terça-feira, 18 de maio de 2021

Mecanismos de interrupção de contato - Gesltalt-Terapia

A Gestalt-terapia o homem é visto como potencialmente saudável. Assim sendo, aquilo que se entende usualmente por mecanismos de defesa neuróticos, o gestalt-terapeuta  compreende como formas de evitação do contato. E isto não significa apenas uma mudança de nomenclatura. A evitação de contato pode ser saudável ou patológica, conforme ¨ sua intensidade, sua maleabilidade, o momento em que intervêm e, de uma maneira mais geral, sua oportunidade.¨ (GINGER, GINGER, 1995).

 A ação do gestalt-terapeuta não deve objetivar atacar, vencer ou superar as resistências quando o cliente está evitando o contato, mas, principalmente, torná-las mais conscientes ou figurais, favorecendo seu uso adaptado à situação do momento.

Um mecanismo de defesa por si só não é bom nem ruim. O uso que o cliente faz dele, o seu funcionamento, é o que caracteriza sua "patologia".

Os mecanismos mais citados pelos diferentes autores da Gestalt-terapia são:

  1. Confluência (Perls) - É um estado de não-contato, por fusão ou ausência de fronteira de contato. O self (si mesmo) não pode ser identificado, ausência de discriminação eu/meio.
O individuo confluente tem uma necessidade muito grande de reduzir as diferenças. Algum tipo de singularidade pode gerar nesse individuo algum tipo de ansiedade. Tem fronteiras frouxas ou vive sem fronteiras. É difícil de saber o que é dele e do outro. Cria vínculos exagerados, apego excessivo, necessita estar em grupo e na relação com o outro. Nem sempre a cofluência é patológica, tem dificuldade em lidar com sua individualidade, singularidade, querendo sempre viver no social, evitando qualquer tipo de conflito, diferenciação. Não sabe lidar com novidades também. Na terapia ele precisa reencontrar a si mesmo e sua propria identidade. Tem dificuldade de fazer escolhas acaba decidindo o que o mundo decide.

  1. Introjeção (Perls) - Significa a incorporação de elementos do meio, de ideias a sentimentos, relações, valores etc. Não confundir com o conceito de introjeção da Psicanálise, pois no conceito de Perls há a implicação de um elemento que não foi assimilado. Outros autores de GT (Ginger) referem que a introjeção só é patológica quando não permite a assimilação.
Comportamento inibido, obediente, engole as coisas sem dificuldade de discriminar o que é dela  e o que é do mundo. Falta uma certa mastigação para digerir o que vem do mundo. O mundo existe mas a pessoa não. Precisa discriminar o que é dele, reproduz muito o que é do outro para ter contato. Ex: Fulano falou, segundo sicrano, essa é a forma de contato que consegue ter.

  1. Projeção (Perls) - Significa atribuir ao meio elementos fantasiados pelo próprio indivíduo. Para Perls, há aqui um deslocamento da responsabilidade do indivíduo para o meio. A projeção não patológica é o que permite, por exemplo, a empatia entre os indivíduos.
Ele é o contrário da Introjeção, onde o suejito acredita que pe invadido pelo mundo. Na Projeção o sujeito invade o mundo. Atribuindo ao meio o que é proprio de seu self. Percebe-se nele uma grande dificudlade de reconhecer e aceitar parte de sua personalidade. Projeta no mundo seu fracasso, desejos, carregando um traço paranóico e acaba achando que o mundo esta contra ele. Dificuldade de reconhecer-se e atribui ao mundo. Frases como: ninguem me intende, ninguém me escuta, como se o mundo não estivesse disponível para ele. Vida de ilusões e agressividade. O terapeuta precisa tentar reintegrar as partes alienadas e rejeitadas pelo sujeito, reassumindo a responsabilidade sobre seus atos de self. Pode trazer reclamação de terapeutas anterioriores. É preciso acolher e faze-lo entrar em contato consigo mesmo.

