Para Guimarães (2001)...
- o terapeuta e o paciente trabalham juntos para identificar crenças que a pessoa tem de si e utilizam técnicas que incluem:
- identificar pensamentos ou cognições disfuncionais,
- automonitoração de pensamentos negativos,
- identificação da relação entre pensamentos e crenças e sentimentos subjacentes,
- identificar e aprender padrões de pensamentos funcionais e adaptativos,
- teste de realidade dos pressupostos básicos mantidos pela pessoa sobre si mesma, o mundo e o futuro.
Segue as principais técnicas utilizadas sob enfoque integrado
comportamental cognitivo.
Passo 1 – Técnicas de
Relaxamento
A ansiedade é uma resposta de proteção, que prepara
o organismo para atacar ou fugir de perigos reais ou não. Substâncias são
liberadas pelo organismo nessa situação que promovem alterações fisiológicas,
que viabilizam respostas de luta ou fuga.
O relaxamento é um processo psicofisiológico, de
aprendizagem das respostas biológicas de relaxamento e inclui:
- Exercícios de respiração – treino em padrões de baixas taxas de
respiração, inspiração-expiração profundas e amplas e respirações
diafragmáticas. Esse treino distrai o paciente, dando-lhe sensação de
controle sobre o organismo
- Treino em relaxamento – tensionar e relaxar diferentes grupos
musculares para obtenção de um estado de conforto e bem-estar.
- Relaxamento muscular progressivo - essa técnica deve ser feita num
ambiente adequado e o paciente posicionado confortavelmente.
Passo 2 – Dessensibilização Sistemática
- Consiste em remover ou enfraquecer a ansiedade por meio da inibição recíproca, que se chama supressão condicionada (estabelecer uma resposta antagonista à ansiedade na presença do estímulo provocador da ansiedade, que é o relaxamento).
- Utiliza-se o treino em técnicas de relaxamento e o paciente deve ser capaz de visualizar as situações temidas.
- Uma das principais técnicas utilizadas no tratamento da fobia social e específica e síndrome do pânico.
- Técnica eficaz no tratamento da fobia e da ansiedade social.
- Outras palavras ou imagens também podem ser usadas, como visualizar uma placa, escrito “Pare”.
- Essa técnica é muito útil porque a presença de pensamentos incômodos favorece a ocorrência de comportamentos indesejáveis.
- Muito utilizada no tratamento do estresse pós-traumático.
Passo
5 – Autoinstrução
- Aplicada principalmente no tratamento da ansiedade, impulsividade e hiperatividade infantil.
Passo
6 – inoculação do Estresse
- Consiste em treinar o paciente na vivência de uma situação estressante, para que ele desenvolva recursos de enfrentamento a serem utilizados na situação temida real.
- Muito utilizada no tratamento do pânico, fobias específicas, transtorno do estresse pós-traumático, ansiedade generalizada, alcoolismo, entre outros.
- Pode ser usada no tratamento de grupos especiais como portadores de transtornos de personalidade evitativa e esquizofrenia.
- Deverá aprender a manejar e adaptar procedimentos e estratégias aprendidos na terapia, por meio de modelagem de habilidades, em sua vida.
- Situações são simuladas durante as sessões.
- A técnica pode ser aplicada no tratamento da depressão, terapia de casal, transtorno de conduta, hiperatividade e déficit de atenção.
- Muito apropriada para tratamento de fobias.
- Utilizada no tratamento da síndrome do pânico, com o objetivo de diminuir ou romper a associação entre indicadores fisiológicos e reações de pânico.
- "Sondagem
Cognitiva" - utilizada para aliciar e avaliar pensamentos
automáticos.
- Confrontando os Esquemas - deve-se tratar de todos os esquemas: cognitivos, comportamentais e afetivos. As distorções cognitivas do paciente apontam para os esquemas e o terapeuta o ajuda na identificação de regras disfuncionais que dominam sua vida e trabalha com ele para realizar as alterações necessárias a um funcionamento mais adaptativo.
- Tomando
decisões - ajuda o paciente a aprender a tomar decisões importantes.
- Revivendo
experiências da infância - situações da infância podem levar ao entendimento das
origens dos padrões desadaptativos. Recriando certas situações o paciente tem a
oportunidade de reestruturar atitudes formadas naquele período e suavizar
atitudes em relação a si mesmo.
- Uso
da imaginação - permite que o paciente reviva eventos traumáticos
passados, possa reestruturar a experiência e suas atitudes decorrentes.
Sudak (2008) aponta a
importância da colaboração no relacionamento entre terapeuta e paciente. O
paciente deve tornar-se coinvestigador e uma aliança terapêutica forte é
essencial para bons resultados.
- Atualmente é uma das abordagens mais utilizadas no tratamento de problemas psicológicos e psiquiátricos.
- Apresenta resultados significativos e comprovados, tanto para crianças, quanto para adultos ou adolescentes, individualmente ou em grupo.
- É também uma terapia de caráter educativo, já que o paciente também aprenderá sobre o processo da terapia.
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