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sábado, 3 de abril de 2021

Conceituação Cognitiva

 

  • Fornece a estrutura para o entendimento de um paciente pelo terapeuta. 
  • Perguntas feitas para iniciar o processo de formulação de um caso:
    • Qual é o diagnóstico do paciente?
    • Quais são seus problemas atuais, como esses problemas se desenvolveram e como eles são mantidos?
    • Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados aos problemas;
    • Quais reações (emocionais, fisiológicas e comportamentais) estão associadas ao seu pensamento?

  • o terapeuta levanta hipóteses sobre como o paciente desenvolveu essa desordem psicológica particular:
      • Que aprendizagens e experiências antigas (e talvez predispo sições genéticas) contribuem para seus problemas hoje?
      • Quais são suas crenças subjacentes (incluindo atitudes, ex pectativas e regras) e pensamentos?
      • Como ele enfrentou suas crenças disfuncionais? Que meca nismos cognitivos,  afetivos e comportamentais, positivos e ne gativos, ele desenvolveu para enfrentar suas crenças disfuncionais? Como ele via (e vê) ele mesmo, os outros, seu mundo pessoal, seu futuro?
      • Que estressores contribuíram para seus problemas psicológi cos ou interferiram em sua habilidade para resolver esses pro blemas?
    • O terapeuta começa a construir uma conceituação cognitiva durante seu primeiro contato com um paciente
    "A terapia cognitiva baseia-se no modelo cognitivo, que levanta a hipótese de
    que as emoções e comportamentos das pessoas são influenciados por sua percep ção
    dos eventos. Não é uma situação por si só que determina o que as pessoas sentem,
    mas, antes, o modo como elas interpretam uma situação." (Beck, 1964; Ellis, 1962).

    • o modo como as pessoas se sentem está associado ao modo como elas interpretam e pensam sobre uma situação.
    •  A situação em si, não determina diretamente como eles sentem; sua resposta emocional é intermediada por sua percepção da situação.
    • O terapeuta cognitivo está particularmente interessado no nível de pensamento que opera simultaneamente com o nível mais óbvio e superficial de pensamento.
    PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
    • enquanto você está lendo este texto, você pode perceber alguns níveis no seu pensamento. Parte da sua mente está focalizando as informa ções que estão no texto, ou seja, está tentando entender e integrar alguma infor mação factual. 
    • Em um outro nível, no entanto, você pode estar tendo alguns pen samentos avaliativos rápidos. Esses pensamentos são denominados pensamentos automáticos e não são decorrentes de deliberação ou raciocínio. 
    • Ao contrário, esses pensamentos parecem surgir automaticamente de repente; eles são, com fre qüência, bastante rápidos e breves.
    • Tendo identificado seus pensamentos automáticos, você pode, e provavelmente já o faz em alguma extensão, avaliar a validade dos seus pensamentos.
    •  Se você verifica que a sua interpretação é errônea e você a corrige, você provavel mente descobre que o seu humor melhora.
    AS CRENÇAS
    • Desde a infância, as pessoas desenvolvem determinadas crenças sobre si mesmas, outras pessoas e seus mundos. 
    • Suas crenças mais centrais ou crenças centrais são entendimentos que são tão fundamentais e profundos que as pessoas freqüentemente não os articulam, sequer para si mesmas. 
    • Essas idéias são consideradas pela pessoa como verdades absolutas, exatamente o modo como as coisas “são”.
    • Focar nas informações que confirmam as crenças negativas é manter a crença mesmo que ela  seja imprecisa e disfuncional para o sujeito. Leva a pessoa a interpretar a situação de forma autocrítica altamente negativa.
    "As crenças centrais são o nível mais fundamental de crença; elas são globais, rígidas e supergeneralizadas."

    "Os pensamentos automáticos, as palavras ou imagens reais que passam pela cabeça da pessoa, são específicos à situação e podem ser considerados o nível mais superficial de cognição." 

    ATITUDES, REGRAS E SUPOSIÇÕES
    • As crenças centrais influenciam o desenvolvimento de uma classe intermediária de crenças que consiste em atitudes, regras e suposições (freqüentemente nãoarticuladas).
    • Essas crenças influenciam sua visão de uma situação, o que, por sua vez, influencia como ele pensa, sente e se comporta. 
    • O relacionamento dessas crenças intermediárias com as crenças centrais e pensamentos automáticos está retratado a seguir:
    Crenças centrais-Crenças intermediárias (regras, atitudes, suposições)-Pensamentos automáticos

    Como as crenças centrais e intermediárias surgem? 

