Se duas pessoas a mesma substância, as duas vão ter experiências semelhantes? Para responder essa pergunta, é necessário ter acesso a mais informações.
Os efeitos produzidos por uma substância podem sofrer mudanças a depender do tipo e quantidade da substância utilizada, da via de utilização (via oral, tópica, injetável, por exemplo), e das características biopsicossociais do indivíduo (peso, histórico de uso anterior, entre outros). A isso se soma o tipo de substância que essas pessoas estão utilizando.
Podemos compreender os tipos de droga quanto à origem (natural ou sintética), quanto à legalidade (lícita ou ilícita) e quanto aos efeitos no sistema nervoso central (depressoras, estimulantes ou alucinógenas).
A legalidade da substância não tem associação com os efeitos que ela produz, nem com o potencial de causar dependência. Falamos de uso leve e uso abusivo, e não de substâncias leves e abusivas, uma vez que qualquer substância utilizada em excesso pode acarretar danos ao indvíduo (seja físico, social ou psíquico). Além disso, lembra-se que o padrão de uso não diz respeito apenas à droga, mas também ao meio e ao sujeito que a utiliza.
As drogas estimulantes são aquelas que aumentam a atividade cerebral, ou seja, estimulam o funcionamento fazendo com que o usuário fique mais ativo. Pode aumentar a atividade psicomotora e ter efeitos na atenção e pensamento (é comum relatos de pensamento acelerado). Como exemplo temos a cocaína e as anfetaminas.
As drogas depressoras do Sistema Nervoso Central são aqueles que diminuem, ou deprimem, o funcionamento cerebral. Isso significa que a pessoa sob efeito desse tipo de substância pode ficar com a atenção, concentração, memória, linguagem, pensamento, e atividade psicomotora prejudicada para a realização de algumas funções e atividades. Como exemplo temos o álcool, os inalantes/solventes, os ansiolíticos e os opiáceos.
As drogas alucinógenas são substâncias que produzem efeitos qualitativos no sistema nervoso central. Diferente das depressoras e estimulantes, que possuem efeitos quantitativos (diminuem ou aumentam a atividade cerebral). Sob efeito de substâncias alucinógenas, o sujeito pode experimentar alteração na sensopercepção (alucinações visuais, auditivas, táteis, entre outras) e no pensamento (o fenômeno conhecido como bad trip, por exemplo). Um exemplo de substância alucinógena é a Psilocibina, substância extraída de certos cogumelos.
É importante também estarmos atentos ao uso inadequado de fármacos. Apesar de serem prescritos com objetivo terapêutico, algumas pessoas fazem uso nocivo dessas substâncias. Além disso, é comum também pessoas que as utilize sem prescrição médica, apesar de sua venda ser controlada.
Um exemplo facilmente encontrado na Atenção Básica é o uso prolongado de benzodiazepínicos e a recusa em encerrar o uso com acompanhamento médico.
No dia cinco de maio, desde o ano de 1999, o Conselho Federal de Farmácia realiza ações da campanha pelo Uso Racional de Medicamentos. Essa pode ser uma ótima oportunidade de experimentar o trabalho multiprofissional!
Referências:
LAIANE MACHADO SOUZA
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