Construindo a Autoestima

 Relatos...

Um pai me disse, na frente de seu filho, que desejava que eu tratasse: "Ele não está fazendo seus trabalhos escolares, e suas notas estão baixas! Ele é simplesmente preguiçoso e tem uma má atitude! Ele não se endireita, não vai conseguir coisa alguma!".

De um treinador, para um jogador de futebol, de 5 anos de idade: "David, seu pateta!! Eu lhe disse para bater com seu pé esquerdo. Você está usando o pé direito! Você não pode fazer nada certo?"

De um pai, para uma criança: "Nós recebemos uma outra notificação da escola hoje, informando que você não está fazendo suas tarefas! Por que você não é como sua irmã? Ela sempre faz tudo certo! Ela é uma filha perfeita!"

Pai, para a filha da 5a. série, após receber o boletim dela, com 5 A e 1 B: "Você tirou outro B!! Você não vai conseguir um bom emprego se não apertar o cinto! Estou muito decepcionado com você. Você provavelmente vai acabar na assistência social, ou eu terei que sustentá-la por toda a sua vida."

Pai para um filho, após ouvi-lo contar a outro estudante como se saíra bem em um teste: "Eu ouvi você se gabando para o Tim sobre a nota que tirou no teste de Matemática. Não quero que fique cantando louvores a si próprio e dizendo a todo mundo o quanto você é bom. Você tem obrigação de sair-se bem em matemática. Eu sou professor de matemática e ensinei-lhe tudo! Isso não significa que você é bom!"

As pessoas precisam conhecer os efeitos devastadores que esses comentários causam sobre a auto- estima de uma criança (ou de um adulto). T

Maneiras de Destruir a Autoestima.

A. Enfatizar, ou até mesmo deturpar, os atributos ou comportamentos negativos. Chamar a criança de desajeitada quando derrama algo, ou fazer comentários negativos sobre sua aparência ou notas escolares. Considere com cuidado e pode ter certeza de que elas se sentem muito mal a respeito disso.

B. Não prestar nenhuma atenção aos comportamentos e atributos positivos. Se ela trouxer para casa um boletim com dois A´s e dois C´s, censurá-la sobre os C´s e não dizer nada sobre os A´s.

C. Transformar os erros em fracassos pessoais de sua parte. Os erros podem ser corrigidos facilmente; os fracassos atingem diretamente a identidade e a autoestima. Se ela tirar uma nota baixa ou não se sair bem num recital, o comentário "Se você não melhorar, você nunca conseguirá nada" pode ferir profundamente, por um longo tempo. Assim, uma nota baixa significa que a criança é preguiçosa, ou não fazer a cama significa que ela é irresponsável.

D. Apontar as qualidades positivas de outra pessoa e mostrar que a criança não as tem. "Por que você não pode ser um estudante grau "A" como sua irmã?"

E. Não permitir que faça qualquer coisa ou assuma a responsabilidade e/ou o crédito por seu progresso positivo ou por suas conquistas. Acusá-la de vaidade quando tenta fazê-lo, ou censurá-la por falar sobre elas.

Como Construir a Autoestima:

Ao trabalhar com estudantes que usam meus processos para "Redescobrir a Alegria de Aprender", muitas vezes é necessário consertar a autoimagem e a autoestima severamente prejudicadas. Considerando que muitos dos estudantes modernos jamais foram ensinados COMO aprender e COMO fazer as inúmeras tarefas acadêmicas exigidas pela escola, sabemos que, às vezes, eles não fazem as tarefas muito bem, e suas notas sofrem. E o mesmo acontece com sua autoimagem e autoestima. Eles tendem a tomar isso muito pessoalmente e presumem que há algo de errado consigo mesmos, porque não conseguem cumprir suas tarefas. Assim, mesmo depois de ensiná-los como aprender, ainda é necessário encontrar maneiras de reconstruir sua autoestima.

  • As técnicas e processos não precisam ser exclusivos para aos estudantes; aplicam-se aos indivíduos de todas as idades e todos os níveis, em todos os ambientes.
  • Antes de mais nada, algumas definições:
    • "a crença em si próprio; auto respeito." Ele define autoimagem como "a concepção do indivíduo sobre si mesmo e sua própria identidade, capacidades, dignidade, etc." 
    • O dicionário também define autoconceito como autoimagem. Portanto, a distinção é muito delicada. 
    • autoestima como a soma, em nível de identidade/ crença, de todas as autoimagens que o indivíduo tem sobre vários aspectos de si próprio.

A autoestima e autoimagem provêm da resposta a duas perguntas: 

  • "Que tipo de pessoa eu sou?" 
  •  "Que evidência tenho disso? " 
    • A evidência é o que sentimos no mundo ao nosso redor. É o que vemos, ouvimos, sentimos, cheiramos e degustamos sobre nós mesmos. Então, atribuímos significado à evidência sob a forma de atributos, qualidades, ou características. A soma disso tudo forma nossa autoimagem. O significado que atribuímos a essa soma é a nossa autoestima.

