terça-feira, 31 de agosto de 2021

A importância da primeira entrevista

  •  é a porta de entrada, o “cartão de visitas” do terapeuta para seus clientes.
  • troca-se muito mais do que apenas informações contratuais e queixas iniciais
  • se estabelece vínculos de suporte fundamentais para o desenvolvimento do processo psicoterapêutico. 
"As primeiras entrevistas são momentos de conhecimento e escolha mútua em que o cliente se apresenta pelos seus motivos, queixas, questões e história de forma peculiar, e o terapeuta se mostra pelo seu estilo pessoal, sua indumentária, seu escritório de atendimento e suas formas de intervir. As primeiras entrevistas são também momentos de acolhimento e preparação para o vínculo que começa a se fazer. A forma de presença do terapeuta é, portanto, fundamental para o tipo de relacionamento que vai acontecer."(SILVEIRA, 1997, p.12)

Fatores interferem neste primeiro contato...
  • ser a primeira experiência com um(a) psicoterapeuta; 
  • o preconceito presente em nossa sociedade em relação a quem busca ajuda psicológica (Isso é coisa de “maluco”!);
  • o cliente ter vivido experiências desprazerosas em outras tentativas de tratamento com psicólogos,  não se sentindo ouvido ou entendido
  • falar de problemas n]ao resolvidos é por si só motivo de constrangimentos.
"Os encontros iniciais são fundamentais para firmar a confiança na relação, fornecer suporte e desenvolver o auto-suporte. Muitos autores têm escrito sobre o assunto. Yontef, por exemplo, afirma que a Gestalt-terapia é uma abordagem existencial, que tem sua base no relacionamento de uma forma específica de diálogo  existencial inspirado na relação EU-TU de Martin Buber. (SILVEIRA, 1997.p13)

Visão  de homem do terapeuta 
  • postura coerente para realizar o trabalho
  • baseia-se na visão de homem e  de mundo coerente com sua abordagem de atendimento psicológico.
  • "O Gestalt-terapeuta alega não curar nem condicionar — mas se percebe como um observador do comportamento real e um guia do aprendizado fenomenológico do paciente." (YONTEF (1998)
  • propõe a ampliação da cosnciência na relação terapeuta-cliente.
"Encontro existencial significa encontro real entre duas pessoas, numa relação paritária, onde ambos estão sob uma única luz: o fato de estar e de ser no mundo, numa tentativa de compreender, de experienciar; de reavaliar, de fortalecer, de singularizar o que significa, de fato, existir. Desejamos recuperar a integridade do ser humano, e desejamos fortalecer o seu movimento interno para a harmonia, lutando contra toda forma de dicotomia. (RIBEIRO (1985) apud SILVEIRA (1997) p. 34)
  • conhece sobre seu modo de estar em contato com o mundo, mais ela pode se permitir escolher opções mais saudáveis para ela mesma. 
O primeiro contato com o cliente
  • por telefone, email, etc.
"“Até aqui, já coletei uma quantidade de informações não verbais. Como decodificá-las e o que vou fazer delas ainda não sei. Ficam guardadas para uso posterior.” (JULIANO (1999), p.27)
  • Observar...
    • forma como o cliente chega até o terapeuta, como por exemplo: a forma o cliente chega até o terapeuta, contato no momento da marcação da entrevista inicial, sua postura na sala de espera e como se dá o primeiro contato propriamente dito.
    • Algumas perguntas que o terapeuta pode se fazer e de alguma forma encontrar as respostas, entre outras, são úteis no sentido de nortear essa busca de compreensão mais ampla desta pessoa.
    • como o cliente chegpu ao terapeuta
    • como se dá o contato, se há empenho, flexibilidade, disponibilidade por pare do cleinte.
    • postura na sala de esera, cumpre horário, vai só ou acompanhado, como se comporta
    • Que sensação tem o terapeuta no primeiro contato?
"No dia e hora marcados, ele chega e toca a campainha. Continua aqui a percepção da estrutura de seu comportamento. Como é esse toque: forte, insistente, ou tímido e quase inaudível? Chega antes da hora, pontualmente ou se atrasa?... Fico ao mesmo tempo atenta a mim mesma, ao meu próprio fluxo perceptual. O que sinto, o que penso, que imagens brotam em mim, reações corporais, a minha postura..." (JULIANO (1999)p.27)

