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segunda-feira, 25 de abril de 2022

Gestalt-terapia com crianças e adolescentes - Atendimento aos Pais/ Sheila Anthony

 Atendimento aos pais na GT:

  • O sintoma apresentado pela criança é apenas uma figura que emerge de um fundo que reflete um aspecto de sua totalidade e da totalidade de seu sistema familiar.
  • A presença de problemas emocionais e comportamentais da criança está nos pais - os pais projetam suas tragédias infantis na relação com seus pais, em seus filhos. Delegam seus dramas aos seus filhos.
  • Nas relações de medo da criança/adolescente em relação aso pais, traz a tona a disfuncionalidade do sistema familiar como um todo. As crianças captam as necessidade dos pais(minha mãe precisa que eu rpecise dela). É melhor que fique calado, contenha minha alegria, por que meu pai grita comigo. Passa a privilegiar as necessidades dos pais, e a da criança ou adolescente fica de fundo.
  • criança - figura- queixa-sintoma-parte
  • Convoca-se os pais a serem coparticipante no processo terapêutico da criança e do adolescente. Os pais precisam se tornar aliados, parceiros para o tratamento psicoterápico da criança e do adolescente.
  • Os pais provocam tensão na relação terapêutica, desafiam o terapeuta. Primeiro trazer os pais, dar consciência de que são importantes na mudança dos filhos. A criança muda se o campo muda também. A tarefa do terapeuta é ampliar a consciência. 
  • Ampliar a consciência dos pais sobre seus filhos sobre esse olhar julgador, critico, parcial sobre seus filhos. Sensibilizar os pais com o sofrimentos dos filhos é essencial.
  • Conversar com os pais e levá-los a idade que tinham na idade de seu filho, como eram nas suas relações, seus problemas.
  • Adoecimento é excessos ou faltas de determinadas expressões, emocionais, comportamentos, etc. Equilíbrio é saúde.
  • No trabalho com os pais o terapeuta busca promover a comunicação genuína entre eles e os filhos, falar de seus medos. 
  • Com o adolescente é importante levar os pais a renegociarem os valores, os horários, atribuindo responsabilidades e incentivando a autonomia.
  • Pais temem a perda do filho adolescente, quando em busca de sua individuação, de sua autonomia. Reconhecer a individualidade do outro é essencial. É preciso reconhecer o momento de EU, TU e NÓS.
  • Reconhecer e respeitar as limitações de cada um. Um problema que vive o adolescente quando descobre que já não são mais aqueles deuses, os heróis, que também, são frágeis, porém, ainda precisam ter pais que servem de apoio e que podem contar.

domingo, 10 de janeiro de 2021

Princípios básicos da prática da psicoterapia - Carl Jung

 

A Psicoterapia Junguiana...

  • não é um método simples e evidente.
  • é um tipo de procedimento dialético, isto é, de um diálogo ou discussão entre duas pessoas.(pg.13)
  • a pessoa é um sistema psíquico, que, atuando sobre outra pessoa, entra em interação com outro sistema psíquico (pg.13) estabelecendo aí a relação psicoterapêutica psicólogo-paciente ou ainda, interação p´siquica.
  • a psicoterapia deixa de ser um método aplicável de maneira estereotipada por qualquer pessoa, visando um resultado. com base nos seguintes fatos:
    1. a necessidade de reconhecer que era possível interpretar os dados da experiência de diferentes maneiras.
    2. Surgiram diversas escolas de concepções opostas, baseadas em pressupostos psicológicos especiais que produzem resultados psicológicos específicos. Cada uma desses métodos e teorias tem sua razão de ser, devido aos êxitos obtidos em certos casos.
    3. As contradições em qualquer ramo da ciência comprovam apenas que o objeto da ciência tem propriedades, que só pode ser apreendida pelas contradições.
    4. se individualidade fosse singularidade, isto é, se o indivíduo fosse totalmente diferente de qualquer outro indivíduo, a psicologia seria impossível enquanto ciência, isto é, ela consistira num cais de opiniões subjetivas.
      • A individualidade é relativa, pois apenas complementa a conformidade ou a semelhança entre os homens, e podem se referir apenas a partes do sistema psíquico conformes, e que podem portanto, serem comparadas e apanhadas estatisticamente.
O psicoterapeuta na terapia individual...
  • Pode fazer declarações legítimas apenas a respeito do ser humano genérico, ou pelo menos relativamente genérico, e jamais fazer afirmações sobre o indivíduo.
  • Tudo que o psicoterapeuta encontrar nele mesmo, ou seja, em sua individualidade, corre o risco de violentar o outro, e abalar seu poder de persuasão.
  • Precisa renunciar à sua superioridade no saber, a toda e qualquer autoridade e vontade de influenciar, para que consiga fazer um tratamento psíquico com alguém.
  • deve adotar o método dialético de confrontar as averiguações mútuas, deixando o outro a oportunidade de apresentar seu material o mais completamente possível, se eximindo de seus pressupostos. Único meio de se relacionar com o cliente.  Todo desvio dessa atitude significa terapia por sugestão, em que o indivíduo não importa perante o genérico.
  • Só importa o método em que o terapeuta tem confiança; Sua fé no método é decisiva. Se acreditar, ele fará por seu paciente tudo quanto estiver ao seu alcance, com seriedade e perseverança, e esse esforço voluntário e essa dedicação têm efeito terapêutico.
  • Os limites são fixados pela antinomia individual-coletivo, enquanto critério psicológico, pois há pessoas com traço principal o coletivo, e outras com traço principal a individualidade.

