domingo, 20 de junho de 2021

As Técnicas da gestalt-terapia e seus fundamentos

 Três técnicas utilizdas pelos Terapeutas gesltálticos.

1. Técnica da Repetição ou Exagero

  • Quando o terapeuta percebe que o cliente falou ou expressou alguma fala muito importante, pede para o cliente repetir a frase para dar ênfase no que ele falou.
  • Exemplo: 
    • Cliente: ele poderiam ficar com medo de mim.
    • Terapeuta: Agora você pode mudar o eles para voces e dizer isso para plateia?
    • Cliente: Vocês poderiam ficar com medo de mim.
    • Terapeuta: Outra vez
    • Cliente: Vocês poderiam ficar com medo de mim.
    • terapeuta: Agora fique de pé, e diga esta frase como se fosse um gigante.
    • Cliente:  Vocçes teriam medo de mim. Vocês podem não esta com medo de mim. Vocês poderiam pensar que esta é um ideia idiota. Vocês poderiam rir de mim.
  • Quando o terapeuta entebnde que a fala é importante, procura dar ênfase ao que esta vivenciando.
  • Facilita o contato a awareness.
2.  Técnica do Monodrama
  • Consiste em o cliente desempenhar de maneira alternada os diferentes papeis da situação por ele evocadas no processo terapêutico. Para isso, o cliente precisa variar nas cadeiras como se alternasse a pessoa.
  • É possivel representar várias vivencias, pessoas, objetos, partes do corpo, etc.
  • Auxilia o cliente a ter mais cosciência sobre si, sobre seu comportamento no aqui e agora, na fronteira de contato com o meio.  Que ele perceba suas relações emocionais escondidas, mudanças na respiação, tom de voz, sorriso, gestos das mãos dos pés, qualquer alteração que ocorra.
3. Técnicas dos Sonhos.
  1. Cliente descreve um sonho qualquer.
  2. O trapeuta convida o cliente a reviver o sonho numa outra perpsectiva, como se fosse o sonho, ou parte dos sonho.
Video aula com exemplo das Técnicas




As Técnicas da Gestalt-terapia e seus fundamentos

 Segundo Persl , as diferentes tecnicas utilizadas na gestalt são importantes recursos terapêuticos. Tentam ajudar, e viabilizar, oferencendo ferramentas para que o cliente entre em contato com sua consciência, como gatilho para que o cliente entre em contato com o que está escondido, que não pode ser captada pela percepção. Recurso que possibilita a awareness, trazer consciência, luz ao cliente, sobre o aqui agora.

As técnicas devem ser utilizada em momentos específicos, devendo ter em mente a individualidade do cliente, com atenção para o aqui e agora.

 Duas Técnicas utilizadas pelos gestalt-terapeutas, que levam o cliente a entrar em contato com suas recordações, possibilitando o cliente elevar sua cosnciência pra um outro nível de vivência. 

Exemplo: quando ele revive a experiência passada podendo elaborar com mais riqueza a situação passada, podendo completar essa vivência com novos recursos que surgem com o uso da tecnica podendo dar novo sentido, novo signficado com o uso da tecnica.

1. Exercício da Awareness:

  • Objetivo de trazer para o aqui e agora e tornar presente, emoções, sentimentos e pensamentos do cliente. Tem o poder de reconexão consigo.
  • O terapeuta faz ao cliente 4 perguntas que ajudam a reconhecer situações inacabadas:
    1. O que você está fazendo agora?
    2. O que você sente neste momento?
    3. O que você está evitando?
    4. O que você espera de mim?
  • O cliente deve ser orientado a observar seus sentimentos, pensamenos e emoções, sensações físicas, naquele momento. 
  • Esses pensamentos a Gestalt chama de figura que emerge sobre o fundo que é formado pelo conjunto das situações que está sendo formado pelo cliente.
2. Experimento da Cadeira vazia
  • Consiste em colocar o cliente frente a uma cadeira vazia onde o cliente vai projetar umm personagem real do dia a dia do cliente. Pode projetar a si próprio.
  • O cliente é orientado a dizer o que gostaria de dizer áquela pessao a qual projetou.
  • Proporciona a experiência de a cliente entrar em contato com a sensação de ferir a si mesma, e vivenciou esse contato com ela, o quanto ela fez mal a si e se depreciava. Ao se deparar com a criança ela experienciou a dor através de outro ponto de vista, percebendo o quanto esse comportamento de se depreciar é prejudicial para ela.
  • Pode ser usada em momentos em que o terpeuta quer intervir ao perceber que o cliente tem sentimentos que não são expressos e que o impedem de fechar uma gestalt, o ciclo, e se o cliente consegue fluir nessa tecnica trazendo aspectos dele à sua consciência, abrindo possibilidade de ressignificação.











A Teoria do Self na Gestalt-terapia

  Conceito de Self

  • Tem o mesmo significado de representação do si mesmo, da personalidade e da natureza base do sujeito.
  • Na Gestalt acrescenta-se nesse conceito, o fator de vivência do eu, não é só o si mesmo, a personalidade ou natureza base, é "Eu" o mesmo vivido e percebido pela prórpia pessoa quando está em constato com o outro e consigo mesma. O self é um processo, não é rígido nem inflexível.
  • Levando em consideração sof atoes internos, esse processo ocorre naturalmente.
"O self é uma dinâmica de troca energetica entre nossos tecidos celulares e o meio, de modo a permitir por um lado a cosnevar algumas formas de organização anteriores, e por outro, destruir formas antigas e assimilar novas. Essa experiência é um contínuo que se modifica a cada instante e por isso, encontramos no ambiente possibilidades com as quais nos identificamos ou as quais nos alternamos a fim de crescer e transformar o meio a nossa volta" (Marcos Miller Granzoto).

"Self é o sistema complexo de contatos necessários para o indivíduo se ajustar ao campo."(Perls)

"Self e o processo permanente de ajustamento criativo do homem ao seu mundo interior e exterior."

"A função dos self é encontrar e dar sentido Às coisas que vivemos."

"O Self se refere à totalidade da pessoa quando em interação saudável com o meio."

O Self possui três funções básicas conforme Perls:

  1. Id
    • Tipo de relação em que o self surge de forma passiva, dispersa e irracional. Composto de conteudos alucinatórios e seu corpo cresce enormemente, de onde surge um excitação, a partir de um fundo organísmico, e onde ocorre o pós-contato. 
    • Tem uma relação que indica um estado de equilíbrio interno que se mantém constante independente das alteraçães que ocorre no ambiente externo, de uma energia que é distribuída entre o meio e os tecidos celulares, que é a fronteira de cotato. Como uma energia psíquica de fonte primária.
  2. Ego
    • Tem a função de individuação do self. 
    • Responsável pela região na qual o self determina a ação, decisão, em favor de uma certa direção ou modo de troca energética. Além de sentir e tormar decisões e agir, o self faz todo esse processo.
  3. Personalidade
    • Sistema de atitudes adotadas nas relações interpessoais. É a dimensãoi do que somos que podem explicar o comportamento do sujeito.
    • Maneira particular de cada um ser no mundo, influenciando e sendo influenciado pela percepção que tem de si mesmo, selecionando e integrando as experiências relacionadas ao seu autoconceito e distorcendo ou excluindo as outras experiencias da consciência, ou colocando-as fora da fornteira do self.
    • Perls define a personaldiade como sistema de atitudes adotadas nas relações interpessoais que incluem os valores, preceitos morais, regras, contratos, instituções junto aos quais se reconhece , atraves desse contatos entra em contato consigo mesmo.
Correlaçao entre as funções básicas do self no processo de ajustamento criativo com relação a sequências de fundo e figuras:

De acordo com Perls, no pré-contato, o corpo é o fundo e o seu desejo é a figura, sendo um dado ou Id da experiência. Eu sinto uma necessidade, depois no processo de contato o dado é aceito e a necessidade é reconhecida pela pessoa. 

O Self se aproxima, avalia e manipula um conjunto de possibilidades objetivas.  O Self decifra essas possibilidades na intenção de satisfazer essas necessidades, sendo ativo em relação ao corpo e ambiente. O Self sepolariza se identificando com a possibilidade de satisfazer essa necessidade. Com isso, o Self abre um horizonte de futuro.

Em seguida, no contato final ocorre um ponto espontâneo, sem interesse, com a figura que emergiu, quando o Ego começa a agir. Momento em que, ele faz alguma coisa que se distancia da fronteira de contato que no caso é o limite entre a pele e o meio.

