O contexto...
- As inovações técnicas e tecnológicas nas organizações, como fruto da modernidade, têm ocasionado o aumento do estresse ocupacional em trabalhadores.
- A nova arquitetura organizacional exige dos trabalhadores constantes adaptações e novas estratégias, necessárias à manutenção da qualidade de vida para enfrentar mudanças e administrar situações estressantes, crônicas ou traumáticas (Guido, Linch, Pitthan, & Umann, 2011; Murta & Tróccoli, 2007).
- Pesquisadores, preocupados com a saúde mental dos trabalhadores, têm realizado estudos sobre o estresse ocupacional em diversas categorias profissionais e reconhecem esse como um dos principais riscos ao bem-estar psicossocial do indivíduo com implicações fisiológicas, psicológicas e comportamentais (Carlotto & Câmara, 2010; Griep, Rotenberg, Landsbergis, & Vasconcellos-Silva, 2011; Souza, Guimarães, & Araújo, 2013).
O Coping como preditor da saúdeocupacional...
- As pessoas nem sempre estão preparadas para evitar o estresse, mas a forma como lidam com ele faz diferença para sua saúde mental (Murta & Tróccoli, 2007; O’Driscoll, 2013).
- as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos indivíduos são determinantes na evolução do estresse e desenvolvimento de doenças ocupacionais (Prati, Pietrantoni, & Cicognani, 2011; Sousa, Mendonça, Zanini, & Nazareno, 2009).
- As variáveis individuais tem recebido maior atenção dos estudiosos como a estratégia de enfrentamento (coping) do indivíduo (Puente, Gutiérrez, Pueyo, & López, 2000).
Conceitos de Coping no século XX:
- Primeira geração: ele foi tratado como um mecanismo de defesa, motivado interna e inconsistentemente como a maneira do indivíduo de lidar com seus conflitos sexuais e agressivos; sendo tratado como estável, numa hierarquia de saúde versus psicopatologia (Vaillant, 1994; Antoniazzi, Dell’Aglio, & Bandeira, 1998).
- Segunda geração: classificou os comportamentos associados ao coping como um processo transacional entre a pessoa e o ambiente, com ênfase no processo tanto quanto em traços de personalidade, com isso, desfazendo a característica de inflexibilidade que até então era adotada (Folkman & Lazarus, 1985; Antoniazzi, Dell’Aglio, & Bandeira, 1998)
- Terceira Geração: direcionou seus estudos para a convergência entre coping e personalidade. Essa tendência foi motivada, em parte, por pesquisas que indicaram que fatores situacionais não são capazes de explicar toda a variação nas estratégias de enfrentamento utilizadas pelos indivíduos (Antoniazzi, Dell’Aglio, & Bandeira, 1998)
O conceito de estratégias de enfrentamento (coping) mais empregado na literatura e
aceito na comunidade científica:
- conjunto de medidas intencionais, cognitivas e comportamentais adotado pelas pessoas para adaptarem-se a diferentes circunstâncias estressantes com o propósito de minimizar sua susceptibilidade e retornar ao seu estado anterior (Folkman, 1984; Murta & Tróccoli, 2007; Pocinho & Perestrelo, 2011; Rocha Sobrinho & Porto, 2012; Kleinubing, Goulart, Silva, Umann, & Guido, 2013)
Folkman divide o Coping em duas categorias funcionais:
- o coping focalizado no problema
- constitui-se no esforço despendido pelo sujeito para atuar na situação que deu origem ao estresse, tentando mudá--la.
- A função dessa estratégia é alterar o problema existente na relação entre a pessoa e o ambiente que está causando a tensão.
- o coping focalizado na emoção.
- é compreendido como um esforço para regular o estado emocional que é associado ao estresse e reduzir a sensação física desagradável que é gerada.
- Estes esforços são dirigidos a um nível somático e/ou a um nível de sentimentos, tendo por consequência a alteração do estado emocional do indivíduo.
REFERÊNCIAS
Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional. Autores: Lúcia Petrucci de MeloI, Mary Sandra CarlottoII, Sandra Yvonne Spiendler RodriguezIII , Liciane DiehlIV
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