Diagnóstico comportamental - por Denise Torós

O Diagnóstico comportamental não tem vínculo com o diagnóstico psiquiátrico, aquele que determina um CID para patologias específicas. Não faz sentido compreender o comportamento como um "sintoma", conforme modelo médico de diagnósticos.

Para o Behaviorismo, o diagnóstico não define o problema de cada um, por isso, se torna irrelevante. Duas pessoas com mesmo diagnóstico, produzem comportamentos diferentes. Como o Behaviorismo estuda o comportamento do sujeito, de nada serve a identificação de determinadas patologias.

O diagnóstico convencional deixa de ser importante para a abordagem comportamental, já que esta tem como objetivo, compreender o caso que se apresenta na clínica, no que se refere aos comportamentos do indivíduo,  para se prescrever a melhor terapia.

Os terapeutas comportamentais, também se utilizam dos manuais DSM III_R, sobretudo, para se comunicar com outros profissionais da mesma área ou não, sobre o paciente, além de elaborar uma explicação descritiva do comportamento apresentado como queixa, pelo cliente.

Considerações sobre avaliação diagnóstica comportamental:
  • Busca entender porque aquele indivíduo, dentro de determinadas circunstâncias, se comporta daquela maneira e, porque esse comportamento se mantém.
  • Busca as causas da origem do comportamento e as causas da manutenção do comportamento, a partir das variáveis sociais, culturais, religiosas,etc.
  • Utiliza-se o método experimental para essa investigação.
  • Método Experimental implica em: formular hipóteses; controlar mudanças nas variáveis dependentes e independentes; reformular hipóteses; relacionar as variáveis às queixas do indivíduo; a partir daí, criar uma metodologia de mudança.
Para a realização da análise comportamental, a partir do método experimental, o terapeuta precisa contar com: 
  • Os princípios da aprendizagem: Operante/ Respondente/ Aprendizagem Social.
  • Deverá ter uma base de conhecimentos gerais: medicina/ neurofisiologia/sociologia/etc.
  • Os comportamentos devem ser descritos de maneira precisa e operacional, procurando saber o que o indivíduo faz e não que ele tem.
  • O comportamento é visto como o problema em si do indivíduo, e não como distúrbio ou sintoma de patologias apresentadas.
  • O terapeuta comportamental, diagnostica com a descrição de como o sujeito se comporta e não com rótulos de diagnósticos médicos, a exemplo, TOC (transtorno obsessivo compulsivo), depressão, etc.
É objeto de interesse do Terapeuta comportamental:
  • Como se comporta?
  • A frequência com que esse comportamento se repete.
  • Quando começaram a ocorrer esses comportamentos?
  • Observar relação entre comportamento e ambiente.

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