 No pós contato o Self diminui. Enquanto o Id e o Ego são funções de autorregulação em que o Self interage com o meio, buscando a satisfação das necessidades que possibilitam uma consciência vivenciada de si mesmo, a personalidade faz um função de seleção, síntese e organização das experiencias vivenciadas na fronteira de contato, possibilitando o desenvolvimento de consciência representada pelo Self. 

É o Self, o "eu" que se transforma a todo instante,  que possibilita os contatos fundamentais e necessários para que o indivíduo possa se ajustar ao campo, se ajustar ao meio, sendo atividade simples, primária que envolve processos físicos, biológicos do corpo.

Figura e Fundo na Gestalt-terapia

 Os termos figura-fundo tem origem na Psicologioa da Gestalt, sendo mais conhecido como perepção-figura-fundo.

Refere-se a tendencia de nosso sistema visual em simplificar um cena ou objeto que nos cahme atenção.

Focando no preto pode-se perceber um vaso, focando no branco, pode-se perceber dous rostos um de frente para o outro. Essas imagens se apresentam alternadamente, durante a observação.
Como tendemos a distinguir a figura do fundo, exercitando a percepção figura-fundo.

  • Ao olhar para uma cena, busca-se algumas maneiras de diferenciar figura do fundo. 
  • Busca-se os mais nítidos, na figura e os mais nebulosos, borrados, menos nítidos ficam  mais de fundo da figura.
  • O contraste  alto entre os objetos leva a essa percepção como no vaso de rubi, acima.
  • O tamanho com imagens maiores parecem parte a figura, imagens menores fazem parte do fundo.
  • a semparação, quando o objeto esta isolado é uma cena visual mais provael de ser visto como figura, contra todo o restante que está no fundo.
Na Gestalt-terapia a figura sempre é aquilo que naquele momento se mostra com maior significado e importância no campo perceptivo, psíquico do cliente, para onde o gestalt-terapeuta deve direcionar seu olhar, para a figura que sai do fundo. 

A vida é condicionada a essa dinâmica de alternância entre figura e fundo, o que está mudando constantemente. A figura pode deixar de ser figura e se tornar fundo. Toda vez que a sua necessidade se impõe em um contexto, essa necessidade se torna figura, todo o contexto é o fundo.

Exemplo: Nesse momento você assiste a aula (figura) onde sua atenção está voltada. O telefone toca, e você desvia sua atenção para atendê-lo. nesse momento o telelefone se torna figura e a aula deixa de ser figura e se torna fundo junto a todo o contexto.  Supondo que após a ligação, resolvida a ligação, você volta a assistir a aula, que volta a ser figura. A com o encerramento da ligação, e retorno a aula, restaurou o equilíbrio, necessidade de falar ao telefone foi sanada, você fechou a gestalt.

Existe um fluxo contínio de formação e de solução de figura, a necessidade de figura aparece, resolve a figura restaurando o equilíbrio, e a figura é desfeita com o fechamento da gestalt.

Quando ocorre a interrupção desse fluxo, um bloqueio, não acontece a dissolução da figura, mantendo a gestalt aberta, podendo levar a pessoa a ter comportamentos repetitivos que não soluciona a gestalt. Está em desequilíbrio.

Exemplo: Uma vivência que não tenha sido resolvida na sua vida, é algo do passado que continua no presente, mas que precisa ser trabalhada, elaborada no aqui agora.

Quando se há muitas necessidades é preciso identificar a necessidade dominante para ser figura em primeiro plano. As demais retornarão à medida que as figuras forem sendo fechadas. O cliente escolhe a necessidade e define a maneira como vai resolver essa necessidade, uma vez resolvida, fecha-se a gestalt.  

Geralmente, o cliente não chega no terapeuta com seu ciclo figura-fundo bem ajustado. Até tem a figura definida, que é a queixa, a primeira demanda que o leva ao terapia. Tem dificuldade de fechar a figura  e dar continuidade ao ciclo, deixando que possa emergir a próxima figura. 

O terapeuta deve investigar o fundo, o contexto, a história do cliente, para identificar a figura, a demanda que emerge e tomar a atenção do cliente naquele momento, para que surja a awareness e o cliente possa fechar a gestalt.
 












Vídeo-aula

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Ciclo de Contato

 "Contato é um ato de autoconsciência totalizante, vivendo um processo no qual as funções sensoriais cognitivas e motoras se unem em complexa interdependência dinâmica, para produzir mudanças na pessoa e na sua relação com o mundo, por meio de energia de transformação que opera em total interação na relação sujeito-objeto." (Prof Jorge Ponciano)


Utilizamos os sentidos para vivenciar a experiência de contato com o externo o que se dá por meio das funções sensorias e da energia de transformação que se utilzia nesse contato. Esses processos foram chamados pelo Gestalt-terapeuta norte americano Paulster de Funções de contato.

Na natureza do contato estão incluidos os valores, desejos, memórias, negações e antecipações, que operam de forma incosnciente em um espaço mental interno e  competamente subjetivo, onde ocorre um encontro entre o eu-mundo acontecendo pouco antes do contato.

As funções de contato ocorrem dentro das fronteiras de contato, onde as experiências acontecem, não separnado a pessoa do ambiente, em vez disso, protege-se a pessoa ao mesmo tempo em que se contata o ambiente. O ser humano é concebido como um ser de relações, que se controi no contato com o meio, criando a realidade.

Ajustamento criativo é a capacidade de se pessoalizar de se apropriar das experinecias que acontecem ao se deparar com as diferenciações do processo continuo do campo organísmico e meio. Todo contato é o ajustamento crativo do organismo e do meio, comos e fosse uma busca da pessoa pela autorregulação saudável como forma de desenvolvinmento, de crescimento, ou até mesmo, sobrevivência. tem-se uma necessidade e busca-se satisfazê-la.

Para Jorge Ponciano, a gestalt-terapia está centrada no conceito de contato e na natureza das relações de contato da pessoa consigo mesmo e com o mundo exterior. O contato é a matéria prima da relação terapêutica, onde o psicoterapeuta trabalha. Sua natureza define a qualidade do precesso. O contato é a forma pelo qual a vida acontece e se expressa, como se mostra, onde o encontro ocorre, e no qual toda ação humana e psicoterapeutica se baseia. O modo como a pessoa faz contato consigo e com o mundo expressa o gradu de individuação, maturidade e autoentrega com que essa pessoa vivie, por se tratar de expressão experienciada pela pessoa, vivida por ela no mundo.

Zinker em seu livro: O processo criativo na Gestalt-terapia, ele resume esses conceitos pela formulçaão do ciclo de autoregulação do organismo. O ciclo incia com o individuo em estado de retraimento. Quando surge uma necessidade que e´aceita pela pessoa, por uma sensação ou de sentimento que aparece, entrando em contato com essa necessidade. 

Exemplo: muito tempo sem beber água. O corpo sente a necessidade mas os sentidos ainda não captaram essa necessidade. Com o tempo ocorre a sensação, boca seca, levando a acontecer a awareness, tomando consciência de que se está com sede. Observando o ambiente e a si. vê-se uma xícara, se mobiliza em energia para satisfazer a necessidade. Beber a água a saciar a sede, a necessidade momentânea, ate que otura necessidade venha surgir.

Zinker vai dizer que as perturbações do contato, dificulta a satisfação da necessidade, gerando os bloqueios de contato que impedem a pessoa de crescer, de se desenvolverno direcionamento  da boa saúde, da qualidade de vida. ocasionando o adoencimento nesse processo.

O ciclo de contato é ferramenta importante como modelo para identificação de uma psicopatologia, um diagnóstico. As doenças se apresentam aí na forma de bloqueios de contato. O ciclo pfunciona de maneira saudável ou não através dos bloqueios de contato.

Bloqueios de contato segundo Jorge Ponciano.


Fatores de cura esté escrito na cor preta e fatores de bloqueios na cor vermelha.