Indivíduos diferentes referem diferentes atributos à mesma evidência. Portanto, tem tudo a ver com a percepção. A coisa boa sobre a percepção, especialmente para aqueles de nós que praticamos a Programação Neurolinguística ou PNL, é que isso pode ser mudado e formado.

A maneira mais simples de afetar positivamente a autoestima é notar quando um indivíduo faz alguma coisa muito bem. Então, procuramos um atributo do qual o comportamento seja um exemplo. Quando aparece um, dizemos ao indivíduo: 

  • "Esse comportamento prova-me que você é um indivíduo do tipo (dizer o atributo)." Assim, por exemplo, suponhamos que seu filho estudou realmente muito para um teste e o realizou com 100% de sucesso. 
  • O atributo poderia ser escolhido dentre muitos – aplicado, brilhante, esperto, bom estudante, etc. Vamos usar aplicado. 
  • A frase poderia ser: "Esse 100% no teste mostra-me que você é um jovem aplicado. Mantenha esse bom trabalho!"

A estrutura do processo e da linguagem é a seguinte: 

1) você está deliberadamente conectando o atributo de sua escolha a uma evidência que o indivíduo não pode contestar, 

 2) você está ligando sua própria credibilidade à coerência. 

Se você continuar a elaborar sobre a coerência e falar sobre a importância do atributo, isso ajudará a construir a autoestima ainda mais. Tenha cuidado, contudo, para não exagerar e ser muito efusivo, pois isso poderia gerar a descrença do indivíduo.

Obviamente, se você não tiver qualquer credibilidade perante o indivíduo, isso não funcionará.

Uma das maneiras criativas que os pais podem usar é pensar no tipo de filho ou filha que eles querem ter. Pense nos atributos que você quer que eles incorporem. Então, note quando eles fazem algo ao qual esses atributos podem ser ligados e faça a declaração. Os comportamentos podem ser mais ou menos importantes. Também, podem ser comportamentos nos quais eles NÃO se envolvam. 

Por exemplo: "Eu notei, Cris, que você não usa drogas, embora elas estejam disponíveis para você. Isso mostra-me que você está crescendo com muita responsabilidade pelo seu próprio comportamento e saúde, e que você não está simplesmente acompanhando a turma. Eu tenho muito orgulho da maneira como você toma essas decisões responsáveis."

Não espere comportamentos melhores antes de usar esse processo. Ele tem poder devido à sua precisão. De fato, às vezes, os comportamentos menos importantes têm mais efeito porque o indivíduo não os havia considerado. Quando você faz a conexão, está alertando para algo sobre o qual ele não havia pensado; e isso sempre tem um efeito-surpresa que enriquece a reação emocional. Isso vale especialmente para os indivíduos que não são estrelas – os estudantes notas 10 ou os que fazem tudo certo.

Em relação aos alunos que possuem incapacidade de aprender ou outras deficiências, isso pode ter um efeito poderoso, porque eles raramente recebem um feedback positivo. Por exemplo, uma vez ouvi o seguinte relato de uma professora: "Certa vez, eu tive um aluno com a Síndrome de Down, e decidi usar esse processo com ele. Após pensar sobre ele por algum tempo, ficou claro para mim que ele sempre entrava em minha sala de aula com um largo sorriso, vinha até mim e me dava um grande abraço.

Na vez seguinte que ele fez isso, eu lhe disse: "Você sabe, Doug, eu notei que você sempre entra em aula com um belo sorriso e me dá um abraço. Isso me diz que você é uma pessoa muito feliz e amorosa, e eu realmente aprecio isso em você. Você é muito especial para mim." A professora contou que Doug inflou o peito e nunca deixou de sorrir para o resto da classe. E, todas as vezes que ela a viu depois, ele sorria e lhe dava um abraço, sabendo que ele era especial para ela.

Se você tem problema em notar quando eles fazem algo que lhe permita fazer uma afirmação desse tipo, crie algo para eles fazerem; e quando eles o fizerem com sucesso, faça a afirmação. Por exemplo, em minha primeira entrevista com um estudante eu uso essa técnica. Durante minha avaliação, peço-lhes que escrevam palavras de trás para frente (da direita para a esquerda). Geralmente, nunca tentaram fazer isso antes, e é algo novo para eles. Quando conseguem, eu faço o seguinte comentário: "Isso me diz que não há nada errado com o seu cérebro. Eu posso transformar você em um estudante-estrela, ensinando-lhe a fazer coisas com a sua mente. Posso ajudá-lo a ser o tipo de estudante que você sempre desejou ser."

Outra coisa interessante sobre esse processo é o seu efeito duradouro. Você não precisa se preocupar em fazer o processo repetidamente. Ele tende a ir direto ao coração e à alma da pessoa e aí permanecer por um longo tempo. A razão disso é que você está criando uma "experiência referencial pessoalmente atrativa" para eles. As propriedades de uma experiência referencial pessoalmente atrativa são:

Propriedades de uma Experiência Referencial Pessoalmente Atrativa

A. Está relacionada com o conceito de si próprio.

B. É dada no sistema representacional apropriado.

C. É dada por uma referência externa com credibilidade.

D. É intensa.

E. É uma surpresa ou algo completamente diferente da maneira como eles pensavam sobre o assunto anteriormente – às vezes, chamado de mudança de paradigma.