  1. 2. Retroflexão (Perls) - Consiste em voltar para si mesmo a energia mobilizada, fazer a si aquilo que gostaria de fazer aos outros ou que os outros lhe fizessem. São exemplos de retroflexão (tanto patológica como saudável): morder os dentes ou cerrar os punhos para não agredir; a masturbação; o sadismo e o masoquismo; a fala mental etc.
O sujeito é alguem que de alguma maneira caba sendo inimigo de si mesmo. Como impulso que o sujeito que deveria colocar no mundo acaba dirigindo pra si mesmo, gerando casos de psicossomatizações. Exemplo: tem raiva, mas não consegue expressão, guarda para si. Não pderia sentir raiva de determinada pessoa, se sente culpado e dirige essa energia apra si somatizando. Tem dificuldade de dizer não. Ele deveria buscar uma forma de expressar mais as suas emoções. Um tratamento terapéutico é direcionado para coloca-la em contato com o mundo. Fazer exercicio de falar com o mundo de uma maneira mais direta e poder ter uma fonte de prazer consigo mesmo.

  1. Deflexão (Polster) - Permite evitar o contato direto, desviando a energia de seu objeto primitivo.São exemplos: desviar o olhar; "falar sobre"; usar termos técnicos etc.
Há comportamentos especificos do sujeito deflexivo. Ele esta sempre criando muita dificuldade com o terapeuta, principalemtne quando o terapeuta é iniciante. Discurso político, filosífico vago. Tem dificuldade de entrar em contato com o mundo e nem se escuta. Precisa falar, falar e falar para não fazer contato.Pensa-se que é uma pessoa comunicativa e sociável, mas é o contrário. Tudo nela é apenas uma forma de não entrar em contato com o mundo. É preciso fazer uma boa intervenção. Precisa conduzir o cliente a entrar em contato com suas emoções, com o que sente naquele momento. Em casos extremos pode até trazer algum tipo de psicose.

  1. Proflexão (Sylvia Croker) - Uma combinação de projeção e retroflexão, consiste em fazer ao outro aquilo que gostaríamos que o outro nos fizesse.
O sujeito que faz proflexão, faz ao mundo o que gostaria que fizesse com ele, Ele ama paraser amado, cria manobras para conseguir tocar a outra pessoa e de qlguma forma ser reconhecido por ela. Ele não consegue ser a sua propria fonte de prazer. Precisa projetar no outro e que esse reconheça quem ele é. Reclamações como sempre fiz tanto pelas pessoas, não sou reconhecido por essa pessoa. O terapeuta precisa buscar entender as suas reais necessidade e de maneira direta ele aprenda a buscar o que deseja sem buscar por intermedio de outras pessoas. Única forma de se relacionar com o mundo. Nem sempre consegue se reconhecer, precisa agradar o outro, e manipular o meio para que o outro faça como ele. Processo terapêutico deve ensinar a fazer por ele mesmo.

  1. Egotismo (Goodman) - Consiste em um reforço deliberado nas fronteiras de contato, devido a um reinvestimento de energia no ego, uma hipertrofia narcísica; geralmente é uma etapa do processo terapêutico, mas enquanto um estado crônico se torna uma patologia.
O sujeito é alguém que possui um ego exagerado, artificial. Gosta de ter uma grande independecia, grande dificuldade de dar e receber, se sente o centro do universo, como se só ela existisse. Não é facil atender um egotista, há pessoas que podem apresentar esse tipo de comportamento no início, o que pode passar à medida que a pessoa pode comear a entrar em contato com ela. Comportamento narcisista, com excesso de controle sobre o futuro, sempre vigilante, a questão central é a pessoa queredo aniquilar o inesperado, não quer ter surpresa sobre o futuro, por isso quer controlar tudo. O terapeuta deve conduzir a pessoa a entrar em contato consigo mesmo e com o mundo começando a aprender a dvidir com o mundo.

  1. Dessensibilização 
A pessoa que possui esse tipo de bloqueio de contato nao entra em contato nem com ela nem com o mundo, como se tivesse desintegrada. Como se parasse de existir, não tem awareness. Parece que falta alfabetização emocional, que o terapeuta é responsável pelo início dessa reeducação emocional. Não tem contato e tem dificuldade de responder às perguntas. Sugere que algo importante aconteceu na vida da pessoa, como trauma, depressão, etc. Há uma disfunção relacional, necessitando do trabalho de contato por parte do terapeuta, buscando sair dessa frieza emocional.