  • Fluidez significa processo de movimento contínuo, de busca de novas necessidade e renovação e abandono de posições antigas.
  • Fixação é o processod e apego excessivo, incapacidade de explorar novas situações, fazendo com que a pessoa permaneça fixada ás coisas.
  • Sensação se dá no processo de reconhecimento de estímulos internos e externos.
  • Dessensibilização significa o processo de perda dos sentidos, quando ocorre uma redução sensorial.
  • Consciência seria estar em processod e tomada de consci~encia de suas proprias necessidades.
  • Deflexão ocorre pelo processo de evitação da consciência diante de determiandas situações.
  • Mobilização é o processo que apessoa sente necessidade de expressar seus sentimento, vontades e desejos gerando energia para uma ação.
  • Introjeção é o processo em que as pessoas engolem passivamente regras, normas ,v alores, dos outros anulando o próprio eu.
  • Ação é dada pelo processo de escolha  e implementação de uma titude apropriada. Eu escolho e consigo agir em cima dessa escolha. Assumindo a responsabildiade da escolha.
  • Projeção em que a pessoa atribui ao outro a responsabildiade pelos seus próprios erros e defeitos, projetando no outro o que nao sabe lidar consigo.
  • Interação  é o processo em que reconhece suas necessidade e as dos outos, seme sperar retribuição.
  • Proflexão é o processo que a pessoa faz com o outro o que gostaria que fizessem com ela e para ela, externalizando no outro.
  • Contato final que é o processo de interação total e pleno que surge um pouco antes do fechamento da gestalt.
  • Retroflexão é o processo que a pessoa faz a si o que gostaria de fazer ao outro, ou que alguém fizesse com ela também.
  • Satisfação é a experiência profunda de saciar as necessidades.
  • Egotismo processo no qual a pessoa se coloca como centro das coisas, enxerga somente suas necessidades.
  • Retirada ocorre o processo de retraimento para que haja uma nova necessidade.
  • Confluência que é o processo de não reconhecimento das diferenças entre si e o outro, gerando uma falta de identidade e confusão de fronteira.


O funcionamento saudável é estar aberto para a surgimento de uma gestalt(necessidade) que por meio dos estímulos, ocorre uma excitação, entro em contato com essa necessidade por meio da awareness, gerando uma mobilização de energia para satisfazer a necessidade, ocorrendo a interação, o contato final com a necessidade satisfeita e por fim, o fechamento da gestalt, para estar aberta a surgir outra necessidade.

O funcionamento do adoecimento é estar fechado ao surgimento de uma gestalt (necessidade), sem ocorrer excitação pelos estímulos apresentados, que façam a pessoa entrar no processo de awareness, impedindo a mobilização de energia para a satisfação dessa necessidade, sem ocorrer a interação, nem o contato final com a necessidade que permanece insatisfeita. Aí não acontece o fechamentod a gestatl, nem a pessoa estará aberta a oura necessidade.

Vídeo-aula

Awareness

 

  •  Ao pé da letra significa consciência, implica ter conhecimento ou percepção de algo.
  • Significada a qualidade de estar vigilando percebendo tudo que está acontecendo a sua volta.
Na Psicologia, a awareness tem significado mais pronfundo. É ter consciêcia perceptiva de si mesma, vai além de cosnciência mental, como uma consciência global caraterizada pelo momento presente do aqui e agora,  por uma percepção plena ao conjunto da percepção corporal, emocional, interior e ambiental.

Essa perspectiva da fenomenologia o conceito de awareness traduz a ideia de entendimento,  de luz e conscinetização sobre o fenômeno. Torna-se portanto, fundamental ser compreendido pelo erapeuta mas também pelo cliente. 

A awareness é apresentada como aquilo que se dá no contato, a partir de um sentir, em forma de excitamento em proveito da formação de Gestalt.

Contato: mostra as transformações que ocorrem na interação com o todo. Contatar é ligar-se a algo maior, se conectar ao todo.

Sentir: caracteriza-se por uma unidade de sensação e percepção de estímulos, ou ainda associação. Na visão fenomenológica o sentir tem um tipo de drenagem ou abertura de nossa historia para a possibilidades externas,  clareando a noção de contato e  pontuando as nossas transformações, nossos processos concretos junto ao meio ambiente.

Excitamento: é a nossa experiência com algo que está sempre em transformação, em transição. É a manifestação do nosso perceber e se relacionar com a awareness, indo além do fenômeno percebido.

É nesse momento que ocorre a formação da Gestalt como fluxo, figura, fundo. quando uma determinada configuração se apresenta como figura as demais se apresentam como fundo.

A awareness pode ser definida em dois níveis:

  1. Tem-se a noção de intencionalidde operativa que Perls cehamou e awareness senso motor e que se desdobrava em awareness sensorial ou primária, awareness deliberada, também chamada de comportamento motor ou de resposta motórica. Dependendo do contexto em que é utilizada, enquanto a awareness sensorial designa o processo de abertura ao novo, ao sentir o contato, a awareness deliberada aponta para o excitamento, que implica na mobilização de nossa história, ação motivada em  direção ao lugar do futuro.
  2. Relacionado a intencionalidae encontra-se a awareness reflexiva ou conscinete. sua maior caracteristica é a fixação verbal da Gestalt vivida, que se transforma em demandas a serem trabalhadas. Nesse sentido, o tempo consciência limita-se a designar uma fixação por meio do qual se alcança a compreensão de cada vivência, provida de espontaneidade e que se manifesta enquanto mudança.
A proposta é fazer com que a pessoa entre em contato com aquilo que ela sente naquele exato momento, em seu estado presente e no aqui e agora. Na Gestalt existe a necessidade de concentração naquilo que se faz, nos atos, no que sente, nas emoções, o que e indispensável apra buscar equilíbrio e harmonia interna na busca por um self saudável.


Comentário do vídeo acima:
"Estamos usando a maior aprte de nossas energias para jogos autodestrutivos, para joos de autoproteção, fazemos isso e impedimos de crescer quando algo doloroso surge. Naquele momento, nos tornamos fóbicos, fugimos nos dessenssibilizamos, fazemos todo tipo de coisa para impedir o processo de crescimento. O sofrimento  neurótico é o sofrimento na imaginação, na fantasia é o seu assim chamado ego. Vaidade que está ferida, trabalhamos na base fenomenológica ou seja, na consciência do processo em andamento."

Awareness na gestalt-terapia é falar de um acender das luzes, trabalhando a consciêcia para que consigamos digerir e processar a nossa relação como o nosso eu interno e o m,undo, em busca de uma regulação, equilíbrio e harmonização.

Video-aula

Teoria de Campo, Holismo e as Influências Orientais.

  Teoria de Campo...

  • Surgiu com total semelhança sobre o conceito de campo que existe nas leis da física.
  • Se refere a teoria desenvolvida por Kurt Levin, Psicólgo alemão, um os pioneiros da Gestalt-terapia  que criou e definiu a teoria de campo como um conjunto de qualidades físicas e psicológicas em mútua interdependência nessa relação entre fisica e psicologia.
  • Esse campo pode ser chamado de espaço de vida onde coexistem pessoas e o próprio ambiente. Na teoria de campo da fisica Levin propóe que as atividades pesicológicas das pessoas ocorrem num campo psicológico, formado por todos os eventos da vida de uma pessoa, do passado, presente e futuro, que influenciam o comportamento das pessoas.

Espaço vital é formado pela interação das necessidades que as pessoas têm em seu ambiente psicológico, podendo apresentar aspectos variáveis e e diferentes conforma a histíra de vida de dcada pessoa, incluindo aí, a singularidade e subjetividade no espaço de vida de cada um.

Observar o campo é observar as influências que o ambiente provocou numa pessoa, aquilo que a moldou e a fez agir exatamente daquela forma naquela circunstância. A relação sujeito-meio é imprescindível para a compreensão do modo de ser no mundo de cada um. dando atenção apra o momento social que essa pessao vive.  A imagem a seguir demonstra a interação entre o esapço interno e o ambiente em que se está inserido.


  • Sacro transcendental - assuntos relacionados a espiritualidade, religiosidade, fé da pessoa.
  • Espaço que circula por fora da pessoa é o Meio Ambiente onde ocorre a Teoria de Campo.

A partir de vários estudos matemáticos e físico, Levin desenvolveu diagramas que mostram o estado de equilíbrio entre a pessoa e seu ambiente. Quando o equilíbrio é interrompido nessa relação, gera uma tensão. E essa tensão, leva a um movimento na tentativa de se restaurar o equilíbrio, onde o comportamento humanao envolve horas de tensão, locomoção e alívio, como um ciclo contínuo e repetitivo.

Outras definições de campo...

  • Um campo é uma teia sistêmica de relacionamentos, uma totalidade de forças mutuamente influenciável.
  • O campo é continuo no tempo e espaço.
  • Tudo é de um campo, isto é, objetos e organismos existem somente como parte de um campo e tem significado somente como interação nesse campo.
  • O campo é uma totalidade unitária, tudo afeta todo o resto no campo.
Holismo ...

Holismo tem origem grega e significa Holos, inteiro, o todo. 
É conseguir observar o todo em cada uma das partes.