As neuroses oriundas da valorização exagerada do individual se dividem em dois grupos, do ponto de vista psicológico:

  • um contém homens coletivos de individualidade  subdesenvolvida
  • outro, homens individualistas de atrofia da adaptação ao coletivo.
O enfoque terapêutico também se diferencia com essa distinção, uma vez que, um individualista neurótico, não pode sarar, a não ser que, reconheça o homem coletivo dentro de si e a necessidade de ajustamento coletivo. Por outro lado, há aqueles que estão adaptados ao coletivo, precisam desenvolver o individual.

"O terapeuta não é mais um sujeito ativo, mas ele vivencia junto um processo evolutivo individual." (pg.18)

  • Há a exigência de análise para o próprio analista. (Jung) sair da condição de superior, conselheiro, para alguém que experiencia junto, colocando-se em pé de igualdade ao cliente.
  • O os analistas também têm seus complexos (Freud) 
  • Aquilo que não está claro para o analista, porque não o queremos reconhecer em nós mesmos, nos eleva a impedir que se torne consciente no paciente, em detrimento do mesmo.
  • o dialogo analítico final entre psicólogo e cliente tem que incluir a personalidade do psi. 
  • A relação psicólogo-cliente tem que ser um método dialético, em que a personalidade do paciente tenha a mesma dignidade e direito de existir do psicólogo.
  • o efeito terapêutico depende de um lado do "rapport" (relação) chamada por Freud de Transferência, e por outros, de força de persuasão e de penetração da personalidade do psi.
  • o psicoterapeuta corre o risco de se envolver nas neurosos de seus pacientes
Uma pessoa exclusivamente coletiva...
  • pode mudar através de sugestão
Uma pessoa exclusivamente individual...
  • só pode se tornar o que é  e sempre foi,.
Cura...
  •  tem o sentido de transformação
  • sempre que possível e não for sacrificar a personalidade do paciente em demasia, ele deve ser transformado terapeuticamente.
  • Se o paciente reconhece que a cura pela transformação significaria renunciar demais à sua personalidade, então o psicólogo deve renunciar a sua vontade de transformar. O analista deve deixar aberto o caminho individual da cura, caminhando para o processo de individuação, e não mais de transformação da personalidade.
Processo de Individuação..
  • o paciente se torna aquilo que de fato já é.
  • aprende a ver com gratidão os seus sintomas neuróticos.
  • percebem que esses sintomas neuróticos sinalizam que está desviando de seu caminho individual e, quando e onde coisas importantes tinham ficado inconscientes.
  • Jung mostrou e transmitiu o conceito de individuação, mostrando ou tentando mostrar, os fenômenos do inconsciente no próprio material empírico, pois no processo evolutivo individual, o inconsciente passa a ocupar o primeiro plano.
  • A evolução psíquica individual  produz a princípio algo muito parecido com o velho mundo das fábulas, o que permite compreender que o caminho individual produz a impressão de um recuo a tempos pré-históricos, de uma regressão  na historia da evolução espiritual, e como se algo muito inconveniente estivesse acontecendo - algo que a intervenção terapêutica deveria impedir.
  • Jung observou que o mesmo acontecia com as psicoses paranoicas da esquizofrenia, podendo encontrar aí grande volume mitológico. Chama atenção para o perigo de se expor a camada mitológica da psique, uma vez que, esses conteúdos exercem sobre o paciente grande fascínio.
  • O processo de cura mobiliza essas forças para alcançar seus objetivos.
"...a simples reflexão sobre a razão  por que certas situações da vida ou certas experiências são patogênicas, nos faz descobrir que a maneira de ver as coisas muitas vezes, tem um papel decisivo."(pg;28)
  • certas coisas se tornam nocivas ou perigosas, simplesmente porque, existem outras maneiras de vê-las . 
  • Exemplo: a riqueza significa a felicidade e a pobreza, a infelicidade. Porém, nem todo rico é feliz e nem todo pobre é infeliz.
  • Importante que o analista amplie o seu conhecimento na área das ciências do espírito, para estar a par do simbolismo dos conteúdos psíquicos do cliente. 
Atuar dentro do campo da psicologia das neuroses  torna imprescindível conhecer os pontos de vista de Sigmund Freud e de Adler.

