segunda-feira, 25 de abril de 2022

Indicação de Livro: A Clínica Gestáltica com Adolescente.

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A prática clínica da Gestalt-terapia cresce a olhos vistos, e cada vez mais são necessárias leituras e produções que auxiliem o leitor - seja ele profissional ou estudante de psicologia - a compreender melhor o universo do adolescente. Neste livro, autores engajados e atuantes relatam suas experiências no campo educacional, institucional e na clínica, tecendo reflexões e trazendo novas possibilidades de intervenção. Entre os temas abordados na obra estão transtorno de conduta, conflitos com a lei, bullying, orientação profissional e o papel da família durante o tratamento. Prefácio de Lilian Frazão.

Indicação de Livro: Transtornos Clínicos da Infância e da Adolescência

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Este livro traz um olhar compreensivo da Gestalt-Terapia sobre as principais psicopatologias da infância e da adolescência. O princípio da totalidade postula que o adoecimento da sociedade leva ao adoecimento da família, que, por sua vez, adoece o(s) filho(s). Tudo e todos estão interligados. Nada existe por si só, ninguém adoece sozinho, os distúrbios emocionais emergem da relação entre indivíduo e ambiente. Saúde e doença dependem da personalidade e das condições ambientais, fazem parte do ciclo da vida. Antes de apresentar a concepção de doença, discorro sobre saúde, pontuando ser um fenômeno multifacetado, com vários lados de manifestação, como vivacidade, espontaneidade, criatividade, originalidade. Abordo ainda a formação da autoestima, do autoconceito e do autossuporte como processos interdependentes no desenvolvimento da personalidade e do funcionamento saudável, ressaltando que uma boa autoestima está associada a bons pensamentos sobre si (e vice-versa) e, desse modo, o indivíduo torna-se capaz de ser seu próprio apoio para expressar seus sentimentos e pensamentos autênticos e para lidar com situações de tensão. A obra cursa na direção de apontar a doença como tentativa da criança ou do adolescente, em sofrimento psicológico, salvar o reinado do amor e da saúde da família ao se tornar a vítima, o doente, o porta-voz do desequilíbrio do sistema familiar.

Indicação de Livro: Infância na Gestalt-terapia

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Ampliando ainda mais o tema da clínica gestáltica na infância, Sheila Antony e Rosana Zanella compilam nesta obra um vasto conteúdo teórico, clínico e prático para tratar a criança em sofrimento. Escritos por profissionais extremamente experientes, os capítulos mergulham em temas caros à abordagem gestáltica, como a presença, o heterossuporte e o uso de atividades lúdico-terapêuticas para expandir a awareness desse público. Além disso, fica claro a cada página que a tríade terapeuta-criança-família é cocriadora de fenômenos emocionais e comportamentais que levam à cura, à transformação e à ressignificação dos dramas vividos. Prefácio de Karina Okajima Fukumitsu. Textos de: Virgínia Suassuna, Evelyn de Oliveira, Claudia P. Tessari, Rosana Zanella, Carla Poppa, Fabiana De Zorzi, Luciana Aguiar, Sheila Antonye Taís Aparecida Augusto.

Gestalt-terapia com crianças e adolescentes - Atendimento aos Pais/ Sheila Anthony

 Atendimento aos pais na GT:

  • O sintoma apresentado pela criança é apenas uma figura que emerge de um fundo que reflete um aspecto de sua totalidade e da totalidade de seu sistema familiar.
  • A presença de problemas emocionais e comportamentais da criança está nos pais - os pais projetam suas tragédias infantis na relação com seus pais, em seus filhos. Delegam seus dramas aos seus filhos.
  • Nas relações de medo da criança/adolescente em relação aso pais, traz a tona a disfuncionalidade do sistema familiar como um todo. As crianças captam as necessidade dos pais(minha mãe precisa que eu rpecise dela). É melhor que fique calado, contenha minha alegria, por que meu pai grita comigo. Passa a privilegiar as necessidades dos pais, e a da criança ou adolescente fica de fundo.
  • criança - figura- queixa-sintoma-parte
  • Convoca-se os pais a serem coparticipante no processo terapêutico da criança e do adolescente. Os pais precisam se tornar aliados, parceiros para o tratamento psicoterápico da criança e do adolescente.
  • Os pais provocam tensão na relação terapêutica, desafiam o terapeuta. Primeiro trazer os pais, dar consciência de que são importantes na mudança dos filhos. A criança muda se o campo muda também. A tarefa do terapeuta é ampliar a consciência. 
  • Ampliar a consciência dos pais sobre seus filhos sobre esse olhar julgador, critico, parcial sobre seus filhos. Sensibilizar os pais com o sofrimentos dos filhos é essencial.
  • Conversar com os pais e levá-los a idade que tinham na idade de seu filho, como eram nas suas relações, seus problemas.
  • Adoecimento é excessos ou faltas de determinadas expressões, emocionais, comportamentos, etc. Equilíbrio é saúde.
  • No trabalho com os pais o terapeuta busca promover a comunicação genuína entre eles e os filhos, falar de seus medos. 
  • Com o adolescente é importante levar os pais a renegociarem os valores, os horários, atribuindo responsabilidades e incentivando a autonomia.
  • Pais temem a perda do filho adolescente, quando em busca de sua individuação, de sua autonomia. Reconhecer a individualidade do outro é essencial. É preciso reconhecer o momento de EU, TU e NÓS.
  • Reconhecer e respeitar as limitações de cada um. Um problema que vive o adolescente quando descobre que já não são mais aqueles deuses, os heróis, que também, são frágeis, porém, ainda precisam ter pais que servem de apoio e que podem contar.

Gestalt-terapia com o Adolescente| Profª Sheila Antony

  • a criança cresceu
  • o corpo se torna ainda mais importante a nível de consciência e identificação sexual e subjetiva
  •  adolescer significa crescer.
  • Segundo ECA-Estatuto da Criança e do Adolescente, o adolescente é  a partir dos 12 anos de idade.
  • O adolescente é um corpo sexualidade enquanto a criança tem um corpo motor. 
  • Hormônios, corpo aparecem com seus caracteres individuais, que causam angústia tanto para  as meninas como para os meninos. 
  • O corpo passa a ser desejante e desejável, percebido e perceptível-experiência subjetiva.  
  • Luto pelo seu corpo infantil - se angustia, sofre, teme diante das transformações do corpo. esse luto leva a redefinição da imagem corporal, ou seja, o que eu imagino que o meu corpo provoca no outro, na sua imagem, na sua forma.
  • eu-corpo-sujeito
  • tem adolescentes que aceitam as mudanças do corpo e outros que não aceitam, usado de subterfúgios para esconder o corpo em transformação biológicas e fisiológicas.
  • Infância é o reconhecimento do EU
  • Adolescência é a definição do EU- passa pelo processo de autoafirmação, afirmação, confirmação do EU diante do outro.
  • Adolescente já tem a capacidade de ter um pensamento abstrato, julgar o mundo, a sociedade, um amigo, criar ideologias, passa a se opor a normas sociais, padrões sociais, familiares, questionamentos sobre Deus, religião, etc.
  • Reconhecimento de sua personalidade e reconhecimento da personalidade dos pais. Inicia o processo de desmitificação dos pais, mais uma questão para criar conflitos, destituir do poder, tirar poder dos pais.
  • Identificação Sexual - Identidade de gênero, Orientação Sexual, etc.
  • Período de muita intensidade afetiva e emocional. ao mesmo tempo que luta pela independência em relação aos pai, lutando pelo seu EU-INDIVIDUAL, da autoafirmação perante os pais, precisa da aprovação e apoio dos amigos e colegas (EU SOCIAL). Relação EU-OUTRO, EU-MUNDO.
  • Buscam o pertencimento, uma inserção social, dentro daquele grupo com o qual se identifica. quando sente que não tem um grupo desencadeia um senso de rejeição, de exclusão, não pertencimento, se achar normal, anormal, uma aberração, um peixe fora d'água, não me encaixo nesse mundo. Pode levar ao isolamento social.
  • Adolescente chega ao set terapêutico envolvido emaranhado nos conflito dos pais.

Gestalt terapia com Crianças | Profª Sheila Antony

GT terapia da totalidade, do contato, do aqui-agora, da consciência.

Conceitos pilares: contato e consciência.

Terapia da Totalidade - princípio do todo e parte.

  • A criança é um todo inserida em outro todo que é a sua família, que também é um todo inserida na sua cultura.
  • Para entender um comportamento, a personalidade a GT prima pelo que acontece no mundo relacional da criança: organismo-ambiente.
  • Atender criança ou adolescente é preciso ter o olhar para os pais.
  • A criança como um todo é uma Gestalt neuro-psico-motora em desenvolvimento. Tudo está conectado, nada se torna importante isoladamente. Inter-relação entre os sistemas neurológicos, psicológicos, motor e ambiental, um vai se sobrepondo ao outro em diferentes períodos.
  • É o sistema neurológico que vai dando forma aos demais sistemas.
  • Uma das atribuições do terapeuta é levar a criança a dar importância à sua relação com os outros, com o terapeuta: contato/relação, contato/capacidade e habilidade de engajamento da criança.
  • Contato na GT: ficar com - estar plenamente envolvido com o que faz, engajado, inteiro na relação.
Consciência
  • necessidade que se torna figura revela um aspecto, uma parte de um todo.
  • falar em escolha requer consciência.
  • requer autorregulação enquanto processo inato, de busca pela manutenção do equilíbrio, bem-estar e harmonia entre o organismo e o ambiente e consigo
  • na autorregulação a criança identifica sua necessidade (passa por um nível de consciência), e vai levá-la a uma ação, um comportamento para satisfazer essa necessidade, e assim, restaurar seu bem-estar pessoal nas relações e no ambiente.
  • a criança identifica um objeto no ambiente(organismo--meio) age em relação aquilo(ajustamento criativo) e cria um comportamento para satisfazer essa necessidade.(autorregualçaõ/homeostase)
A GT tem conceitos que permite criar noções do desenvolvimento da criança:
  • em cada idade surgem necessidades diferentes.
  • de acordo com suas habilidades motoras e níveis cognitivos diferentes e compatíveis com cada idade.
  • autorregulação envolve também a sabedoria organismo, é falar de corpo também, que é onde estão as nossas sensações, emoções.
  • o bebê é sensorial, tudo fica registrado no corpo. Há pais e mães que têm muita dificuldade em lidar com o bebê, tem pais que não toleram a dependência. Todo um contato corporal que afeta, cria reações sensoriais.
  • Criança começa a andar, falar e vai provocando outros tipos de reações emocionais e sensoriais.
Para o terapeuta de crianças:
  • Noções de desenvolvimento
  • Ler sobre psicomotricidade
  • Teorias construtivistas de Winnicote, Vigotsky
  • compreender a criança na sua habilidade motora, no seu equilíbrio, fazer leitura da brincadeira da criança, ver na sua totalidade, como segura um lápis, como e sua letra, na sua capacidade criativa, seu nível de desenvolvimento cognitivo (percepção, atenção, memória, linguagem)
  • Adolescentes dificilmente chegam a terapia por problemas cognitivos, geralmente, por questões comportamentais, emocionais, aprendizagem.
  • entender como vai sendo construído a culpa, o medo, a vergonha. Não nascemos com isso. Vamos construindo nas relações, seu senso de identidade.
  • O primeiro reconhecimento do eu é aos 3 anos de idade quando acriança deixa de usar seu nome, para usar o eu. Passa a se reconhecer e negar o outro.
  • Quando a criança sabe dizer eu quero, eu não quero, é um processo de formação do seu campo de subjetividade, que vai interferir no senso de identidade.
  • Criança de 8 anos já faz a distinção EU_TU / distinção de fronteiras. Ex. Eu gosto disso, meu irmão gosta daquilo, meu pai disso, minha mãe daquilo.
  • Importante que os pais validem a prática das próprias escolhas, porém, nem tudo se deve deixar a encargo  da criança. 
  • Dizer sim e não na hora certa é muito importante na relação pais e filhos.
  • 3-4 anos criança já não é mais pra usar fraldas. Crianças mais velhas que ainda usam fraldas, descartado qualquer problema médico, apresenta sintomas regressivos, requerendo cuidados ainda dos pais.
  • Observar seu corpo, sistema cognitivo, capacidade de contato, nível de consciência sensorial, emocional e corporal, como lida com suas emoções.
  • Grande principio na terapia com crianças é Incentivo rumo a autonomia, autorregulação e autorrealização.
  • O terapeuta deve ter conhecimento de sua criança interior, suas memorias afetivas em relação aos pai, quem foi a criança lá atrás, para que o terapeuta não efetue transferências ao cliente.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Técnicas e Jogos em Gestalt-terapia

