- é a porta de entrada, o “cartão de visitas” do terapeuta para seus clientes.
- troca-se muito mais do que apenas informações contratuais e queixas iniciais
- se estabelece vínculos de suporte fundamentais para o desenvolvimento do processo psicoterapêutico.
"As primeiras entrevistas são momentos de conhecimento e escolha mútua
em que o cliente se apresenta pelos seus motivos, queixas, questões e
história de forma peculiar, e o terapeuta se mostra pelo seu estilo pessoal,
sua indumentária, seu escritório de atendimento e suas formas de intervir.
As primeiras entrevistas são também momentos de acolhimento e
preparação para o vínculo que começa a se fazer. A forma de presença do
terapeuta é, portanto, fundamental para o tipo de relacionamento que vai
acontecer."(SILVEIRA, 1997, p.12)
Fatores interferem neste primeiro contato...
- ser a primeira experiência com um(a) psicoterapeuta;
- o preconceito presente em nossa sociedade em relação a quem busca ajuda psicológica (Isso é coisa de “maluco”!);
- o cliente ter vivido experiências desprazerosas em outras tentativas de tratamento com psicólogos, não se sentindo ouvido ou entendido
- falar de problemas n]ao resolvidos é por si só motivo de constrangimentos.
"Os encontros iniciais são fundamentais para firmar a confiança na relação,
fornecer suporte e desenvolver o auto-suporte. Muitos autores têm escrito
sobre o assunto. Yontef, por exemplo, afirma que a Gestalt-terapia é uma
abordagem existencial, que tem sua base no relacionamento de uma forma
específica de diálogo existencial inspirado na relação EU-TU de Martin
Buber. (SILVEIRA, 1997.p13)
Visão de homem do terapeuta
- postura coerente para realizar o trabalho
- baseia-se na visão de homem e de mundo coerente com sua abordagem de atendimento psicológico.
- "O Gestalt-terapeuta alega não curar nem condicionar — mas se percebe como um observador do comportamento real e um guia do aprendizado fenomenológico do paciente." (YONTEF (1998)
- propõe a ampliação da cosnciência na relação terapeuta-cliente.
"Encontro existencial significa encontro real entre duas pessoas, numa
relação paritária, onde ambos estão sob uma única luz: o fato de estar e de
ser no mundo, numa tentativa de compreender, de experienciar; de
reavaliar, de fortalecer, de singularizar o que significa, de fato, existir.
Desejamos recuperar a integridade do ser humano, e desejamos fortalecer
o seu movimento interno para a harmonia, lutando contra toda forma de
dicotomia. (RIBEIRO (1985) apud SILVEIRA (1997) p. 34)
- conhece sobre seu modo de estar em contato com o mundo, mais ela pode se permitir escolher opções mais saudáveis para ela mesma.
O primeiro contato com o cliente
- por telefone, email, etc.
"“Até aqui, já coletei uma quantidade de informações não verbais. Como decodificá-las e o que vou fazer delas ainda não sei. Ficam guardadas para
uso posterior.” (JULIANO (1999), p.27)
- Observar...
- forma como o cliente chega até o terapeuta, como por exemplo: a forma o cliente chega até o terapeuta, contato no momento da marcação da entrevista inicial, sua postura na sala de espera e como se dá o primeiro contato propriamente dito.
- Algumas perguntas que o terapeuta pode se fazer e de alguma forma encontrar as respostas, entre outras, são úteis no sentido de nortear essa busca de compreensão mais ampla desta pessoa.
- como o cliente chegpu ao terapeuta
- como se dá o contato, se há empenho, flexibilidade, disponibilidade por pare do cleinte.
- postura na sala de esera, cumpre horário, vai só ou acompanhado, como se comporta
- Que sensação tem o terapeuta no primeiro contato?
"No dia e hora marcados, ele chega e toca a campainha. Continua aqui a
percepção da estrutura de seu comportamento. Como é esse toque: forte,
insistente, ou tímido e quase inaudível? Chega antes da hora,
pontualmente ou se atrasa?... Fico ao mesmo tempo atenta a mim mesma,
ao meu próprio fluxo perceptual. O que sinto, o que penso, que imagens
brotam em mim, reações corporais, a minha postura..." (JULIANO (1999)p.27)
Acolhimento do terapeuta...
