Terapia narrativa de re-autoria ou Terapia Narrativa desenvolvida na década de 1980 por Michael White (Terapeuta familiar austríaco, serviço social) e David Epston (Terapeuta familiar neozelandês, antropólogo)
OBJETIVO
O modelo narrativo de re-autoria tem por objetivo organizar de modo narrativo, os processos psicológicos, e a construção de sentido sobre o mundo e sobre nós, a partir da construção e desconstrução de histórias.
Sua FUNÇÃO é orientar os seguintes aspectos:
- os processos cognitivos mais complexos ( memória, expectativas, autopercepção)
- os processos emocionais
- as relações interpessoais
- a organização do plano para o futuro ( projetos)
Seu diferencial é focar durante o processo terapêutico na construção e desconstrução de histórias à partir da NARRATIVA do cliente.
PRINCÍPIOS
Dois princípios importantes que nos ensinam sobre as ideias, a atitude, o tom, os valores, os compromissos e as crenças da Terapia Narrativa, são:
- manter atitude de curiosidade.
- sempre fazer perguntas cujas respostas você realmente não saiba.
ABORDAGEM NARRATIVA
- Centrada nas pessoas como especialistas em suas próprias vidas.
- Não busca culpados para realizar aconselhamentos.
- Examina os problemas e situações separadamente das pessoas, partindo do pressuposto de que as pessoas têm diversas habilidades, competências, crenças, valores, compromissos que irão ajuda-las a reduzir a influência dos problemas em suas vidas. O problema é visto fora das pessoas, e não estando nas pessoas.
- Não há um caminho "correto" a percorrer, havendo muitas direções possíveis a escolher.
- As conversas narrativas são interativas e sempre estão em colaboração com o cliente, ou seja, o terapeuta busca entender o que é o interesse das pessoas que estão lhe consultando, e como o processo terapêutico está se adequando as suas preferências.
O TERAPEUTA NARRATIVO
O objetivo primordial dessa psicoterapia é a construção de um vínculo terapêutico que promova o desenvolvimento de uma conversa diferenciada com o cliente, ajudando-o a produzir sentido diante de tantas realidades de entendimentos sem sentido que o levaram a procurar ajuda (Santos, 2008).
- Prioriza a escuta sobre as histórias de vida do cliente, observando as histórias dominantes e alternativas, os eventos conectados através do tempo que interferem no passado, presente e futuro.
- Investiga as histórias de vida do cliente, seus relacionamentos, seus efeitos, significados e o contexto em que se formaram.
- Ao ouvir as histórias dos clientes, observam os problemas e o significado dado a estes pelo próprio cliente.
- Quando o cliente se prende a uma descrição estreita do problema, não deixa espaço para que novos significados sejam dados ao mesmo. O terapeuta deseja encontrar formas para que essas histórias sejam ricamente descritas, ao contrário da descrição estreita, envolvendo a articulação em detalhes, as histórias de vida de uma pessoa, seus motivos, suas compreensões, como tudo isso se articula.
REFERÊNCIAS:
O que é Terapia Narrativa por Alice Morgan.
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