  • As neuroses mais difíceis precisam, em geral, de uma análise redutiva dos seus sintomas e dos seus estados.
  • Agostinho distingue dois pecados capitais:
    • cobiça -  corresponde ao princípio do prazer de Freud.
    • orgulho - corresponde à vontade de poder, querer estar por cima de Adler.
O tratamento...
  • Tratamento Analítico-dedutivo - 1ª fase que termina quando as sessões começam a ficar monótonas e repetitivas, sugerindo estar em vias de paralisação. Três ou quatro sessões iniciais.
  • Tratamento Sintético - 2ª fase que equivale ao método dialético e à individuação. Deve-se aí espaçar mais as consultas, estimulando a autonomia do paciente, a sua habilidade em interpretar os próprios sonhos.
  • Essa autonomia ou trabalho feito pelo paciente conduz a assimilação progressiva do inconsciente, à integração final de sua personalidade e eliminação da dissociação neurótica.


JUNG. Carl Gustave. Obra completa. A prática da psicoterapia. Volume 16/1 Psicoterapia. 16 edição. Editora Vozes. Rio de Janeiro, 2018. 8 reimpressão.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Psicologia Analítica ou Psicologia Junguiana - Carl Gustav Jung (1875-1961) Suíça

Jung começa a se observar desde garoto, vivenciou diversos problemas familiares,e tinha um comportamento sempre de isolamento, ficando entre os seus próprios pensamentos, criando jogos imaginários nos quais jogava com ele mesmo. 

Nesse contato com seus próprios pensamentos, onde dava vazão a sentimentos de estranha obscuridade, surge o insight , por onde os alquimistas projetam o conteúdo da própria psique (inconsciente), com os quais estão trabalhando.

Com isso, Jung pode experimentar a si mesmo, como composto de duas personalidades, a número um  - em que era uma filho comum, que ia a escola - e a número dois - era mais velho, distante da sociedade humana, próximo da natureza e dos animais, de seus sonhos e de Deus. Quando se tornou psiquiatra, já com maior entendimento, Jung percebeu que as duas personalidades estavam presentes em todos os seres humanos e passou a chamá-las de: eu(ego) e si-mesmo (self), e que é a partir do jogo mútuo entre essas duas personalidades, ego e self, se constituiria na dinâmica central do desenvolvimento da personalidade.

EU/EGO - SUJEITO DA CONSCIÊNCIA
  • Complexo de representações que constitui para o indivíduo, o centro de seu campo de consciência, aquilo com o que se identifica: complexo do eu ou complexo do ego. Tudo que está relacionado ao eu/ego é parte de meu consciente.
SI-MESMO/SELF - SUJEITO DO MEU TODO: CONSCIENTE E INCONSCIENTE.
  • Dentro do SI-MESMO está o EU/EGO. Nele aparecem as fantasias do inconsciente, daquilo que caracteriza uma "personalidade superior" ou "ideal".
Heráclito de Éfeso (540 a.C. / 470 a.C) era seu filósofo predileto, conhecido como o "Obscuro", rompia os padrões tradicionais da sociedade grega - pensador do "tudo flui" e do fogo, que seria elemento do qual deriva tudo que nos circunda. Jung se inspira em Heráclito, na doutrina da harmonia dos contrários, a qual afirma que nós somos e não somos, pois, para sermos aquilo que somos, em determinado momento devemos não ser mais aquilo que éramos no momento anterior.

Tudo é uma contínua passagem de um contrário a outro: coisas frias se aquecem, coisas quentes esfriam, o vivo morre, mas daquilo que está morto renasce outra vida jovem, e assim por diante, portanto, a guerra entre os opostos se revela essencial, mantendo o fluxo continuo e permanente como uma lei do universo.

Jung defendia a análise do paciente a partir de uma VISÃO HOLÍSTICA, analisando-o integralmente, evitando a generalização dos métodos utilizados.

Jung  frequentou e gravou as sessões espíritas de sua prima, para buscar o embasamento para a sua tese. Ficou impressionado como os espíritos pareciam reais para ela, que podia ver, tocar e falar com eles, naturalmente, como se fossem pessoas. Jung chegou à conclusão de que o Espírito com o qual sua prima falava, era a personalidade adulta e madura que se desenvolvi no inconsciente de sua prima.

Depois disso, Jung montou um laboratório experimental para teste de associação de palavras, para diagnóstico psiquiátrico, criado por Francis Galton.. No teste, o médico lê para o paciente uma série de palavras, sendo que cada palavra lida, o paciente deverá responder com a primeira palavra que vier à mente. O médico registra a resposta e o tempo de resposta, em segundos. Depois de todas as palavras, repete-se o experimento com as mesmas palavras e o paciente deverá responder com base nas respostas lidas anteriormente. O médico reúne todas as respostas atrasadas. Entre elas, poderia detectar um aglomerado de ideias afins, comumente associadas na mente do individuo a algo não agradável ou alguma ideia perturbadora, que chamou de complexo emocionalmente carregado de representações.