- deve facilitar esse primeiro contato para o cliente
- estar atento para as dificuldades surgidas neste primeiro contato e procurar facilitar com que o cliente possa expressar-se de acordo com suas potencialidades
- o terapeuta usa como recurso a própria relação que está estabelecendo com o cliente como termômetro para guiar a aproximação possível a cada momento.
- checar diretamente com o cliente como é para ele estar ali com uma pessoa “desconhecida” falando sobre o que o trouxe até ali.
- pode sinalizar, pontuar e trazer também os aspectos positivos do discurso do seu cliente de forma a ajudá-lo a ampliar sua visão de si próprio e de suas potencialidades, tornando muitas vezes este primeiro contato mais ameno e menos ameaçador para o cliente.
- perguntar o motivo que a trouxe até ali ou será mais interessante comentar um assunto mais leve, agradável e corriqueiro só para dar uma “aquecida”? Este é momento do rapport , em que o terapeuta busca ser acolhedor acompanhando aquela pessoa, porém tendo a noção da proposta daquele contato.
- pode checar com o cliente o que ele espera de uma psicoterapia, quais são os seus objetivos com aquele tratamento.
- Cuidar da linguagem usada com seu cliente também é muito importante.
- Nem sempre o cliente vai chegar falando livremente.
- Importante respeitar os limites do cliente sempre.
Preparação para a primeira entrevista requer planejamento:
- não precisa ser rpigido.
- definir o objetivo daquele encontro
- saber que o cliente vai a terapia para pedir ajuda
- que o cliente não conhece as regras e demanda um tempo para se sentir confortável.
- verificar se tem disponibilidade para acompanhar aquele paciente.
- preparar o ambiente,garantindo conforto e segurança ao cliente.
- apresentação do terapeuta - aparência externa - como me visto, me comporto...
- previsão do tempo de sessão e administra-lo.
- deve ter clareza do valor do seu trabalho, de seu tempo e do quanto vai cobrar.
- felxibilidade ao estabelecer valores, que sejam confortáveis a ambos terapeuta-cliente.
- periodicidade do pagamento - pacotes de sessões, sessões individuais.
Desenvolvimento da primeira entrevista
- ouvir com atenção a queixa que o trouxe ao consultório.
- identificar ao máximo o que o levou a buscar a terapia
- nortear a primeira entrevista, além da queixa inicial do cliente, tendo a pesquisar algumas áreas significativas da sua vida, como por exemplo: família, vida afetiva, vida social, profissão e a sua religião.
- Relação com a família
- Relações da Vida afetiva
- Relações na vida social
- Relação com a profissão
- Relação com a religião
Encaminahmento do tratamento após primeira entrevista
- atneder às necessidades e possibilidades do cliente.
- o terapeuta conheça das várias formas possíveis de atendimento (individual, em grupo ou familiar) para fazer uma indicação adequada e funcional.
- indicação com o possível para aquele cliente naquele momento
- ter informações sobre os diferentes serviços de saúde existentes para a orientação ao cliente
Contrato para os próximos encontros
- definir necessidades e importancia do tratamento.
- como aconterão so encontros
- regras de funcionamento na relação terapêutica
- ler as regras e assinar junto com o cliente.
"Considero aquilo que chamamos de contrato terapêutico como muito
importante para o desenrolar do processo. O maior índice de desistência
na psicoterapia é devido a mal-entendidos no contrato. Penso, então, no
papel do terapeuta, no sentido de passar as informações de forma clara
para que o cliente saiba o que ele nessa relação pode receber, com o que
ele pode contar, até onde pode ir e decidir se aceita ou não as condições.
Se por um lado quem estabelece as regras do contrato é o terapeuta, cabe
ao cliente manifestar a sua opinião. Essa é mais uma oportunidade de
verificar como o cliente se relaciona com as propostas do terapeuta. (SILVEIRA (1997)p13.)
Referências:
Disponível em: A primeira entrevista em psicoterapia.<br><br>The first interview in psychotherapy. | IGT na Rede ISSN 1807-2526
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