    • As pessoas tentam extrair sentido do seu ambiente desde os seus primeiros estágios desenvolvimentais. 
    • Elas precisam organizar a sua experiência de uma forma coerente para funcionar de forma adaptativa (Rosen, 1988).
    • Suas interações com o mundo e com outras pessoas conduzem a determinados entendimentos ou aprendizagens, suas crenças, as quais podem variar em precisão e funcionalidade. 
    • O mais importante para o terapeuta cognitivo refere-se às crenças disfuncionais, que podem não ser aprendidas, e às novas crenças mais embasadas na realidade e funcionais, que podem ser desenvolvidas e aprendidas através da terapia.

    A trajetória usual do tratamento, na terapia cognitiva, envolve...
    •  uma ênfase inicial sobre pensamentos automáticos, as cognições mais próximas à percepção consciente. 
    • O terapeuta ensina o paciente a identificar, avaliar e modificar seus pensamentos, a fim de produzir alívio de sintomas. Então, as crenças que estão por trás dos pensamentos disfuncionais e passam por muitas situações, tornam-se o foco de tratamento.
    • Crenças relevantes de nível intermediário e crenças centrais são avaliadas de vários modos e subseqüentemente modificadas para que as conclusões dos pacientes sobre eventos e percepções de eventos mudem. 
    • A modificação profunda de crenças mais fundamentais torna os pacientes menos propensos a apresentar recaída no futuro (Evans et al., 1992; Hollon, DeRubeis & Seligman, 1992).


    Referências:

     BECK, Judith S. Terapia Cognitiva Teoria e Prática. Artmed. Porto Alegre, 2007. Capítulo 2: Conceituação Cognitiva.




          Identificando Pensamentos Automáticos

          •  a interpretação de uma situação (em vez da situação em si), freqüentemente expressa em pensamentos automáti cos, influencia as respostas emocional, comportamental e fisiológica subseqüentes.

        • Pessoas com transtornos psicoló gicos, no entanto, com freqüência interpretam erroneamente situações neutras ou até mesmo positivas e, desse modo, seus pensamentos automáticos são tendenciosos.

        • CARACTERÍSTICAS DE PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
          "Pensamentos automáticos são um fluxo de pensamento que coexiste com um
          fluxo de pensamento mais manifesto." (Beck, 1964).
          • Esses pensamentos não são peculiares a pessoas com angústia; eles são uma experiência comum a todos nós. 
          • A maior parte do tempo, nós mal estamos cientes desses pensamentos, embora com apenas um pouquinho de treinamento possamos facilmente trazer esses pensa mentos à consciência.
          • Quando nos tornamos cientes dos nossos pensamentos, podemos automaticamente fazer uma checagem de realidade quando não estamos sofrendo de disfunção psicológica.
          • A terapia cognitiva lhes ensina ferra mentas para avaliar seus pensamentos de uma forma consciente estruturada, especialmente quando eles estão aflitos.
          • Embora os pensamentos automáticos pareçam surgir espontaneamente, eles se tornam bastante previsíveis, uma vez que as crenças subjacentes do paciente sejam identificadas. 
          O terapeuta cognitivo está preocupado em identificar os pensamentos que são disfuncionais, ou seja, os que distorcem a realidade, que são emocionalmente aflitivos e/ou interferem com a habilidade do paciente de atingir suas metas.
          • Pensamentos automáticos disfuncionais são quase sempre negativos, a menos que o paciente seja maníaco ou hipomaníaco, tenha um transtorno de per sonalidade narcisístico ou seja um viciado em drogas.
          • Os pensamentos automáticos são usualmente bastante breves, e o paciente com freqüência está mais ciente da emoção que sente em decorrência do pensamento do que do pensamento em si. 
          • A emoção que o paciente sente é logicamente conectada ao conteúdo do pensamento automático. 
          • Os pensamentos automáticos estão comumente em uma forma “abreviada”, mas podem, com facilidade, ser soletrados quando o terapeuta pergunta pelo sentido do pensamento. 
          • Os pensamentos automáticos podem estar em uma forma verbal, vi sual (imagens) ou em ambas as formas.
          Os pensamentos automáticos coexistem com um fluxo mais manifesto de pensamentos, surgem espontaneamente e não são embasados em reflexão ou deliberação. 
          • As pessoas estão usualmente mais cientes da emoção associada, porém, com um pouco de treinamento, podem tornar-se cientes do seu pensamento. 
          • Os pensamentos relevantes a problemas pessoais estão associados a emoções específicas, dependendo de seu conteúdo e significado. 
          • Elas são freqüentemente breves e fugazes, em forma abreviada e podem ocorrer em uma forma verbal e/ou imaginária. 
          • As pessoas com freqüência aceitam seus pensamentos automáticos como verdadeiros, sem reflexão ou avaliação.
          •  Identificar, avaliar e responder a pensamentos automáticos (de uma for ma mais adaptativa) usualmente produz uma mudança positiva em afeto.
          • Ensinar ao paciente a habilidade de aprender a identificar pensamentos automáticos.
          • É vitale star alerta a indícios verbais e não-verbais do paciente.