Antes de se tornar uma maçã, passou por todas as fases do desenvolvimento, desde a semente até a fruta. Fruta de muitas simbologias, quando olhada no seu todo, como pecado,s edução, amor, paixão e conhecimento. Essas observações e associações da fruta, permitiu o olhar holístico sobre a maçã.

O termo holismo foi criado por Jean Christian Smuts em 1926, devido ao seu livro "Holismo e Evolução". Filósofo , escritor  e estadista sulafriacano (àfrica do Sul). Na Gestalt-terapia foi uma grande influência devido a sua proximidade de Frederick Perls e Laura Perls. Para ele o processo evolutivo não só gerava o surgimento de novidade para cosias materiais, mas também mentais, da personalide humana, como novos valores morais, espirituais e religiosos. Destacava que a formação da personalidade seria mais um caso representativo de uma tendencia de que a natureza tem que evoluir na direção da composição de todos e essa formação se dá desde a formação dos princípios inorgânicos, já que até o nível da criação espiritual envolvia esse processo.

Influências Orientais...

Paul Goodman trouxe seus conhecimentos da filosofia oriental para o grupo dos sete, sugerindo a a concentração no aqui e agora, enfatizando a importancia de não se separar cabeça e corpo no processo terapêutico.

A filosofia oriental teve grande importânica para a Gestalt-terapia como a ideia de um ponto zero é um conceito semelhante ao caminho do meio e as polaridades presentes na filosofia do Zen Budismo.

O conceito de vazio e fértil que seria um vazio fecundo de possibilidade e criativaidade que também surge da ligação das concepções do Zen Budismo e que Perls cita a compreensão oriental da criação do mundo a partir da noção de ninguém. "Deixe o caminho livre".

Perls fez uma viagem pelo Japão, com o propósito da busca pelo "satori" que para a cultura japonesa, significa ser consciência. desperto, orientado, passando a utilizar termos orientais como maio (como o mundo da ilusão). 

Além disso,fez críticas ao Zen Budismo percebendo que se tratava de uma religião sem Deus, embora se curvassem em frente ao Buda. Criticou a Yoga e a Meditação disse: "a mediatação e a Yoga nem trepa nem sai de cima" (parece uma direção da catototnia, como distúrbio mental ou algo do tipo.


Psicologia da Gestalt

  Contemplam as teorias de base de Gestalt-terapia que são:

  • Psicologia da Gestalt
  • Teoria de Campo
  • Holismo
  • Influências Orientais.
Psicologia da Gestalt...
  • é uma teoria que foi criada por Christian Von...filósofo austriaco. 
  • Foi estruturada na forma e suas percepções, cujas formas estão ligadas aos aspectos fisicos e as percepções e sensações provocadas em nós estão ligadas aos aspectos psicológicos. 
  • Sofreu também a influência da fenomenologia porque os princípios gestaltístas de organização da percepção, ditam que a organização acontece imediatamente sempre que nos vemos, nos relacionamos com diferentes figuras, portanto na interação. 
  • Essa lógica acontece porque parte de nosso campo perceptivo se une para formar modelos visuais como se fossem dimensões diferentes que irão diferenciar do fundo, o que acontece de forma espontânea e inevitável. 
  • Não é preciso aprender esses padrões, são inatos. 
Tudo isso se dá pelos seguintes princípios:

Princípio da proximidade: quando existe um elemento próximo do outros em relaçaão ao tempo e espaço, tendem a ser percebidos juntos para formar algum padrão, mesmo que seja aleatório ou abstrato.


Nesse logotipo da Unilever existem vários objetos, eles passam a ser interpretados pelo cérebro como um único objeto.

Princípio da Similaridade: semelhança dita que elementos semelhantes tendem a ser percebidos como pertencente à mesma forma, mesma estrutura:


Pode-se observar que se utilizou grupos de elementos com formatos, tons e cores iguais, criamos formas diferentes.

Princípio da Direção: temos a tendencia a perceber as imagens de tal forma, que a direção do modo fluido e natural continuam sendo percebido.

A imagem traz elementos que sugerem uma composição que induz seguir uma linha que nos leva a olhar numa unica direção. A parte branca é a luz que entra no quarto escuro, através da porta entreaberta.

Princípio da Pregnância: diz que quando a imagem é de fácil apresentação e entendimento, que provoca uma leitura que transmite simplicidade, estabilidade e ordem, é uma imagem de alta pregnância. Ao contrário, se a imagem for de difícil apresentação e entendimento, que transmite dificuldade de entendimento e de processar, apesar de ser compreendida, seria uma imagem de baixa pregnância.


Enxergamos os cinco arcos , depois processamos as cinco cores diferentes, e um pouco mais de aciocínio percebemos que representa o símbolo das olimpíadas. Por causa da simplicidade e entendimento essa imagem tem alta pregnância.


Essa imagem mesmo contendo a mesma ideia, tendo os cinco círculos preenchidos totalmente numa única cor, necessita de mauis tempo para compreender que seriam os arcos e simbolos que representam as olimpiadas. Esse seria uma peça de menor pregnância.

Princípio de fechamento: Nosso cérebro não precisa  ver uma imagem completa ou fechada para compreender o que a imagem representa.


Isso se deve aos padrões sensorias e de ordem espacial que temos em nossa mente. Ao se guiar pela continuidade de uma forma conseguimos prever pela mente. Há outros princípios para fechamento de uma forma.

Trecho da série Big Bang teoria, onde Sheldon trabalha sobre o fechamento, recondicionando o cérebo do cliente para a sua compulsão por finalziar tudo que começa a fazer.

Vídeo-aula



domingo, 13 de junho de 2021

A Gestalt-terapia e a Arte de Cuidar

 "Cuidar é uma atitude que traz implicitamente o desprendimento de si e um voltar-se para o outro, numa relação de afetividade, de interesse genuíno e de atenção para com a pessoa de quem se cuida." "Quem cuida cuida de alguém ou de alguma coisa. No âmbito da psicoterapia, a concepção de cuidar está intimamente vinculada à fundamentação antropológica" (CARDOSO, 2020, pg. 67), o que traz visçoes variadas do ser de quem se cuida, pois o cuidado estará direcionado de acordo com necessidade do cliente em psicoterapia.

De acordo com Cardoso (2020, pg. 67), Heidegger é uma referência fundamental para a concepção de homem implícita na práxis psicoterápica, em que o autor propõe que esta só pode ser compreendida pela análise do Dasein (do ser aí, lançado no mundo, para al´me de si, para o aberto e para o desconhecido), em que o homem é concebido como um ser de possibilidades, que podem ou não ser consumadas em função das relações que ele estabelece e das experiências que ele adquire ao longo da vida. Na perspectiva existencial da Gestalt-terapia p homem é dotado de liberdde para fazer escolhas sobre as quais é responsáve, além de ter consciência intencional voltada para o objetivo, embora não seja o objeto em si, mas o significado do objeto para este homem. 

Na obra de Heidegger, "Ser e Tempo", Michelazzo (199) apud Cardoso (2020, pg. 69-70), ressalta0se a os três modos de ser no mundo: projeto (o homem é um ser possibilidades que se mostram nas relações do homem com o seu contexto); lançado (o ser depara também com impossibilidades e limitações as quais ele não escolheu, se refere às características que lhe foram dadas no início da vida); decaído (o ser encontra-se num estado de existência inautêntica, caracterizada pela banalidade do cotidiano e pela superficialidade, na qual o homem se perde de si mesmo, onde experimenta o vazio existencial decorrente da falta de sentido, o qual pode assumir uma diversidade de sintomas, tais como depressão, ansiedade, pânico e fobias, entre outros).

"Na situação psicoterapêutica, em geral, o ser de quem se cuida é aquele que se encontra no modo de inautenticidade, é a pessoa cuja existência é malograda, alienada, reduzida à condição de objeto, aos sintomas, a partes fragmentadas que, por ser vistas isoladamente, perdem o sentido. São aqueles momentos descritos por Heidegger (2008) nos quais o homem, como ser no mundo, entra em decadência, ou seja, o estado de queda da existência humana, no qual ele se torna alheio de si e se entrega ao modo de ser impessoal e desconectado do si mesmo." (CARDOSO, 2020, pg.71)

Segundo Heidegger (1981) apud Cardoso (2020, pg.71) há dois modos de cuidaar: um no qual o cuidador assume as escolhas pelo outro, e guia, orienta, controla e se ocupa, focando no resultado esperado; o outro, é uma postura de coltar-se para o outro e ajudá-lo a se reconhecer a fazer escolhas próprias, recaindo sobre a relação e a forma de estar no mundo, o qual se configura no modo de cuidar da Gestalt-terapia, que cuidar consiste em pensar o ser e o sentido da sua existÊncia nas suas várias dimensões. "Portanto, cuidar é fazer com e não fazer por(CARDOSO, 2020, pg.72).