Está relacionada com o conceito de si próprio.

Obviamente, esse é o ponto. Você está deliberadamente fazendo essa ligação quando diz, "Esses 100% do teste me informam que você é um jovem aplicado". Analisando isso através dos níveis lógicos, você está comunicando pelo menos ao nível de Identidade e pode, na elaboração, elevá-lo para o nível Espiritual/Sistema Superior.

Isso transformaria o processo em algo ainda mais atrativo. Um exemplo de elaboração seria:

"Sua mãe, seus avós e até mesmo os professores de sua escola já me haviam comentado que você é muito aplicado. Parece que eles apreciam isso a seu respeito, e dizem que esse é um traço que irá ajudá-lo no futuro."

É dada no sistema representacional apropriado.

Quando você está liga o atributo a uma experiência sensorial completa que eles acabaram de ter, eles a representam em todos os sistemas representacionais. Eles não podem negar que isso não ocorreu, pois você está lhes dando um feedback instantâneo e específico.

É dada por uma referência externa com credibilidade.

Você é a referência externa e tem credibilidade. Se no momento você achar que não tem credibilidade, espere até tê-la, e o momento certo. É uma oportunidade muito poderosa para perdê- la. Um exemplo seria quando a pessoa está agitada e zangada com alguma coisa. Espere até que ela se acalme.

É intensa.

A intensidade ou resposta emocional é o que torna o processo atrativo o suficiente para durar. Você pode construir a intensidade de qualquer uma ou das quatro diferentes maneiras:

1. Frequência – se eles não fizerem outros 100% num teste, por exemplo, a experiência original perde sua intensidade.

2. Repetição – quanto mais repetem alguma coisa, tanto melhor ela penetrará na memória a longo prazo.

3. Duração – quanto mais longo for o momento ou a elaboração, tanto maior a intensidade. Se for um comentário passageiro, não terá muita chance de durar. Essa é a razão porque a elaboração é tão importante.

4. Força – quanto mais robusta a resposta emocional, tanto mais intensa será. É assim que funciona a fobia, que é um exemplo de uma experiência aprendida em uma única vez.

É uma surpresa ou algo completamente diferente da maneira como eles pensavam sobre o assunto anteriormente – às vezes, chamada de mudança de paradigma.

Esta é a maneira mais fácil de construir a intensidade. Quanto mais surpreendente for, tanto mais chocará e tanto mais será atrativa. Você vai ouvir a clássica resposta: "Uau! – eu nunca pensei nisso DESSA maneira".

Conforme dissemos anteriormente, a maneira mais fácil de construir a autoestima é aproveitar quando o indivíduo faz algo de bom e positivo. Mas, o que fazer se alguém se comporta de maneira negativa ou se já tem um atributo negativo ligado a um comportamento? Existe uma maneira de desligar o negativo e ligar um atributo positivo? A resposta para as duas perguntas é: sim.

O diagrama acima fornece uma forma mais visual para demonstrar o que estamos fazendo. Quando o comportamento é bom, nós simplesmente ligamos o atributo positivo ao bom comportamento, usando a afirmação.

Se, no entanto, o comportamento não for bom, encontramos a intenção positiva por detrás do comportamento e ligamos o atributo positivo à intenção positiva. Assim, por exemplo, quando meu filho ainda estava no segundo grau, nós fizemos um acordo de que ele voltaria no horário estabelecido, nas noites em que saía com seus amigos. Ou, se não pudesse ser pontual, ele nos chamaria e informaria a razão, indicando o novo horário (assim, não nos preocuparíamos com ele). Ele foi muito confiável e responsável no cumprimento dessa promessa. Uma sexta-feira à noite, contudo, ele se atrasou muito e não nos telefonou.

Sua mãe estava acordada, andando pela casa (eu estava dormindo). Ele chegou depois das duas ou três horas do Sábado de manhã. Na manhã seguinte, quando ele se levantou, eu perguntei a respeito e se nós deveríamos refazer o acordo. Sua resposta foi: "Não, pai, vou contar-lhe porque não pude ligar. Um de meus amigos tinha um revólver e estava falando em suicidar- se, mas quis falar comigo. Eu sabia que você não gostaria que eu o abandonasse, portanto fiquei com ele até conseguir levá-lo para casa." Minha resposta foi: "Obrigado, agora entendo e aplaudo sua escolha.

Suas intenções de permanecer com nosso acordo e de ajudar seu amigo me dizem que você é de fato o jovem altamente responsável, que eu sempre achei que fosse. E agora sei que você pode ser um amigo bom e confiável, também. Seus companheiros são felizes por terem um amigo como você".

