Modelos para explicar o processo de saúde-doença

MODELOS DE EXPLICAÇÃO UNICAUSAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA

TEORIA DOS MIASMAS

  • Modelo que durou até o século XVII. 
  • Formulada por Thomas Sydenham e Giovanni maria Lancisi durante o século XVII.
  • As doenças eram causadas por emanações do solo ou do ar supostamente nocivos, como chorume do lixo e sujeiras que proventura vinham produzir a doença no corpo sadio.
  • O paradigma sócio-ambiental predominavam como forma de explicação para a origem das doenças.
A ERA BACTERIOLÓGICA
  • Surge a partir das últmias décadas do séc. XIX, atravpes dee pesquisas sobre a etiologia das doenças infeccionsas, onde Pasteur atribui que doenças são causadas  exclusivamente por bactérias;
  • O desenvolvimento das investigações no campo das doenças infecciosas e da microbiologia resultou no aparecimento de novas e mais eficazes medidas de controle: (Vacinação)
  • Uso do microscópio: diferentes cientistas vão contribuindo para o estabelecimento de uma importante ruptura epidemiológica;
  • Jacob Henle (1841): formulou uma teoria e elaborou postulados de prova a serem respeitados para demonstrar.
Os pressupostam explicam que é necessário haver...
  • presença constante de parasito;
  • Isolamento em meios externos;
  • Reprodução da doença a partir do parasito isolado.
Porém, só a partir de 1876 que a comprovação científica de uma situação desse tipo foi aceita quando Robert Koch, demonstrou durante 3 dias a transmissão de uma doença por um bacilo, usando camundongos como animais experimentais.

A causa específica da doença, ou seja, o agente microbiano responsável pelo quadro patogênico, poderia ser determinada mediante o rigor de procedimentos laboratoriais.

A bacteriologia se desenvolveu intensamente ( França e Alemanha) e direcionou o Movimento Sanitarista.

AÇÕES
  • O controle das condições das fontes da água e das comidas, a pasteurização do leite, estruturação de medidas de isolamento baseadas nos períodos de incubação e modos de transmissão dos agentes causais;
  • Várias vacinas e soros munes foram produzidos; febre tifóide, tuberculoso, febre amarela, tétano, dentre outras.
O Modelo Unicausal...
  • INDIVÍDUO INFECTADO  -  MICRÓBIO  -  INDIVÍDUO SUSCETÍVEL
  • INDIVÍDUO INFECTADO  -   AGENTE - VETOR - AGENTE - INDIVÍDUO SUSCETÍVEL
Exemplo de vetores: mosquitos, moscas, etc. São os transmissores do agente etiológico.
  • Esse modelo conferia o estatuto de cientificidades que  se julgava faltar às explicações sociais. 
  • A unicausalidade baseada na existência de apenas uma causa  (agente) para um agravo ou doença;
  • Essa concepção permitiu o sucesso na prevenção de diversas doenças, porém, termina por reduzir à explicação à ação única de um agente específico;
  • Contagionistas ( causa verdadeira e específica X Abti-contagionistas ( a predisposição do corpo e ambiente).

Caminhos para explicar o processo de saúde-doença...
  • conhecimento místico
  • Teoria Miasmática
  • Era bacteriológica
MODELO DE EXPLICAÇÃO MULTICAUSAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
  • O vigor das explicações unicausais começa a enfraquecer após a Segunda Guerra - Transição epidemiológica.
  • A debilidade do modelo unicausal na explicação de doenças associadas a múltiplos fatores de risco favoreceu o desenvolvimento dos modelos multicausais.
  • Modelo: Síntese de múltiplas determinações.
Modelo Multicausal: tríade ecológica
  • Ambiente (idade, seco, raça, hábitos, costumes, etc)
  • Agente ( Idade, sexo, raça, hábitos, costumes, etc)
  • Hospedeiro ( Idade, sexo, raça, hábitos, costumes, etc)
A interação desses três pontos interagindo são resonsáveis pelas transmissões.
esse modelo considera a interação, o relacionamento e o condicionamento desses três elementos,
A doença seria resultante de um desequilíbrio nas autorregulações existentes no sistema.

Vantagens...

O exame de diferentes fatores e a utilização da estatística nos métodos de investigação e desenhos metodológicos: prevenção de doenças.
A possibilidade de proposição de barreiras à evolução da doença mesmo antes de sua manifestação clínica.

A revolução snaitária do século XIX
  • Conjunto de intervenções sistemáticas sobre o ambiente físico para torná-lo mais seguro, apoiando-se em abordagens tecnológicas.
  • Já haviam sido lançadas as bases da epidemiologia voltada para a observação e o registro da ocorrência das doenças nas populações quando a teoria contagionista superou a atmoférico-miasmatica.
  • A constituição da Epidemiologia: um conjunto de saberes e práticas voltaods para  dimensão coletiva do fenômeno saúde-doença, como resultado do agravamento das condições de vida das populações dos conglomerados urbanos.
Os paradigmas sócio-ambientais
  • Ideia de que o meio amboiente tem elementos para o bem estar e a qualidade de vida das pessoas.
  • Predominavam como forma de explicação para a origem das doenças.
  • Estudos sobre as causas sociais da diminuição absoluta da população inglesa e de John Snow sobre o caráter transmissível da cólera instituíram as bases mtodológicas da Epidemiologia.
  • Esboçavam-se as primeiras evidências da determinação social do processo saúde-doença e os primeiros modelos estatais de interferência na saúde das coletividades, a saúde pública inglesa e a medicina social francesa.
A Reforma Sanitária
  • Movimento políticao da década de 70 que vai impulsionar o sistema único de saúde no Brasil (SUS)
  • Assim como a saúde pública, seu projeto técnico de ação, no in[icio pouco contaram com a adesão dos médicos.
  • Só gradativamente, a medicina abraçou a causa da sáude pública, pondo a seu serviço um instrumental técnico em contínua expansãi, especialmente após a era bacteriológica.
  • No projeto de sáude pública de então, evidenciava-se, tal como ainda ocorre, a ação supletiva do Estado, de forma sempre limitada e complementar à iniciativa privada.
A Medicina Social
  • Surgiu na Europa, na Inglaterra , França, Alemanha.
  • Contemporânea do mocimento sanitário inglês, a , por sua vez, originou-se na França, disseminando-se posteriormente pela Alemanha.
  • Fundada no reconhecumento empírico das relações entre a doença e as condições sociais, desenvolveu-se mais lentamente que a saúde pública, vindo a institucionalizar-se tardiamente nos "Estados de bem-esar social" da atualidade.
  • A característica mais geral desta transformação é o fato de a medicina se tornar social (...) O objeto da medicina começa a se deslocar, portanto, da doença para a saúde.
II Guerra Mundial
  • Foi somente após esse período, quando já se havia conseguido um controle relativo das principais doneças transmissíveis, que a abordagem social dos fenômenos de saúde-doença foi reencorporada.
  • frente à constatação de que um contingente expressivo de indivíduos de grupos sociais desfavorecidos permanecia à margem desses avanços.
  • Os interesses voltaram-se gradativamente para as enfermidades crônicas e para as não-infecciosas, frente às mudanças demográficas e ao envelhecimento da população.






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