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sábado, 25 de agosto de 2018

A VERDADE sob a ótica de Friedriche Nietzsche

Friedritche Nietzsche, em seu livro para além  do bem e do mal,fala "Sobre os preconceitos dos filósofos " à partir do valor da "verdade".

Ele enseja o "desejo da verdade" como algo tentador e arriscado, pois este demanda muitas perguntas como ele mesmo diz, ruins, surpreendentes e questionáveis.

Nietz levanta os seguintes questionamentos sobre a  origem  da verdade:

- Quem de fato nos faz perguntas?
- O que em nós  deseja  efetivamente "a verdade"?

A partir daí surge uma questão  ainda mais fundamental que intenta saber se REALMENTE QUEREMOS A VERDADE.

Admite-se então  a possibilidade do DESEJO PELA INVERDADE, ou pela INCERTEZA, ou ainda pela IGNORÂNCIA .

Em virtude dessa nova possibilidade surgem novos questionamentos a respeito da suposta VERDADE:

- Se o problema da verdade se deparou diante de nós  ou se fomos nós  que nos deparamos frente a verdade? Uma nova forma de olhar para o problema da verdade.

Niet faz questionamentos ao surgimento de algo a partir de seu oposto:

- a verdade do engano?
- o desejo da verdade a partir do desejo do engano?
- ação  altruísta a partir do egoísmo?

"Tal formação é impossível, e quem a supõe  é no mínimo um tolo." 

Para Nietz as coisas de valor mais elevado deve ter sua própria origem, e não derivar de algo inferior, constituído de um mundo transitório, tentador e enganador, um tumulto de demência e cobiça, para ele.

Então, Nietz inverte a base de seu raciocínio e diz que "deve haver no seio da existência, no imperecível, no Deus oculto, na "coisa em si" e em "nenhuma outra parte."

A partir daí é que os METAFÍSICOS, que investigam a realidade que transcendem as ciências  sensíveis, para fornecer fundamentos a respeito da natureza e das características primaciais do ser, fazem esse tipo de AVALIAÇÃO DE VALOR, através de seus procedimentos lógicos, à partir de sua "CRENÇA", constrói o seu " SABER" o qual chamam de "VERDADE".

"A crença fundamental dos METAFÍSICOS  é a CRENÇA  NOS CONTRASTES."

" de omnibus dubitandum"
OS HOMENS DEVEM DUVIDAR"

Nietz a partir do pensamento dos metafísicos se questiona sobre a aplicação  daquilo que estes acreditavam sobre suas próprias verdades e atribui a contrapartida aos valores por eles estabelecidas entre o verdadeiro, verossímil(não contraria a verdade) e altruísta(comportamentos dos homens em que suas ações beneficiam o outro).

Dentro desses valores considerados superiores dos metafísicos, Nietz toma a vida fundamentada na aparência, no desejo de engano, no interesse próprio e na cobiça como possibilidade de nesses VALORES SUPERIORES QUE OS METAFÍSICOS PREGAM,  haver uma ARDILOSA APARÊNCIA, que talvez o homem se utilize para conseguir o que pretende.

- E nesse contexto eu chamo aqui a atenção às tão  conhecidas máscaras  das quais o homem se utiliza para mostrar ou representar o que deseja à partir de sua própria convicção e conveniência.

A partir da observação dos filósofos por Nietz, ele conclui que:

"Convém situar a maior parte do pensamento consciente entre as atividades instintivas, até no caso do pensamento filosófico " e propõe um novo aprendizado em relação  ao HEREDITÁRIO  e o INATO.

Ele parte da ideia de que atrás de toda aparente autonomia dos filósofos e de toda a sua logica há uma TABELA DE VALORES que norteiam a manutenção de um determinado tipo de vida a partir de exigências fisiológicas. 

Por exemplo: Que O CERTO tem mais valor que O INCERTO, APARÊNCIA  tem menos valor que a "VERDADE".

O que faz Nietz supor não ser exatamente o homem, "a medida das coisas".  Diante dessa conclusão,  passa afirmar que:

"os julgamentos mais falsos, 
são os julgamentos mais indispensáveis."

Admitindo essa afirmativa não se poderia viver sem aceitar:

  • as ficções da lógica
  • sem comparar a realidade com o mundo puramente inventado do incondicional
  • do igualar a si mesmo
  • sem a contínua falsificação do mundo por meio do número.
Com isso, renunciar aos julgamentos falsos, seria renunciar a vida, uma negação da própria vida, segundo Nietzsche

Afirmar a inverdade como uma condição de vida...significa opor perigosa resistência aos habituais sentimentos de valores, e uma filosofia com tal ousadia, só por isso, se coloca ALÉM DO BEM E DO MAL.







terça-feira, 21 de agosto de 2018

René Descartes (1596-1659), um dos filósofos que mais contribuiu para o avanço da ciência.



postula a separação entre mente (alma, espírito) e corpo 
PORÉM ADMITE A SUA INTERAÇÃO

•   Afirmou que  o homem possugrejai uma substância material e uma substância pensante, e que o corpo, desprovido do espírito, é apenas uma máquina.
•   Esse dualismo mente - corpo torna possível o estudo do corpo humano morto, o que era impensável nos séculos anteriores (o corpo era considerado sagrado pela igreja, por ser a sede da alma), e dessa forma possibilita o avanço da anatomia e da fisiologia, que iria contribuir em muito para o progresso da própria psicologia.


A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA

•  No século 19, destaca-se o papel da ciência, e seu avanço tornase necessário.
  O crescimento do capitalismo - o processo de industrialização, para o qual a ciência deveria dar respostas e soluções práticas no campo da técnica, impulsionando o desenvolvimento da ciência.
•  O sol tornou-se o centro do universo, que passou a ser visto sem hierarquizações. O homem, por sua vez, deixou de ser o centro do universo (antropocentrismo), passando a ser concebido como um ser livre, capaz de construir seu futuro. 


•  O conhecimento tornou-se independente da fé. Os dogmas da Igreja foram questionados. O mundo se moveu.

A racionalidade do homem apareceu, então, como a grande possibilidade de construção do conhecimento.

Era preciso questionar a Natureza como algo dado para viabilizar a sua exploração em busca de matérias-primas.

Estavam dadas as condições materiais para o desenvolvimento da ciência moderna.

As ideias dominantes fermentaram a 
construção  da Psicologia Científica.

•  O conhecimento como fruto da razão;
A possibilidade de desvendar a natureza e suas leis pela observação rigorosa e objetiva.
•  A busca de um método rigoroso, que possibilitasse a observação para a descoberta dessas leis, apontava a necessidade de os homens construírem novas formas de produzir conhecimento — que não era mais estabelecido pelos dogmas religiosos e/ou pela autoridade eclesial. 
Sentiu-se necessidade da ciência.
SURGEM HOMENS COMO:

• Hegel, que demonstra a importância da história para a compreensão do homem.
• Darwin, que enterra o antropocentrismo com sua tese evolucionista. 

A ciência avança tanto, que se torna 
um referencial para a visão de mundo.

•   A noção de verdade passa, necessariamente, a contar com o aval da ciência.
•    Surge o positivismo de Augusto Comte, que postulava a necessidade de maior rigor científico na construção dos conhecimentos nas ciências humanas.  Propunha o método da ciência natural, a física, como modelo de construção de conhecimento.