Relatório Inicial - Importância da relação entre pais e filhos adolescentes, frente aos desafios do século XXI.


1.     TEMA
A importância da relação entre pais e filhos adolescentes, frente aos desafios do século XXI.

2.     QUESTÃO NORTEADORA

Como a relação entre pais e filhos adolescentes pode impactar na formação biopsicossocial dos jovens?

3.     JUSTIFICATIVA

A adolescência é uma fase de transição no desenvolvimento entre infância e idade adulta, que impõe grandes mudanças de ordem física, cognitivas, emocionais e sociais, que assume formas variadas nos contextos sociais, econômicos e culturais. A partir do século XX, a adolescência passou a ser definida como estágio de vida. É nessa fase que ocorrem oportunidade de crescimento em termos físicos, cognitivos e sociais, bem como, desenvolvimento da autonomia, autoestima e intimidade. (PAPALIA; FELDMAN,2013). Contudo, nesse presente artigo, a adolescência será observada enquanto fenômeno cultural, oriundo das sociedades ocidentais, com ênfase na relação com seus pais.

YOUNGBLADE (2007) apud PAPALIA; FELDMAN (2013) afirma que os adolescentes que têm relações de apoio com os pais, a escola e a comunidade se desenvolvem de forma saudável e positiva, na construção e fortalecimento desse vínculo. Por outro lado, quando não há relações de apoio, podem ocorrer comportamentos de riscos ao seu bem estar físico e mental.

Levando-se em consideração, que essa fase de transição do desenvolvimento humano enseja a formação e construção de uma boa relação entre pais e filhos adolescentes, surge a necessidade de elaborar um trabalho que proponha uma reflexão sobre os mecanismos de construção dessa relação, fundamentada no fortalecimento de vínculos entre ambos.
    
4.     OBJETIVO GERAL

Demonstrar a relevância da relação entre pais e filhos adolescentes, no processo de desenvolvimento biopsicossocial de jovens, levando em consideração o contexto social em que vivem.


5.     OBJETIVOS ESPECÍFICOS  

  • ·       Demonstrar quais as contribuições que as teorias do desenvolvimento humano trouxeram para a formação biopsicossocial do adolescente.
  • ·       Evidenciar os desafios enfrentados no relacionamento de pais e filhos adolescentes, com ênfase na forma como essa realidade afeta seus comportamentos.
  • ·       Compreender como a identificação do adolescente com determinados grupos, formados no contexto da realidade em que vivem, pode impactar na sua relação com os pais.
  • ·       Entender como a Psicologia, pode contribuir para a construção e fortalecimento de vínculos na relação entre pais e filhos adolescentes.


6.     METODOLOGIA

A primeira fase desse relatório foi iniciada num contexto social de normalidade no que diz respeito às aulas presenciais, teóricas e práticas propostas pelo curso de Psicologia. Nesse contexto, a pesquisa seria aplicada especificamente, em um grupo de adolescentes de Cajazeiras, estudantes do Colégio Militar. Porém, diante da Pandemia do Coronavirus, todas as rotinas de trabalhos individuais e coletivos, tiveram que sofrer mudanças, onde todas as relações passaram a acontecer em ambiente virtual de aprendizagem e relacionamento. A fim de cumprir as determinações de isolamento social, propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com a finalidade de conter a disseminação do COVID-19 no Brasil. Contudo, apesar de o MEC autorizar apenas 25% do Curso de Graduação em psicologia pelas Plataformas Online, excepcionalmente, foi autorizado o andamento do curso à distância (EAD). Sendo assim, foi utilizado, reunião em grupo de WhatsApp, para discussão dos itens que irão compor o Relatório final dessa pesquisa, inclusive, discutidas em sala de aula junto ao professor orientador.
 Cada componente ficou responsável por elaborar cinco questões, e posteriormente, foram discutidas, aprimorada e selecionadas para compor o questionário da pesquisa. O presente relatório contempla uma pesquisa bibliográfica, na qual deverá ser feita uma revisão de literatura, por meio de livros, como fonte de pesquisa primária e artigos acadêmicos, como fonte de pesquisas secundárias.
Além da pesquisa bibliográfica, será elaborado um questionário de pesquisa quantitativa e qualitativa, aplicado online, através do Google Documents, (link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScduxLkrvPpWkN2TinFy4mDxzkVkLooN5z7u5t0cksxUJ7zVQ/viewform), com a finalidade de conhecer como se formam os vínculos da relação entre pais e filhos adolescentes, bem como, a relevância dessa relação na formação biopsicossocial do jovem. O questionário publicado contem questões de identificação do perfil do adolescente, público alvo a ser atingido, bem como, perguntas quanti-qualitativamente, elaboradas de forma semiestruturada, de forma a dar espaço para que o adolescente possa manifestar sua resposta espontaneamente. Vale considerar que, os adolescentes em isolamento social, traz uma dificuldade de divulgação entre os adolescentes, para responder a pesquisa, pois, os ambientes escolares facilitariam o acesso, presencialmente, o que talvez possa impactar na quantidade de pessoas atingidas com a pesquisa.
Para AV2, serão desenvolvidos os conteúdos teóricos em consonância com os resultados da pesquisa, onde serão desenvolvidos os objetivos específicos, onde será entregue esse relatório final, com resultados da pesquisa já finalizada, fundamentada no arcabouço teórico que define a adolescência como fase de transição entre a infância e a idade adulta, com estruturas de Introdução, Desenvolvimento e Conclusão dos resultados coletados em pesquisa.
Em devolutiva aos adolescentes, participantes da pesquisa online, e dada as limitações impostas pelo isolamento social em função do coronavírus, o link da pesquisa foi publicado no blogue (https://formacaoempsicologia.blogspot.com/2020/04/sua-participacao-e-muito-importante.html), com dicas de como conquistar uma boa relação com seus pais, a partir do diálogo, empatia e entendimento mútuo.

7.         PERCEPÇÃO INDIVIDUAL DO GRUPO

7.1 Alessandra Uzêda
Houve inicialmente, uma resistência às mudanças, em virtude do isolamento social imposto, que acabou por modificar toda a rotina dos estudantes de Psicologia. Entretanto, observou-se que o uso da ferramenta online de pesquisa não era uma novidade, tendo em vista, que já foi usada em projetos anteriores. Com isso, ampliou-se a percepção de como realizar a pesquisa, possibilitando dar continuidade ao Relatório inicial sobre o Diário de Campo Online, a partir da pesquisa realizada em ambiente virtual.

7.2 Gabriela Matos
Ressalta que esse método foi bastante funcional e uma solução prática para a continuação da construção da atividade que teve início de forma presencial a partir de discussões em sala de aula. De modo particular, percebi uma dificuldade maior em elaborar as questões e fazer a edição do questionário de forma não presencial, pois a discussão através de ferramentas online, se torna mais complexa, se tratando de um grupo de pessoas com realidade diferente de entendimento, disponibilidade e ação.

7.3 Jessica Dias
Ressalta que o cenário de pandemia no qual nos encontramos, demandou dos integrantes do grupo um maior esforço coletivo e individual, assim como, uma rápida adaptação em relação à pesquisa. Porém, possibilitou que a mesma, ampliasse seu entendimento sobre as possibilidades e a aplicabilidade da observação participante, visto que, de início seria feita de forma presencial, mas devido ao contexto de isolamento social, passou a ser online.

7.4 Erielma Silva
Em consequência da pandemia, a pesquisa feita precisou ser modificada. Porém, com o instrumento de pesquisa utilizado, conseguimos atingir uma maior diversidade de público.  Essa diversidade é de extrema importância porque nos possibilita entrevistar pessoas que estão vivendo realidades diferentes no dia a dia, mas agora unidos por uma só realidade que é o isolamento social. Sendo assim, o fato de a pesquisa ser online não mudou o nosso foco que é a relação desses adolescentes com os pais.

7.5 Lays Reis Brito
Mediante a pandemia da Covid-19, uma situação atípica e mundial onde todos foram pegos de surpresa, tivemos que cumprir decretos onde o distanciamento social era a mais nova forma de convivência recomendada pelo Ministério da Saúde e também a Organização Mundial da Saúde - Tivemos que nos adaptar, tanto aos meios de contatos que, de secundários, se tornaram essenciais, quanto a metodologia que usaríamos para que pudéssemos dar continuidade às atividades acadêmicas.
Quanto ao meu grupo, tirando as dificuldades iniciais, em conciliarmos novas rotinas e também a situação de isolamento obrigatório o que, infelizmente, implica totalmente nas nossas emoções e no nosso psicológico, conseguimos, através de um grupo no WhatsApp, nos comunicarmos claramente, e alcançarmos pontos em comum desejáveis no processo de produção do trabalho acadêmico.
Passei a diferenciar e reconhecer mais a importância da aplicação de um questionário, como instrumento de pesquisa. Acredito que sair da zona de conforto, que o contato presencial gerava, trouxe novas possibilidades e melhores compreensões para as nossas vidas pessoais, acadêmicas e profissionais. Realizar este trabalho, mesmo que a distância, está sendo uma grande chance de novos aprendizados.


REFERÊNCIAS 
Análise de questões de física do enem pela taxonomia de Bloom revisada. Scielo. Belo Horizonte, MG, Dec. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983- 172014000300189&script=sci_arttext.  Acesso em 05/03/2020 às 12:46 hs.
COC by Pearson. Como fortalecer os vínculos com seu filho adolescente? 24/06/2019. Disponível em https://www.coc.com.br/blog/somospais/para-os-pais/como-fortalecer-os-vinculos-com-seu-filho-adolescente. Acesso em 21/03/2020 às 21: 27 hs.

GIL, A.C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social.  6ª. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2008.
Presidência da República. Casa Civil. Lei no. 8.069 de 13/07/1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em 21/03/2020 às 21:10 hs.
Psi. psicólogo e Terapia. Psicoterapia para Adolescentes. 29/01/2020. Disponível em https://www.psicologoeterapia.com.br/blog/psicoterapia-para-adolescentes/#pais-e-filhos. Acesso em 21/03/2020 às 21:53 hs.
SILVA, R. Pepsico. Os Conflitos na Fronteira de Contato entre Pais e Filhos Adolescentes. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-25262015000100004.  IGT rede vol.12 no.22 Rio de janeiro, 2015. Acesso em 29/02/2020 às 12:02 hs.
WAGNER, Adriana; FLACKE, Denise; SILVEIRA, Luiza; MOSMANN, Clarisse. Scielo. A Comunicação em famílias com filhos adolescentes. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pe/v7n1/v7n1a08.pdf.  São Paulo, 2002. Acessado em 29/02/2020 às 11:07 hs.

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