Costa; Lanna, (2001), caracteriza as fobias específicas por medo acentuado, persistente e excessivo ou irracional de determinado objeto ou situação, geralmente são medos aprendidos.
Para a abordagem
cognitivo-comportamental as fobias simples são explicadas por:
·
condicionamento
clássico,
·
condicionamento
operante,
·
modelação,
·
cognições,
·
generalização,
·
predisposições
pessoais
·
filogenéticas e
ganhos secundários.
Tratamento:
·
dessensibilização sistemática,
·
exposição ao vivo,
·
reestruturação cognitiva,
·
modelação,
·
terapia implosiva ou
inundação,
·
hipnose,
·
relaxamento,
·
tarefas de casa
·
uso de medicamentos.
Fobias Específicas podem ser:
Transtorno de Ansiedade Generalizada
É um transtorno crônico
de ansiedade, incapacitante, que tem como características preocupações irreais
ou excessivas, constantes, e apresenta sintomas somáticos persistentes. O sexo
feminino é mais acometido. Prejudica o desempenho social, familiar e
profissional. Medidas terapêuticas eficazes são a farmacoterapia e psicoterapia
(reestruturação cognitiva, relaxamento e exposição, aplicados em conjunto)
(Schinohara; Nardi, 2001).
Transtorno
Obsessivo-compulsivo
O TOC, como é conhecido,
é classificado como transtorno de ansiedade e tem como característica as
obsessões (ideias intrusivas, recorrentes e persistentes) ou compulsões
(comportamentos repetitivos, sem propósito) excessivas ou irracionais, que
acarretam grande estresse, consomem considerável tempo e interferem na rotina
normal. São pessoas que dão muita atenção a detalhes, autodisciplinadas,
emocionalmente controladas, confiáveis, perseverantes, perfeccionistas e
rígidas. Procedimentos comportamentais integrados com intervenções
farmacológicas mostram-se eficazes no tratamento desse transtorno. (Rangé;
Asbahr; Moritz; Ito, 2001)
Transtorno de
Estresse Pós-traumático
O TEPT consiste na
exposição a uma experiência traumática (guerra, abuso sexual e/ou físico,
acidentes e desastres, entre outros) e como resultado a pessoa apresenta
revivência da experiência e intenso sofrimento. O objetivo principal do
tratamento é recuperar o senso de controle e estabilidade. Tratamento:
farmacológico e técnicas como: exposição prolongada, dessensibilização, apoio
social, relaxamento e reestruturação cognitiva (RANGÉ; MASCI, 2001).
Transtornos Afetivos
São principalmente as
síndromes depressivas e o transtorno bipolar. A depressão é caracterizada por
ideação suicida, delírios e alucinações e incapacitação social e ocupacional.
No transtorno bipolar a pessoa apresenta
períodos de depressão e de euforia intensa (mania). A terapia
cognitivo-comportamental ajuda o paciente a adquirir novo modo de pensar, a
ampliar sua consciência, de modo a interpretar a realidade de forma realista e
colabora para a reconstrução de seu sistema de crenças. As principais técnicas
usadas são: mapeamento da vida, folha de resumo dos sintomas, gráfico do humor,
afetivograma, solução de problemas,
treino de habilidades sociais, diário de
atividades, reestruturação do pensamento e modificação de crenças. Muito
importante também é a utilização de medicamentos (NETO et.al. 2001).
Caracterizado por grave
perturbação de o comportamento alimentar, trazendo prejuízos à pessoa. São
eles: anorexia nervosa (medo extremo de engordar, apresentando distúrbio da
imagem corporal), bulimia nervosa (episódios de ingestão incontrolável de
alimentos seguido de vômito autoinduzido, uso inadequeado de laxantes,
diuréticos ou moderadores de apetite jejum e exercícios excessivos), transtorno
da compulsão alimentar periódica – TCAP (episódios de comer compulsivo, sem os
comportamentos compensatórios da bulimia).
O tratamento exige equipe multiprofissional
(psicólogo, psiquiatra, nutricionista, endocrinologista, entre outros) e
interação medicamentosa. A principal técnica utilizada é a reestruturação cognitiva
(DUCHESNE.; APPOLINÁRIO, 2001).
A terapia
comportamental busca modificar as crenças permissivas e as crenças
intermediárias e centrais, por intermédio de técnicas como: identificação de
pensamentos automáticos, avaliação e questionamento dos pensamentos
automáticos, registro diário dos pensamentos automáticos disfuncionais e
identificação, avaliação e modificação das crenças (KNAPP.; LUZ JR.;
BALDISSEROTTO, 2001).