Antes de continuar com a estratégia acima, é importante que você averigúe se o mau comportamento foi um erro da parte da pessoa, baseada naquilo que ela pensava estar acontecendo, ou uma ocorrência extraordinária ou inesperada. Se for este o caso, encontre a intenção positiva por detrás do que ela pensava que estava acontecendo, e faça a afirmação ligando o atributo positivo à intenção positiva. Se foi um erro, diga algo como "Todos nós cometemos erros e podemos aprender deles, portanto não vamos continuar repetindo os mesmos. Como você poderá comportar-se de maneira diferente no futuro?" Depois, encontre a intenção positiva existente por detrás do novo comportamento e a disposição da pessoa para aprender a partir de seus erros e, em seus comentários de acompanhamento, ligue os atributos positivos.

Se o mau comportamento continuar e for repetitivo (como, por exemplo, não fazer as tarefas ou bater na irmã menor, etc.), diga algo como: "Esse comportamento não representa o tipo de pessoa que eu acho que você é. Eu acho que você é o tipo de pessoa que (diga diversos atributos positivos). Estou errado?" Quando você obtiver a resposta, diga, "Bem, agora que nós concordamos sobre o tipo de pessoa que você é, que comportamentos esse tipo de pessoa teria, na mesma situação? " Quando ela apresentar alguns comportamentos melhores, você pode ligar os novos comportamentos a atributos ainda mais positivos. Se você fizer a ponte ao futuro com os novos comportamentos e fizer com que experimente como seria comportar-se assim no futuro, vai ajudar muito a mudar os velhos comportamentos. Essa situação realmente exige ALTA credibilidade de sua parte. A pessoa começa a se preocupar com aquilo que você pensa e sente a respeito dela.

Muitas vezes, eu recebo estudantes com atributos negativos já ligados a certos comportamentos. Por exemplo, às vezes os pais rotulam seus filhos de preguiçosos ou que têm atitudes ruins ou tolas, porque estão indo mal na escola. A maneira de desligar os atributos negativos e ligar atributos positivos é a seguinte: pense num exemplo contrário ao atributo negativo que você pode gerar, e depois ligue esse exemplo a um atributo positivo. Por exemplo, vamos supor que o pai acabou de dizer que seu filho não foi muito brilhante, foi até tolo. Quando faço uma criança escrever uma palavra de trás para frente, e ela o faz com sucesso, eu digo: "Isso prova-me que não há nada errado com sua mente, e você certamente não é boba. Escrever essa palavra de trás para a frente mostra-me que eu posso ensinar você como aprender, para que você seja tão esperto e bem sucedido na escola quanto você quiser. No passado você não foi capaz de ter sucesso porque nossas escolas falharam em ensinar-lhe COMO aprender.

Você fez o melhor que pode, mas algumas das estratégias de aprendizado que você tentou não foram eficientes nem eficazes. Agora eu vou ensinar você COMO aprender."

"Que tipo de pessoa sou eu?" Devido ao fato de que nós, seres humanos, temos essa pergunta predominante no fundo de nossas mentes o tempo todo, somos vulneráveis a qualquer comentário ao nosso redor. Se tivermos uma autoestima forte, podemos filtrar esses comentários, avaliá-los, e descartá-los como inválidos. No entanto, quando uma pessoa é jovem e ainda maleável, ela pode fazer isso facilmente. Se nós, os pais, professores e outros adultos ao redor deles, intencionalmente queremos moldar a autoestima para o bem do jovem, usando essas técnicas, podemos ir muito longe na missão de tornar este mundo um lugar melhor. Positivamente, estaremos afetando as vidas dos jovens ao nosso redor. Que objetivo magnífico e que visão para nós!

PNL na Educação

ENSINANDO COM A LINGUAGEM DO CÉREBRO PROFESSORES PRECISAM MAIS DO QUE O CONHECIMENTO DE SUAS MATÉRIAS

Entre os anos 50 e 80, a terapeuta Virginia Satir era uma das pessoas mais influentes no desenvolvimento do novo campo de Relações Humanas. Frequentemente chamada a avó da Terapia Familiar, Satir auxiliou milhares de casais e famílias a resolver velhos conflitos, e criar uma vida em comum mais prazerosa. No seu campo ela era uma especialista, mas Satir tinha um problema - ela não conseguia ensinar o que ela fazia para os outros. Centenas de pessoas eram treinadas por ela, mas quando eles deixavam seus seminários, normalmente não tinham habilidade de copiar o que ela tinha feito. Um dia Satir estava demonstrando frente a um grupo de estudantes de psicoterapia.

Ela parou de falar com o casal com o qual estava trabalhando, e perguntou se algum dos estudantes poderia continuar, usando seus métodos. Um por um, os estudantes tentaram auxiliar o casal, mas nenhum deles parecia saber como Virginia escolhia o que dizer. No fundo da sala, um jovem estava gravando a sessão de treinamento.

Ele era Richard Bandler, um programador de computador e estudante de linguística na Universidade da Califórnia e não tinha treino algum em psicologia. Finalmente, após os estudantes de Satir terem falhado, Bandler veio à frente da sala e ofereceu-se para falar com o casal. Surpreendentemente ele parecia saber exatamente como Virginia estava construindo suas questões e sugestões para o casal. Ouvindo-o era como ouvi-la.