Jung dava muita atenção aos pacientes com Esquizofrenia, prestando atenção em tudo o que falavam. Os delírios, alucinações e gestos dos pacientes tinham muito significados psicológicos.

Acreditava que as crianças tinham grande capacidade de compensar em suas próprias vidas os fracassos dos pais. Por isso, demonstrava coragem espiritual e rigor intelectual, resistindo ao dogma sempre que o encontrava.

Grande parte da influência da Psicologia Analítica de Jung  veio da Medicina, da Teologia, da Filosofia e do Espiritualismo, defendidos pelos seus avós paternos e maternos.  teve como fonte de inspiração para a elaboração de seus pensamentos as obras de Heráclito, Pitágoras e Platão.

Jung dizia que a PSIQUE HUMANA tem NATUREZA RELIGIOSA, portanto, se debruçou sobre o estuda da ciência da religião.

fundamentação teórica da Psicologia Analítica surge a partir da tese de doutorado de Jung, onde o verdadeiro trabalho do desenvolvimento da personalidade ocorre em nível inconsciente, no qual as personalidades ou complexos existentes na psique, se manifestam através de SONHOS, ALUCINAÇÕES e TRANSES. 

A partir desse contexto, Jung cria a técnica terapêutica (imaginação ativa) e o conceito teológico (individuação) cujo  objetivo é:
  • o desenvolvimento pessoal
  • a inteireza
  • tornar-se uma pessoa tão completa quanto as circunstâncias pessoais permitirem.
A Teoria analítica é uma teoria da personalidade desenvolvida a partir de 1914, exatamente após o rompimento de Carl Jung com Sigmund Freud. seus grande PILARES são:
  • Inconsciente coletivo
  • Sincronicidade
  • Individuação
INCONSCIENTE COLETIVO

Jung confirmou a existência do inconsciente coletivo a partir dos estudos de delírios e alucinações de pacientes esquizofrênicos. Identificou que essas manifestações haviam símbolos e imagens que apareciam em mitos e contos de fada. Ao observar diferentes sociedades no mundo, observou que elas compartilhavam dos mesmos símbolos havia milhares de anos. Com isso, concluiu que os seres humanos carregavam em si uma parte que não se apoia nas experiencias individuais, o que chamou de inconsciente coletivo, baseado nas predisposições do psiquismo e composto de memórias herdadas. E que o inconsciente individual estaria sobre uma camada do inconsciente coletivo.

Para Jung a criança nasce pronta para perceber padrões, arquétipos e símbolos. Além disso, acreditava que o inconsciente coletivo era expresso por meio de arquétipos.

SINCRONICIDADE

Fenômeno de coincidência significativa, no qual coincide no tempo, dois ou mais eventos causalmente desvinculados, mas semelhantes e de mesmo significado. Isso ocorre, por exemplo, quando sonhamos com a morte de um parente ou amigo, próximo a nós ou não, e na mesma noite a pessoa morre.

A sincronicidade também pode ocorrer de forma atemporal, em eventos energéticos casuais. É bastante reveladora e necessita de uma compreensão espontânea, sem a busca de um raciocínio, necessariamente lógico, a qual Jung chamou de "insights".

INDIVIDUAÇÃO

A individuação é a realização do Si-mesmo, do self.  Considerada o processo central do desenvolvimento humano, no qual o indivíduo é capaz de integrar os opostos dentro de si, confrontar os vários aspectos sombrios, reconhecendo-os e despindo-se da persona e das imagens primordiais.

Para Jung os SONHOS  são forças naturais que auxiliam o ser humano no processo de individuação. A teoria do self também encontra respaldo também na teoria dos arquétipos criada por Jung.

O Si-mesmo busca a realização no âmbito espiritual da arte e da religião, assim como no íntimo da alma, podendo ser experimentado como a manifestação de seu interior. 

A individuação busca estimular o indivíduo  a desenvolver condições para despertar o melhor de si e do outro, o tempo todo, tirando-lhe do isolamento e estimulando o outro a compreender em uma convivência coletiva maior e mais saudável, se mantendo mais perto da totalidade, porém, mantendo sua individualidade. Busca aproximar o mundo do indivíduo através do autoconhecimento, como meio de  promover as quebras de padrões comportamentais que atrapalham o processo de individuação.

Não é uma conquista fácil, já que as pessoas encontram muita dificuldade em sair de suas zonas de conforto para encarar novos desafios, novas realidade e encontrar seu desenvolvimento, devido a necessidade de enfrentar seus medos, seus receios e fantasmas pessoais. Esse enfrentamento depende da participação do Eu/EGO já que o Ego promove a motivação, o querer sentir-se motivado  a se transformar. Contudo, o EGO pode seguir em sentido contrário, dependendo de como o sujeito lida com a dor da transformação. Para Jung o complexo do EGO advém do Si-mesmo no decorrer do desenvolvimento da infância, pois o ego em si é o centro da consciência, que nos faz sentir que ainda somos a mesma pessoa de quando éramos crianças.

