Transtorno de Depressão: Estudo Dirigido II e Estudo de Caso I

RESUMO/ ABSTRACT

Esse Estudo Dirigido aborda o Transtorno da depressão como uma doença psiquiátrica grave, que apresenta sintomas recorrentes de tristeza profunda, baixa autoestima e prostração, especialmente no que diz respeito ao espectro da depressão maior, descrevendo suas principais características e sintomas, destacando os possíveis gatilhos que podem desencadear eventos depressivos no indivíduo. Por fim, explica sobre as Políticas Nacionais de Saúde Mental, que presta serviço e assistência à população, por meio da saúde pública (SUS) através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

ESTUDO DIRIGIDO II
Descrever as características dos transtornos depressivos Conceituar principais sintomas da depressão maior. Definir os possíveis gatilhos para o desenvolvimento da depressão maior. Identificar os principais modelos de atenção em saúde para o transtorno
TRANSTORNO DE DEPRESSÃO
A DEPRESSÃO pode ser classificada de acordo com o grau de acometimento e número de sintomas apresentados. O transtorno de depressão maior é o mais comum.
CARACTERÍSTICAS DOS TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
·       Presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente, a capacidade de funcionamento do indivíduo. Se diferencia entre os diferentes tipos de depressão, no que diz respeito ao espectro: duração, intensidade, momento, persistente, descontrole comportamental.

PRINCIPAIS SINTOMAS DE TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

·       Se caracteriza por episódios distintos de pelo menos duas semanas de duração ou mais.
·        Envolve alterações nítidas no afeto, na cognição e em funções neurovegetativas, e remissões Inter episódicas.
·       O diagnóstico baseado em um único episódio é possível, embora o transtorno seja recorrente na maioria dos casos.
·       Atenção especial é dada à diferenciação da tristeza e do luto normais em relação a um episódio depressivo maior.
·       O luto pode induzir grande sofrimento, mas não costuma provocar um episódio de transtorno depressivo maior. Quando ocorrem em conjunto, os sintomas depressivos e o prejuízo funcional tendem a ser mais graves, e o prognóstico é pior comparado com o luto que não é acompanhado de transtorno depressivo maior. A depressão relacionada ao luto tende a ocorrer em pessoas com outras vulnerabilidades a transtornos depressivos, e a recuperação pode ser facilitada pelo tratamento com antidepressivos.
·       transtorno depressivo persistente (distimia), é uma forma mais crônica de depressão. Pode ser diagnosticada quando a perturbação do humor continua por pelo menos dois anos em adultos e um ano em crianças.
POSSÍVEIS GATILHOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA DEPRESSÃO MAIOR
·       Fatores genéticos. Estudos mostram que se um dos pais tiver depressão, a chance de um filho ter depressão é três vezes maior. Se ambos pais tiverem depressão, a chance de desenvolver depressão é 75%
·       Mulheres sofrem mais de depressão – devido a instabilidade hormona a que estão sujeitas, bem como, eventos estressantes.
·       Idosos têm maior incidência da depressão – têm mais doenças físicas, usam mais medicamentos, ficam isolados socialmente, medo da morte, etc;
·       Doenças crônicas – vivenciar dores constantes, debilitação, incapacidade física, medo de morrer, mudança de estilo de vida em função de doença crônica;
·       Traumas – sequestros, abuso sexual violência, etc.
·       Eventos estressantes – bom ou ruim pode causa depressão. Ex: pressão no trabalho, organizar um grande evento como casamento, problemas familiares, etc.
·       Medicamentos e seus efeitos colaterais – Inúmeros medicamentos levam a depressão, especialmente aqueles que emagrecimento.
·       Abuso de álcool e drogas lícitas e ilícitas – levam a uma sensação e euforia por conta da descarga de neurotransmissores como dopamina, serotonina e norodrenalina. Quando as drogas diminuem o organismo sofre queda brusca e a pessoa sente tristeza profunda.