Os psicoterapeutas estavam perplexos. Quem era este jovem e como tinha ele apreendido tão precisamente o método de Virgínia Satir?

Em 1976 Richard Bandler e o professor de lingüistica John Grinder escreveram o primeiro de vários livros explicando suas descobertas sobre comunicação, mudanças em pessoas e ensino.

O primeiro livro deles, chamado A Estrutura da Magia (Bandler e Grinder, 1977) explicava que, pelo entendimento das "linguagens" internas do cérebro (Neurolinguística) qualquer um poderia aprender a atingir os excelentes resultados dos melhores comunicadores, professores e terapeutas. Antes da publicação Bandler e Grinder mostraram cópias de seus livros aos especialistas, cujas habilidades eles modelaram, pessoas como o médico hipnoterapeuta Milton Erickson, o antropólogo Gregory Baterson e certamente Virginia Satir. Os comentários de Satir, que citarei adiante, transmitem o arrebatamento que professores em todo mundo tem relatado desde então, de como eles apreenderam, a "estrutura da magia" da Programação Neurolinguística.

Para os professores a PNL oferece três importantes benefícios:

1- Fornece um novo modelo de como as pessoas aprendem. O exato entendimento da forma como o cérebro trabalha pode ser comparada a um "Manual do Usuário" de um computador.

Sem o manual você sabe que o computador tem uma vasta memória e pode fazer coisas admiráveis. Se você fica "tentando cegamente", você eventualmente acaba "tropeçando" nestas coisas admiráveis. Mas com o manual você pode escolher exatamente o que você pode fazer, e ter o computador operando perfeitamente todas as vezes.

Em PNL, nós sabemos os programas (ou estratégias, para usar um termo da PNL) nos quais excelentes estudantes tropeçaram acidentalmente: a estratégia que soletradores exímios usam para memorizar palavras; a estratégia que leitores entusiastas usam para ler rapidamente seus livros em uma fração do tempo e assim por diante.

2- Todavia, o ser humano é mais do que um computador. Aprender e criar funcionam melhor quando a mente do estudante está livre da distração, quando está em estado de calma e alerta quase meditativos. Pesquisas mostram que conseguindo que os estudantes relaxem no inicio de cada sessão de estudo, o seu rendimento aumentará 25%. A PNL nos fornece algumas maneiras notáveis de colocar os estudantes rapidamente naquele estado.

3- Se a PNL apenas nos desse estas novas poderosas formas de aprendizado para os estudantes, ela já teria merecido seu lugar no centro da revolução da aprendizagem. Mas a PNL fornece também um modelo inteiramente novo do que é o ensino, de como os professores mais eficazes são hábeis em criar o senso de "rapport" com seus estudantes, de motivá-los e inspirá-los a alcançar o seu melhor. Num mundo onde o professor compete com a TV, o videogame e a cultura popular pela atenção do estudante, isto não é pouco. A PNL mostra como utilizar cada um de seus movimentos e cada uma de suas palavras de maneira que ajudem você a conseguir que seus estudantes acreditem e se tornem famintos de aprender.

A PNL não é uma técnica; é uma centena de técnicas no contexto adequado, que faz com que elas tenham sentido. Esta lição dá apenas uma amostra das ideias das quais você pode tirar vantagem.

O SENTIDO DA APRENDIZAGEM

Aqui vai uma simples experiência que explica o modelo da PNL, de como funciona a sua neurologia (ou para usar um termo menos formal, seu "cérebro").

Pense em um limão fresco. Imagine um agora em sua frente, e sinta como é pegá-lo em sua mão. Pegue uma faca e corte uma fatia e ouça o leve som do suco escorrendo.

Cheire o limão, enquanto você leva a fatia até sua boca e dê uma mordida. Sinta o gosto ácido da fruta. Se você na realidade se imaginou fazendo isso, sua boca está agora salivando. Por que? Porque seu cérebro seguiu suas instruções e pensou, viu, ouviu, sentiu, cheirou e provou o limão. Seu cérebro "tratou" o limão imaginário como se ele fosse real, e preparou a saliva para digeri- lo. Ouvindo, olhando, sentindo, cheirando e provando são as "linguagens" naturais da sua neurologia.

Quando você usa estas linguagens, sua neurologia considera o que você está pensando como "real".

No passado alguns professores pensavam que aprender era apenas uma questão de "pensar" sobre o assunto, de usar palavras. Mas quando estudantes aprendem, eles estão usando os 5 sentidos básicos, assim como a 6a. linguagem do cérebro - as palavras. Na PNL as seis linguagens do cérebro são chamadas de:

  • VISUAL                      (vendo as imagens)
  • CINESTÉSICA          (K) (sentindo as emoções do corpo)
  • AUDITIVA               (ouvindo os sons)
  • OLFATIVA              (cheirando fragrâncias)
  • GUSTATIVA            (provando os gostos)
  • AUDITIVA-DIGITAL (pensando em palavras ou conceitos) 
Alguns estudantes usam muito pensar em palavras (auditivo- digitais). Eles querem saber a "informação" que você está lhes dando. Mas para outros estudantes, poderem "ver a imagem" do que você está lhes mostrando (visual) é mais importante. Outros quererão "sintonizar com os temas principais" contidos nas suas palavras (auditivos) ou "agarrar-se com a lição" e "trabalhar vivenciando os exemplos" (cinestésico). Se você ouvir as palavras que os estudantes usam, na realidade elas lhe dirão quais são os seus sistemas sensoriais favoritos para representar sua aprendizagem (chamado em PNL de Sistema Representacional Preferido). Professores eficazes aprendem "a falar em cada um dos sistemas representacionais" (Bolstad et alia, 1992 p.72).