PSICOLOGIA ANALÍTICA E RELIGIÃO

Importante distinguir religião e religiosidade. Religião pode ser descrita como um conjunto de crenças e filosofias que são seguidas por uma  grande massa de pessoas, conforme seus ensinamentos, doutrinas, dogmas, costumes.  Religiosidade se aproxima mais da espiritualidade, e está mais relacionada com o conceito de espírito.

Jung caracterizava a religiosidade pela atitude particular de uma consciência transformada pela experiência do indivíduo acerca de questões sobrenaturais, sagradas, transcendentais, que independe da vontade do sujeito.

Jung acreditava que a religião ajuda a personificar as dimensões mais profundas da psique humana, algo importante para as experiências e para o crescimento humano. Para ele, a religião e a religiosidade são, na verdade, a união da experiência individual com a tradição religiosa. A religião é vista como importante no processo de individuação do sujeito.

Jung nãos e preocupava em explicar quem era Deus, mas se preocupava com a imagem que as pessoas faziam de Deus. Ele acreditava que Deus era apenas, uma função psicológica necessária, de natureza irracional, que nada tem a ver com a existência ou não de Deus. Deus seria um arquétipo, ou seja, um produto do inconsciente coletivo.
Jung acreditava que a direção espiritual, bem intencionada e direcionada, buscava desenvolver o crescimento humano psíquico afetivo dos indivíduos, a partir da vivência da fé. Embora, se saiba que mutias religiões atuais trabalham o arquétipo da sombra em seus seguidores, desconstróem suas personalidades, individualidades e autoestimas, mantendo-os presos aos seus conceitos, dogmas, como medo de punição divina. Portanto, para Jung desenvolver bem a religiosidade promoveria o crescimento espiritual do indivíduo. Para isso, a direção espiritual deveria despertar e incentivar a confiança, impulsionando o melhor dos indivíduos que a seguem.

REFERÊNCIAS
CARL GUSTAV JUNG

domingo, 22 de setembro de 2019

Conceitos Básicos da Teoria Boweniana -aula de 21/09/2019


Finalidade da Terapia Boweniana:

  • O trabalho terapêutico de família, trabalha o indivíduo para alcançar maior capacidade de pensar, sentir e agir por si só, autonomamente, deixando de estar suscetível ao desequilíbrio, frente às situações tensas.
Conceitos Básicos da Teoria Boweniana:

1. PROXIMIDADE 

Sentimento de pertença como força que coloca o indivíduo para dentro do sistema. Tudo que o indivíduo faz, tende a repetir o que a família faz. Ausência de individualidade, pouca consciência de si, alta ansiedade no sistema, pseudo-self, indiferenciação do self.


2. INDIVIDUALIDADE/INDIVIDUAÇÃO

Força contrária à proximidade, apresenta uma distância da família, da história geracional, colocando o indivíduo para fora do sistema. Presença de individualidade, maior consciência de si, baixa ansiedade nos sistema, eu-sólido, diferenciação do self.

Atenção: Todo processo terapêutico, tem por objetivo, equilibrar essas duas forças: proximidade e individualidade. E é justamente essa busca em tentar equilibrar essas duas forças que Bowen chamou de diferenciação do self.


3. ANSIEDADE
  • É baixa, quando a diferenciação é alta.
  • É alta, quando a diferenciação é baixa.

4. TRIANGULAÇÃO

  • Tem por finalidade reduzir a ansiedade, de forma momentânea, ou seja,  a triangulação se forma por três organismos do sistema para solucionar um conflito momentâneo, reduzindo a ansiedade do sistema, visando resolver o problema. Portanto, a triangulação é funcional.
5. TRIÂNGULO
  • Se forma para solucionar um conflito permanente, e nunca se desfaz no sistema. Portanto, o triângulo é disfuncional. Se forma quando não se consegue resolver um problema no sistema, se torna uma estrutura fixa, e o casal nunca resolve o problema. É quando a triangulação vira um triângulo.


Atenção: 
É através do GENOGRAMA, que torna possível visualizar o sistema familiar.