          Referências:

           BECK, Judith S. Terapia Cognitiva Teoria e Prática. Artmed. Porto Alegre, 2007. Capítulo 6: Identificando os Pensamentos Automáticos.

          domingo, 21 de março de 2021

          Pensamentos Automáticos

           


          • Trata-se daqueles pensamentos destrutivos e irracionalmente negativos que se tem.
          • Traz a sensação das coisas irem de mal a pior.
          • Pensamentos podem surgir e aumentar facilmente, independentemente da realidade.
          • Como gerenciar esses pensamentos automáticos prejudiciais com outros racionais  mais saudáveis?
            • é preciso registrar, racionalizar e substituir os pensamentos.
            • pessoas pegas em ciclos de pensamentos negativos automáticos tornaram-se clinicamente deprimido, autocrítico e menos bem sucedido tanto no trabalho como na vida pessoal
            • A desordem negativa se enquadra em 13 categorias que afetam a sua saúde mental.
          • Algumas categorias assumindo ou lendo a mente como quando você tem certeza de que alguém está bravo com você, mesmo que você não tenha falado com ele, só porque entraram e não disseram olá, não devo, essas são as demandas insaaas que fazemos sobre nós mesmos e nossas buscas para ser impossivelmente uma fantasia perfeita de conto de fadas onde exigimos um ideal para o nossa vida e decidir que nada menos do que esse ideal não é justo. Generalizando, "ninguém gosta de mim", "Eu sempre estrago tudo"... 
          • acaba catastrofizando quando você pega um pequeno problema e o transforma em um grande e terrível evento de mudança de vida, como podemos parar uma pergunta provocante e a resposta mais curta é que não, mas por estarmos cientes do fato de que estamos tendo e trabalhando para substitui-los por pensamentos racionais, podemos mante-los longe do perigo a nossa saúde mental.
          Exercício proposto para eliminar pensamentos destrutivos e irracionalmente negativos:
          • Diário 
          • 1º passo: Descrever
            • evento perturbador quando algo perturbador acontece durante o dia, descreva-o e registre detalhes dolorosos excruciantes, por exemplo, hoje descobri que tirei um C na minha etapa intermediária.
            • Exemplo de Evento Perturbador: nunca vou me formar.
          • 2º passo: Racionalizar
            • racionalizar é hora de pensar sobre os pensaemnos automáticos associados ao evento.
            • Tente rotular cada distorção, o evento perturbador pode ser racional mas a  maioria não é.
            • Geralmente se enquadram numa das categorias que discutimos: eu nunca vou
            • Exemplo: Não me formar é uma catastrofe. 
          • 3º passo: Substituição dos pensamentos negativos
            • Responda a cada registro distorcido.
            • Exemplo: Eu irei bem, vou me formar.
            • Questione-se: qual a evidência para esta resposta?  A evidência é o resultado verossível para a minha situação também.
            • Exemplo: o mundo se acaba se tirar um C? Claro que não. Você vai procurar se sair bem nos demais testes, estudando mais.


           Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=m2zRA5zCA6M


          segunda-feira, 1 de março de 2021

          História da Terapia Cognitiva - Aaron Beck

            A terapia cognitiva foi desenvolvida por Aaron T. Beck, na Universidade da Pensilvânia no início da década de 60, como uma psicoterapia breve, estruturada, orientada ao presente, para depressão, direcionada a resolver problemas atuais e a modificar os pensamentos e os comportamentos disfuncionais (Beck, 1964).

          • Há muitas correntes de terapias cognitivas e não apenas uma.

          O modelo cognitivo propõe que:
          •  o pensamento distorcido ou disfuncional (que influencia o humor e o comportamento do paciente) seja comum a todos os distúrbios psicológicos. 
          • A avaliação realista e a modificação no pensamento produzem uma melhora no humor e no comportamento. 
          • A melhora duradoura resulta da modificação das crenças disfuncionais básicas dos pacientes.
          A terapia cognitiva de Aaron Beck
          • é singular no sentido de que é um sistema de psicoterapia com uma teoria da personalidade e da psicopatologia unificadas, apoiadas por evidências empíricas substanciais.
          • tem uma terapia operacionalizada com uma ampla gama de aplicações também apoiadas por dados empíricos, que são prontamente derivados da teoria.
          • foi extensamente testada desde a publicação do primeiro estudo de resultado, em 1977 (Rush, Beck, Kovacs & Hollon, 1977).
          Estudos controlados demonstraram sua eficácia no tratamento:
          • do transtorno depressivo maior (ver Dobson, 1989, para uma meta-análise), 
          • transtorno de ansiedade generalizada (Butler,Fennell, Robson & Gelder, 1991), 
          • transtorno de pânico (Barlow, Craske, Cerney & Klosko, 1989; Beck, Sokol, Clark, Berchick & Wright, 1992; Clark, Salkovskis, Hackmann, Middleton & Gelder, 1992),
          • fobia social (Gelernter et al., 1991; Heimberg et al., 1990), 
          • abuso de substância (Woody et al., 1983), 
          • transtornos alimentares (Agras et al., 1992; Fairburn, Jones, Peveler, Hope & Doll, 1991; Garner et al., 1993),
          •  problemas de casais (Baucom, Sayers & Scher, 1990) 
          •  depressão de pacientes internados (Bowers, 1990; Miller, Norman, Keitner, Bishop & Dow, 1989; Thase, Bowler & Harden, 1991)
          • transtorno obsessivo-compulsivo (Salkovskis & Kirk, 1989), 
          • transtorno de estresse pós-traumático (Dancu & Foa 1992; Parrott & Howes, 1991), 
          • transtornos de personalidade (Beck et al., 1990; Layden, Newman, Freeman & Morse, 1993; Young, 1990), 
          • depressão recorrente (R. DeRubeis, comunicação pessoal, outubro 1993), 
          • dor crônica (Miller, 1991; Turk, Meichenbaum & Genest, 1983),
          •  hipocondríase (Warwick & Salkovskis, 1989) 
          • esquizofrenia (Chadwick & Lowe, 1990; Kingdon & Turknington,
          • 1994; Perris, Ingelson & Johnson, 1993).
            Persons, Burns e Perloff (1988) verificaram que a terapia cognitiva é efetiva para pacientes com diferentes níveis de educação, renda e background. Ela foi adaptada para trabalho com pacientes de todas as idades, da pré-escola (Knell, 1993) até os idosos (Casey & Grant, 1993; Thompson, Davies, Gallagher & Krantz, 1986).

            Abrange os tratamentos:
            • Individuais
            • terapia de grupo (Beutler et al., 1987; Freeman, Schrodt, Gilson,
            • & Ludgate, 1993), 
            • para problemas de casais (Baucom & Epstein, 1990; Dattilio &
            • Padesky, 1990) 
            •  para a terapia familiar (Bedrosian & Bozicas, 1994; Epstein, Schlesinger & Dryden, 1988).
            Nas formas de terapia cognitiva que foram derivadas do modelo Beck, o tratamento
            baseia-se:
            •  tanto em uma formulação cognitiva de um transtorno específico como em sua aplicação à conceituação ou entendimento do paciente individual. 
            • O terapeuta busca, de uma variedade de formas, produzir a mudança cognitiva – mudanças no pensamento e no sistema de crenças do paciente –, visando promover mudança emocional e comportamental duradoura.
            Desenvolvendo-se como Terapeuta Cognitivo
            • O modelo cognitivo, de que os nossos pensamentos influenciam as nossas emoções e  comportamento, é bastante direto.
            • Os terapeutas cognitivos experientes, realizam muitas tarefas ao mesmo tempo: 
              • conceituar o caso, 
              • estabelecer rapport, 
              • socializar e educar o paciente, 
              • identificar problemas, 
              • colher dados,
              • testar hipóteses e resumi-las.
            • Desenvolver competência como terapeuta cognitivo pode ser visto em três estágios.
              • No Estágio 1:
                • os terapeutas aprendem a estruturar a sessão e a utilizar técnicas básicas.
                •  Igualmente importante, eles aprendem habilidades básicas de conceituar um caso em termos cognitivos com base em uma avaliação inicial e na obtenção de informações na sessão.
              • No Estágio 2:
                • os terapeutas começam a integrar sua conceituação com seu conhecimento das técnicas. 
                • Eles fortalecem sua habilidade de entender o fluxo da terapia e são mais facilmente capazes de identificar metas críticas da terapia. 
                • Os terapeutas tornam-se mais hábeis em conceituar os pacientes, refinando sua conceituação durante a própria sessão de terapia e usando a conceituação para tomar decisões sobre intervenções. 
                • Expandem seu repertório de técnicas e tornam-se mais capacitados em selecionar, estabelecer a duração e implementar as técnicas apropriadas.
              • No Estágio 3:
                • integram mais automaticamente dados novos na conceituação. 
                • Refinam sua habilidade de formular hipóteses para confirmar ou desconfirmar sua visão do paciente.
                •  Variam a estrutura e as técnicas de terapia cognitiva básica conforme apropriado, particularmente para casos difíceis como transtornos de personalidade.
            BECK, Judith S. PH.D. Terapia Cognitiva Teoria e Prática. editora Artmed. RS, 1997. Cap 1 -História da Terapia Cognitiva.

