Mostrando postagens com marcador contratransferência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador contratransferência. Mostrar todas as postagens

domingo, 13 de dezembro de 2020

Terapia Psicanalítica - Sigmund Freud (1913)

 Sobre o início do Tratamento:

  • Recordar, Repetir e Elaborar 
  • Como no Jogo de Xadrez uma análise está sujeita a regras semelhantes
  • Sistematização
  • Do início ao fim
  • O desenvolvimento só a partir do estudo de cada caso.
Recomendações para o início do tratamento

  • Exame preliminar ou tratamento experimental de duas semanas
  • Deve seguir as regras de análise
    • Deixar o paciente falar
    • Estabelecer o diagnóstico diferencial
    • Desenvolvimento da Transferência
    • Resistência
    • Sintoma
Tempo de Tratamento
  • Duração indeterminada - é sempre de longos períodos de tempo em função da atemporalidade dos processos Ics.
    • Segundo Freud o sistema Ics consiste em impulsos carregados de desejos procurando descarregar sua catexia. No inconsciente não há censuras, logo nada é negado, podendo dois desejos incompatíveis coexistir dentro dele. O inconsciente é também intemporal.
  • O êxito do tratamento se deve à transferência e não à sugestão
    • A transferência, segundo Freud, pode emergir como um exigência intensa de amor, de atenção, de reconhecimento, ou sob formas mais moderadas: desejo se ser recebido como filho(a) predileto(a), de ser alvo de uma estreita amizade (necessidade libidinal sublimada) etc.
    • Em psicanálise, a transferência é “um processo constitutivo do tratamento psicanalítico mediante o qual os desejos inconscientes do analisando concernentes a objetos externos passam a se repetir, no âmbito da relação analítica, na pessoa do analista, colocado na posição desses diversos objetos” (ROUDINESCO & PLON, 1998, p. 766-767)


Tratamento e Dinheiro
  • Deve ser tratamento com franqueza natural como se deseja tratar as questões da vida sexual do paciente.
  • Incoerência, pudor e hipocrisia devem ser evitados.
  • Intervalo de Tempo curto para pagamento.
O tratamento no Divã
  • Remanescente da hipnose
  • Questão pessoal de Freud
  • Para que os pensamentos Ics e expressões do analista não influenciem os pcs
    • Pré-consciente (Pcs) Essa instância, considerada por Freud uma “barreira de contato”, serve como uma espécie de filtro para que determinados conteúdos possam (ou não) emergirem a nível consciente. Entende-se que os conteúdos presentes no Pcs estão disponíveis ao Consciente.
  • Isolar a Transferência Imaginária e facilitar a transferência simbólica.
Dinâmica da Cura
  • Sofrimento
  • Desejo de ser curado
  • Resistência
  • Transferência
  • Interpretação
Essência da Análise
  • Recordar
  • Repetir
  • elaborar
Disposição inata e influências
  • Precondição para enamorar-se
  • Nas pulsões que satisfaz
  • Nos objetivos que determina a si no decurso desta.
  • Freud examina:
    • A intensidade da transferência nos indivíduos neuróticos em análise - atribui à própria neurose.
    • O surgimento da transferência como resistência ao tratamento.
Contratransferência
  • Surge como resultado da influência do paciente sobre os sentimentos inconscientes do analista e estamos quase inclinados a insistir que ele reconhecerá a contratransferência, em si mesmo, e a sobrepujará (FREUD apud NASIO, 1999)
O manejo da contratransferência

  • dependerá da formação do analista, da maturidade do seu trabalho e da maturidade na profissão.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Constratransferência - Psicanálise

 

