Psicoterapia Breve

 De acordo com Braier (2000) a Psicoterapia Breve...

  •  surgiu principalmente da necessidade da crescente demanda das pessoas que precisavam de atendimento e da quantidade insuficiente de terapeutas, especialmente em hospitais e centros de saúde. 
  • Muitos dos que procuravam ajuda terapêutica eram pessoas de poucos recursos econômicos, e, portanto, que não tinham condições financeiras para arcar com despesas numa terapia em longo prazo. 
  • caracteriza-se por ter objetivos limitados, é bastante interpretativa ou de insight
  •  é empregada em pessoas com capacidade egoica suficiente para serem tratadas por ela.

Contextualizando a Psicoterapia Breve em sua evolução histórica...

  • os primeiros trabalhos referentes a essa terapia se deram logo no início dos estudos de Freud, por ele mesmo: 
    • “...na etapa pré-analítica e no começo da analítica eram, de certo modo, terapias breves, pois duravam só alguns meses” (BRAIER, 2000, p. 09). 
  • Freud estava empenhado em encontrar curas rápidas para a solução de alguns conflitos e sintomas. Mas, gradualmente, o tratamento foi se tornando mais prolongado. 
  • Ao mesmo tempo, outros autores (como S. Ferenczi, O. Rank, e posteriormente T. French e F. Alexander) desenvolvem estudos referentes à Psicoterapia Breve.

 Segundo Braier (2000), a partir da década de 80...

  • surgiu a necessidade de recorrer a psicoterapias. 
  • Devido a dificuldades financeiras e de tempo, as pessoas sentiam necessidade de uma psicoterapia menos custosa que a análise, tanto em dinheiro quanto em tempo.

Segundo Braier (2000) Freud, numa conferência em Budapeste, em 1918...

  • adiantou-se a fatos que posteriormente resultariam nas chamadas psicoterapias breves. 
  • Freud falou da importância de desenvolver tratamentos breves para que um número maior de pessoas se beneficiasse da assistência psicológica, especialmente que fossem criados estabelecimentos estatais, para que o serviço psicológico fosse gratuito. 
  • Nessa perspectiva, Freud aponta a necessidade de modificar a técnica a ser utilizada nas psicoterapias breves.

 

Conceito

A psicoterapia breve, segundo Knobel (2002)...

  • é uma espécie de Psicanálise condensada, cujo tempo e objetivos são limitados. 
  • Trata-se de uma psicoterapia com objetivos mais modestos.
  • Os termos “Psicoterapia breve” e “Psicoterapia focal” são usados como sinônimos por Knobel (1986), que conclui: “o máximo no mínimo de tempo”. D. Malan, considerado o pai da “Psicoterapia Focal”, também concorda que são sinônimos.

Nas palavras de Knobel (1986, p. 13):

  • "A Psicoterapia breve se apoia para ajudar o indivíduo humano a ter uma real visão de suas dificuldades, uma verdadeira apreciação de seus problemas e um ponto de referência para correções positivas de uma conduta que resulta de um funcionamento psicológico perturbado."

    Alguns autores são referências em Psicoterapia Breve, sendo eles: M. Knobel, H. Fiorini, D. Malan, M. Balint, E. Braier.

Braier (2000) prefere usar o termo “Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica”. 

  • Primeiro porque, a denominação “Psicoterapia Breve” implica em dizer que a terapia é breve.
  • E este autor aponta que ela é breve apenas do ponto de vista do terapeuta e quando comparada ao tratamento psicanalítico. 
  • Braier fundamenta-se no referencial psicanalítico.

 O foco...


  • Além do fator tempo, o foco é um dos elementos que melhor caracterizam as terapias breves. 
  • O foco, que se refere basicamente à queixa trazida pelo paciente, diz respeito ao objetivo, que acaba sendo o centro do tratamento e não pode ser perdido de vista.


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