Os estigmas existem
desde que o mundo é mundo, desde os gregos, a era cristã até a vida
contemporânea, porém, se apresentam de formas diferenciadas e adaptadas a cada
época. Os estigmas correspondem aos rótulos e formas de categorização de uma
pessoa ou sociedade, naturalizando conceitos considerados “normais” a respeito
do indivíduo, comunidade ou sociedade, que revelam a sua “identidade social” ou
ainda, “status social”, conforme explica Erving Goffaman, em seu livro Estigma.
Ao estigmatizar o sujeito, projetamos nossas expectativas sobre o mesmo,
categorizando-o ou estereotipando-o a partir de nossos valores, entretanto nem
sempre corresponde à realidade do mesmo, o que o autor chamou de “identidade
social real”. Goffaman menciona três tipos de estigmas diferentes:
- Abominações do corpo-deformidades físicas.
- Culpas de caráter individual-vontades fracas,
paixões tirânicas ou não naturais, crenças falsa se rígidas, desonestidade,
inferidas a partir de distúrbio mental, prisão, vício, suicídio e comportamento
político radical.
- Estigmas tribais de raça, nação e religião.
Partindo desse contexto, percebe-se na
charge que,o Brasil pode ser visto como um país supostamente, de “duas classes
sociais”: a classe política e a classe social marginalizada, pelos diversos
rótulos e categorizações que lhes são impostas, identificando-a socialmente, de
forma pejorativa e depreciativa, o que ratifica o processo de exclusão
vitalício proposto pelos julgamentos dos vários governantes desse país.
Entretanto, importante salientar que há aí, uma postura reativa aos
governantes, de não aceitação de categorização depreciativa quando é dado o
recado aos governantes de que “não cabe mais embaixo do tapete”, e que essas
pessoas estigmatizadas buscam seu lugar de direito em meio a sociedade, embora
ainda enfrentem inúmeras dificuldades de preconceitos, estereótipos e
discriminação, na sociedade contemporânea, entendendo que podem e devem estar
no lugar e na posição que desejar. Contudo, ainda há muito o que conquistar
para desfazer esses estigmas socialmente aceitos, naturalizados pela sociedade.
E é em meio a esse enfrentamento, que muitos estigmas sociais que afetam o
sujeito podem leva-lo a buscar o auxílio psicológico, pois os estigmas sociais
estão tão naturalizados, que muitas dessas pessoas se sentem identificadas
pessoalmente, com essas categorias depreciativas, internalizando-a como se
fizesse parte de sua identidade pessoal, quando na verdade, precisam descobrir
o seu potencial real e individual de realização e conquistas, para conseguir
lidar com essa cultura de exclusão que o Brasil traz.
REFERÊNCIA:
Livro Estigma, Ervinf Goffman
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