PRINCIPAIS MODELOS DE ATENÇÃO EM SAÚDE PARA O TRANSTORNO DA DEPRESSÃO
A Política Nacional de Saúde Mental é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Saúde, que compreende as estratégias e diretrizes adotadas pelo país para organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em saúde mental. Abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo etc, e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras drogas.
O acolhimento dessas pessoas e seus familiares é uma estratégia de atenção fundamental para a identificação das necessidades assistenciais, alívio do sofrimento e planejamento de intervenções medicamentosas e terapêuticas, se e quando necessárias, conforme cada caso. Os indivíduos em situações de crise podem ser atendidos em qualquer serviço da Rede de Atenção Psicossocial, formada por várias unidades com finalidades distintas, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde.
Os principais atendimentos em saúde mental são realizados nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que existem no país, onde o usuário recebe atendimento próximo da família com assistência multiprofissional e cuidado terapêutico conforme o quadro de saúde de cada paciente. Os CAPS  são Unidades que prestam serviços de saúde de caráter aberto e comunitário, constituído por equipe multiprofissional que atua sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental
Há diferentes Modalidades dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)
·        CAPS I: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 15 mil habitantes.
·        CAPS II: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.
·        CAPS I: Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.
·        CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas faixas etárias, especializado em transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.
·        CAPS III: Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas faixas etárias; transtornos mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.
·        CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e observação; funcionamento 24h; todas faixas etárias; transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.

REFERÊNCIAS:
·       DSM-5
ESTUDO DE CASO 1
Construção de uma hipótese diagnóstica para o estudo de caso 01 que estará em anexo. Construa uma hipótese diagnóstica e especifique quais seriam suas condutas atuais: como você faria anamnese, primeiras sessões, encaminhamentos. Faça uma crítica sobre os dados apresentados no caso 01 ( se o caso traz informações principais ou faltam informações).

CONDUTAS ATUAIS:
ANAMNESE: Perguntaria se tem alguma doença crônica, se na família tem alguém com o mesmo problema, se passou por algum trauma ou evento de elevado estresse, se está tomando algum tipo de medicamento pra saber se pode ter depressão como efeitos colateral, se usa alguma droga lícita e ilícita, o tempo em que vem sentindo os sintomas, quais são os sintomas ou seja, o que o paciente vem sentindo, se já fez algum tratamento antes, etc.
Primeiras sessões: perguntaria sobre sua história de vida, história familiar. Relacionamentos interpessoais, etc.

RELATOS DO PACIENTE
·       Mãe depressiva
·       Gestação de gêmeos, com óbito do irmão.
·       Violência grave por parte da mãe: tratava com desigualdade em relação a irmã, sempre o culpava por tudo, que nada fazia certo. Batia violentamente, aos 2 anos até desmaiar, aos 4 anos  quase perdeu um olho, apanhou no banheiro pequeno, colocava seus rosto na cerâmica fria as 5 da manhã, ficava de castigo por 3 meses, tentava afoga-lo no balde, ria quando ele chorava.
·       Aos 10 anos sofreu abuso dos colegas da escola, era trancado no banheiro e obrigado a pegar no órgão genital dos colegas( sem penetração). Bullying (viadinho e pescoço de girafa)
·       Já pensou em suicídio, mas sem coragem não executa.
·       Nunca teve festa de aniversário.

MOTIVO DA BUSCA DO ATENDIMENTO
·       Está insatisfeito com a vida que no momento, não sabe como resolver os problemas.
·       Os sintomas de desanimo e a falta de vontade de fazer as atividades rotineiras aumentaram nos últimos meses. 
·       Ideação suicida.
·       Não consegue manter nenhum relacionamento.


HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
·       Observando a sua história de vida com experiências, de violência física e verbal, vivências estressantes, associado a fatores genéticos (mãe era uma pessoa depressiva), com baixa-estima, sensação de incapaz, autodesvalorização, momentos de tristeza e raiva, ansiedade e angústia, falta de vontade de fazer atividades cotidianas, desanimado, ideação suicida, são causas evidentes de depressão.
ENCAMINHAMENTOS
·       Encaminharia inicialmente a consulta com psiquiatra para avaliação sobre a necessidade de tomar remédio que o ajude mantê-lo funcional individualmente e socialmente.
·       Psicoterapia constante para aprender a olhar seus problemas por outro ângulo, e pensar novas possibilidades de resolver seus problemas com o auxílio profissional, mantendo-o funcional em suas atividades diárias.

CRÍTICA SOBRE OS DADOS APRESENTADOS NO CASO 01 ( SE O CASO TRAZ INFORMAÇÕES PRINCIPAIS OU FALTAM INFORMAÇÕES).
·       Embora tenha falado com maior profundidade de sua história de vida, seu passado, não há relato de detalhes sobre sua vida atual, fala que vive com a avó, tio, tias, mas não conta como são esses relacionamentos, não diz se já trabalhou em algum lugar e o porque de ter saído, como era essa relação.(...,enfim, precisa de uma vida inteira de terapia essa pessoa, rsrs)

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