Psicodiagnóstico...
Antigamente, no modelo clássico, o psicodiagnóstico foi proposto na história da avaliação psicológica, foi definido a partir do uso de ferramentas de mensuração, ou seja, a partir de procedimentos da área de avaliação psicológica que necessitava do uso de testes psicológicos. Psicodiagnóstico era definido pelo uso de ferramentas ou testes psicológicos. Conceitos que foi se ampliando em vários aspectos. Hoje o conceito de psicodiagnóstico não depende mais do uso de testes psicológicos. Era considerado um processo ateórico, não precisa de uma teoria para embasar esse processo, o que na atualidade é necessário. (Matias).
Ao longo dos séculos essa é um conceito em transformação. Já passamos por momento, por exemplo, em que o uso de ferramentas como Testes Psicológicos foram indispensáveis para definição do processo de Psicodiagnóstico (por exemplo, nas definições mais antigas de Arzeno, 1995).
- Segundo Arseno (1995, p.5) apud HUTZ at al (2016, p.16),"... fazer um diagnóstico psicológico não significa necessariamente o mesmo que fazer psicodiagnóstico."
- Implica automaticamente em administrar Testes, portanto, não sendo necessário aplicar testes, deixa de ser um psicodiagnóstico.
- Toda Avaliação Psicológica que não utilize testes não deve ser chamada de psicodiagnóstico.
- Segundo Cunha (2000,p.23) apud HUTZ et al (2016, p.16) designa um tipo de Avaliação Psicológica com propósitos clínicos, em que "... há a utilização de testes e de outas estratégias, para avaliar o sujeito de forma sistemática, científica, orientada para a resolução de problemas." Alguns anos depois já havíamos superado o uso tais ferramentas de mensuração psicológica como pré-requisito para definição do processo de psicodiagnóstico, por exemplo, a definição de Jurema Cunha (2020):
- primeiro que o psicodiagnóstico necessita de uma base teórica psicológica que o fundamentes, pois, atualmente sabemos que ele não é um processo a-teórico;
- segundo, que o Psicodiagnóstico possuí um caráter mínimo de intervenção, mesmo não tendo esse objetivo, mas já se sabe que não dá para ignorar o quanto fazer uma avaliação psicodiagnóstico já carrega algum aspecto, mesmo que minimamente interventivo. Como podemos observar seguinte definição: [...] um procedimento científico de investigação e intervenção clínica, limitado no tempo, que emprega técnicas e/ou testes com o propósito de avaliar uma ou mais características psicológicas, visando um diagnóstico psicológico (descritivo e/ou dinâmico), construído à luz de uma orientação teórica que subsidia a compreensão da situação avaliada, gerando uma ou mais indicações terapêuticas e encaminhamentos (HUTZ et al., pg.27, 2016).
- Cunha (2000) apud Hutz et al (2016) sugere a obrigatoriedade do uso de testes, para que o processo de avaliação clínica seja chamado de "psicodiagnóstico".
- É realizado pelo psicoterapeuta, capacitado tecnicamente a aplicá-lo.
- Ocampo e Arseno (1979/2009) apud HUTZ et al (2016, p.17) trazem a ideia de que o processo psicodiagnóstico inclui, obrigatoriamente, uma etapa de:
- aplicação de testes
- aplicação de técnicas projetivas
- Trinca (1983) apud HUTZ et al (2016, p.17) afirmou que o uso de testes ou não depende do psicólogo em relação a cada paciene.
- engloba qualquer atividade com ou sem uso de testes psicológicos.
- é compreendida como um amplo processo de investigação, no qual se conhece o avaliado e sua demanda, com o intuito de programar a tomada de decisão mais apropriada do psicólogo.
- refere-se a coleta e interpretação de dados, obtidos por meio de um conjunto de procedimentos confiáveis, entendidos como aqueles reconhecidos pela ciência psicológica.
- Processo amplo que envolve a integração de informações proveniente de diversas fontes, dentre elas, testes, entrevistas, observações e análise de documentos.
- considera um processo diferente, cuja principal fonte de informação são os testes psicológicos de diferentes tipos.
- Modalidade de avaliação psicológica, sem a especificação da necessidade ou não do uso de testes, como pode ser visto a seguir: "... no âmbito da intervenção profissional, os processos de investigação psicológica são denominados de avaliação psicológica, descrito em termos de suas modalidades - psicodiagnóstico, exame psicológico, psicotécnica ou perícia" (CFP, 2013, P.34, grifo nosso).
- Segundo Wainstein (2011); Wainstein & Bandeira (2013) "...não é o uso ou não de testesm ou de determinados tipos de testes,que configura a realização de um psicodiagnóstico
- "...procedimento científico de investigação e intervenção clínica, limitado no tempo, que emprega técnicas e/ou testes com o propósito de avaliar uma ou mais características psicológicas, visando um diagnóstico psicológico (descritivo e/ou dinâmico) construindo á luz de uma orientação teórica que subsidia a compreensão da situação avaliada, gerando uma ou mais indicações terapêuticas e encaminhamentos." (p;18)
- "...abrange qualquer tipo de avaliação psicológica de caráter clínico que se apoie em uma teoria psicológica de base e que adote uma ou mais técnicas (observação, entrevista, testes psicométricos, técnicas projetivas, etc.) reconhecidas pela ciência psicológica." (p;20)
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