Doença seria a alteração biológica do estado de saúde de um ser, manifestada pelo conjunto de sintomas, perceptíveis ou não; enfermidade, mal, moléstia; alteração do estado de espírito ou do ânimo de um ser.
Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença (OMS), cujos principais determinantes são:
- Ambiente social
- Ambiente econômico
- Ambiente físico
- Características do comportamento de cada indivíduo.
A Saúde abrange os aspectos físicos, sociais e psicológicos de um indivíduo.
Na Antiguidade a medicina interpretava as doenças como as forças do mal, e os tratamentos eram de feitiçaria, exorcismo e cirurgias primitivas.
Na Idade Média, a Igreja soberana, retorna ao misticismo e passa a controlar a prática da medicina.
Na Renascença, séc. XV, inicia-se os estudos da anatomia e a prática médica, o que levou a dissecar humanos, marco do estudo oficial da anatomia. Nesse período René Descartes associava o corpo humano como uma máquina, e admitia a dicotomia mente e corpo.
Pós-renascença, surge a teoria anatômica da doença, com avanços tecnológicos e uso do microscópio.
Século XIX surge a Teoria celular da doença, com Louis Pasteur que trás a vacina contra a raiva, Teoria dos germes da doença (vírus e bactérias). Medicina Moderna.
Surge o modelo biomédico, onde a doença é tida como ação de um vírus, bactérias ou algum agente patogênico que invade o corpo. Há uma visão reducionista da doença, e do paciente. Mente é separada do corpo e a saúde se define como ausência de doença.
Medicina Psicossomática, não tem identificação biológica, mas trata-se de conflitos psicológicos, conforme Sigmund Freud. Surgem os diagnósticos e tratamento de patologias físicas causadas por processos deficientes da mente. Teoria reducionista, abrangendo apenas os aspectos psicológicos.
Medicina comportamental, do Behaviorismo de Watson, Thorndike e Skinner, com a Teoria do comportamento observável e a Teoria da Aprendizagem. Essa medicina integra a ciência do comportamento e a biomédica com o objetivo de promover a saúde e tratar as doenças.
Medicina Social, proposta por Foucoult, na Idade Média, é individualista e possui aspecto coletivo discreto. NO capitalismo do século XVIII e XIX, sai do individual para o coletivo, socializando o corpo/objeto,no que diz respeito a força de produção e de trabalho.
Na Alemanha a Política Médica parte da observação mais completa da morbidade, mais do que a simples relação entre morte e nascimento, surgindo o processo de normatização da prática e do saber médico. A atividade médica passa a ser administrada e organizada, funcionários médicos são nomeados com responsabilidades sobre determinadas regiões, surgindo a Medicina Social do Estado.
NA França, fim do séc. XVIII a Medicina Social surge com a Urbanização, razão econômica motivada pelas relações comerciais, e razões políticas devido a classe operário que se mobilidade, ocasionando o medo urbano.
A Medicina Urbana tem como objetivos analisar as regiões amontoadas, confusões e perigos, controla a circulação de pessoas, coisas e água. Se organizam com as distribuições e sequências. A Medicina passa a ser de propriedade privada, chamada Medicina Social Urbanista.
Na Inglaterra, séc XIX a Medicina dos pobres, operários e da força de trabalho, acontece no contexto da revolução francesa, das revoltas políticas, da expansão da indústria que dispensa os serviços prestados pela população. Surge a Cólera 1832, que faz separar o espaço de ricos e de pobres nas cidades.
Com a Revolução Industrial, surgem os proletários, trabalhadores que precisavam estar bem para trabalhar. Com isso, é permitida a assistência médica aos pobres, não para proteger o pobre, mas para proteção das classes ricas; Lei dos pobres, implica em controle médico. Era uma Medicina assistencial, onde as vacinas eram administradas compulsoriamente para impedir as epidemias. A Medicina privada era para quem tinha poder aquisitivo. Quem não tinha, usava a Medicina Social Assistencialista.
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