- é uma ciência e um método científico." (pg.32)
- a Teoria da sugestão (por hipnose) que propusera reagir aos sintomas, foi substituída pela concepção psicanalítica de Freud, que sabia que a causa da doença não era afastada pela repressão ao sintoma, tornando possível a conscientização das causas patogênicas.
- Pesquisas feitas nos últimos 50 anos mostraram que os principais processos etiológicos, isto é, que estuda as causas das doenças, têm natureza inconsciente.
- As mudanças na psicoterapia surgem a partir da teoria sobre as perturbações neuróticas. Verificou-se que, ao atingir um sintoma, logo surgia outro, já que não se buscava atingir a causa do problema.
- Toda psicoterapia moderna para ser respeitada por sua seriedade científica, depende do interesse amplo e sem reservas dispensado a cada paciente individualmente. O que gera um procedimento muito trabalhoso e demorado para as neuroses.
Teoria das Neuroses ou Teoria do Trauma - Freud e Breuer
- Método Catártico...
... que procurava fazer com que os momentos traumáticos, que originaram a doença, retornassem à consciência do paciente, o que demandava do paciente a energia necessária para reviver o problema.
...exigia um aprofundamento cuidadoso e individual de cada caso particular, uma atitude paciente e inquisitiva, voltada para os eventuais momentos do trauma.
...Só pela observação e exame minucioso do material produzido pelo paciente, era possível constelar os momentos traumáticos, para se chegar na ab-reação das situações emocionais causadoras da neurose.
... pacientes que entravam em estado de relaxamento propiciaria a ab-reação das recordações traumáticas, mas nem todos os resultados eram satisfatórios através desse método.
- Teoria do Recalque - Freud
- O que transformou a psicoterapia moderna em um método de tratamento psicanalítico-individual?
- Não são tangíveis nem corporais.
- Não matam como é o caso, por exemplo, de determinadas doenças físicas.
- Esquecem-se que podem ser extremamente deletérias, com prejuízos psíquicos e sociais graves, como isolamento social, por exemplo.
- As faculdades de medicina têm dado pouca importância ao fato de ser grande o número de neuroses existentes e enormes a incidência das implicações psíquicas em doenças orgânicas, motivo pelo qual os próprios médicos adoecem sem ter consciência do que acontece.
- não deve ser vista apenas do ponto de vista clínico, mas também do ponto de vista psicológico e social.
- é um fenômeno muito mais psicossocial do que uma doença sensu strictiori.
- vai além do conceito de doença, de um corpo isolado, disfuncional.
- é preciso considerar o homem neurótico como um sistema de relação social enfermo.
- Freud representa o racionalismo científico do século XIX. A psicanálise freudiana está longe de ser a solução para todos os problemas. Jung afirma que sua verdade se limita ao sistema sexual da relação, mas é cega a tudo quanto não lhe esteja subordinado.
- Adler representa as tendências político-sociais do início do século XX. Ele provou que não são poucas as neuroses e que podem ser explicadas de maneira diferente, com melhores resultados. O tratamento tem como meta terapêutica a conscientização dos conteúdos e das tendências causadores das doenças, e redução aos instintos primitivos e simples, a fim de restabelecer ao paciente sua condição humana natural e sem deformações.
- Jung insistiu na maior individualização do método terapêutico e na irracionalização ao fixar suas metas, a fim de garantir a maior imparcialidade possível. No desenvolvimento psicológico é necessário que se deixe imperar a natureza, evitando influenciar o paciente com seus próprios pressupostos filosóficos, sociais e políticos. Para Jung ainda que as pessoas sejam iguais perante a lei, elas são bastante desiguais, e cada um só pode alcançar a felicidade a seu próprio modo. Cada um deve conhecer-se a si mesmo e a sua maneira de ser, gerando coragem para assumi-la.
- fazer com que o desenvolvimento falho, neurótico retome seus rumos naturais.
- reeducar a pessoa, que em grande parte é inconsciente de sua personalidade, até que ela mesma, consiga trilhar conscientemente, o caminho certo, reconhecendo sua responsabilidade social.
- a medida que a personalidade do sujeito vai emergindo, também vai sendo possível solicitar uma maior colaboração sua.
- casos graves - 3 a 4 sessões semanais.
- casos leves - 1 a 2 horas semanais.
- Nos intervalos entre uma sessão e outra, o paciente precisa realizar alguns trabalhos sob a supervisão do psicoterapeuta. Para isso, Jung ensina-lhes os conhecimentos psicológicos necessários a esse fim, que o libertarão mais rapidamente possível das terapias.
- Interrompe o tratamento de 10 em 10 semanas para que o paciente dependa novamente do ambiente normal de sua vida, evitando a tendência que a sua doença já traz em depender de alguém para viver. Estimula a sua autonomia.
- Qualquer tratamento sério e meticuloso é demasiadamente demorado, não adiantando abreviar o tempo.
- Espaçar as sessões e preencher os intervalos entre elas com o próprio trabalho do paciente, torna menos oneroso e mais rápido o tratamento.
- Nos casos de neuroses é imprescindível uma certa reeducação e transformação da personalidade, pois se trata de uma evolução deficiente do indivíduo, que, em regra, remonta à infância.
- O método moderno deve levar em consideração os pontos de vistas pedagógicos e filosóficos, que demandam estudos sobre psicologia primitiva, mitologias e religiões, que irão fundamentar a compreensão simbólica dos sonhos.
Referências:
JUNG. Carl Gustave. Obra completa. A prática da psicoterapia. Volume 16/1 Psicoterapia. 16 edição. Editora Vozes. Rio de Janeiro, 2018. 8 reimpressão.
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