  • Pode ocorrer resistência do lado do profissional em relação ao paciente, o que também afeta o vínculo terapêutico e que Freud deu o nome de Contratransferência.
  • Trabalhamos um video do Prof. Hélio Miranda Júnior sobre a contratransferência.
  • Reação do analista do sujeito que se coloca no lugar do analista àquilo que vem do analisando ou paciente. Como uma reação ligada a alguma coisa que dificulta a análise. Isso acontece em diversos momentos, diversas formas o que reforça a ideia de Freud de que todo analista precisa ser analisado, devendo aí procurar seu analista pra fazer análise daquilo que o afeta e que vem do analisando.
  • Jung afirmou que deveria sobrepujar a essas diferenças porque a contratransferência acontece porque vem daquilo que afeta o próprio analista,
  • Destaca a posição do analista que não é pura, pois, não há nenhum analista que termine sua análise estando totalmente analisado.
  • O analista deve tomar o material que vem do paciente como material de trabalho, algo que diz respeito aquela relação específica, e que diz respeito ao paciente e não a ele. Tomar aquilo para além da análise é responder ao material gerando a contratransferência.
  • Os pós-freudianos afirmam que o material que surge da contratransferência também pode ser um material que  deve servir para a condução da própria análise.
  • Identificada a contratransferência ou o analista vai buscar a supervisão com seu próprio analista para levar adiante a análise do paciente, ou vai encaminhar o analisando a outro analista para seguir com a análise.
  • A ética da psicanálise (ética do bem-dizer-se do analisando que vai conduzir ao bem-estar) está além da ética da psicologia (ética do bem-estar) devendo aí sempre estar presente.
  • O analista não deve expor ao analisando a contratransferência para que não cause o mal estar. Lidar com a ideia de que algo nele é impactante ou afeta o próprio analista pode gerar esse desconforto.
  • É importante identificar que tipo de contratransferência aparece na análise e porque ela apareceu.
  • Processo terapêutico não tem como objetivo a análise do inconsciente. Visa mais o bem-estar. Resolveu o conflito que traz o mal-estar, resolveu o problema.
  • A análise é o bem dizer, leva o sujeito ate o final da análise, analisar o inconsciente que esta por traz do problema

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Concepção de Resistência em Freud

 Quanto aos conceitos diversos escritos por Freud, pode-se depreender diferenciados usos da RESISTÊNCIA como...

  • resistência à doença
  • resistência ao organismo
  • resistência à hipnose
  • resistência à sugestão
Na  constituição do conceito psicanalítico e a concepção neurológicam esse conceito exerceu papel decisivo no aparecimento da psicanálise. 

Levou freud a renunciar a Hipnose e a sugestão. Método de Associação livre torna possível, progressivamente a elucidação das resistências no processo analítivo.  Para Freud, portanto, é tudo que pertira a continuação do trabalho analítico (Fredu,1900)


  • Um dos conceitos de resistência no livro dos sonhos é o da resistência ao tratamento ou análise. 
  • A resistência ocorre dentro do processo de transferência.
Resistência radial:
  • é uma resistência do discurso.
  •  a pessoa fica se repetindo nas respostas, sendo isso para Freud, uma forma de resitência, demonstrando a difidulcade do paciente em adentrar em determinados conteúdos. 
  • Junta-se a representação da coisa com a representação da palavra: são ressitências que trabalham para proteger o núcleo patógeno.
  • As resistências que provém do EU/EGO  é que fazem com que a pessoa resista a assuntos problemáticos, que lhes causam desconfortos.
  • Qualquer função psiquica pode ser tomada e exagerada para satisfazer a resistência.
  • Resistência explica porque não somos transparentes ao nosso inconsciente como o desejo de não saber e se manter na ignor[ancia, por exemplo. (volume XVI das Obras Completas de Freud).
Freud afirma portanto:

 "eu estivera comparando minha paciente de nome Irma com duas outras pessoas que também teriam sido resistências ao tratamento. esse sonhador pertencia a um tipo de pessoas cuja perspectiva terapêutica não são favoráveis, até certo ponto, ou não oferece nenhuma resistência a nós, ou essa resistência pode ser dirigida especificamente ao analista, quando o paciente se encontra no estado de resistência ao analista.

A partir daí, podemos ver o efetivo estabelecimento do conceito de resistência na Psicanálise, nesse texto de Freud:

"a psicanálise é justificadamente desconfiável. Uma de suasregras pe que tudo o que interrompe o progresso do trabalho analítico, é uma ressitência." (Freud)

Resistência e Recalque....