            Psicologia Cognitiva - Aaron Beck

              

            • Filho de Judeus russos imigrantes.
            • Especializou-se em psiquiatria em 1953
            • Desiludido com a abordagem psicanalítica  da psicologia clínica, desenvolveu a terapia cognitiva.
            • Fundou o Beck Institute for Cognitive Therapy and Research na Filadélfia, hoje dirigido por sua filha Judith Beck

            A TERAPIA COGNITIVA
            • Beck estava cético quanto a eficácia da psicanálise, chegando a achar que se tratava de fé, por se tratar de uma teoria baseada em relatos.
            • enfatiza a importância de examinar a percepção das pessoas sobre suas experiências, suas crenças, na maneira como a pessoa percebe seu mundo. A interpretação que cada um faz de si.
            • há provas empíricas contundentes sobre a eficácia da terapia cognitiva.
            • a chave para um tratamento eficaz não é o inconsciente, mas a observação de como um distúrbio se manifesta na percepção do paciente.
            • Há mais na superfície do que nosso olhar alcança.
            • Conduziu uma série de experimentos sobre a depressão.
              • Ao descrever a depressão, os pacientes de Beck quase sempre externavam ideias negativas sobre si mesmos, o futuro e a sociedade em geral, de forma involuntária, como pensamentos automáticos.
              • Beck Percebeu que a maneira pela qual seus pacientes percebiam suas experiências - a cognição que tinham delas - não era um mero sintoma da depressão, mas o caminho para se chegar a uma terapia eficiente. (Ideia de Beck, 1960)
            • Primeiro passo para vencer a depressão: auxiliar seus clientes a reconhecer e avaliar em que medida suas percepções era realistas e distorcidas.
            • A percepção do paciente deve ser considerada como verdadeira.
            • Manifestações imediatas da depressão-pensamentos automáticos negativos - forneciam toda a informação necessária para a terapia.
            • Reestruturação dos 3 níveis de cognição:
              • pensamentos automáticos - mais superficiais
              • crenças intermediárias - menos profundas
              • crenças nucleares - muito profundas.
            • Exemplo: Um paciente recebe uma promoção no trabalho e pode expressar pensamentos negativos a respeito: "muito difícil novo trabalho, falharei" - uma percepção que produz angústia e infelicidade quando deveria ser uma coisa boa. Não é a situação que causa sofrimento ao paciente, mas sim, a forma como ele percebe e interpreta a situação. A TCC tem a função de ajuda-lo reconhecer que sua percepção está distorcida e ajuda-lo a encontrar uma forma mais realista  ou abrangente de pensar sobre os fatos.
            • Percebeu p´[os resultados positivos com a depressão que a  TCC poderia auxiliar a superar outras condições, como distúrbios de personalidade e esquizofrenia.
            • Beck dizia aos seus pacientes: Não confie em mim, teste-me.
            • desenvolveu vários métodos para avaliar  a natureza e a severidade da depressão como:
              • Escala de Depressão de Beck (BDI)
              • Escala de Desesperança de Beck
              • Escala de Ideação Suicida de Beck (BSS)
              • Escala de Ansiedade de Beck (BAI)
            • a terapia cognitiva de Beck ajuda os pacientes a questionarem suas percepções, conduzindo-os para uma visão mais positiva.
            REFERÊNCIAS
            COLLIN, Catherine et al. O Livro da Psicologia. Editora Globo. São Paulo, 2016