 TÉCNICAS GESTÁLTICAS

1)  NÃO TAGARELAR

Objetivo:promover sentimentos e impedir a evitação de sentimentos. Facilita o confronto direto de sentimentos.

Quando acontece?Quando se fala de alguém que está ali presente, mas não se fala diretamente para a pessoa. 

Exemplo: Terapeuta, Bill e Ann. Bill fala que o problema de Ann é que está sempre mexendo comigo. O terapeuta diz a Bill: vc está fazendo mexerico. Diga isso diretamente a Ann. Bill volta-se para Ann e diz: Você está sempre mexendo comigo.

2. FAZER PERGUNTAS

Atenção para a necessidade do cliente fazer perguntas do tipo: Dê-me, fale-me, Diga-me...Exemplo: Se eu for no bar, e a minha namorada pedir uma bebida, o que eu faço? O terapeuta diz: Transforme essa pergunta em afirmação. Se eu for num bar e a minha namorada pedir uma bebida EU...

JOGOS

Proposta dos Jogos: Tomar consciência dos jogos que jogamos  e estar livre para substituir os que não nos satisfazem por outros que sejam satisfatórios, o que deve ser aplicado em todas as relações, consigo, com o outro e o meio que se vive.

JOGOS DE DIÁLOGO

Identificados o “dominador e dominado” que há no indivíduo.

·         Dominador: moraliza, especializa-se em deves, é geralmente imperioso e condenatório. (Ex: define a regra, o que deve ser feito, critica o que contradiz)

·         Dominado:  tende a ser passivamente resistente, arranja desculpas e encontra razões para procrastinar. (Ex: não sabe dizer não, não respeita os próprios limites, se sacrifica e resiste a mudar)

O terapeuta pede ao cliente para travar um diálogo real entre esses dois componentes do seu eu: o dominador e o dominado

Pode ser aplicado para qualquer cisão significativa dentro da personalidade do cliente:

  • ·         Agressividade X passividade
  • ·         Masculino X feminino
  • ·         Bom moço X malfeitor
  • ·         Parte superior do corpo X parte inferior do corpo
  • ·         Mão direita x mão esquerda,  Etc.

O diálogo pode ser desenvolvido entre o paciente e alguma pessoa significante.

  • ·   Paciente dirige-se a pessoa como se esta estivesse presente
  • ·    Imagina a resposta
  • ·    Replica a resposta...

 FAZER A RONDA

Quando o terapeuta acha que um tema ou sentimento expresso pelo paciente deveria ser enfrentado face a face com cada uma das outras pessoas do grupo.

 Exemplo: O cliente diz: “não suporto ninguém nesta sala”

O terapeuta diz: OK, faça um giro e diga a cada um de nós isso,  acrescentando qualquer outro comentário relativo aos seus sentimentos sobre cada um de nós.  Pode ser usado não somente verbalmente, mas também, por contato físico, carícias, observação, susto, etc.

