Linguagem Científica
·
Objetivo da ciência na observação da ocorrência –
predizer e controlar os eventos da natureza, já que um fato só adquire
importância e significado se é comunicado a outros através de uma linguagem que
obedece a certas características.
·
Difere da linguagem coloquial, pois está voltada
para a constatação de fatos, já a linguagem coloquial se exime dessa responsabilidade,
para apenas contar algo sem precisar constatá-lo.
·
Não se utiliza da Linguagem figurada.
·
Não recorre a interpretações nem a impressões
subjetivas.
·
Se caracteriza pela sua objetividade.
o
A linguagem objetiva busca eliminar todas as
impressões pessoais e subjetivas que o observador possa ter, ou interpretações
que ele possa dar acerca dos fatos.
·
Despreza da análise, impressões subjetivas do autor
ou eventos não observados.
·
Despreza expressões que permitem várias
interpretações a respeito do tempo real, como: longa, depressa.
·
Considera de grande relevância a ordem em que
ocorrem os acontecimentos.
·
Despreza toda palavra que designe o estado do
sujeito perante a situação, se atendo a descrição apenas dos comportamentos
observados.
·
Utiliza uma linguagem clara e precisa, ou seja:
o
Obedece a critérios de estrutura gramatical do idioma.
o
Usa termos sem ambiguidade, de significado
único.
o
Fornece referências quantitativas, empíricas.
·
Para se obter os requisitos de clareza e precisão
da linguagem devem evitar:
o
TERMOS AMPLOS – cujo significado inclui uma
série de ações. Ex: brincar. De que?
o
TERMOS INDEFINIDOS OU VAGOS – termos que não
identificam o objeto ao qual a ação é dirigida. Fornecer referenciais físicos
do objeto. Ex: Bola. Que tamanho? De que?
o
TERMOS OU EXPRESSÕES AMBÍGUAS – quando um termo
pode se referir tanto ao sujeito quanto ao complemento da frase. Ex: encosta na
parede. Quem? O que?
Para um trabalho de registrar o comportamento e os aspectos
do ambiente com objetividade, clareza e precisão, o observador deve utilizar:
· Verbos que identifique a ação do sujeito.
· Termos que identifiquem os objetos ou pessoas presentes na situação e suas características.
· Referenciais físicos, ou seja, partes do corpo do sujeito, objetos e pessoas presentes no ambiente.
· Termos que identifiquem os objetos ou pessoas presentes na situação e suas características.
· Referenciais físicos, ou seja, partes do corpo do sujeito, objetos e pessoas presentes no ambiente.
“Psicólogos e cientistas
do comportamento são pessoas comuns que usam linguagem coloquial no seu dia-a-dia.
Mas na sua atividade profissional, quando estão interessados em descrever,
explicar e alterar o comportamento devem usar uma linguagem científica.” (DANNA.P.35)
Principais erros contra a
objetividade, que devem ser evitados
pelo observador num relato:
·
Utilizar termos que designem estados subjetivos.
o
Ex: cansado, triste, alegre, nervoso. Ao invés
de interpretar as intenções do sujeito, observados deve descrever as ações
observadas.
·
Atribuir intenções ao sujeito
o
Eliminar o que você pensa que a pessoa estaria
fazendo ou iria fazer, descrevendo apenas o ato, o gesto sem a intenção de
realizar.
·
Atribuir finalidade à ação observada
o
Não interpretar os motivos que levaram o sujeito
a se comportar, mas apenas descrever o comportamento e as circunstâncias em que
ele ocorre.
o
Pode ocorrer de um evento ocorrer em função de
um acontecimento anterior, daí a necessidade de relatar os fatos na ordem de
seus acontecimentos.
o
Evitar termos que indiquem atribuição de
finalidade (abriu o armário para comer) ou causalidade (porque estava com
fome).
REFERÊNCIAS:
DANNA, Marilda Fernandes. Ensinando Observação: Uma introdução. Editora EDICON, São Paulo,
1986. Unidade II-A importância da linguagem científica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário