TRATAMENTO
- Entre os transtornos que forma tentados, com diferentes níveis de sucesso, estão a implantação de membros protéticos, ultrassom, estimulação nervosa transcutânea (TENS), medicamentos antinflamatórios, anticonvulsionantes e bloqueadores nervosos, como injeções anestésicos locais em determinados pontos desencadeadores ( WILLIAM,1996).
A DOR E A IDADE
- Certas dores tendem a aumentar em frequência com a idade, especialmente dores de cabeça, faciais e abdominais.
- Em uma pesquisa com adultos de 25 a 74anos, aqueles que tinham idade acima de 56 anos, eram duas vezes mais propensos que os de 25 a 45 anos a terem experimentado dois ou mais episódios de dor durante o último mês ( MECHANIC;ANGEL, 1987)
- Antes que se conclua que o envelhecimento é inevitavelmente acompanhado pela dor, seria bom questionar se outros fatores, como a saúde geral e diferenças em socialização e em recursos de enfrentamento, podem explicar as distinções entre a idade e a tolerância a dor.
A DOR E O GÊNERO
- As diferenças de gênero no comportamento relacionado com a saúde já são visíveis na adolescência, com os meninos tendo menos propensão do que as meninas a procurar atendimento médico.
- Elas sentem-se mais vulneráveis a doenças, atribuem valor maior à saúde e aceitam mais responsabilidade por sua própria saúde do que eles. (SKEVINGTON,1995).
- Quando adultas, as mulheres tem mais probabilidades de relatar sintomas ao médico, de experimentar episódios mais frequentes de dor e de apresentar patamares de dor inferiores e menos tolerância a estímulos dolorosos do que os homens (GATCHEL E MADDREY,2004).
- Mulheres parecem sofrer mais que os homens de enxaquecas e cefaleia, além de dores pélvicas, faciais e lombares.
- As diferenças de gênero também são visíveis na maneira como a comunidade medica responde a certas síndromes de dor. Estudos revelam que as mulheres recebem de 5 a 10% mais receitas de remédios para queixas comuns do que os homens. (WEISSE ET AL, 2001)
- Estudos ainda em discussão, pois existem controvérsias nas pesquisas a nível mundial.
APRENDIZAGEM SOCIAL
- Mudança no contexto social pode influenciar a experiência que as pessoas têm da dor e levar a construção social de uma doença.
- Os fatores sociais e culturais afetam a experiência da dor através da aprendizagem e comparação social e condicionamento operante.
- A maneira como se aprende a responder a dor começa na infância.
- Um estereótipo bastante aceito sobre as pessoas que têm enxaqueca sugere que elas sejam ambiciosas, organizadas, um pouco obsessivas e rígidas em seu pensamento.
- Pesquisadores tem usado vários testes de personalidade, especialmente o Inventário Multifásico da Personalidade de Minnesota (MMPI). O MMPI contém 10 escalas clínicas, incluindo as que medem preocupação com sintomas corporais, depressão, paranoia, introversão social e outros traços de personalidade.
- Portadores de dor aguda ou crônica em geral apresentam escores elevados nas escalas do MMPI: histeria ( tendência a exagerar sintomas e usar comportamento emocional para resolver problemas) e hipocondria ( tendência a ficar exageradamente preocupado com a saúde e relatar sintomas corporais de forma excessiva.
- Pessoas ansiosas, preocupadas, temerosas e com uma perspectiva negativa, além daquelas que apresentam escores altos em depressão, também relatam maior dor ( LEEUW ET AL, 2007)
- Parece não haver personalidade propensa a dor, embora certos traços afetem a capacidade de lidar com a dor de forma eficaz.
FATORES SOCIOCULTURAIS
- É importante observar que as diferenças culturais em reações a dor provavelmente se relacionem com distinções na tolerância a dor e não com diferenças no limiar da dor.
- O limiar da dor, definido como a intensidade mínima de um estímulo nocivo percebido como dor, tende a ser mais afetado por fatores fisiológicos.
- Enquanto a tolerância a dor é mais influenciada por fatores psicológicos, como expectativas com relação a uma experiência iminente ou o significado ligado a determinado tipo de dor.
PESQUSIADORES IDENTIFICARAM TRÊS SUBTIPOS DE PACIENTES DE DOR
- Pacientes disfuncionais: relatam níveis altos de dor, e perturbação psicológica, sentem que tem controle sore suas vidas e são extremamente inativos. exemplo: aumentos de dores recorrentes associados a doenças falciforme, formam ligados a aumentos no nível autorrelato de estresse e humor negativo ( GIL ET AL, 2004)
- Pacientes perturbados do ponto de vista interpessoal - sentem que tem pouco apoio social e qe as outras pessoas em suas vidas não levam sua dor a sério.
- Pacientes com enfrentamento adaptativo - relatam níveis bem mais baixos de dor e perturbação psicológica ou social do que aqueles nos outros dois grupos e continuam a funcionar em nível elevado.
TRATANDO A DOR
- Existem duas categorias amplas de tratamento da dor: intervenções médicas e intervenções não médicas que incluem terapias cognitivos-comportamental (TCCs) como a hipnose e biofeedback.
- Embora os profissionais da saúde em determinada época fizessem pouco caso da maioria dos tratamentos não médicos, a eficácia comprovada de técnicas psicológicas com alguns paciente, assim, como as evidências de que algumas, como o efeito placebo, funcionam em parte mobilizando o sistema físico de analgesia do corpo, têm evado cada vez mais a compressão de que não existe linha divisória, nítida entre intervenções físicas e não físicas para dor.
CIRURGIA, ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA E TERAPIAS FÍSICAS
- Durante séculos, cirurgias foram utilizadas na tentativa de aliviar dores graves.
- Entretanto, mais eficaz que a cirurgia é a contrairritação que envolve estimular uma área do corpo para reduzir a dor em outra. Por exemplo: a estimulação espinal mostrou-se eficaz para reduzir a dor lombar de muitos pacientes.
- Para dores mais graves e disseminadas ( como as associadas a alguns tipos avançados de câncer) há outra forma elétrica de analgesia, chamada de analgesia produzida por estimulação que envolve administrar pulsos elétricos moderados por meio de eletrodos implantados no cérebro.
- Pessoas que estão com dor, assim como aquelas que sofrem de alguma invalidez, também poder ser indicados a um fisioterapeuta para assistência.
TRATAMENTOS FARMACOLÓGICOS
- Para a maioria dos pacientes, os medicamento analgésicos são a base das técnicas de controle de dor. Os analgésicos são divididos em duas classes gerais: a primeira inclui agentes opioides ( de ação central) como a morfina.
- A segunda consiste em químicos não opioides (de ação periférica, que produzem efeitos de alívio da dor e antinflamatórios no tecido lesionado.
- O opióide mais poderoso e mais utilizado para tratar dores graves é a morfina, que é administrada de forma oral, retal ou intravenosa. Após se conectar a receptores na PAG, no tálamo e nas células na parte posterior da medula espinhal a morfina produz analgesia intensa e indiferença a dor, um estado de euforia relaxada, menos apreensão e sensação de tranquilidade.
- Devido a seus poderosos efeitos, os usuários regulares de morfina desenvolvem tolerância tão rápida que as doses receitadas pelos médicos as vezes precisam ser aumentadas para manter a eficácia de doses clínicas de 50 a 60 mg ateé 500 mg dia em apenas 10 dias de uso. (JULIEN,2008)
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