- Uma revisão da Psicologia Comunitária no Brasil não pode ser feita fora do contexto econômico e político do Brasil e da América Latina.
- O golpe de 1964 tem muito a ver com o surgimento de uma Psicologia Comunitária brasileira.
- Vivemos naquela época um período de extrema repressão e violência, quando uma reunião de cinco pessoas era considerada subversão.
- Os profissionais de psicologia se questionavam sobre a atuação junto à maioria da população, e qual seria seu papel na conscientização e organização.
- Nesse contexto, os professores dos cursos de formação profissional do psicólogo questionam a sua prática.
- É nesse período também que surge nos EUA e em vários países da América Latina a expressão “psicologia comunitária”.
- No entanto, a psicologia comunitária estadunidense era extremamente marcada por seu caráter assistencialista.
- Fora das universidades, médicos e psiquiatras preocupados com a saúde pública criam os centros comunitários de saúde mental, em uma tentativa de superar os clássicos hospitais psiquiátricos.
- Na década de 60 surge uma preocupação com a educação popular, com a alfabetização de adultos, como instrumento de conscientização.
- Essas experiências levam os psicólogos, na década de 70, a desenvolverem atividades em comunidades em termos de educação popular
- Assim, vamos encontrar sob o rótulo de psicologia social comunitária, uma prática voltada a:
- A) Prevenção da saúde mental;
- B) Educação Popular;
- O que é uma comunidade? Ela é possível numa sociedade capitalista baseada na ideia de competição? Ou ela é uma utopia?
- 1º Encontro Regional de Psicologia na Comunidade, em São Paulo em 1981.
- 2º Encontro Regional de Psicologia na Comunidade, em Belo Horizonte em 1988.
- Ambos organizados pela ABRAPSO.
- As diversas experiências comunitárias vêm apontando a importância do grupo como condição.
- Com vistas ao conhecimento da realidade comum, para a autorreflexão e para a ação conjunta e organizada.
- A análise de três categorias fundamentais: atividade, consciência e identidade – só se faz pelo registro de mediações com a linguagem.
- O psicólogo na comunidade trabalha fundamentalmente com linguagens e representações, com relações grupais e com as emoções e afetos próprios.
- Fazer psicologia comunitária é estudar as condições ao homem que impedem de ser sujeito e as condições que o fazem sujeito na comunidade.
GÓIS, Cezar Wagner de Lima. Noções de Psicologia Comunitária. 2ª Edição. Fortaleza,Ceará, 1994.
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