  1. Fixação
Se apega de maneira excessiva a ideias, pessoas e coisas. Padrões cristalizados, ideias fixas e dificuldade de lidar com o novo, com o ajustamento criativo. Vida empobrecida e se sente incapaz de lidar com a impermanência da vida, sempre está procurando certezas. O trabalho terapeutico vai em aprender a lidar com as incertezas e riscos da vida.



Disponível em: http://www.gestaltemfigura.com.br/gestalt-terapia/psicopatologia-mecanismos-defesa-resistencias#:~:text=Os%20mecanismos%20mais%20citados%20pelos,aus%C3%AAncia%20de%20discrimina%C3%A7%C3%A3o%20eu%2Fmeio.

O Contato - Gestalt-Terapia

  •  Sem contato a pessoa se vê sujeita a desajustes marcantes da personalidade e, em casos extremos, à morte.
  • Contato pode ser definido como essa passagem que se estabelece entre a união e a separação: é o ponto exato em que passamos de uma situação de separação para a otra de união, e vice-versa.
  • O contato se estabelece pela vista, pelo ouvido, pelo olfato, pelo gosto e contato físico.(Órgãos sensoriais)
  • O ser humano se conecta e desconecta continuamente do meio.
  • Quando retira o contato, fica-se sozinho, e esse ritmo contato-retirada pe necessário para o bom funcionamenteo do organismmo.
  • Cada pessoa tem seu espaço vital que pode se abrir a determinadas pessoas, mas ninguém deve invadir esse espaço, afim de não ameaçar a integridade e individualidade da pessoa.
Espaço Vital
  • Conceito psicofisiológico, um espaço territorial imaginário, que nos serve para definir a quantidade de contato, a qualidade e o tempo de duração desse contato e  a proximidade de que cada qual necessita para sentir-se seguro sem correr o perigo de sentir-se invadidio pelo outro ou outros.
  • Manter rigidamente esse espaço, pode reduzir o contato, levando-o a solidão.(Introversão)
  • Estar em continuo contato com o mundo, mostrando uma extroversão compulsiva, torna-se difícil distinguoir entre o ambiente e a pessoa.
"O contato só pode dar-se entre pessoas que estão separadas, que necessitam de independência e que ao mesmo tempo precisam de contato, sem permanecer enganchadas nessa relação."
  • O contato é a base do crescimento e da maturação, possibilitando o intercâmbio de experiências ou da realização de algo novo junto. A mudança é o produto inevitável do contato.
Tipos de Contato:
  • O contato só se estabelece pela maneira como se faz, ou seja, como a pessoa ver  outro.
  • O Contato começa a funcionar quando o si mesmo se encntra com o que é alheio (Perls, 1976)
  • O contato consigo mesmo também é uma forma de contato, devendo estar orientado para seu próprio crescimento. Deriva da capacidade que o ser humano tem de desdobrar-se, de converte-se em observador e observado de forma mais objetiva possível.
  • O contato é evitado em outras psicoterapias,
  • Em terapia gestáltica não só não evitamos os contatos diretos entre os pacientes dentro de um mesmo grupo, ou nosso próprio contato, mas procura-se fomentar esse contato, porque achamos que onde aparece a maioria das dificuldades dos apciente é no contato, e como consequencia disto nos intercambios que se fazem por falte ou por excesso.
  • Só a partir de dar-se conta do que é que interrompe um contato e como o interrompe pode mudar seu comportamento e aprender novas formas de atuar.
Os limites ou as fronteiras do eu
  • Os limites marcam a capacidade - a quantidade e a qualidade - do contato que uma pessoa quer ou pode estabelecer com o mundo que o rodeia.
  • Os limites mudam ao longo da vida.
  • Até pessoas mais rígidas em seus limites, têm um mínimo de flexibilidade.
  • Há muitos jogos gestalticos para expandir e ampliar os limites do contato.
  • Marcam o ponto dentre aproximação e afastamento nas interrelações dos seres humanos.
Tipos de Limites
  1. Limites relacionados com a grande variedade de ambientes, podendo ser mais ou menos abertos, estimulantes ou permissivos.
  2. Limites do corpo, relacionados a bloqueios que ocorreram em nível físico.
  3. Limites em função dos valores, o fanatismo e as crenças limitam as fronteiras do contato.
  4. Limites da familiaridade, condensado na frase mais vale o mau conhecido do que o bom por conhecer.
  5. Limites da expressividade, limites impostos como "não toque", "não mexa", "homens não choram".
  6. Limites da exposição, Medo de ser olhado, observado, reconhecido, de chamar atenção ou fazer papel de ridículo.
Quatro tipos de expressão que podem compreender outras etapas evolutivas na expressividade:
  1. Etapa bloqueada - o indivíduo nem sequer sabe o que quer expressar. Predomínio da repressão.
  2. Etapa inibida - sabe o que quer expressar mas tem medo de fazê-lo.
  3. Etapa exibicionista - mostra o que quer, mas sua expressão pode ser pobre-inautêntica
  4. Etapa de expressão espontânea - É a etapa final onde o sujeito expressa o que quer, compromete-se plenamente na expressão de suas emoções, sentimentos, se comportando de acordo com seus desejos.
Outra forma de classificar os tipos de contato:
  1. Contato como referência - ocorre sem emoção, comum na vida, sobretudo no mundo dos negócios, são frios e distantes.
  2. Olhar sem ver - também comum, quando a pessoa não é capaz de descrever detalhes de um contato feito.
  3. Cravar o olhar enrijecendo-o - parece a forma de olhar sem ver, porém, com rigidez. Geralmente acontece quando se associa a tarefa à obrigação de fazer de determinada maneira.
Exercícios para restabelecer o contato:
  • Olhar intencionalmente e ver o que é que nos proibimos olhar - especialmente aquilo que não se olha.
  • Olhar e ser visto, olhar e deixar-se olhar - direcinar ao outro.
  • Elogiando da boca para fora - quando elogia alguém que considera indiferente ou desprezível.
  • Quando partimos de pontos de vista preestabelecidos - crenças, introjeções, não escutamos os pontos de vistas dos outros.
  • Quando estamos numa atitude de caçadores -para ver onde e em que o outro estpa equivocado, ao invez de dialogar para não se expor.
  • Quando escutamos ou recordamos apenas as críticas mas não os elogios - selecionamos uma parte da conversa em vez de estarmos atentos ao todo.
  • Os que ouvem só os detalhes - censuram o fundo em favor da estética e da perfeição.
  • Os que ouvem simplificando as coisas - os detalhes não tem importância.