Cardoso (2020, pg.72) explica que o cuidado terapêutico tem a presença entendida como o encontro de pessoas que se abrem para o contato entre si, o que faz com que o cuidar não seja a técnica, mas sim uma postura, necessitando de habilidades interpessoais, capacidade de acolher, de escutar, de questionar, de dialogar, e convidar a pessoa a refletir sobre tudo que for importante para ela, para que a partir da compreensão possa ressignificar suas experiências. Tudo isso, aliado ao conhecimento teórico e às técnicas é que atingirão os objetivos pretendidos na psicorerapia. Para tanto, cuidar envolve o reconhecimento do outro na sua singularidade, implica despojamento de si e o disponibilizar-se para o cliente, numa postura de atenção, reconhecimento, confirmação da pessoa de quem se cuida, buscando olhá-la por inteiro, sem reduzi-la  a partes diagnosticadas. O gestalt-terapeuta busca enconrajar aquele que está cuidando a ser por si, a reconhecer possibilidades, a respeitar suas fragildiades e a develar o sentido de sua existência, respeitando o tempo e o ritmo do outro.

"Cuidar, então, é confirmar o íntimo, no sentido daquilo que é mais singular na pessoa, na contramão das aparências superficiais e vazias de sentido, tantas vezes supervalorizadas na nossa sociedade. É inspirar no outro a confiança necessária para que ele acredite em si mesmo e se reconheça como alguém digno, capaz e de valor. O existencialismo reflete-se na postura do Gestalt-terapeuta não como um conjunto de técnicas, mas em seu interesse por compreender o modo como a pessoa experiencia a si mesma no mundo, seja em seus momentos de existência plena ou de crise" (CARDOSO, 2020, pg.74).

Referências:
FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina Okajima. Gestalt-terapia fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. Summus editorial.6ª reimpressão. São Paulo, 2020.

O existencialismo como influência filosófica da Gestalt-terapia

  Soren kierkegaard é um dos principais representantes do existencialismo, porém, há outros importantes como Jean Paul Sarte, Martein Buber, Matin Heidegger, Friedrich Nietzsche

A nível de definição busca compreender a existência humana partindo da própria existência, em seu aspecto concreto, afetivo, histórico e singular, valorizando a liberade de ser e a singularidade do indivíduo. Assim, toda pessoa é livre para fazer as suas escolhas, pois estamos escolhendo a todo momento.

A origem da palavra existir vem do latim, signfica começar a ser, e nesse senido o homem é o único ser que pode sair de si mesmo para projetar-se.

Kierkegaard e Friedrich Nietzsche ressaltaram o significado da existência humana com o objetivo de restaurar a importância do sentimento, das escolhas e da individualidade humana em seu aspecto concreto, afetivo, histórico e singular.

Aspecto concreto - nasce para contrariar o pensamento idealista dos ser humano, que diferenciava o mundo das ideais, que é o mundo verdadeiro, do mundo material que seria o suposto mundo falso. Os filmes Avatar e Matrix trazem dois mundos paralelos, permitindo diferenciar a distinção entre esses dois mundos. Para isso, o homem deveria buscar ser o homem ideal, virtuoso,visão idealista  que caiu por terra, porque seria impossível atingir esse nível de perfeição, e a completude da vida na existência humana, no mundo material é diferente, devendo levar em consideração a realidade humana com todos os seus defeitos, assim como se dá no mundo concreto que experineciamos.

Aspecto afetivo - o existencialismo aparece para rompar a posição filosófica do racionalismo, que reinava no sc XVIII na Europa em que a razão era o grande valor do homem e que para se obter controle de si e das coisas deveria seguir o pensamento racionalista. A corrente existencialista veio de uma forma mais humana, mostrando que os seres humanos são afetivos e se alteram a todo instante a partir das prórpias emoções. Não quer dizer que o existencialismo é a negação do racionalismo, pois também reconhece que o ser humano é um ser racional e também emocional. A afetividade exerce um papel muito importante sobre a existência e o sentimento humano. 

Com isso leva em conta a singularidade, explicando que cada ser é um mundo diferente, sendo seres diferentes com particularidades e necessidades diferentes, que passam por experiencias subjetivas diferentes, com caracteristicas diferentes que os tornam diferentes uns dos outros.

Aspecto Singular - o existencialismos procura estudar fenomenológicamente as experiencias que cada indivíduo tem na sua suibjetividade, com assuntos como medo, liberdade, responsabilidade, amor, esperança, ódio, culpa, enfim, estudas as experiências humanas.


Fundamentação:

Cardoso (2020, pg; 59) conta que o existencialismo surge e se desenvolve, especialmente na Europa Ocidental, na primeira metade do século 20, após duas guerras mundiais,onde a humanidade se vê mergulhada em sofrimento e desespero e diversos pensadores começam a duvidar de que o racionalismo defendido até então seria a única solução para os problemas e as tribulações atravessadas pela sociedade naquele período, em meio a reflexões sobre o homem e seu modo próprio de ser no mundo propostas por Sõren Kierkegaard, Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre e Martin Buber, entre outros.

"O existencialismo pode ser entendido como um conjunto de doutrinas filosóficas cujo tema central é a existência humana em sua concepção individual e particular, tendo por objetivo compreender o homem como ser concreto nas suas circunstâncias e no seu viver, conforme se mostra na sua realidade." (CARDOSO, 2020, pg.60), de onde surge a preocupação em compreender a existência humana.

"Na perspectiva existencial, o homem é concebido como um ser livre e responsável por construir a própria existência. Tal concepção foi sintetizada por Sartre (2012, pg. 25) apud Cardoso (2020, pg.60) ao afirmar que “a existência precede a essência”.  O autor explica que o homem é entendido como um ser livre para escolher sua essência a cada instante, consumando, assim, seu projeto de vida e de ser no mundo e que, ao fazê-lo, torna-se o único responsável por sua existência, pois escolhemos a todo instante, o que se quer ser. "Apesar de nossa condição existencial se caracterizar por um contexto que também nos impõe limitações físicas, sociais, espaciais e temporais, estas não nos determinam, pois cada um de nós é resultado daquilo que escolheu para si, incluindo o modo como lidamos com esse contexto. Isso pode ser ilustrado pela seguinte máxima sartreana: “O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que fazemos do que os outros fizeram de nós” (CARDOSO, 2020, pg.61).

"... só se pode compreender o homem com base em seu modo de existir no aqui e agora, incluindo a sua forma de ser e de experienciar o mundo e as várias situações de sua vida" ( CARDOSO, 2020, pg.63). "A Gestalt-terapia concebe o homem como o melhor intérprete de si mesmo, de sua individualidade complexa e dinâmica, o que é possível mediante o princípio da presentificação da experiência (awareness), ou seja, no modo como seu passado e seu futuro são experienciados no aqui e agora (PERLS, 1977 e 1988) apud  (CARDOSO, 2020, pf. 63)

"Martin Buber foi um filósofo existencial que enfatizou a importância do inter-humano, do encontro, do diálogo e da relação na constituição do ser humano. Para ele, todo viver verdadeiro é encontro e o evento dialógico é o que ocorre na esfera do “entre” (CARDOSO, 2020, pg.63). O autor conta que outros autores influenciados por Buber, recinhecem a Gestalt-terapia como dialógica. Conforme Hycner (1995) apud Cardoso (2020, pg. 64) o homem é antropologicamente existente na qualidade da relação estabelecida com outro homem, e é no evento do inter-humano que ocorre o encontro dialógico., caracterizado pela reciprocidade das partes que se relacionam. Perls, Hefferline e Goodman (1997) apud Cardoso (2020, pg. 64)  "referem-se ao “entre” como a “fronteira de contato”, a fronteira na qual a pessoa e o ambiente se encontram e interagem. É aí que se dá o contato, decorrente das trocas com o meio que promovem o crescimento."

