Pesquisa online, divulgada nas redes sociais, com o objetivo de saber
o que a sociedade pensa a respeito do processo de envelhecimento.
Os
resultados da pesquisa online, aplicada à sociedade em geral, através do
aplicativo Google Formulários, realizada do dia 27/09/2019 até o dia
14/10/2019, foi respondida por 503 pessoas. A finalidade dessa pesquisa era
identificar a percepção que a sociedade tem sobre o processo de envelhecimento.
Conforme
pode ser visto no gráfico a seguir, 30,2% são adultos e 47,5% das pessoas que
responderam estão na fase de transição adulto-idoso, demonstrando aí, um
potencial interesse e preocupação, com o processo de envelhecimento.
Quanto
ao sexo, os gráficos evidenciam que as mulheres (79,3%) demonstram ter, um
maior interesse e preocupação, com o processo de envelhecimento.
Observa-se
que, as pessoas com nível de escolaridade superior (42,7%) em sua maioria,
demonstram ter um maior nível de consciência satisfatória, sobre a importância
de se cuidar hoje, enquanto adulto, para que possam ter uma vida de qualidade
na terceira idade. Contudo, também se observa um olhar significativo das
pessoas com nível de escolaridade médio (30,8%), embora, provavelmente, ainda
estejam distantes da velhice.
Curiosamente,
mais da metade dos entrevistados (51,9%) são solteiros, e já demonstram
interesse sobre as questões do envelhecimento. No gráfico posterior, em que
identifica com quem moram essas pessoas entrevistadas, pode-se observar que, os
15,1% que vivem sozinhos somados aos 32,4% dos que moram com os pais, atinge
quase os 51,9% dos solteiros, que responderam à pesquisa, ratificando o seu
interesse pelo processo de envelhecimento.
Identificados os perfis das pessoas que responderam à pesquisa, vejamos
a seguir como se configura a percepção da sociedade sobre o processo de
envelhecimento:
Em
ambos os gráficos, verifica-se que a maioria das pessoas (76,5%) consideram o
idoso, uma pessoa de vasta experiência de vida, 41,6% demonstram satisfação em
atingir a terceira idade com sabedoria, e 29,6% dessas pessoas retratam a
preocupação com as limitações da velhice.
No
quesito autocuidado, observa-se um empate técnico nos resultados em que 31,6%
das pessoas cuidam de sua saúde mental, esperando que na velhice não venha
perder a lucidez. Por outro lado, 33,8% das pessoas cuidam da saúde física,
esperando que na velhice possam se manter ativos como hoje, enquanto adultos.
96%
das pessoas, potencialmente adultos jovens e mais velhos, guardam um olhar
especial para a vivência da velhice, quando afirmam que o idoso é pleno de
sonhos e objetivos, o que poderá garantir uma vida de qualidade na velhice.
Observa-se
aí, um papel importante da sociedade em contribuição a uma vida de qualidade na
terceira idade, quando 59,6% afirmam que promover ações de integração social
para a população, pode evidentemente, contribuir para se atingir esse objetivo.
A
Psicologia vem ganhando espaço na sociedade, onde muitas questões de ordem
biopsicossocial e cognitivas vêm contribuído para as vivências na transição
adulto-idoso. O gráfico mostra, claramente, que 71,8% das pessoas, observando o
perfil dos entrevistados nessa pesquisa, demonstram ter uma ampla consciência
sobre o papel do psicólogo em contributo a uma vida de qualidade, tanto na fase
adulta, como na terceira idade.
A ideia da morte pode desencadear muitos problemas de ordem psicoemocionais
no idoso, afetando a qualidade de vida desejada, quando muitos adoecem com as
depressões, ansiedades, tristezas, isolamento social, etc. 34,8% das pessoas
não gostam de pensar a respeito da morte, e muitas vezes, são surpreendidas
pelo luto, mas ainda não aprenderam a lidar com essa situação emocional. Por
outro lado, a ideia de pensar que a morte é algo normal do ciclo da vida
(65,2%), contribui para que o indivíduo continue dando sentido à sua vida,
enfrentando os desafios da velhice com resiliência, e vivendo uma vida de
qualidade, dentro daquilo que a sua história de vida, o meio em que vive, possa
permitir.
Quando
a velhice chega, e as dificuldades surgem no trato com o idoso, 49,7% das
pessoas afirmam que a família acaba se adaptando à situação, e que 70,2% desse
universo de 503 pessoas, cuidariam de seus idosos em sua própria casa, o que
demonstra uma certa consciência em cuidar dos seus.
97,4% das pessoas acreditam que o Brasil ainda é um país despreparado
para lidar com o processo de envelhecimento de sua população. Quase que da
mesma forma, 97,8% das pessoal concordam que o contexto e o ambiente no qual
está inserido o idoso, é determinante na vida de qualidade na velhice. Esses
resultados refletem os 87,9% das pessoas que afirmam não se sentirem seguras para envelhecer na atual
sociedade brasileira.
Sabe-se que, segundo a Teoria Psicogenética de
Henri Wallon, o idoso que passou pelas fases anteriores do seu desenvolvimento,
enfrentando positivamente os problemas, e aprendendo com eles, chega na velhice
com pensamentos e inteligência bem estruturados para lidar com a última fase de
sua vida. Porém, 58,6% das pessoas acreditam que há um declínio da inteligência
na velhice, provavelmente, em função das perdas de ordem cognitivas, biológicas
ou físicas, que geralmente ocorre no envelhecimento. Contudo, 63,2% das pessoas
acreditam que investir na saúde pode ser a chave para se ter uma vida de
qualidade na terceira idade, pois, 53,3% dos entrevistados concordam
parcialmente, que a maioria dos idosos de alguma forma possuem perda de energia
física e mental, autoconfiança abalada, sentimento impotência e atravessam
momentos de solidão.
Agradecemos a sua participação!
Turmas de Psicologia do 3º e 4º semestre da FTC.
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