Conceitos Centrais em Gestalt-Terapia

 CONCEITOS CENTRAIS EM GESTALT-TERAPIA

  • Homeostase
  • Figura e Fundo
  • Awareness
  • Contato e FUga
  • Saúde e Doença
  • Ajustamento Criativo
HOMEOSTASE
  • Busca do equilíbrio na relação campo-organismo-meio.
  • é a partir desse conceito que se fundamentam todos os outros.
  • Premissa: todos os comportamentos são governados pela Homeostase, e que os leigos chamam de adaptação.
  • Conceito (Perls,1973, pp.20-1): É o processo através do qual o organismo satisfaz suas necessidades.
    • Como as necessidades são muitas, cada necessidade perturba o equilíbrio, com isso, o processo homeostático perdura o tempo todo.
    • É um processo de autorregulação onde o organismo interage com seu meio.
    • Perls empresta o termo homeostase tanto para aspectos fisiológicos quanto para aspectos psicológicos, pressupondo a indivisibilidade do homem, visto holisticamente como ser integral.
    • É na relação com o mundo que o sujeito retira subsídios para atender Às suas demandas.
  • As necessidades podem ser:
    • Fixas: inerentes à manutenção de sobrevivência da espécie.
    • Rígidas: havendo aí uma infinidade de possibilidades.
  • Satisfação das necessidades:
    • há uma dinâmica que possibilita hierarquiza-la
    • só podem ser satisfeitas uma de cada vez
  • Há uma íntima relação entreos conceitos de homeostase, de figura e fundo e também de contato e fuga.
    • Figura: é a necessidade que emerge a cada momento a fim de ser satisfeita.
    • Fundo: é toda a gama infinita de possibilidades de outras vivências, necessidades e percepções que naquele instante cede lugar para o surgimento e configuração de uma necessidade dominante.
    • É pelo contato ou fuga do meio, dependendo da demanda, que o indivíduo pode obter a satisfação de suas necessidades.
"Para a Gestalt-terapia pe do equilíbrio homeostático que depende a saúde do indivíduo."