De acordo com Cardoso (2020, pg; 65) na psicoterapia é necessária uma condição para que o cliente possa ser reconhecido em sua autenticidade, adotando uma postura aberta e de acolhiemnto ao cliente, esvaziando-se de quaisquer a prioris, pois somente assim, a pessoa poderá ser reconhecida no seu vir a ser. Yontef (2002) apud Cardoso (2020, pg. 65-67) ressalta a postura do gestalt-terapeuta em sua dimensão existencialm, devendo respeitar os princípios básicos do diálogo: inclusão, como postura de se colocar no lugar do outro, sem perder sua prórpia perspectiva; confirmação, assumindo uma postura receptiva e facilitadora da expressão do modo de existir da pessoa, fortalecendo sua autoimagem e sua autoestima; presença, estando inteiro na relação terapêutica, e entrega ao "entre", o que, configura a relação terapeuta-cliente como uma modalidade  interpessoal, mais do que, meramente técnica, sendo uma  postura de respeito que facilita o encontro da pessoa consigo mesma, por meio da aceitação, do diálogo, da presença respeitosa e confirmadora do psicoterapeuta.

Referências:
FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina Okajima. Gestalt-terapia fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. Summus editorial.6ª reimpressão. São Paulo, 2020.

terça-feira, 8 de junho de 2021

A fenomenologia como influência filosófica da Gestalt-terapia

  •  Após da gestalt-terapia os acontecimentos considerados surtos psicóticos passaram a ser conhecidos como fenômenos de estados alterados de consciência possível ao homem, quando este homem se abre para outras dimensões de vida.

 Fenomenologia
  • Provém do grego, indica o estudo do fenômeno, compreendida como aquilo que se mostra por si mesmo.
  • Fenômenos é tudo aquilo material ou imaterial que podemos ter consciência como por exemplo, o conhecimento.
Edmundo Husserls criou a fenomenologia
  •  tinha como objetivo fundamentar os estudos do conhecimento, da perspectiva dos fenômenos da consciência. 
  • Assim, todo e qualquer conhecimento se dá a partir de como essa consciência esclarece os fenômenos.
  •  Para Husserls os fenômenos são manifestações que spo ganha sentido quando interpretados pela consciência, e para isso é preciso captar a essência das coisas, descrevendo o mais puro dos fenômenos. 
  • Para que isso aconteça ele sugere que o terapeuta suspenda todos os apriores, todo o conhecimento a respeito da coisa. 
  • Com isso, o sujeito e objeto se tornam a mesma coisa. 
  • Pretendia fazer uma reformulção da filosofia tradicional e desvincular as suas raizes do positivismo, pois acreditava que a filosfia e a psicologia não deveria se vincular à ciencia. Para atingir esse objetivo, surge o conceito de Redução fenomenológica, ou seja, para se obter a compreensão de um fenômeno era preciso investigar esse fenômeno em si, ir a fundo, se eximindo de ações, crenças, torias, permitindo que seu eu pensante seja neutralizado.
  • Quando se consegue suspender os apriores, estado de redução fenomenológica, o terapeuta consegue entrar em estado de appoché, termo grego usado pelos céticos para determinar a suspensão de juízo. 
  • Husserls definiu appoché, como colocar o mundo entre parêntese quando se vive uma relação com o fenômeno em si, mantendo o foco na observação.
  • A fenomenologia nos ajuda a sair do estado habitual de pensar, do estado já programado de conhecimento que já temos, tornando possível identificar a diferença entre o que de fato esta sendo percebido e sentido na situação rpesente, e o que é uma possível lembrança do passado.
  • Descrever o fenômeno é mais importante que intrepretá-lo.
Conceito de Awareness
Para a fenomenologia traduz a ideia de entendimento, luz, conscientização sobre o fenômeno. O que clareia, traz luz ao fenômeno. Isso possibilita compreender o fenômeno através do contato com o aqui e agora.

Fundamentação:

Ari Rehfeld (2020, pg.24) conta que Edmund Husserl, filósofo nascido na Morávia(Atual República Tcheca), judeu, estudou matematica em Berlim e Viene e astronomia em Leipzig. Em 1884 conheceu Frans Brentano e dedicando-se a pensar a teoria do conhecimento e filosofia da ciência. Ele pretendia criar um novo método que acabou revolucionando todo o pensamento das ciêcias humanas do século XX, e da própria filosofia até o momento atual. Ao se encantar com as ideias de Brentano, Husserl partiu para a construção de uma tentativa de fundamentação das ciências, colocando em questão seus pressupostos, objeto de estudo e metodologias. 

"Husserl procura, a princípio, pela epoqué (redução eidética e fenomenológica) chegar a um Eu e a um Objeto puros em suas propriedades essenciais, retirando todas as qualidades circunstanciais, ou acidentais, com o fim de, estando de posse de um Eu e de um Objeto puros, fundar uma nova teoria do conhecimento de modo sólido e inquestionável" (REHFELD, 2020, pg. 27)

"A redução fenomenológica ou epoché vai consistir em “pôr entre parênteses” a realidade do senso comum. Não se deve permanecer ao nível das impressões sensíveis, mas sim captar a “essência” ou o sentido das coisas". Procurou "fundar um modo de chegar “às coisas mesmas” buscando prescindir das especulações, hipóteses e leis gerais para entrar em contato com a especificidade, a originalidade e a singularidade de cada fenômeno que se mostra" (REHFELD, 2020, pg. 27)

Rehfeld (2020, pg.28) explica que a Fenomenologia, no seu termo literal, significa “estudo dos fenômenos”, isto é, daquilo que é dado à consciência. Porém, Husserl vê a consciência como um lugar onde, de alguma maneira, se prende o conhecido. Husserl vê a consciência como uma síntese em fluxo que não tem nenhuma substancialidade, sendo mais uma dinâmica entre Sujeito e Objeto, onde todo ser recebe seu sentido e valor, ou seja, tudo só terá valor se apresentar sentido na relação conhecedor e Objeto através das diferentes formas de apreensão de mundo, tais como: razão, pensamento, intuição, sensibilidades e como pré-reflexivo. "Por epistemologia fenomenológica ressalta-se que Edmund Husserl considerou a fenomenologia como a reflexão sobre o fenômeno, ou seja, a reflexão sobre aquilo que se mostra como se mostra" (FUKUMITSU, 2020, pg.34)

"A perspectiva fenomenológica constata o caráter intencional da consciência — esta é sempre consciência de alguma coisa. Existe a dicotomia sujeito-objeto, no qual Noesis (ato da consciência visando ao objeto) e Noema (objeto visado pela consciência) são somente polos dessa correlação. (REHFELD, 2020, pg. 28-29). O autor ressalta que a a consciência se dirige aos objetos, não só pela intuição e percepção, mas também, pela imaginação, memória, sentimetnos, sonho. Logo, a fenomenologia concebe o homem essencialmente como ser no mundo, sendo a consciência , a consciência no mundo e vincula-se a ele por meio do corpo atravpes do qual é possível se relacionar com as coisas e outros seres humanos.

Rehfeld (2020, pg.29) afirma que a  fenomenologia pretende explorar esses dados intuitivos — relação pré-reflexiva —diretamente, evitando estabelecer quaisquer hipóteses a seu respeito. "Portanto, a fenomenologia enquanto método de aproximação e compreensão dos fenômenos,  visa elucidar não o mundo e a realidade tomados em si mesmos, mas as relações vividas e efetivas que se estabelecem, aos mesmo tempo necesária e livremente, entre homem e mundo.  "Para Husserl não se pode conhecer jamais aquilo que se dá por si mesmo, a coisa em si. E para que se faça realmente fenomenologia, é preciso suspender todo e qualquer posicionamento ontológico, e toda realidade empirica" (REHFELD, 2020, pg. 29).

Fenomenologia e Gestalt-terapia

Rehfeld (2020, pg. 30-31) explica que para apreender o homem com toda a sua singularidade, unicidade e originalidade, é preciso olhá-lo sem pré-conceito, nem pré-reflexão, nem pré-definição ou diagnóstico prévio, caso contrário, não será possível enxergá-lo em sua particularidade e complexidade, mas aenas no que pré-vimos. Portanto, segundo Husserls é preciso não aceitar o pré-dado, sair de uma posição prévia de visão para buscar uma compreensão maior do sujeito, o que possibilita a posse de um novo olhar, muito mais próximo da "coisa em si", com novas significações ou possibilidades, num esforço de apreender a significação de sua experiência.

"A Gestalt-terapia contemporânea tende, a partir de então, a valorizar o “experimento” em detrimento da técnica. Se esta última conduzia o paciente a um ponto em que o terapeuta já se  encontrava, o experimento, por sua vez, não tem tal ponto, de modo que paciente e terapeuta caminham juntos em direção ao novo, novo para os dois" (REHFELD, 2020, pg. 32-33).  O autor afirma que um de seus principais pilares do trabalho clínico fenomenológico e gestáltico é a awareness, consciência em fluxo que propicia a expressão do fenômeno "que se mostra no que aparece" contribuindo para a descrição desse modo de ser.

