O Método Científico

• O método científico é empírico e exige observação sistemática e controlada. 

• Os cientistas adquirem maior controle quando fazem um experimento; em um experimento, os pesquisadores manipulam variáveis independentes para determinar seu efeito sobre o comportamento.

• As variáveis dependentes são medidas do comportamento usadas para avaliar os efeitos de variáveis independentes.

• A publicação científica é imparcial e objetiva; a comunicação clara de construtos ocorre com o uso de definições operacionais. 

• Instrumentos científicos acurados e precisos; mensurações físicas e psicológicas devem ser válidas e fidedignas.

• Refere-se às maneiras como os cientistas fazem perguntas e à lógica e métodos usados para obter respostas. O método científico pode ser distinguido das outras abordagens, mas todas compartilham do mesmo objetivo – buscar a verdade.

  • Intuição...
    • pode ser valiosa quando não se tem muitas informações.
    • Distorce a percepção a respeito do fato.
    • Abre para julgamentos prévios, achismos e senso comum.
    • Vai na contra mão da ciência.
    • A abordagem científica ao conhecimento é empírica, em vez de intuitiva.
    • A abordagem empírica enfatiza a observação direta e a experimentação como um modo de responder questões.
  • Observação...
    • deve ser feita de forma cuidosa e sistemática
    • Não se deve fazer inferências a respeito de aspectos cognitivos- inteligência, sentimentos...
    • A comunicação científica deve ser imparcial, ou seja, se é possível de ser verificada, e objetiva.
  • Conceitos...
    • termo usado em referência a coisas (vi9vas e inanimadas), acontecimentos (coisas em ação) e relações entre coisas e acontecimentos.
    • O estudo dos “conceitos” é tão importante para a ciência psicológica que os pesquisadores
    • se referem a conceitos por um nome especial: construtos.
  • Construtos...
    • Um construto é um conceito ou ideia;
    •  exemplos de construtos psicológicos são:
      •  a inteligência,
      •  a depressão,
      • a agressividade 
      • a memória. 
    • Um modo de um cientista conferir significado a um construto é definindo-o operacionalmente.
  • Definição operacional...
    • explica um conceito unicamente em termos dos procedimentos observáveis usados para produzi-lo e mensurá-lo.
    • Alguns podem não gostar dessa definição operacional de inteligência, mas, uma vez que um determinado teste foi identificado, não pode haver discussão sobre o que a inteligência significa segundo essa definição. 
    • Para determinar se um procedimento ou teste diferente gera uma nova definição de inteligência, teríamos que buscar mais evidências.
    • as definições nem sempre são significativas. É significativo quando se pode fazer uso de outros tipos de evidência que corroborem par um mesmo resultado.
  • Instrumentos...
    • Indispenável para medir os fatos.
    • A acurácia de um instrumento...
      •  refere-se à diferença entre o que um instrumento diz ser verdade e o que se sabe ser verdade.
      • é determinada com calibração, ou confirmando a medida com outro instrumento que sabemos estar correto.
  • Medição...
    • Os cientistas usam dois tipos de medições para registrar as observações cuidadosas e controladas que caracterizam o método científico. 
    • Um tipo de medição científica, a medição física, envolve dimensões para as quais existe um padrão aceito e um instrumento para fazer a medição.
    • Na maior parte da pesquisa psicológica, as medições não envolvem dimensões físicas. 
    • Não existem réguas para medir construtos psicológicos como beleza, agressividade ou inteligência. Essas dimensões exigem um segundo tipo de medição – a medição psicológica.
    • De certo modo, o observador humano é o instrumento para a medição psicológica. Mais especificamente, a concordância entre diversos observadores proporciona a base para a medição psicológica.
  • As medições devem ser válidas e fidedignas...
    • validade...
      •  refere-se à “veracidade” de uma medida. Uma medida válida de um construto é aquelaque mede o que alega medir.
    • fidedignidade ou confiabilidade de uma medida...
      • é indicada por sua consistência. Podemos distinguir vários tipos de fidedignidade. Quando falamos de fidedignidade de um instrumento, estamos discutindose o instrumento funciona de maneira consistente.
      • Falar em fidedignidade é falar ..
        • se o instrumento funciona de maneira consistente
        • se as observações forem consistentes de um observador para outro
    • A validade e a fidedignidade de medidas são questões centrais na pesquisa psicológica.
  • Uma hipótese...
    • é uma explicação tentativa para algo. As hipóteses costumam tentar responder às questões “como?” e “por quê?” ou simplesmente sugerir como determinadas variáveis se relacionam.
    • é uma tentativa de explicar um fenômeno; as hipóteses testáveis têm conceitos (definições operacionais) definidos de forma clara, não são circulares e referem-se a conceitos que possam ser observados.
    • As hipóteses não serão testáveis...
      • se os conceitos a que se referem não forem definidos ou medidos adequadamente.
      • As hipóteses também não são testáveis se forem circulares. 
        • Uma hipótese circular ocorre quando um fato é usado como explicação para si mesmo (Kimble, 1989, p. 495)
      • Uma hipótese também pode não ser testável se interessar a ideias ou forças que a ciência não reconhece.
  • Objetivos do método científico...
    • visa cumprir quatro objetivos: 
    1. DESCRIÇÃO
      1. os psicólogos buscam descrever fatos e relações entre variáveis; com frequência, os pesquisadores usam a abordagem nomotética e análise quantitativa.
      2. refere-se aos procedimentos que os pesquisadores usam para definir, classificar, catalogar ou categorizar os fatos e suas relações.
    2. PREVISÃO
      • As relações correlacionais permitem que os psicólogos prevejam o comportamento ou os acontecimentos, mas não permitem que os psicólogos infiram o que causa essas relações
      • A descrição de fatos e suas relações proporciona a base para a previsão, o segundo objetivo do método científico.
3. EXPLICAÇÃO
      • Os psicólogos entendem a causa de um fenômeno quando são satisfeitas as três condições necessárias para a inferência causal: 
        • covariação,
        •  uma relação de ordem temporal 
        • exclusão de causas alternativas plausíveis.
4. APLICAÇÃO
      • Na pesquisa aplicada, os psicólogos aplicam seu conhecimento e métodos de pesquisa para melhorar as vidas das pessoas.
      • Os psicólogos fazem pesquisa básica para adquirir conhecimento sobre o comportamento e os processos mentais e para testar teorias.
      • Na pesquisa aplicada, os psicólogos fazem pesquisas para mudar as vidas das
      • pessoas para melhor.
        •  
  • geral, o método científico se caracteriza por ...
    • uma abordagem empírica, observação sistemática e controlada,divulgação imparcial e objetiva, definições operacionais claras de construtos, instrumentos acurados e precisos, medidas válidas e fidedignas e hipóteses testáveis.


