Avanços em Psicofarmacologia - mecanismos de ação de psicofármacos hoje - Estudo do Artigo

O Artigo aborda os vários avanços que foram obtidos a partir da elucidação do mecanismo de ação dos compostos psicoativos, a partir da década de 40. Esses fármacos tinha a finalidade de tratar transtornos psiquiátricos.

  • 1949- primeiro tratamento com Lítio.
  • 1952 - descreve-se os efeitos do antopsicóticos da clorpromazina.
  • 1954 - os primeiros ansiolíticos - meprobamato e clordiazepóxido,
  • 1957 - os benzodiazepínicos.,
Década de 50 já haviam descoberto cinco grupos de drogas capazes de promover efeitos clínicosem transtornos psiquiátricos:

  1.  antipsicóticos (clorpromazina, haloperidol), 
  2. antidepressivos tricíclicos (imipramina), 
  3. antidepressivos IMAO (iproniazida), 
  4. ansiolíticos (meprobamato e clordiazepóxido) 
  5. antimania (lítio). 
Com esses fármacos reduziram as internações hospitalares e o tempo de permanência de pacientesd psiquiátricos, conforme pode ser visto abaixo:
  • EUA
  • 1954- 554.000 pacientes psicóticos hospitalizados.
  • 1993 - 77.000 hospitalizados ( quase 40 anos depois)
MODELOS ANIMAIS
  • As hipóteses etiopatológicas das doenças mentais originaram-se a partir de estudos em animais sobre os efeitos de drogas no sistema nervoso central (SNC). 
  • Os modelos experimentais em animais tentaram estabelecer um paralelo entre os efeitos comportamentais induzidos pelos psicofármacos com os sinais clínicos e/ou neurofisiológicos em humanos, visando contribuir para a elucidação das bases etiológicas das várias doenças mentais. 

TÉCNICAS BIOQUÍMICAS

  • permitiram um aprofundamento dos estudos comportamentais. 
  • permitiu a identificação de vias neuronais, assim como a mensuração de aminas e seus metabólitos por emissão de fluorescência
  • determina a taxa de renovação dos neurotransmissores e demonstrar alterações induzidas por drogas no conteúdo de aminas biogênicas.
  • técnica de ligação fármacoreceptor15 utilizando compostos radiomarcados, permitiu a identificação de receptores e transportadores de membrana.
  • Essas técnicas permitiram também avaliar os efeitos crônicos das drogas nos receptores, possibilitando o estudo da neuroadaptação funcional, tolerância e dependência.
ANTIDEPRESSIVOS

De 1ª Geração:
  • Tranilcipromina e  Fenelzina.
  • Inibem irreversivelmente a MAO e os tricíclicos e a recaptura de NA e 5-HT.
Próximas Gerações:
  •  compostas por grupos heterogêneos de drogas
  •  inibem seletivamente a recaptura de 5-HT (fluoxetina, paroxetina, sertralina), ou NA (reboxetina), ou ambas (venlafaxina), antagonizam receptores serotonérgicos (mirtazapina, nefazodona), ou inibem reversivelmente a isoenzima MAO-A (moclobemida)
BENZODIAZEPÍNICOS
  • usadas no tratamento de ansiedade, insónias, agitação, ataques epilépticos, espasmos musculares, privação de álcool 
  •  potencializam as ações inibitórias do GABA, através da ligação a receptores específicos, localizados em um complexo molecular envolvendo o receptor de gaba;
PSICOESTIMULANTES
  • anfetamina e a fencanfamina, aumentam a liberação de DA e NA
  • Os antipsicóticos antagonizam receptores dopaminérgicos centrais, com ação preferencial por receptores.
LÍTIO
  • exerce várias ações bioquímicas, tais como a inibição da liberação (dependente de cálcio) de certos neurotransmissores.
  • o bloqueio da formação do fosfatidilinositol, através da inibição da enzima inositol monofosfatase.
  • modificação das respostas mediadas pelo sistema adenilatociclase.
A próxima etapa da pesquisa com drogas de ação central passa pelo grande desafio do entendimento mais profundo sobre a anatomia e fisiologia do SNC, bem como sobre os processos psicopatológicos.
  
REFERÊNCIAS
AVANÇOS EM PSICOFARMACOLOGIA-MECANISMOS DE PSICOFÁRMACOS HOJE
Clarice Gorenstein1 , Cristóforo Scavone2

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