ARQUÉTIPOS DA GRANDE MÃE, DO PAI, E CONJUNCTIO - uma breve leitura

OS arquétipos Grande Mãe, grande Pai e Conjunctio influenciam de forma significativa a vida psíquica do indivíduo. O conjunctio representa o casamento interno, daí necessidade de humanizar os arquétipos numa relação madura entre os pais, para que favoreçam a uma maioridade emocional.

ARQUÉTIPO DA GRANDE MÃE
  • Esse arquétipo traz um padrão da influencia de uma mãe terrível, no qual as pessoas permanecem incestuosamente ligadas a mãe pessoal, encontrando dificuldade de deixar a casa dos pais, com dificuldade de se separar, o que é necessário para a construção do eu e do objeto que o caracteriza enquanto consciência madura e diferenciada.
  • Também pode trazer aspectos terríveis e sombrios, quando não humanizados com relacionamentos bons e sadios com a mãe pessoal, atrapalhando o desenvolvimento do indivíduo.
ARQUÉTIPO DO PAI
  • Esse arquétipo traz um padrão terrível ligado à castração, à fusão com o pai pessoal e à submissão exagerada entre as figuras de autoridade, favorecendo atitudes reativas em relação à essa autoridade, e estando na base do desenvolvimento de defesas psicopáticas.
  • É de extrema importância, tornar consciente esses aspectos terríveis do arquétipo pai, para que ao conhecer e elaborar melhor essas ideias, favoreça o amadurecimento, o desenvolvimento narcisista criativo dos filhos, e a potência fálica, que se encontra no masculino e no feminino, na totalidade dos opostos onde ocorre a manifestação da totalidade, que é necessária conforme Jung afirmou, facilitando a jornada do herói e o processo de individuação.
ARQUÉTIPO DO CONJUNCTIO
  • Esse é o arquétipo do casamento, interiorizado pela pessoa em seu ambiente de amadurecimento, no qual conviveu com o casamento de seus pais. Quando essa pessoa se casa, com as polaridades femininas e masculinas dentro de si,  nos moldes do casamento de seus pai, leva esses padrões adquiridos arquetípicamente, da convivência com seus pais.
  • Se for um casal sombrio, ele terá uma casamento interno sombrio. Aí é preciso trabalhar essa sombra, torna-la consciente para que alcance o equilíbrio. Sendo os pais imaturos e que isso tenha influenciado seu ambiente de crescimento com o vínculo de descuido e pouca atenção, o indivíduo autorizará essa sombra a permanecer em sua vida, e esse padrão tende a se repetir em seus relacionamentos, pois os arquétipos da mãe terrível e do pai terrível tendem a se atualizar nos vínculos afetivos do sujeito.
É preciso buscar a conscientização dessa realidade sombria, para que esses padrões prejudiciais não se reproduzam em seus vínculos afetivos, reproduzindo um modelo de relação insuficiente vivida pelo casal parental, impedindo-o de alcançar a maioridade emocional.



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