História dos Testes Psicológicos

Objetivos do livro:

• A autora parte da premissa de que um teste psicológico é um rótulo genérico, inapropriado para abrigar em seu teto dois conjuntos de técnicas de exame psicológico que têm fundamentos históricos, epistemológicos e metodológicos distintos: os de base clínica e os de base psicométrica.
• Tem como função essencial na formação do psicólogo e deveria ser contemplada em todos os currículos de graduação

Abordagem de desenvolvimento da Psicometria nos EUA 

• apresentou profundo impacto no uso dos testes psicológicos, na profissão de psicólogo e no papel da Psicologia.
• Galton (Inglês) dialoga com a abordagem de Binet (francês) foram fundamentais na  estruturação da Psicologia como campo científico e na prática profissional nos primeiros anos do século XX, bem como no desenvolvimento teórico posterior.  
• Galton contribuiu para o estudo e a invenção de métodos que possibilitaram a abordagem psicológica científica do estudo da mente.
• Binet criou um instrumento para o diagnóstico de crianças, aceitou ser apresentado como um psicólogo da Psicologia experimental, quando teve um trabalho relevante, que muito se aproxima de um pesquisador da personalidade, pairando na área dos métodos projetivos.  "a escala de Binet criada como uma forma de ‘medir a inteligência' de modo mais rápido e objetivo vai se tornar um instrumento ideal para os psicólogos colocarem o teste a serviço do interesse social"

Quanto à validade e fidedignidade dos Testes psicológicos:

•  são provas, que, para serem avaliadas, contam com método próprio, com menor rigor estatístico sim, mas de melhor qualidade e mais adequados ao uso clínico.

• Quanto à crítica do menor rigor estatístico, podemos considerar que dois psicólogos experimentados deverão avaliar a mesma prova e chegar ao mesmo resultado, ainda que utilizando recursos diferentes

EUA e os Testes em larga escala:

• Mecanismo de investigação da personalidade.
• Utiliza aplicações coletivas, análise quantitativa, na qual o desempenho do indivíduo é comparado com o de uma determinada população, num padrão previamente definido.
• O desenvolvimento de inventários de personalidade, escalas e testes se incorporam à avaliação que deve ser feita em escolas, hospitais, no exército, nas empresas para contratar e avaliar funcionários de diferentes níveis e, principalmente, em tribunais e presídios.

 "Na avaliação da autora, os testes psicológicos desempenharam "várias funções importantes para o estabelecimento e a promoção do conhecimento psicológico e para a consolidação da identidade profissional dos psicólogos""

Influência da corrente americana no Brasil:

• 1920 - profissionais de áreas como a Medicina, a Pedagogia, o Direito e as organizações, buscavam na Psicologia fundamentação para as suas práticas. 
• Os testes psicológicos eram muito usados nos vários setores da vida e da economia brasileiros, mas que a Psicologia clínica, propriamente dita, não se constituía em modalidade de atuação no período inicial. 

"As técnicas psicométricas, embasadas na estatística primam pela quantificação, criaram um constructo, o QI, e o consolidaram, “mas ignoraram o principal”, a abordagem humanística e holística do seu criador, Binet."

Há duas Abordagens distintas:

• Psicométrica -  levou à criação de instrumentos de aplicação em massa, com o uso de estatísticas e que consolidou a profissão de psicólogos como agentes de engenharia social alinhados a ideais eugenistas, chegando a servir à exclusão social.
• Originária de uma tradição clínica- partiu da necessidade prática de identificar crianças que precisavam de assistência para acompanhar o currículo escolar, uma abordagem que era voltada para o diagnóstico, utilizando instrumentos, que tinham como objetivo contribuir para o encaminhamento e a intervenção e o acompanhamento de cada caso a partir da investigação dos processos mentais superiores.

Importância da qualidade da formação do profissional de Psicologia:

• Qualidade técnica
• Características de sensibilidade e intuição, da escuta clínica que o profissional poderá realizar. 

REFERÊNCIAS

Silva, M. C. V, M. (2011). História dos testes psicológicos. São Paulo: Vetor, 152p.

Resenhado por Maria Luísa Louro de Castro Valente

Comentário da resenha: Lucas Matias Felix