6. PROCESSO EMOCIONAL DA FAMÍLIA NUCLEAR
  • É do sistema e não do indivíduo em si.
  • Está relacionada à proximidade e individuação.
  • MAIOR PROXIMIDADE, maior ansiedade, as pessoas e grudam mais no sistema, indiferenciação. Exemplo: familiares moram perto, estão sempre juntos. Existe uma fusão de papéis, como se fossem uma família só. Um se mete na vida do outro e criam uma relação de dependência. Só tomam uma decisão se consultar antes, escutar alguém da família de origem. Simbiose, massa de ego indiferenciada e relação de co-dependência.
  • MAIOR INDIVIDUAÇÃO, menor ansiedade, ideia de que já não precisa mais da família de origem, que pode seguir seu caminho, e ter autonomia para fazer diferente.  Dissociação dos papéis, relação de independência em relação aos membros da família. Tem autonomia desenvolvida, eu-sólido, diferenciação do self.
  • ROMPIMENTO EMOCIONAL, ocorre quando os membros da família não conseguem perceber que existe esse elo com a família, mesmo rompendo com o sistema.  Para isso, é preciso REAPROXIMAR os organismos do sistema, para perceberem esse elo que não se desfaz nunca.
Atenção: O processo de construção da diferenciação do self é conseguir integrar as referências que as famílias de origem trazem para o núcleo familiar.


7) PROJEÇÃO FAMILIAR - TRANSMISSÃO MULTIGERACIONAL
  •  Ocorre quando uma geração não dá conta de resolver as tensões do sistema, e acabam projetando nas gerações seguintes essas tensões, podendo transmiti-las de geração em geração, daí a Transmissão Multigeracional.
Exemplo de um Genograma para análise de projeção e transmissão multigeracional.



Jenival, casado com Noca, tiveram um filho chamado Hercúlio.
Jenival possui alto grau de diferenciação, tem autonomia, e um eu-sólido bem desenvolvido.
Noca possui baixo grau de diferenciação, dependente emocionalmente, Pseudo-self, cobra atenção e companhia de Jenival. Como Jenival não atende às suas expectativas, Noca projeta em seu filho Hercúlio, a cobrança de lhe fazer companhia, já que o pai não faz. O filho, atende ao pedido da mãe, se formando aí uma triangulação entre eles. Se o problema fosse resolvido, com o pai passando a dar atenção à mãe, Hercúlio ficaria livre para seguir. Porém, Jenival não está disposto a mudar, e Noca continua a projetar em Hercúlio aquilo que lhe falta. Nesse caso a triangulação se torna um triângulo, já que se torna uma relação permanente entre eles no sistema.
Hercúlio aos 35 anos, casa-se Jonélio, assumindo sua relação homoafetiva. Hercúlio tem baixa diferenciação do self, dependência emocional, alta ansiedade, e Pseudo-self. Acredita que aquela relação que a mãe lhe ensinou é o ideal de relação que poderia construir. Do mesmo jeito que cuidou da mãe, achava que iria encontrar uma pessoa com os mesmos cuidados com ele. Porém, Jonélio tem alto grau de diferenciação do self e não lhe dá os cuidados que ele gostaria, assim como deu a sua mãe. Tentam resolver essa tensão no sistema, adotando uma criança recém-nascida. Entretanto, quando esta criança, chamada Hermínia, completa 10 anos de idade, Hercúlio começa a projetar nela as suas expectativas de cuidados. Porém, hermínia tem alto grau de diferenciação, e diz que não tem obrigação de cuidar do pai, e quem tem que lhe dar atenção é Jonélio, seu marido. Hermínia nega qualquer possibilidade do pai, porém, continua indiferenciada em relação à família.  Mesmo Hercúlio tendo atendido às possibilidades da mãe Noca, ele também continuou indiferenciado em relação à família. Ambos continuam indiferenciados porque na primeira projeção Noca continua com o problema em relação ao marido, nada foi resolvido, e na segunda projeção, Hercúlio também continua com o problema em relação ao marido Jonélio, pois as projeções tendem a não resolver a tensão do sistema. Ao envolver duas gerações (Multigeracional) por meio das projeções, na segunda projeção já ocorre a transmissão. Ambas são famílias disfuncionais, com baixa diferenciação. (História criada em sala por Profa. Patrícia Caldeira)

FAMÍLIA DISFUNCIONAL - BAIXA DEFERENCIAÇÃO



Escola Intergeracional de Bowen (1990,1991)



Murray Bowen (1913-1990) foi um psiquiatra americano e professor de psiquiatria na Universidade de Georgetown. Bowen estava entre os pioneiros da terapia familiar e um notável fundador da terapia sistêmica. A partir da década de 1950, ele desenvolveu uma teoria de sistemas da família.

Murray Bowen (1990,1991) criou a Teoria Boweniana, que fundamenta a Terapia Sistêmica.

