O importante:
- escolha de instrumentos e técnicas adequados a uma dada situação.
- o mau uso de instrumentos ou mesmo o não uso de técnicas apropriadas em diferentes etapas do psicodiagnóstico podem ter como consequências conclusões e encaminha mentos inapropriados, repercutindo negativamente na vida do avaliando.
- Para qescolher os instrumentos e as técnicas que serão utilizados, deve-se formular as hipóteses com base nos passos iniciais do psicodiagnóstico.
- Nos primeiros contatos, perguntas vão surgindo para o psicólogo quando tenta entender com que paciente está lidando, com que quadro clínico e o que pode estar causando tais sintomas.
- adotar uma postura investigativa exploratória já no primeiro momento de trabalho para, a posteriori, a partir dos dados levantados nas entrevistas iniciais, construir hipóteses que poderão ser reformuladas ao longo de todo o processo.
- Quando a demanda é bastante objetiva (p. ex., avaliar a capacidade de atenção concentrada ou de memória de longa duração) ou diretamente associada à descrição de um quadro clínico (p. ex., avaliar a existência ou não de um quadro de transtorno depressivo maior):
- a formulação da hipótese ocorre de maneira mais rá pida, e se constituirá em um importante norteador da avaliação.
- Nessas situações, o psicólogo não deve se distanciar da hipótese formulada inicialmente, sendo a avaliação mais objetiva e, em geral, breve
- Quando a demanda de avaliação é mais ambígua, genérica ou ampla (p. ex., avaliar os desencadeantes e mantenedores de um quadro depressivo, ou as razões de uma criança ter dificuldades de aprendizagem):
- os profissionais entendem que a formulação das hi póteses e a consequente escolha dos instrumentos serão mais bem realizadas se adotarem uma “capacidade negativa” no sentido de suportar não saber o que o paciente tem até os primei ros sinais se tornarem hipóteses em virtude de suas repetições nas consultas iniciais,
- Em casos de Diagnóstico compreensivo:
- não se deve apressar o processo avaliativo, agarrando-se deforma acrítica à primeira impressão diagnóstica elaborada, sob pena de não irmos além de uma avaliação das aparências.
- é preciso esperar o paciente manifestar seu sofrimento, sem anteci par nada.
- estar abertos para refazer as hipóteses elaboradas a cada encontro, construindo com o paciente o significado de suas palavras, jogos e outras comunicações a partir do conjunto de dados colhidos.
- Além das hipóteses, outro fator que norteia a escolha dos instrumentos e técnicas é
- o conhecimento que o psicólogo tem sobre desenvolvimento humano e psicopatologia.
- Com essa base, pode-se entender melhor quais aspectos estão envolvidos no caso atendido (p. ex., cognitivos, socioemocionais, adaptativos, motores), assim como que tipos de comportamentos e sentimentos caracterizam as diferentes patologias.
- Isso ajudará a definir o que precisa ser avaliado, para que então se escolha que instrumentos ou técnicas avaliam o que queremos investigar, levando em consideração as possibilidades de uma avaliação psicodiagnóstica.
- teste é um instrumento ou procedimento por meio do qual se obtém uma amostra de comportamento de um indivíduo em um domínio específico. Para tanto, o mesmo deve ser avaliado e pontuado por meio de um processo padronizado. Então, quando não há padronizações ou quando há uma maior flexibilidade de aplicação e análise, sem a preocupação com a métrica, pode-se adotar o termo técnica psicológica.
- utilizar somente testes avaliados pelo CFP como favoráveis para uso (Conselho Federal de Psicologia [CFP] (Resolução 02/2003)
- Com relação às Técnicas Psicológicas:
- podem ser utilizadas como fundamento para justificar as conclusões de um processo psicodiagnóstico.
- Não é verdade que um psicodiagnóstico necessite sempre do uso de testes psicológicos para que seja considerado válido ou fidedigno.
- A adoção desses instrumentos de avaliação em um psicodiagnóstico é uma opção técnica e ética do psicó logo, que considerará suas condições pessoais e conhecimentos técnicos para avaliar o caso en caminhado, concluindo quanto à relevância do uso ou não de um teste ou uma técnica para o oferecimento de um resultado avaliativo mais confiável.
- para determinar quais serão os instrumentos e técnicas a utilizar, o profissional precisa saber o que avaliam.
- Conhecer instrumentos específicos, de uso particular do psicó logo, e técnicas e recursos disponíveis é de responsabilidade do avaliador e parte de um com promisso ético assumido quando na formação de carreira.
- Se não houver instrumentos disponíveis, pode-se utilizar técnicas ou tarefas com o objetivo de entender melhor o paciente.
- a escolha dos testes é realizada sempre de forma individualizada, ou seja, para o paciente.
- precisa escolher os instrumentos sobre os quais tem domínio de aplicação e interpretação dos resultados, devendo também considerar as prórpias limitações pessoais, sejam elas físicas, perceptuais ou cognitivas
- A ordem de aplicação deve ser pensada de acordo com o caso.
- deve-se começar com os instrumentos menos ansiogênicos para o paciente.
- Ao usar testes projetivos no psicodiagnóstico devem ser usados antes dos testes psicométricos para não serem contaminados pelos resultados destes. Dos mais ambíguos para os mais estruturados.
A escolha de instrumentos deve considerar os seguintes passos:
1) o que quero avaliar?
2) quais os instrumentos e técnicas disponíveis que avaliam isso que quero saber considerando a idade do avaliando?
3) sei usar tais instrumentos e técnicas?.
Referências:
HUTZ et al, 2016. Cap-7 -Clarissa Marceli Trentini, Denise Ruschel Bandeira e Jefferson Silva Krug
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