Acolhimento do terapeuta...
  • deve  facilitar esse primeiro contato para o cliente
  • estar atento para as dificuldades surgidas neste primeiro contato e procurar facilitar com que o cliente possa expressar-se de acordo com suas potencialidades
  • o terapeuta usa como recurso a própria relação que está estabelecendo com o cliente como termômetro para guiar a aproximação possível a cada momento.
  • checar diretamente com o cliente como é para ele estar ali com uma pessoa “desconhecida” falando sobre o que o trouxe até ali. 
  • pode sinalizar, pontuar e trazer também os aspectos positivos do discurso do seu cliente de forma a ajudá-lo a ampliar sua visão de si próprio e de suas potencialidades, tornando muitas vezes este primeiro contato mais ameno e menos ameaçador para o cliente.
  • perguntar  o motivo que a trouxe até ali ou será mais interessante comentar um assunto mais leve, agradável e corriqueiro só para dar uma “aquecida”? Este é momento do rapport , em que o terapeuta busca ser acolhedor acompanhando aquela pessoa, porém tendo a noção da proposta daquele contato.
  • pode checar com o cliente o que ele espera de uma psicoterapia, quais são os seus objetivos com aquele tratamento.
  • Cuidar da linguagem usada com seu cliente também é muito importante.
  • Nem sempre o cliente vai chegar falando livremente.
  • Importante respeitar os limites do cliente sempre.
Preparação para a primeira entrevista requer planejamento:
  • não precisa ser rpigido.
  • definir o objetivo daquele encontro
  • saber que o cliente vai a terapia para pedir ajuda
  • que o cliente não  conhece as regras e demanda um tempo para se sentir confortável.
  • verificar se tem disponibilidade para acompanhar aquele paciente.
  • preparar o ambiente,garantindo conforto e segurança ao cliente.
  • apresentação do terapeuta - aparência externa - como me visto, me comporto...
  • previsão do tempo de sessão e administra-lo.
  • deve ter clareza do valor do seu trabalho, de seu tempo e do quanto vai cobrar.
  • felxibilidade ao estabelecer valores, que sejam confortáveis a ambos terapeuta-cliente.
  • periodicidade do pagamento - pacotes de sessões, sessões individuais.
Desenvolvimento da primeira entrevista
  • ouvir com atenção a queixa que o trouxe ao consultório.
  •  identificar ao máximo o que o levou a buscar a terapia
  • nortear a primeira entrevista, além da queixa inicial do cliente, tendo a pesquisar algumas áreas significativas da sua vida, como por exemplo: família, vida afetiva, vida social, profissão e a sua religião. 
  • Relação com a família
  • Relações da Vida afetiva
  • Relações na vida social
  • Relação com a profissão
  • Relação com a religião
Encaminahmento do tratamento após primeira entrevista
  • atneder às  necessidades e possibilidades do cliente.
  • o terapeuta conheça das várias formas possíveis de atendimento (individual, em grupo ou familiar) para fazer uma indicação adequada e funcional. 
  • indicação com o possível para aquele cliente naquele momento
  •  ter informações sobre os diferentes serviços de saúde existentes para a orientação ao cliente
Contrato para os próximos encontros
  • definir necessidades e importancia do tratamento.
  • como aconterão so encontros
  • regras de funcionamento na relação terapêutica
  • ler as regras e assinar junto com o cliente.
"Considero aquilo que chamamos de contrato terapêutico como muito importante para o desenrolar do processo. O maior índice de desistência na psicoterapia é devido a mal-entendidos no contrato. Penso, então, no papel do terapeuta, no sentido de passar as informações de forma clara para que o cliente saiba o que ele nessa relação pode receber, com o que ele pode contar, até onde pode ir e decidir se aceita ou não as condições. Se por um lado quem estabelece as regras do contrato é o terapeuta, cabe ao cliente manifestar a sua opinião. Essa é mais uma oportunidade de verificar como o cliente se relaciona com as propostas do terapeuta. (SILVEIRA (1997)p13.)

Referências:

 

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