Tabagismo
Apesar de todo mal que
o cigarro faz à saúde, seu consumo continua aumentando. Fumar é um
comportamento reforçado por meio de estímulos externos e internos. Estratégias
úteis no tratamento são a retirada gradual e métodos aversivos e terapia de
reposição de nicotina (GIGLIOTTI et.al. 2001)
Transtorno
de Personalidade Limítrofe ou Borderline
Formas de abuso, como
sexual, físico e emocional, estão relacionados a esse transtorno, que se
caracteriza por instabilidade nos relacionamentos interpessoais, autoimagem e
afeto e muita impulsividade. Costumam infringir ferimentos a si mesmos, abusam
de substâncias, principalmente medicamentos e tem alto risco de suicídio. São
pacientes que costumam abandonar a terapia, principalmente devido a sua
instabilidade e medo de abandono. No tratamento são utilizadas técnicas da
terapia cognitiva padrão e medicamentos (VENTURA, 2001)
Adicção ao
jogo
Caracteriza-se pela
dificuldade em controlar o comportamento de jogar. As técnicas terapêuticas
empregadas envolvem terapia aversiva, técnicas cognitivas e tratamento
farmacológico (PRIETO, 2001).
Transtorno
do Déficit de Atenção com Hiperatividade e Impusividade
O TDAHI caracteriza-se
por dificuldade na regulação da atenção e/ou impulsividade e hiperatividade
frequente. O uso de medicamentos melhora significativamente os sintomas e as
técnicas cognitivo-comportamentais minimizam os sintomas (treino em resolução
de problemas, treino em habilidades sociais, reestruturação do sistema de
crenças, estratégias para estimulação da atenção e grupos) (DUCHESNE; MATTOS,
2001).
Disfunções
Sexuais
Principais transtornos
sexuais: disfunção erétil, ejaculação precoce, baixo desejo ou inibição do
desejo sexual, anejaculação e anorgasmia masculina, anorgasmia feminina,
vaginismo e dispareunia. Terapia associada de medicamentos e terapia sexual
apresenta melhores resultados (CARVALHO, 2001).
Transtorno
do Sono
A insônia e a apneia do
sono são os transtornos mais frequentes. O tratamento inclui a administração de
fármacos e intervenções cognitivas (reestruturação cognitiva e comprovação de
hipóteses (BUELA-CASAL.; SÁNCHEZ, 2001).
Paranóide
Interpretam as intenções
e ações dos outros como humilhantes ou ameaçadoras, mas não apresentam sintomas
psicóticos persistentes.
Esquizóide
Indiferença em relação
aos relacionamentos interpessoais, sem alterações no humor; buscam muito pouco
o contato com os outros e restringem manifestações de afeto. Não apresentam
sintomas psicóticos.
Esquizotípica
Evitam relacionamentos
interpessoais, mas apresentam sintomas psicóticos.
Antissocial
Comportamentos
irresponsáveis e socialmente ameaçadores; Geralmente são trazidos ao tratamento
por força externa, contra sua vontade e sem vontade de mudar; Tratamento de
Grande deságio, pois se limita a leves alterações de comportamento.
Histriônica
Apresentam excessiva emotividade,
labial e superficial e buscam ser o centro das atenções. Comportamento excessivamente
reativo, intenso e descontrolado e relacionamentos pouco gratificantes.
Apresenta complicações como abuso de substâncias, alcoolismo e risco de
suicídio.
Narcisista
Padrão distorcido de auto
preocupação em relação a si mesmo, autocentrado e indiferente aos sentimentos e
necessidades dos outros e não aceitam limites ou críticas. A crença central do narcisista
é de inferioridade, por isso a atitude compensatória de superioridade.
Dependente
Dependência excessiva
dos outros, necessidade extrema de ser cuidado, sentimento de desamparo e medo
de abandono. Comumente apresentam ansiedade e depressão.
Esquiva
Evitação global
comportamental, emocional e cognitiva. Apresentam muita ansiedade nos
relacionamentos pessoais por medo de rejeição. Podem desenvolver depressão, abuso
de substâncias, ansiedade e transtornos do sono.
Negativista
ou passivo-agressiva
Comportamentos
resistentes, não cumprem obrigações e frustram expectativas, negativistas,
oposicionistas, descontentes e hostis, humor irritável, resultando em prejuízo
social;
Terapeutas cognitivos utilizam os
princípios básicos da terapia cognitiva no tratamento dos transtornos de
personalidade como base do tratamento, mas modificam algumas características,
pois esses indivíduos utilizam estratégias disfuncionais para lidar com os
outros e o mundo, que são usadas de forma inflexível e inadequada, e são
pacientes incapazes de ter comportamentos apropriados e funcionais quando essas
estratégias não funcionam.
Nesse
caso, a terapia tem duração mais longa, principalmente porque o processo de
formar um relacionamento é mais gradual e difícil (SUDAK, 2008).
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