Construção e testagem de teorias científicas...

• As teorias são explicações propostas para as causas de fenômenos, e variam em seu escopo e nível de explicação. 
• Uma teoria científica é um conjunto de proposições organizadas de forma lógica, que define fatos, descreve relações entre os fatos e explica a sua ocorrência.
• As variáveis intervenientes são conceitos usados em teorias para explicar por que as variáveis independentes e dependentes estão relacionadas.
• As teorias científicas bem-sucedidas organizam o conhecimento empírico, orientam a pesquisa oferecendo hipóteses testáveis e sobrevivem a testes rigorosos.
• Os pesquisadores avaliam teorias julgando a sua consistência interna, observando se os resultados postulados ocorrem quando a teoria é testada e observando se a teoria faz previsões precisas com base em explicações parcimoniosas.

As teorias são “ideias” sobre como a natureza funciona. 
Os psicólogos propõem teorias sobre a natureza do comportamento e dos processos mentais, bem como sobre as razões pelas quais as pessoas e animais agem e pensam de um determinado modo.



Referências

 SHAUGHNESSY, J.J.; ZECHMESISTER, E.B.; ZECHMEISTER, J.S. Metodologia de Pesquisa em Psicologia. Métodos de Pesquisa, 9ª edição. Pensa. Porto Alegre, 2012. capítulo 2.

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