O humanismo como influência filosófica da Gestalt-terapia

 A Gestalt-terapia está ao lado das abordagens psicoterapeuticas humanistas, a qual coloca o homem como centro, valor positivo, autosuficiente, capaz de se autogerir e se autoregular.

Na Psicoterapia Humanista o foco é voltado para a pessoa. O centro que dá sentido ao processo psicoterapeutico tem a ideia de que a pessoa cria a si mesmo, existindo em si mesma, como se tomasse posse de si e do mundo.

" O homem é a medida de todas as coisas." (Protágoras)

"Conhece-te a ti mesmo." (Sócrates) como um convite a evolui para dentro de si mesmo, tomar consciência de si - autoconsciência.

"Amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Matheus - Humanismo Cristão) o que possibilita que por meio do amor ao próximo, assim como o amor a si mesmo, pode-se encontrar respostas para as próprias indagações ou inquietações internas.

A Postura Humanística...

  • se preocupa com o potencial criativo transformador, força geradora de transformação que pode ser uma porta para o renascimento nos momentos mais difíceis, num encontro com o eu.
  • também busca compreender o sentido dos limites como fracasso, morte, finitude, tudo o que faz parte da compreensão da própria vida.
"O humanismo é a grande tentativa do homem de compreender-se e se fazer compreendido." (Jorge Ponciano)

O Homem está continuamente lutando consigo e com o outro, na busca e na tentativa eterna de se autoafirmar e ser reconhecido como pessoa, o que demonstra a busca pela compreensão de seu próprio sentido.

  • A filosofia humanista fornece as bases para o discurso psicoterapeutico centrado na pessoa, como base de sustentação. 
  • O humanismo é uma teoria do homem, e não a teoria no homem. O homem criando a si mesmo, existindo, tomando posse de si e do mundo.
Relação de expressar-se e de consumar-se  da essência pelo agir, pela linguagem:

  • Martin Heidegger, filósofo, escritor, professor universário do século XX, traça no conceito de humanismo que o homem é o centro do universo, do mundo sobre o qual ele cria, ondele ele é a coisa mais importância, que essa importância acompanha o homem a vida inteira.
  • O homem não quer ser apenas um ser entre muitos seres, mas busca se realizar e estar bem próximo de si, da sua existênia da forma mais autêntica.
Filme: A última gargalhada (1924)
    • o funcionário demonstrou com muito orgulho sua profissão.
    • a idade chega e as capacidades para exercer algumas atividades vão ficando limitadas, e acabam ser substituidas por alguém mais jovem, indo para uma função mais burocrática, que não era tão valorizada pela sociedade como a posição de porteiro.
    • Entendeu que foi substituido e foi encaminhado para outra função.
    • Ele nao conta para sua esposa que foi substituído, antes de ir pra casa vestia o uniforme roubado e fingia que ainda estava trabalhando. O uniforme vira simbolo de dignidade.
O comportamento de simular que ainda esta na mesma função, percebe-se que, o que somos depende da forma como nos enxergamos, e como nos prendemos na forma de como as outras pessoas nos vêm. 

A dicotomia entre o que somos e o que representamos ser, no discurso humanístico esse pensamento não caberia, pois o homem no humnismo precisa ser percebido como um todo, e não apenas pelo uniforme. O uniforme é apenas parte do indivíduo, e não o indivíduo como um todo.








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