TEORIA BOWENIANA
  • Seu objeto de estudo é a FAMÍLIA NUCLEAR, 
  • Recorre à FAMÍLIA DE ORIGEM como ferramenta para ajudar a reduzir a tensão familiar, ou seja, recorre ao HISTÓRICO GERACIONAL dessa família nuclear.
  • Primeiro, sempre olha o NÚCLEO FAMILIAR, depois recorre à FAMÍLIA DE ORIGEM.
  • Objetivo da Teoria: Identificar a DIFERENCIAÇÃO do indivíduo em relação à família, e é essa CAPACIDADE DE DIFERENCIAÇÃO que vai implicar na saúde mental do individuo.
ENTENDENDO  INDIFERENCIAÇÃO /DIFERENCIAÇÃO  

Massa Indiferenciada do Ego
  • Conceito central da Teoria de Bowen
  • Significa fusão ou aglutinação, quando o sentimento de pertença requer do indivíduo máxima renúncia de sua autonomia.
  • A criança ao nascer está totalmente indiferenciada (dependente) da família, e esta passará a vida construindo tentando se diferenciar (ganhar autonomia) desta, e é essa autonomia que vai fazê-la alcançar seu grau de diferenciação em relação à sua família de origem.
  • DIFERENCIAÇÃO - MAIS AUTONOMIA - INDIVIDUALIDADE
  • INDIFERENCIAÇÃO - MAIS DEPENDÊNCIA - PROXIMIDADE
No CONTEXTO FAMILIAR encontra-se três sentimentos: 
  • de pertença
  • de diferenciação
  • de individuação
Quanto mais acolhido o indivíduo no contexto familiar, maior a liberdade para buscar sua individualidade, subjetividade, singularidade, que implica na busca de sua INDEPENDÊNCIA EMOCIONAL: capacidade de PENSAR, AGIR e SENTIR por si só.

Há  dois TIPOS DE DIFERENCIAÇÃO:

DIFERENCIAÇÃO INTRAPSÍQUICA
  • Capacidade de separa PENSAMENTO de SENTIMENTO.
  • Pessoas pouco diferenciadasdificilmente fazem essa diferença, pois não conseguem pensar com objetividade.
  • Pessoas muito diferenciadasfacilmente distinguem pensamento de sentimento, pois conseguem pensar objetivamente.
DIFERENCIAÇÃO INTERPESSOAL
  • Diz respeito às pessoas com as quais nos relacionamos.
  • Pessoas madurastendem a aumentar o nível de diferenciação interpessoal.
  • Pessoas imaturas, tendem a diminuir o nível de diferenciação interpessoal.

PESSOAS REBELDES/ REATIVIDADE

Bowen chama de REAÇÃO as respostas dadas de forma IMPULSIVA. O ideal é que se consiga RESPONDER SEM REAGIR, conseguindo conter a própria REATIVIDADE diante do outro.
  • Pessoas rebeldes são altamente reativas e o self é pobremente desenvolvido. Tem seus valores e crenças formados em oposição aos pais, e acabam desenvolvendo um PSEUDO-SELF.
PADRÕES REATIVOS, segundo Bowen:
  1. CONDESCENDENTE- evitar sempre conflitos, procura acertar tudo, pseudo Self. No 2º quadrante. 
  2. REBELDE - Sempre do contra, opositor, sempre contraria uma figura de referência. Padrão reativo, rebelde. Não sabe o que quer, mas só sabe que quer contrariar. No 2º quadrante.
  3. ATACANTE - diante de situação de ansiedade, acaba atacando. Alto padrão reativo. Baixa autoestima. Diminui o outro para se sustentar ou ignora o outro me achando melhor que ele. No 1º quadrante.
  4. DESERTOR - Quando acha que não vai dar conta de um briga acaba fugindo, muda de assunto, deserta porque acha que não dá conta. 2º quadrante.
PSEUDO-SELF ocorre quando a pessoa vive em função desagradar para atender às expectativas dos outros, e pode se formar pelo pensamento grupal, influenciável. Ou quando constroem seus valores e crenças em oposição aos pais, não importando se fazem sentido para o indivíduo.

EU-SÓLIDO é contrário ao PSEUDO-SELF, onde as crenças e valores são consistentes. O indivíduo resiste a pensamentos grupais e não tenta influenciar nem mudar ninguém.


O GRAU DE INDEPENDÊNCIA EMOCIONAL 

Varia entre duas pessoas, e envolve o HISTÓRICO GERACIONAL, daí a necessidade de analisar os seguintes aspectos:
  1. O grau que os pais alcançaram em relação às suas famílias de origem.
  2. A relação dos pais com os filhos.
Quando emaranhado  nessas relações, a autonomia e a individuação varia de pessoa e fica preso ao campo emocional familiar.