A PNL dá a você inúmeras formas para alcançar os estudantes que você tem em sala de aula. Se há alguns de seus alunos que parecem não aprender, você pode não estar ensinando no sentido em que eles pensam. Por exemplo, para atingir os visuais você poderá escrever as palavras na parte superior do quadro e desenhar mais diagramas.

Para atingir os auditivos, você pode escolher mais discussões e usar música.

Cinestésicos gostam de se movimentar (você provavelmente já os notou) e eles gostarão de serem aproveitados em atividades como dramatizações.

Você pode ajustar sua linguagem para combinar com cada um dos sentidos principais (se você não percebe isso, você pode estar perdendo uma chance importante de sintonizar com alguns de seus alunos mais "desafiantes"). Quando você usa todos os três sentidos mais importantes em sua sala de aula, os cérebros de seus alunos serão mais profundamente ativados. Eles ficarão sedentos de seus ensinamentos, tal qual sua boca salivou por aquele limão.

O SENTIDO ADEQUADO PARA O TRABALHO

Como os poliglotas (pessoas que falam frequentemente várias línguas) lembram entre uma dúzia de idiomas de que língua provém cada palavra? É mágica? No passado muitas pessoas tinham como certo de que havia algo diferente na neurologia do poliglota, algo que os fazia naturalmente mais hábeis para guardar cada língua em separado. Hoje, estudos de PNL (Dilts e Epstein, 1995 p.222) mostram que os poliglotas prestam especial atenção aos seus sistemas sensoriais auditivos e cinestésicos. Eles usam um tom de voz e um conjunto de posturas corporais diferentes para cada idioma. Alguém que usa apenas o sistema visual (e tenta ver cada palavra que dizem como se ela estivesse escrita) não vai achar tão fácil tornar-se fluente em vários idiomas.

Assim como o software Windows pode ser instalado em qualquer computador compatível, assim a "estratégia" que os poliglotas usam pode na realidade ser instalada em qualquer outra pessoa. Se é possível na neurologia de uma pessoa, é possível na de qualquer uma. Tudo que precisamos saber é exatamente que distinções sensoriais a primeira pessoa usa, e em que sequência. Para "instalar" uma nova estratégia, a PNL usa uma série de descobertas inéditas sobre o que acontece quando uma pessoa usa cada sistema sensorial. Por exemplo, nós usamos o fato de que os olhos de uma pessoa se movem diferentemente dependendo através de que sentido ela está obtendo a informação.

A facilidade com que uma nova estratégia pode ser instalada é demonstrado por uma pesquisa feita na Universidade de Moncton no Canadá (Dilts e Epstein, 1995 p.409).

Aqui a quatro grupos de soletradores médios pré-testados, foi dado o mesmo teste de soletração (usando palavras inventadas sem sentido e desconhecidas para eles). Cada grupo tinha instruções diferentes.

Grupo A: simplesmente aprender as palavras.

Grupo B: visualizar as palavras como método de aprendê-las. 

Aos outros dois grupos C e D, a instrução era olhar em uma certa direção enquanto eles visualizavam.

Grupo C: olhar para cima à esquerda (posição dos olhos que segundo a PNL auxilia a memória visual). 

Grupo D: olhar para baixo à direita (posição dos olhos que segundo a PNL auxilia a sentir cinestesicamente, mas pode esconder a visualização).

O grupo A teve o mesmo rendimento que seu pré-teste. O grupo B rendeu 10% a mais. O grupo C rendeu 20 a 25% a mais. O grupo D teve resultado 15 % pior!

Este estudo confirma 2 asserções da PNL:

a) a direção para onde o aluno dirige os olhos, decide qual o sistema sensorial em que ele vai efetivamente processar a informação.

b) visual recordado é o melhor sistema sensorial para aprender a soletrar em inglês.

Mais do que surpreendente, isto demonstra que os estudantes podem ser ensinados com sucesso (em 5 minutos) a usar uma estratégia sensorial mais eficaz. Para um estudante cinestésico com um desempenho medíocre em soletrar, isto trará um resultado positivo imediato de 35 a 40%. Curiosamente em um teste final, algum tempo depois (um teste de retenção de aprendizado), os resultados do grupo C permaneceram constantes, enquanto os resultados do grupo A caíram 15%, uma queda consistente com os estudos de padrão de aprendizagem. A diferença final na memória entre os dois grupos foi de 61%.

