A Comunidade - Capítulo II

As principais características utilizadas na tentativa de se encontrar uma conceituação, principalmente, aquelas que ao longo da nossa experiência temos utilizadas: 

. delimitação geográfica e territorial
. atividades econômicas e sociais comuns 
. mesmo nível sócio-econômico 
. laços históricos e culturais 
. necessidades e problemas comuns 
. convivência efetiva, duradoura e direta 
. mesmo sistema de representações sociais 
. identificação entre os moradores e destes para com o lugar 
. abrangência do espaço físico-social apropriado 
. sentimento de comunidade 

Segundo Góis a COMUNIDADE...

  • é uma instância da sociedade ou da vida de um povo ou nação que a reflete com uma dinâmica própria; é o lugar de moradia, de permanência estável e duradoura, de crescimento, de orientação e de proteção da individualidade frente à natureza e à sociedade.
  • circunda e influencia, um processo social próprio, cheio de contradições, antagonismos e interesses comuns, que servem de construção e orientação das ações dos moradores em relação ao próprio lugar e em relação à sua inserção no conjunto da sociedade.
  • espaço social de intermediação da vida familiar com a vida da sociedade, no qual o indivíduo é confirmado como membro de uma determinada cultura e com uma determinada identidade social.
  • É um lugar de relação direta, face-a-face, entre seus moradores.
Implicações de uma COMUNIDADE:
  •  um modo de vida, uma "maneira como o agrupamento social estabelece relações internas peculiares(...) um modo de ser coletivo" (Martins, José de Souza : 14). 
  • Um modo de ser, com uma lógica social e simbólica própria.
  • um modo de interagir segundo padrões do lugar, de sua história, tradição, costume, valores, moral etc.
  • Traz fortes contradições, conflitos, resistência, solidariedade e esperança.
A inserção profunda do Psicólogo Comunitário possibilita:
  • Compreender os elementos aparentemente fragmentados ou desvinculados entre si, que dizem respeito ao modo de ser.
  • Ordenar a nível abstrato e inconsciente, os arranjos particulares do cotidiano na comunidade.
  • Apreender o código cultural do lugar e oi processo de identificação, no qual o Psi se coloca em condição de igualdade perante a comunidade.
Distinguir as comunidades rural da urbana é aceitar as diferenças existentes entre o campo e a cidade. Isso quer dizer dizer rompimento essa identificação e intercâmbio entre ambas. As comunidades podem ser:
  • Rurais com características e delimitações mais nítidas.
  • Urbanas com características fortemente entrelaçadas a fatores derivados da intensa interação e mobilidade entre bairros, zonas, quarteirões

Segundo Góis, embora percam a nitidez particular, é possível identificá-las através de um maior detalhamento das atividades dos moradores em torno de um núcleo como igreja, associação, posto de saúde, comércio local.

Para compreender o RURAL é preciso olhar para suas peculiaridades econômicas, geográficas e sociais, em praia, serra, floresta, prado e sertão. E quanto á cidade, há a concentração nobre e a concentração proletária, cada uma com um modo de vida particular,mesmo entrelaçadas entre si.

REFERÊNCIAS

GÓIS, Cezar Wagner de Lima. Noções de Psicologia Comunitária. 2ª Edição. Fortaleza,Ceará, 1994. Capítulo II - A Comunidade
Google Imagens.

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