  • A pessoa se repete nas respostas,  para não lembrar de conteúdos que lhes causam desconfortos, mentendo-os recalcados.
  •  O que está recalcado no inconsciente a pessoa não quer deixar vir a tona então, resiste em falar sobre.
  • Ressitência é um efeito do recalque. 
  • É em função de existir o recalque que há a resistência. 
  • O recalque é a causa e a resistência é a consequência.
    • Resistência do Ego: recalcamento mantém esse material recalcado por que traz algum sofrimento, mal estar para o sujeito. Porém, se o mesmo não se dispor a falar sobre o que está recalcado e lhe causa sofrimento, ele opta por permanecer no sofrimento. É preciso acessá-lo, decifrá-lo para depois saber o que fazer com esse mateirial que foi recalcado, e seguir adiante.
    • Resistência de Transferência: existe a transferência mas essa não está sendo um veículo facilitador como deveria. Se apresenta criando dificuldade para falar de determinados sintomas. A exemplo disso, quando a pessoa diz: não vou falar porque não estou gostando da condução do tratamento, ou falta sem avisar, ou não paga a consulta, desmarca, etc.  Todas essas situações representam a resistência de transferência. Essa resistência está no EGO.
  • Distinção entre sintoma e resistência é necessária para a condução da análise.
  • Formas de resistência do SUPEREGO: fulga, compulsão por repetição. 
  • A pulsão tem uma tendência a se repetir para atingir a satisfação.
  • Na resistência, mesmo sofrendo e sabendo que aquele sintoma gera sofrimento,  a pessoa apresenta dificuldade de gerar informações para se investigar e superar o problema. Freud dizia que havia um fen}omeno estranho que levava o paciente a resistir.
  • A resistência pode ocorrer nas três instâncias: Id (inconsciente), Ego e Superego. Podem ser perceptpiveis ou não, quem resiste ao sintoma, qual dessas instãncias está resistindo.
  • Quando o paciente diz: nao lemnro, o terapeuta deve insistir no discuros dizendo: não tem problema, adiante. Quando lembrar você me fala.
  • O profissional procura entender porque o inconscinete naoq uer tratar o sintoma que caisa desconforto, Isso ocorre por causa do conflito entre Ego(prazer/desejo) e Superego(realidade/como deve ser)
  • Freud constatou que havia resistência mesmo o suejtio em estado de hipnose.
  • Fatos contados repetidas vezes, é possível observar que algo foi diferente. Aí, o terapeuta deve fazer referência sobre o ponto que foi relatado de forma diferente das outras. 
  • O terapeuta não deve nomear a resistência ao cliente, deve ter habilidades técnicas que o conduza novamente ao processo terapêutico. Exemplo: Cliente diz: hojenão vou porque nada tenho a falar, o teraeuta deve dizer: venha a terapia para falar do nada tenho a falar.
  • Tudo que perturbar a continuação do trabalho é uma resistência.
  • A resistência na análise é a manifestação do próprio tratamento.
  • Existe um mecanismo em relação à própria libido, nossos przeres sexuais ou não, desejo de saber e não saber, ou de manter-se na ignorância, que permeia a resistência.
  • A resistência substitui a rememoração que é o discurso do terapeuta para o cliente falar livremente.
    • Exemplo: O sintoma do cliente é "relcamar demais". se está bom relcama, se está ruim reclama no processo de análise. O terapeuta deve abrir espaço para a escuta das reclamações de forma ativa e interessada, até que se esgote, e sinalizar ao cliente... agora me fale sobre você! A reclamação é um sintoma da análise.

Transferência e contratransferência 

A transferência...
  •  do paciente pode ser negativa ou positiva. 
  • pode aumentar a resistência do sujeito, porém sendo a transferencia um processo facilitador não deveria aumentá-la, mas como a transferência em si, abre o acesso ao amterial reclacado que esta gerando sintoma, pode ser que o ego ou superego não queiram mexer na ferida, gerando um conflito entre o princípio do prazer (o que deseja e te faz bem) e o princípio da realidade (racionalidade, como deve ser).
Contratransferência...
  • Qualquer resistência por parte do analista em tratar o paciente é uma constratrasnferência.
  • É sempre um fenômeno que parte do lado do profissional em relação ao paciente.
Retificação Subjetiva
  • Diz respeito a implicação do sujeito com aquilo que ele se queixa. 
  • O analista precisa verificar qual a implicação do paciente com a sua queixa, deixando de colocar no outro a causa do seu sintoma.
  • É importante que o paciente se reconheça no sintoma, assumindo a responsabilidade da parte que lhe cabe.
  • Implicação diz respeito ao quanto o sujeito está implicado com o seu problema.


 Referências: Podcast Professos Jose´Antonio Pereira da Silva; aula de 26/10/2020, Video youtube.