A Depressão...
que ele varia ao longo de um contínuo, cujos extremos podem significar variados quadros clínicos depressivos, tratando-se de um traço relativamente estável, sendo considerado uma dimensão normal da personalidade.
resultados que variam na cronicidade, estabilidade e frequência com que certas características são exibidas
História de Depressão...
- O termo “depressão” surgiu no século 18, no contexto psiquiátrico europeu
- significado é pressionar para baixo
- o termo era associado à melancolia
- século 19, o termo depressão suplantou o termo melancolia (Teixeira & Hashimotto, 2005).
- O Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais – DSM-IV (APA, 1994) classifica as formas da depressão levando em conta a duração da patologia e sintoma.
Os transtornos depressivos incluem:
- o transtorno depressivo maior,
- o transtorno distímico
- o transtorno depressivo sem outra especificação, com critérios diagnósticos específicos baseados no DSM-IV, derivados do modelo categórico.
Instrumentos de autorrelato aprovados pelo CFP e SATEPSI;
- as versões I e II do Inventário de Depressão de Beck
- Escala Baptista de Depressão (versão adulto) – EBADEP-A.
- Para a avaliação do traço depressivo, a EFN (Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/Neuroticismo) possui fator que avalia depressão enquanto traço de personalidade, assim como a Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) e o Inventário de Personalidade NEO-PI Revisado (NEO-PI-R).
- o House-Tree-Person (HTP),
- o Palográfico,
- o Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister,
- o Rorscharch
- o Zulliger, todos incluindo indicadores de depressão.
Assim, do total de 127 testes aprovados pelo CFP, 11 deles (8%) se destinam à avaliação desse construto.
Os instrumentos - Vantagens e desvantagens
Inventário de Depressão de Beck Versão I e II (BDI-I e BDI-II)
- Avalia sintomas de depressão, sendo amplamente utilizado na investigação da intensidade dos sintomas depressivos, tanto em clínica como em pesquisas (Souza, 2010).
- Os itens da escala se referem a insatisfação, punição, tristeza, sentimento de fracasso, pessimismo, autoaversão, retraimento social, indecisão, ideias suicidas, mudança na autoimagem,
- choro, insônia, dificuldade de trabalhar, perda de apetite e peso, perda de libido, fatigabilidade e preocupações somáticas.
- A pontuação da escala é em formato Likert de 4 pontos (0, 1, 2 e 3), podendo ter pontuações de 0 a 63, nos 21 itens (Cunha, 2001).
- permite ao avaliador identificar se há tendência à depressão, servindo para a construção de um diagnóstico (Rangé, 2001).
- pode ser usada com pessoas entre 17 e 80 anos, sendo útil para avaliar a intensidade da depressão, podendo ser aplicada de forma individual ou coletiva, sem limite de tempo para sua aplicação.
- O BDI-I permite a diferenciação de pacientes sem queixas específicas, com queixas físicas ou com queixas psiquiátricas de depressão
Beck, Steer, e Brown (2010) publicaram o BDI-II
Escala Baptista de Depressão Versão Adulto (EBADEP-A)
- objetivo de absorver o maior número possível de informações sobre a sintomatologia da depressão, com base no manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-IV, APA, 1994),
- na classificação internacional de doenças (CID-10; OMS, 1997), na teoria cognitiva de Beck e na teoria comportamental de Fester. Essa escala possui 45 questões, cada uma composta por uma frase positiva e negativa.
- Tem como opção de resposta uma escala do tipo Likert de 4 pontos (0, 1, 2 e 3). Nessa escala, o sujeito deve responder como se sente diante das situações propostas.
- A pontuação mínima a ser atingida é 0; a máxima, 135
- ser atingida é 0; a máxima, 135.
- humor deprimido,
- perda ou diminuição de prazer,
- choro, desesperança, desamparo,
- indecisão, sentimento de incapacidade,
- sentimentos de inadequação, carência/dependência, negativismo,
- esquiva de situações sociais, queda de produtividade, inutilidade,
- autocrítica exacerbada, culpa, diminuição de concentração,
- pensamento de morte, autoestima rebaixada,
- falta de perspectiva sobre o presente, falta de perspectiva sobre
- o futuro (incorporado à desesperança), hipocondria,
- alteração de apetite, alteração de peso, insônia/hipersonia,
- lentidão/agitação psicomotora, perda de libido, fadiga/
- perda de energia e irritação
Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/ Neuroticismo (EFN), Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) e Inventário NEO-PI de Personalidade Revisado (NEO-PI-R)
- São três instrumentos agrupados, já que todos têm a mesma base, qual seja, o modelo dos cinco grandes fatores de personalidade (CGF).
Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/ Neuroticismo (EFN)
- desenvolvida por Hutz e Nunes (2001).
- mede o desajustamento emocional com base no pressuposto dos CGF
- O modelo CGF compreende a personalidade humana em cinco fatores: neuroticismo, agradabilidade/socialização, abertura para experiência, extroversão e conscienciosidade/realização
- Esses fatores se subdividem para medir construtos específicos
- fator neuroticismo: possui quatro facetas que avaliam:
- a predisposição para a depressão,
- vulnerabilidade,
- ansiedade
- e desajustamento psicossocial (Hutz & Nunes, 2001; Nunes, 2000)
- avalia características de ajustamento e instabilidade emocional
- Destina-se a adolescentes a partir dos 16 anos até a idade adulta.
- É autoadministrável, possui 82 itens dispostos em uma escala do tipo Likert de 7 pontos (de 1 a 7)
Bateria Fatorial de Personalidade (BFP)
Inventário NEO-PI de Personalidade Revisado (NEO-PI-R)
- (Costa & Mccrae, 2007)
- também se baseia no modelo CGF para a avaliação da personalidade.
- Trata-se de um instrumento amplamente utilizado internacionalmente em pesquisas, com utilidade demonstrada em diferentes culturas (Costa & Mccrae, 1992; Mccrae, 2002).
- O teste possui 240 questões, respondidas em escala do tipo Likert com cinco opções de resposta (de 1 a 5), indicando o nível de concordância com as descrições das frases.
- Esse teste de autorrelato é destinado ao público adulto de modo amplo.
- O fenômeno da depressão é estudado como uma faceta do fator Neuroticismo, com 12 itens destinados a sua avaliação.
- No manual do instrumento, há diversos estudos psicométricos verificando as propriedades psicométricas das dimensões e facetas, incluindo estudos de busca de evidências de validade com base na estrutura interna e com base nas relações com critérios externos, além dos estudos de fidedignidade e normatização.
Artigo: Avaliação psicológica da depressão: levantamento de testes expressivos e autorrelato no Brasil Paula Ely Universidade do Planalto Catarinense, Lages-SC, Brasil Maiana Farias Oliveira Nunes1 Faculdade Avantis, Balneário Camboriú-SC, Brasil Lucas de Francisco Carvalho Universidade São Francisco, Itatiba-SP, Brasil
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