Da mesma forma, qualquer estratégia de aprendizado pode ser "modelada" de estudantes excelentes e ensinada a outros num tempo mínimo.

O ESTADO EM QUE A APRENDIZAGEM OCORRE NATURALMENTE

Pesquisas mantém a crença de especialistas de aprendizagem acelerada que a habilidade dos estudantes para memorizar novas informações aumenta mais de 25% apenas levando-os ao estado de relaxamento (ex. Jensen, 1994 p.178). Aprender novas informações não é tanto o resultado de um esforço concentrado pela mente consciente, mas muito mais o resultado de uma atenção relaxada, quase inconsciente.

Crianças aprendem canções infantis e canções dos comerciais da TV não estudando-as conscientemente, mas apenas porque elas estão relaxadas enquanto elas as ouvem. Você anda de bicicleta, não pensando sobre o equilíbrio a cada momento, mas confiando em suas respostas inconscientes.

O que a PNL oferece ao professor é a habilidade para, sem resistência e rapidamente, levar os alunos a este estado de relaxamento. As habilidades da PNL que alcançam isto foram modeladas do hipnoterapeuta Milton Erickson. Elas são similares às técnicas desenvolvidas em Sugestologia do hipnoterapeuta Georgi Lozanov. Um Practitioner de PNL aprende a falar de tal forma que os estudantes relaxam sem ter que usar as técnicas formais de relaxamento ("você está ficando cada vez mais relaxado, seus pés.....etc."). O resultado é como ligar a memória de seus alunos na 1a. marcha nos primeiros minutos em sala de aula. (Veja Bolstad et alia, 1992 p.33, para um exemplo deste processo de relaxamento.)

Uma das formas básicas que a PNL usa para colocar os estudantes dentro deste estado mental é a ancoragem. Aqui temos um exemplo do que eu considero ancoragem. As vezes quando você está ouvindo rádio, você ouve uma canção que não ouvia há anos, uma canção que foi sua favorita há muito tempo atrás. Ao ouvi-la, todas as sensações daquele tempo podem voltar, até o som das velhas vozes e as imagens daqueles lugares preferidos podem ressurgir. "A âncora" da canção levou você de volta àquele "estado". Da mesma forma, quando você volta a visitar sua antiga escola, a âncora traz de volta a sensação de ser de novo estudante (nem sempre tão positiva, como no caso da canção!).

Uma vez entendido este processo, você poderá projetar âncoras poderosas que farão com que instantaneamente seus estudantes sintam-se confiantes, curiosos e ávidos por aprender. Até tocar a mesma música no início de cada uma de suas aulas auxiliará seus alunos a atingirem rapidamente aquele estado mental adequado para o assunto. (Bolstad et alia 1992, p.24)

COMUNICANDO SEU ENTUSIASMO PELO APRENDIZADO

No início deste século, vendedores bem sucedidos foram considerados como se tivessem um carisma inexplicável, um magnetismo pessoal, que fazia com que os outros comprassem deles. Nós agora sabemos que este carisma pode ser ensinado.

Que quando novos executivos aprendem a linguagem corporal e os padrões verbais de vendedores de sucesso, suas próprias vendas começam a crescer.

No passado, este tipo de habilidade não estava disponível para os professores. Minha crença como trainer de PNL é que os professores tem ainda mais direito de serem habilitados para motivar pessoas do que o pessoal de vendas. Assim como nenhuma organização moderna deixaria seu pessoal de vendas sem treinamento nesta área, nenhuma escola pode dar-se ao luxo de não ensinar seus professores como motivar os alunos. Em um certo sentido, nós vendemos o futuro. A vida que nós e nossas crianças usufruiremos depende da nossa habilidade de inspirará-los e entusiasmá-los com o prazer de aprender.

A PNL está continuamente desenvolvendo e expandindo novas técnicas de ensino como metáforas, ancoragem corporal baseada em música e mapas mentais. Mas a PNL é muito mais do que "a mais importante caixa de ferramentas da comunicação da década" (Jensen, 1994). É toda uma nova forma de pensar sobre ensino em particular e comunicação em geral. Nesta nova forma, ensino é um processo de "construir rapport e então liderar" (Bolstad et alia, 1992 p.78).

Rapport é o sentimento de compreensão compartilhada que bons amigos e colegas de trabalho constroem às vezes. Resulta numa legitima ânsia para cooperar e seguir a liderança de outros. Se você se lembrar do tempo em que admirava de fato um professor e divertia-se na aula dele, você conhece o sentimento de rapport.

O que a PNL Oferece aos Professores

Você provavelmente tornou-se interessado nas coisas em que seu professor estava interessado, e era altamente motivado a seguir às sugestões dele.

O rapport é criado ao igualar o comportamento de seus estudantes. Isto significa praticar atividades junto com eles, usando exemplos que já são interessantes para eles, usando seu sistema sensorial preferido. Quando você os ensina, usando gestos e posições corporais similares as deles, ajustando sua voz a uma velocidade e tom semelhantes e até respirar no mesmo ritmo. Se estas coisas lhe parecem um pouco estranhas no início, note que você faz isso naturalmente com seus amigos mais íntimos. Sempre que as pessoas constroem o rapport, elas igualam cada uma o comportamento da outra.