FIGURA E FUNDO
  • Quando o organismo se depara com várias necessidades simultâneas a serem satisfeitas (físicas ou emocionais) e tenta estabelecer um equilíbrio homeostático ocorre uma hierarquização.(Perls, 1973, p.25)
    • Procura atender primeiro as necessidades de sobrevivência, agindo primeiramente, a partir do princípio das coisas fundamentais.
    • A necessecidade dominante do organismo se torna figura do primeiro plano, deixando as outras necessidades para segundo plano, que são o Fundo.
Gestalt-terapia fechada: "Para que o indivíduo satisfaça suas encessidades, feche a Gestalt, passe para outro assunto, deve ser capaz de manipular a si próprio e ao seu meio as necessidades puramente fisiológicas só podem ser satisfeitas, mediante a interação do organismo com o meio."(Perls, 1973,p.24)
  • è da plasticidade  da interação entre essa dinâmica FIGURA e FUNDO que o inDivíduo interage com o meio, constituindo aquilo que em Gestalt-terapia cham-se CICLO DE CONTATO.
  • "A figura não é uma parte isolada do fundo, ela existe no fundo. O fundo revela a figura, permite a figura surgir..." (1985, p.72)
AWARENESS
  • Segundo Barros apud Stevens (1988,p.11), é uma palavra que não tem tradução para o português, pois possui um significado masi amplo que o sentido de "consciência".
  • A palavra transcende este sentido envolvendo um aspecto maior de "Consciência", "conhecimento", "ciência", "atenção", "percepção" ou "sensação da presença de algo".
  • Conceito: é um processo de contato na relação estabelecida entre campo, organismo e meio, com qualidade acentuada de atenção e sentido.
Segundo Yontef Awareness...
  •  é uma forma de experienciar
  • é um processo de estar em vigilante contato com o evento mais importante do campo organismo meio, com pleno suporte sensório-motor-emocional-cognitivo-energético.
  • é fluido e não interrompido num continuo
  • leva a uma descoberta, apreensão imediata de elementos islados no campo.
  • Awareness ée sensorial e não mágica. Ela existe aqui e agora.
    • o passado existe agora sob a forma de memórias, remorsos, rancores, tensão corpol.
    • o futuro não existe, exceto agora, como fantasias, esperanças, expectativas.
  • Corolário I: 
    • Awareness só é eficiente quando fundamentada e energizada pela necessidade predominante presente no organismo.
    • Não basta estar em contato, pois o individuo pode realizar determinada tarefa mecanicamente, coma energia "pulverizada" em outra necessidade.
  • Corolário II:
    • Awareness não é completa sem o conhecmento direto da realidade da situação e de como se está nela.
    • Está conectado com o pressuposto da responsabilidade de cada um; estar numa situação sem reaponsabilidade ou envolvimento co aquilo que está fazendo, não significa estar aware.
  • Corolário III:
    • Awareness é sempre aqui e agora. É mutante, desdobrnado-se e transcendendo-se.
Na Gestalt-terapia enfatizamos awareness ...
  • no sentido de saber o que estou fazendo agora, na situação que está sendo.
  • não se confunde o que está sendo com o que foi ou o que será ou poderia ser.
  • procedimentos são baseados na awareness do que é, energizando a  figura (necessidae de primeiro plano) em questão no presente e com vivo interesse.
  • O conteúdo de awareness é sempre aqui e agora, é experienciar  e saber como e o que eu estou fazendo agora.
  • Como o agora muda a cada momento, awareness é um processo dinâmico, em constante mutação. (Yontef, 1984, p.30-1)
CONTATO E FUGA
  • Termo mais utilizado é contato/fuga (Perls)
  • Contato e fuga são opostos dialéticos.
  • São descrições dos caminhos pelos quais encontramos os fatos psicológicos.
  • No campo/organismo/meio as catexis positiva e negativa ( contato e fuga) se comportam de maneira muito semelhante às forças de atração e repulsão do magnetismo.
  • O campo total organismo/meio é uma unidade dialeticamente diferenciada:
    • É diferente biologicamene com organismo e meio;
    • É diferente psicologicamente em si mesmo e o outro;
    • É diferente moralmente em egoísmo e altruísmo;
    • É diferente cientificamente em subjetivo e objetivo, etc.
  • Gestalt-terapia fechada: quando o objeto catexial positivo ou negativo, for apropriado ou destru[ido, contatado ou dele se fugiu, ou relacionado de algum modo satisfatório com o indivíduo, tanto ele como a necessidade a que está associado desaparecem do meio; Contato e fuga num padrão rítmico, são nossos meios de satisfazer nossa necessidade d econtinuar os progressivos processos da vida (Persl, 1973, pp.36-7)
Conceito de fuga na Gestalt-terapia:
  • Assume aspecto relativo pois fugir não significa necessariamente um comportamento defensivo neurótico.
  • O que determina a adequação e asserção desse comportamento está rlacionado com a aawareness envolvida na situação.
Conceito de contato na Gestalt-terapia:
  • ocorre na fronteira entre o indivíduo e o mundo (fronteira de contato)
  • A fronteira é sentida como contato e isolamento.
  • é estabelecido para que a pessoa possa atender a uma necessidade ou fehar uma figura.Após isso, há uma retração para que surja nova necessidade, novo contato, formando o ciclo de contato,. assmilaçõa e retração.
SAÚDE E DOENÇA
  • Saúde está longe de significar ausência de doença.
  • Engloba todos os aspectos do ser humano como um todo organizado: o físico, o psiquico e o espiriual, somando-se numa configuração indivisível em que o funcionamento é harmônico.
  • Em estado de equilíbrio o indivíduo de posse plena de suas potencialidades tem condições de interagir com o mundo, promovendo um fluxo constante de ssurgimento de siguras e seus fechamentos.
  • Segundo Perls a Gestalt-terapia serve a todas as pessoas e não apenas ao doente, devido ao desequlíbrio homeostático constante, que quando mantido permanece o estado de saúde, ainda que em condições adversas.
"Toda a vida é caracterizada pelo jogo contínuo de estabilidade e desequilíbrio no organismo. Quando o processo homeostático falha, em alguma escala, quando o organismo se mantém num estado de desequilíbrio por muito tempo, e é incapaz de satisfazer suas necessidades, está doente. Quando falha o processo homeostático, o organismo morre."(Perls, 1973, p.20)