Fukumitsu (2020, pg.35) explica que para se fazer um estudo fenomenológico é preciso saber que o conhecimento obtido nas entrevistas e no processo de análise dos depoimentos tem duração contextualziada e depende da situação que o colaborador experineciou naquele exato momento, e que é preciso considerar que, o que é percebido naquele momento sobre determinada vivência, pode ser diferente em outro momento da vida da pessoa.

Moustakas apud Fukumitsu (2020, pg. 36;48), cujas ideias derivam das concepções de Edmund Husserl,  foi um ícone do movimento humanista nos Estados Unidos que utilizou o metodo fenomenológico que abrange as sete condições preconizadas pelo existencialismo, cujo objetivo é a apreensão das análises que representam o processo daquilo que aconteceu (noesis) o ato, a forma como se deu a experiência, o significado da experiência, a informação estrutural, o que nçao foi falado, o velado, o implicido, conforme pode ser visto a seguir:

1. "Temporalização: apresentação das experiências ligadas ao tempo" (FUKUMITSU, 2020, pg.46).
Exemplo: quando a pessoa relata sentir-se atrasado em suas atividades, ou revela sensação de ter perdido tempo com algo.

2. "Especialização: apresentação da vivência do espaço"  (FUKUMITSU, 2020, pg.47).
Exemplo: mencioar que se sente um peixe fora d'água em grupos.

3. "Aspectos relacionados ao corpo: quando a entrevistada diz sentir que a dificuldades de cuidar do copro provoca a necessidade de escondê-lo por "não se sentir mulher""  (FUKUMITSU, 2020, pg.47).

4. "Motivação: apresentação da compreensão do fenômeno, justificando: a) por casualidade - a pessoa cometeu suicídio porque sofris de transtorno bipolar; b) assumindo a responsabilidade, culpando o outro ou fazendo autoacusações - o marido cometeu suicídio porque não aguentou a traição da mulher; c) por crença no destino - o depoente afirma que é seu destino passar pela experiência"  (FUKUMITSU, 2020, pg.47).

5. "Materialidade: uso de figuras de linguagem que emetem à compreensão do que o depoente sente por meio de exemplos concretos"  (FUKUMITSU, 2020, pg.47)
Exemplo: filho de alguém que cometeu suidio relata sentir-se como se tivesse sido marcado com ferro em brasa.

6. "Ralacionamento com o mundo próprio: abarca a maneira como a pessoa se percebe"  (FUKUMITSU, 2020, pg.47).
Exemplo: se define como inseguro, solitário, etc.

7. "Relacionamento com outros e com o meio: apresenta a maneira como a pessoa interage  com os outros e com os objetos"  (FUKUMITSU, 2020, pg.48)
Exemplo: evitar relações interpessoais ou afirmar que "o cigarro é o seu melhor companheiro".


Referências:
FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina Okajima. Gestalt-terapia fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. Summus editorial.6ª reimpressão. São Paulo, 2020.






segunda-feira, 7 de junho de 2021

O humanismo como influência filosófica da Gestalt-terapia

  A Gestalt-terapia está ao lado das abordagens psicoterapeuticas humanistas, a qual coloca o homem como centro, valor positivo, autosuficiente, capaz de se autogerir e se autoregular.

Na Psicoterapia Humanista o foco é voltado para a pessoa. O centro que dá sentido ao processo psicoterapeutico tem a ideia de que a pessoa cria a si mesmo, existindo em si mesma, comos e tomasse posse de si e do mundo.

" O homem é a medida de todas as coisas." (Protágoras)

"Conhece-te a ti mesmo." (Sócrates) como um convite a evolui para dentro de si mesmo, tomar consciência de si - autoconsciência.

"Amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Matheus - Humanismo Cristão) o que possibilita que por meio do amor ao p´roximo, assim como o amor a si mesmo, pode-se encontrar respostas para as prórpias indagações ou inquietações internas.

A Postura Humanística...

  • se preocupa com o poitencial criativo transformador, força geradora de transformação que pode ser uma porta para o renascimento nos momentos mais difíceis, num encontro com o eu.
  • também busca compreender o sentido dos limites como fracasso, morte, finitude, tudo o que faz parte da compreensão da própria vida.
"O humanismo é a grande tentativa do homem de compreender-se e se fazer compreendido." (Jorge Ponciano)

O Homem está continuamente lutando consigo e com o outro, na busca e na tentativa eterna de se autoafirmar e ser reconhecido como pessoa, o que demonstra a busca pela compreensão de seu próprio sentido.

  • A filosofia humanista fornece as bases para o discurso psicoterapeutico centrado na pessoa, como base de sustentação. 
  • O humanismo é uma teoria do homem, e não a teoria no homem. O homem criando a si mesmo, existindo, tomando posse de si e do mundo.
Relação de expressar-se e de consumar-se  da essência pelo agir, pela linguagem:

  • Martin Heidegger, filósofo escritos professor universário do século XX, traça no conceito de humanismo que o homem é o centro do universo, do mundo sobre o qual ele cria, ondele ele é a coisa mais importância, que essa importância acompanha o homem a vida inteira.
  • O homem não quer ser apenas um ser entre muitos seres, mas busca se realizar e estar bem próximo de si, da sua existênia da forma mais autêntica.
Filme: A última gargalhada (1924)
  • o funcionário demonstrou com muito orgulho sua profissão.
  • a idade chega e as capacidades para exercer algumas atividades vão ficando limitadas, e acabam ser substituidas por alguém mais jovem, indo para uma função mais burocrática, que não era tão valorizada pela sociedade como a posição de porteiro.
  • Entendeu que foi substituido e foi encaminhado para outra função.
  • Ele nao conta para sua esposa que foi substituído, antes de ir pra casa vestia o uniforme roubado e fingia que ainda estava trabalhando. O uniforme vira simbolo de dignidade.
O comportamento de simular que ainda esta na mesma função, percebe-se que, o que somos depende da forma como nos enxergamos, e como nos prendemos na forma de como as outras pessoas nos vêm. 

A dicotomia entre o que somos e o que representamos ser, no discurso humanistico esse pensamento não caberia, pois o homem no humnismo precisa ser percebido como um todo, e não apenas pelo uniforme. O uniforme é apenas parte do indivíduo, e não o indivíduo como um todo.

domingo, 6 de junho de 2021

Origem da Gestalt-terapia

 

  •  História de seu principal precursor: Frederick Salomão Perls, psicoterapueta e psiquiatra, filho de família judia qe ansceu em Berlin na Alemanha.
  • 1951 - Frederick Perls junto com Paul Goldman e Halph Hefferline lança o livro Gestalt-terapia considerado a bíblia da Gestlt-terapia.
  • Na introdução do livro tem a oração da Gestalt, trazendo a mensagem do individualismo da proposta, atraindo muitos jovens desde a época.

Oração da Gestalt

"Eu faço minhas coisas,você faz as suas. Não estou nesse mundo para viver de acordo com suas expectativas, e você não está nesse mundo para viver de acordo com as minhas. Você é você e eu sou eu.  E se por acaso nos econtrarmos, é lindo. Se não, nada há a fazer."                 

Os conceitos que representaram as mudanças paradigmáticas na vivência diária da psicanálise que nortearam a prática gestáltica foram:
  • o ponto de vista existencial, experimental e organísmico
  • a presentificação imediata do aqui e agora
  • a noção de contato que foi substituindo a ttransferência usada na psicanálise,
  • a conceitualização do ego como o fenômeno limite em si, levando o ego para outra função de contato, identificação e alienação.
Para Frederick Perls, o principal objetivo na terapia não seria fazer com que os pacientes aceitassem as interpretações ultrpassadas de sua história. Essa coneitualização porpiciou um espaço para que essas vivências emergissem para a experiencia, chamando atenção para o momento aatual e a simplicidade do aqui e agora. 

Com isso as perguntas básicas da psicanálise como o que? passa a dar lugar para Como? na Gestalt-terapia, dando maior importância para a estrutura da fala, do que para o conteúdo da fala. Com isso foi possível entrar em contato com as emoções, sentimentos e sensações, percepções ocupando um espaço de atenção. E é partir dessa troca que se pode iniciar uma sessão da gestalt-terapia com qualquer material como por exemplo, um sonho, modo de sentar, o terapeuta pode se utilizar de qualquer observação para iniciar o processo terapêutico.