Liderança é o processo de levar os estudantes a seguirem suas sugestões. Se você está em rapport, os estudantes farão isto facilmente. Antes, os professores diziam que os estudantes que não seguiam suas sugestões, eram estudantes "resistentes" ou "desobedientes". Faz mais sentido dar-se conta que quando os estudantes não seguem a liderança, significa apenas que eles ainda não estão em rapport suficiente com você.

Isto é algo que você pode mudar, quando você aprender as habilidades de rapport da PNL.

Professores de sucesso são também hábeis em usar elegantemente sua linguagem levando os estudantes a aprender e mudar. Quando estudamos professores habilidosos, descobrimo-los usando sua linguagem com cuidado para criarem o tipo de representações internas (imagens/sons/sensações/etc.) que eles desejam que seus alunos tenham. Afim de entenderem o que você diz, seus alunos fazem uma representação interna de suas palavras.

Aqui está um exemplo. Se eu digo a vocês: "Não pensem em um limão suculento!", a fim de compreender minha sentença, você, primeiro faz uma representação interna de um limão suculento. Se eu acrescento: "Agora não sinta o gosto forte deste limão!"- suas bocas podem começar a salivar - embora eu tenha dito que não fizessem isso.

Quando os professores dizem: "Não esqueçam seu dever de casa!", os alunos tem que imaginar esquecê-lo. Seus cérebros estarão mais predispostos a esquecer. Se você quer sugerir que seus alunos façam seu dever de casa, o errado é dizer: "não esqueçam", enquanto que o certo é: "Lembrem seu dever de casa".

Professores hábeis estruturam cada uma de suas palavras de forma que elas produzam a representação interna que eles desejam que seus alunos tenham. Esta arte, chamada "SUGESTÃO" em hipnose, é muito poderosa. Contudo, não quero sugerir que vocês agora aprendam sugestão, porque vocês podem fazer isso quando lerem o próximo livro de PNL.

Ressignificar (mudar o significado de uma experiência descrevendo-a de forma diferente) e metáforas (contar historias para oferecer aos estudantes novas opções) são outros exemplos de como professores hábeis usam sua linguagem para fazer com que os estudantes criem representações internas úteis (OConnor & Seymour, 1996, p.183). Por exemplo, muitos estudantes acreditam que quantos mais erros cometem, pior é o seu aprendizado.

Como metáfora, seguidamente eu lhes conto sobre Thomas Edison, que tentou 10 mil maneiras diferentes antes de encontrar aquela que faria a lâmpada elétrica funcionar.

Ele dizia que isto foi a chave da sua brilhante invenção; que ele estava disposto a encontrar 9.999 maneiras que não fariam funcionar a lâmpada. Erros são o segredo do gênio! (A última frase é uma "ressignificação". Ela muda o significado dos "erros".)

PNL: UM NOVO CAMPO E UMA FERRAMENTA PARA A PROFISSÃO.

Ao ler as descrições acima, você pode pensar "Bem, eu já faço algo disto." Isto é parte de porque a PNL é tão poderosa. A PNL o auxiliará a identificar o que você já faz bem, e assim poderá repeti-lo até com os estudantes mais difíceis e com os assuntos mais desafiadores.

E é por isso que Virgínia Satir, uma das primeiras professoras estudadas pela PNL, disse em sua apresentação na "Estrutura da Magia" (Bandler e Grinder, 1977): "seria difícil para mim escrever esta apresentação sem deixar transparecer meu próprio sentimento de entusiasmo, espanto e emoção. Há muito tempo sou professora de Terapia Familiar e também me dedico à clínica e à teoria do assunto. Isto significa que tenho visto ocorrerem modificações em muitas famílias, e estive envolvida no treinamento de muitos terapeutas familiares. Tenho uma teoria sobre como faço a mudança ocorrer. O conhecimento do processo foi agora admiravelmente avançado por Bandler e Grinder, os quais podem falar, de um modo que pode ser concretizado e medido sobre os ingredientes do que entra para tornar o como possível." (Satir in Bandler e Grinder, 1977, p.12)

Como Sair da Depressão

O fato é que se você se coloca numa fisiologia rica em recursos, não pode ficar deprimido. Tente isso. Fique ereto e respire profundamente, enchendo de ar o seu diafragma. Jogue os ombros para trás e olhe para cima enquanto coloca um sorriso tímido e bobo no rosto. Movimente o corpo. Veja se você consegue se sentir deprimido com essa postura. Você descobrirá que isso é quase impossível.

Pelo contrário, o cérebro está recebendo uma mensagem da sua fisiologia para ficar alerta, cheio de vigor e de recursos. Frequentemente, quando faço esse exercício nos meus seminários, as pessoas começam a rir porque não conseguem ficar deprimidas. Esse não seria um ótimo instrumento para usar da próxima vez em que se sentisse um pouco por baixo?

 

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