Para gestalt-terapia o termo "saúde" pode ser substituido, a grosso modo, por "crescimento", não estando em acordo com o sentido comum do termo saúde. (anacronismo).

Saúde segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde: " A saúde não é a ausência de doença ou enfermidade, mas um estado de completo bem-estar físico, mental e social."(p.14)

De acordo com Perls (1977) "saúde é um equilíbrio apropriado da coodenação de tudo aquilo que somos" (p.20)

AJUSTAMENTO CRIATIVO
  • Conceito: Refere-se aos ajustamentos possíveis entre o indivíduo e o meio que possam promover de alguma forma o fechamento de figuras.
  • Fechamento de figura significa uma interação com o campo, na qual por meio do contato o indivíduo possa optar por uma decisão que lhe pareça a melhor no sentido de cumprir a demanda organísmica que se torna figura naquele momento.
  • Entende-se que esse processo demanda um ajuste naquele momento, porém, interagindo criatiovamente dentro do campo de interação.
Segundo Perls, Hefferlue e Goodman (1997)...
  • Nenhum ajuste seria possível por autorregulação herdade ou conservativa, dada a novidade e variedade indefinida do ambiente.
  • o contato tem de ser uma transformação criativa.
  • a criatividade precia estar continuamente destruindo e assimilando o ambiente dado na percepção, e resistindo à manipulação, caso contrário, é inútil para o organismo.