicos e influÊncias filosóficas. Coleção Gestalt-terapua fundamentos e práticas. Summus Editorial. São Paulo, 2013. Capítulo 6 : A Psicologia da Gestalt