PROCESSO DE PROJEÇÃO FAMILIAR  
  • Caracteriza-se pela transmissão da IMATURIDADE ou BAIXO GRAU DE DIFERENCIAÇÃO dos pais para com os filhos.
  • filho que é objeto de projeção dos pais, fica mais unido a eles, positiva ou negativamente,  apresentando menor grau de diferenciação do self.
  • TRANSMISSÃO MULTIGERACIONAL identifica o problema da pessoa como produto do relacionamento dos pais dela. Daí a necessidade de se analisar o histórico geracional do indivíduo.
Independência emocional bem diferenciada, a emotividade e a subjetividade não são influências fortes entre os pais, e entre eles e os filhos.
  • Baixa emotividade e pressãopermite ao filho, crescer PENSANDO, SENTINDO e AGINDO por SI MESMO.
  • Alta emotividade e pressãonão permite ao filho, crescer PENSANDO, SENTINDO e AGINDO por SI MESMO.
CORTE OU ROMPIMENTO EMOCIONAL 
  • Os membros familiares são "obrigados" a seguir os passos da família de origem, como uma exigência intransponível. 
  • Aquele que sai dessa regra, ou aquele que permanece na casa dos pais, estão da mesma forma ligados emocionalmente a eles.
CERCA DE BORRACHA DE BOWEN
  • Serve para manter os membros da família juntos. Na medida em que o indivíduo vai se diferenciando, não há rompimento com a família, porque o sentimento de pertença àquela família de origem se fortalece, junto com a conquista da autonomia.
ESCALAS DE DIFERENCIAÇÃO DO SELF
  • Instrumento para avaliar o GRAU VARIADO DE INDEPENDÊNCIA EMOCIONAL  do indivíduo, em relação à sua família.
  • A independência emocional do indivíduo dependerá de quanto seus pais são independentes emocionalmente em relação à suas famílias.
O PROCESSO DE DIFERENCIAÇÃO DO SELF mede o nível de diferenciação funcional ou relacional que é influenciável pela ANSIEDADE. Essa ansiedade é apenas usentimento do sistema, e não uma patologia do indivíduo, como se entende a ansiedade. 
  • ANSIEDADE BAIXA - pessoas menos reativas; pessoas mais responsivasmaior diferenciação do self.
  • ANSIEDADE ALTA -  pessoas mais reativas; pessoas menos responsivasmenor diferenciação dos self.
O  nível de DIFERENCIAÇÃO INTRAPSÍQUICA de Bowen, se reporta à sua ESCALA, que vai desde o mais baixo grau de diferenciação até o mais alto grau de diferenciação, considerado por ele impossível de se atingir. Essa escala mostra o quanto se distancia e se aproxima o indivíduo, da diferenciação. 

QUADRANTES DA ESCALA DE BOWEN

1º QUADRANTE ( Nível de diferenciação de 0 à 25)
  • pessoas sentimentais, extremamente reativas, dificuldade de manter relações duradouras, faz pouco uso da razão, submissas, comportamentos controversos. 
  • Pouco maduras emocionalmente, alta ansiedade, indiferenciadas de seu sistema familiar. Alta emotividade, não pensa, age ou sente por si só; dependentes emocionalmente. Pseudo-self. Indiferenciação do self (proximidade)
2º QUADRANTE (Nível de diferenciação entre 25-50)
  • Self pobremente definido, com alguma mas não expressiva, capacidade para diferenciar-se. Personalidades mutáveis, carentes de opiniões e convicções próprias. Falso eu. Sofre influências externas. Pessoas adaptáveis, sentem necessidade de aceitação, sempre havendo uma necessidade de referência.
  • Imaturas emocionalmente, alta ansiedade ainda e reativa, indiferenciadas de seu sistema familiar, principalmente em relação a uma figura que ele segue como exemplo, embora já apresente alguma capacidade de diferenciação. Alta emotividade, dependência emocional. Pseudo-self. Indiferenciação do self (proximidade).
3º QUADRANTE  (Nível de diferenciação entre 50-75)
  • Possui opinião bem definida. Desenvolvem sintomas físicos, emocionais e sociais severos, porém, momentâneos, já que se recuperam rápido (Resilientes). Enfrenta os problemas com mais calma, pouca ansiedade, equilíbrio, evitando crises. Possui a falsa impressão que sabem distinguir, ordenar as emoções quando pressionados.
  • Quando a pessoa chega nesse quadrante, ela tem alta terapêutica.
  • Maduras emocionalmente, baixa ansiedade, responsiva, diferenciadas de seus sistema familiar,individualidade. Eu-sólido. Independência emocional.
4º QUADRANTE (Nível de diferenciação entre 75-95)
  • Pessoas bem diferenciadas. Segue seus princípios, seguras, capaz de ouvir os outros, avaliar seus pontos de vista, modificar suas crenças. São surpreendidos por respostas emocionais frente às pressões.
  • Bowen acha impossível chegar nesse quadrante. Que nem Jesus teria chegado. Esse quadrante existe como inspiração para se chegar a ele.
O trabalho terapêutico de família, trabalha o indivíduo para alcançar maior capacidade de pensar, sentir e agir por si só, autonomamente, deixando de estar suscetível ao desequilíbrio, frente às situações tensas.
  • Quanto maior a consciência de si, maior autonomia, maior diferenciação.
  • Quanto menor a consciência de si, menor autonomia, menos diferenciação.
Fontes: Autoridade e autonomia em tempos líquidos: A teoria sistêmica na contemporaneidade.Nina Guimarães, 2014. Editora Rachel Kopit. Google Imagens