Na Gestalt-terapia qualquer elemento é um núcleo do trabalho, seja ele o meio, a mensagem, a forma ou o conteúdo. Isso abre espaço para improvisar, experimentar, explicar, pois a própria vivência dos acontecimentos são consideradas por Perls a melhor experiência.

1920 - Frederick Perls formou-se em medicina, bem relacionado entre os filósofos e psicanlistas da época. Trabalhou em Frankfurt, onde abrigava soldados com lesões cerebrais. Casou-se com Laura Perls, uma notável psicóloga e psicoterapeuta que ajudou a estabelecer a escola gestáltica de psicoterapia. Foi diretamente responsável pela criação da Gestalt-terapia.

Início da década de 1940, Laura e Frederick Perls se uniram a um grupo de intelectuais e artistas conhecidos como o grupo dos sete. muitos acreditam que esse grupo são os responsáveis pela Gestalt-terapeuta. 

Haviam médicos, educadores, psicanlistas, filósofos e especialistas e estudos orientais, cujas teorias  com múltiplas influências consideradas influencidoras da Gestalt-terapia como:

  • Fenomenologia, 
  • Teoria da Gestalt
  • Teoria organísmica
  • Teoria de Campo

Devido à diversidade de formação dos sete, não era fácil conciliar as ideias, especialmente em relação ao nome do livro, ficando como Gestalt-terapia o nome do livro.



"O ano de 1951 é considerado o marco do surgimento da Gestalt-terapia, com a publicação de Gestalt-therapy: excitement and growth in the human personality, escrito por Frederick Perls, Paul Goodman e Ralph Hefferline. (FRAZÃO, 2020, pg.11)

Frazão (2020, pg.12) explica que a Gestalt-terapia surgiu em meio à Psicologia Humanista, que traz para a Psicologia uma nova visão de homem quando comparada com a Psicanálise e Behaviorismo, abosdagens bastante deterministas da época. 

"A psicologia humanista enfatiza a autorrealização por meio do desenvolvimento de potencialidades humanas de crescimento e criatividade. O homem se autodetermina, interage ativamente com seu ambiente, é livre e pode fazer escolhas, sendo responsável por elas no universo interrelacional no qual vive" (FRAZÃO, 2020, pg.12).

O livro Gestalt-terapia criado por Perls, a partir de suas ideias anotadas quando ainda vivia na Àfrica, foram bem articuladas por Goodman,  que já escrevia livros, em Nova York,  "enfatizando assim que a Gestalt-terapia não se preocupava apenas com "a cura", e sim com o desenvolvimnto do ser humano e com seu crescimento,, incluídas aí suas potencialidades" ((FRAZÃO, 2020, pg.13).

Outro importante nome da Gestalt-terapia foi Laura Perls, que "estudara is existencialistas kierkegaard e Heidegger e os fenômenólogos Hursserle Scheler" (FRAZÃO, 2020, pg.14). 

Goldstein foi estudioso da percepção, e "ampliou a psicologia da Gestalt para a compreensão do organismo em sua totalidade"(FRAZÃO, 2020, pg.15). Goldstein era é considerado o criador da teoria organísmica a qual, influenciada pela psicologia da gestalt, encara o organismo como uma totalidade interativa, isto é, qualquer coisa que ocorra em parte do organismo o afeta em sua totalidade, independentemente da área atingida" ((FRAZÃO, 2020, pg.16)

Frazão (2020, pg.20) relata que houveram duas correntes quanto à disseminação da gestalt-terapia: uma, representada por Perls (1960-1970); e a outra, mais restrita a Nova Yourk, depois Europa, que procurava aprofundas as bases teóricas e filosóficas da abordagem (1970). Na década de 1980, alguns Gestalt-terapeutas trocaram o modelo tradicional de ação do terapeuta sobre o paciente por outro no qual ambos são  função do campo relacional, chamando-o de "Gestalt-terapia relacional", modelo que suscita importntes questões no campo da ética.

"No Brasil a Gestalt-terapia começou a ser conhecida no início da ´decada de 1970, anos difíceis e sombrios em virtude da ditadura militar e da repressão"(FRAZÃO, 2020, pg.21).

Referências:
FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina Okajima. Gestalt-terapia fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. Summus editorial.6ª reimpressão. São Paulo, 2020.


Introdução à Gestalt- terapia

  A palavra Gestalt tem origem alemã, não tem significado exato no português. A tradução que mais se aproxima é formato,aspecto ou configuração. O termo surgiu no início do século XX, tendo como principais representantes três psicólogos. 

A gestalt-terapia é uma abordagem da Psicologia, assim como Psicologia Humanista, TCC, etc.

Metodologia central da Gestalt-terapia foi criada em torno da perspectiva do "foco na experiência humana no mundo". 

A Gestalt-terapia parte do princípio de que o contexto em que vivemos afeta...

  • a experiência de como vivemos, 
  • a forma de como nos relacionamos 
  • como encaramos a vida.
Visão holistica do indivíduo leva em consideração:

  • o ponto de vista microcosmo , onde cada parte representa o todo. Tem-se várias partes que representa esse todo.
  • o ponto de vista macrocosmo, o todo interage com esses componentes e experiências menores.
A Gestalt preza pela ateção e foco no "aqui e agora". 
  • Nem por isso deixa de considerar os acontecimentos do passado na vida do indivíduo, ao contrário, a intenção é trazer a consciência, para o exato momento, em que acontecem os fatos a serem levados em considerão, permitindo compreender melhor como estão os sentimentos, reações, emoções em geral.
  • Surge aí o conceito de "autoconsciência", onde os sentimentos são reavivados para que se possa apreder a ldiar com ele de forma melhor.
  • Como me sinto, como me percebo, e me relacionao com esse momento, no aqui agora, e não com o passado ou futuro, a Gestalt permite trabalhar as memórias desse passado desse indivíduo para entender como pode influenciar no aqui agora da vida do indivíduo.
Diferença entre Gestalt-terapia e a Psicologia da Gestalt.
  • São diferentes.
  • A Gestalt- terapia
    •  é uma abordagem da Psicologia, uma metodologia de trabalho utilizda pelo psicólogo ou psicoterapeuta na clínica,  que é norteada pelo foco na experiencia humana e atenção no presente.
  • A Psicologia da Gestalt
    •  apesar de fazer parte da história da Gestalt-terapia não é uma abordagem, mas sim, uma teoria, criada pelo austríaco Cristian von Ehrenfels , psicólogo e filósofo. 
    • Estruturada com base nas formas e suas percepções, sendo que as formas estão ligadas as aspecto físicos, e as percepções estão ligadas as aspectos psicológicos.
A partir das figuras a seguir, é possível demonstrar na prática como se dá o processo de percepção por meio de um estímulo com apresentação de forma.

O que você ver?
Um cálice ou dois rostos voltados um para o outro?

O que você ver?
                                    Um gorila e uma onça se encarando ou                                                        Uma árvore com peixes pulando no lado e pássaros voando?
O que você ver?
Um homem tocando saxofone ou um rosto de mulher?


Fundamentação Teórica:

Segundo Frazão; Fukumitsu (2020, pg.7-8), a Gestalt-terapia enquanto Abordagem da Psicologia tem seus fundamentos e práticas específicas dessa abordagem, como os fundamentos epistemológicos e as influências filsóficas e as bases teporicas  que constituem os pilares da Gestalt, que surgiu desde 1951, configurando-se como abordagem psicológica. 

Importante enfatizar "as influências teóricas que findamentam a abordagem gestáltica e seus influenciadores: Husserl, Kierkegaard, Buber, heidegger, Sarte, Kohler, Wertheimer e Koffka, entre outros." (FRAZÃO; FUKUMITSU, 2020, pg. 8-9). 

A Gestalt-terapia e sua história perpassa pelos seguintes caminhos:
  • Fundação da Gestalt-terapia e as diferentes influências teóricas e filosóficas sofridas pela abordagem.
  • A fenomenologia proposta por Edmund Husserl, como revolução paradigmática na ciência e suas relações com a gestalt-terapia.
  • A fenomenologia como método de pesquisa qualitativa.
  • Os pressupostos do existencialismo.
  • O conceito de humanismo disitnguindo a psicologia humanista e suas relações com a GEstalt-terapia.
  • A psicologia da Gestalt e sua nova e revolucionária teoria da percepção.
  • A gestalt-holística, a teoria organísmica e ecológica e as concepções holísticas.
  • Influência do pensamento oriental na Gestalt-terapia no que diz respeito ao método e à visão de homem.

Referências:
FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina Okajima. Gestalt-terapia fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. Summus editorial.6ª reimpressão. São Paulo, 2020.