 NEGÓCIO INACABADO

·         Sempre que é observado algo inacabado, o cliente é solicitado a completa-lo. “os ressentimentos são as mais comuns e importantes espécies de negócio inacabado.”(PERLS)

EU TOMO A RESPONSABILIDADE

·         Considera-se todas as percepções como atos. Como cada afirmação, pedimos ao cliente que use a frase:

  •  “...eu tomo a responsabilidade por isso”
  •  “...estou consciente de que movimento... e tomo a responsabilidade por isso.”
  • “...a minha voz está muito calma... e tomo a responsabilidade por nisso.”
  •  “...Agora não sei o que dizer... e tomo a responsabilidade por isso.”

EU TENHO UM SEGREDO

  • ·   Permite explicar sentimentos de culpa e vergonha,
  • ·   Pode ser individual ou em grupo
  • ·  O cliente é orientado a pensar um segredo pessoal bem guardado.
  • ·   Não divulgar o segredo, mas imaginar como acha que os outros reagiriam ao conhece-lo.

JOGO DA PROJEÇÃO

  • ·   Muitas percepções aparentes são, de fato, projeções.
  • ·   A finalidade é descobrir o seu próprio conflito íntimo nessa área.
  •     Exemplo: C diz: Não posso confiar em você.
  •     Terapeuta solicita que o cliente represente o papel de uma pessoa indigna de confiança.
  •     Exemplo2: Cliente diz ao terapeuta não estar realmente interessado nele, mas que faz isso para ganhar a vida. Terapeuta pede para o cliente representar essa atitude, e depois pergunta-lhe se isso é, possivelmente, uma característica que ele próprio possui.

INVERSÕES

  • ·    Corresponde a inversão de impulsos adjacentes ou latentes no cliente.
  • ·   Exemplo: queixa de que é inibido ou excessivamente tímido. Terapeuta solicita a representar o papel de um exibicionista.
  • ·    O cliente ao representar, faz contato com uma parte de si mesmo, que estava muito tempo submersa.
  • ·    Terapeuta vai pedir ao cliente, para exercitar o papel de ouvinte  de tudo o que ele mesmo disse, especialmente as críticas, sem necessidade de se defender ou contra-atacar.
  • ·   No caso de o cliente ser dócil e complacente, solicita-se desempenhar o papel de uma pessoa despeitada e que não colabora com ninguém.

 RITMO DE CONTATO E RETRAIMENTO

·     A GT enfatiza a natureza polar do funcionamento vital.
  • o   Querer e rejeitar
  • o   Amar e criticar
  • o   Não poder fazer e fazer
  • o   Etc,

·         Quando o paciente deseja retrair-se, o terapeuta deve pedi-lo para fechar os olhos e se retirar em fantasia para qualquer lugar ou situação em que se sinta seguro. Pede-lhe para descrever a cena, os sentimentos... continuando o trabalho com o que ele fornece de informações.

 ENSAIO

“a grande parte do nosso pensamento consiste em ensaio e preparativos internos para o desempenho de nossos papéis sociais habitais” (PERLS)

·         O “PÂNICO D PASSO” representa o medo que sentimentos de não desempenhar bem o nosso papel.

EXAGERAÇÃO

  • ·  Está associada ao princípio continuo de conscientização
  • ·  Faculta um outro meio de compreender a linguagem do corpo.
  • ·  O Terapeuta observa um gesto qualquer, do qual o cliente não se dá conta da repetição.
  • ·  O terapeuta solicita dele que exagere repetidamente o movimento

 FIQUE COM

  • · Ilustra o papel da evitação fóbica em todo o comportamento neurótico (perls)
  • ·  O neurótico evitou habitualmente o vigoroso contato com uma diversidade de experiências desagradáveis e disfóricas (tudo que vai ao contrário do que se pensa, ou acredita)
  • ·  A evitação arraigada, leva a ansiedade fóbica na rotina.
  • · Ao ficar, se demorar no problema, o paciente aprende a lidar com situações difíceis, se torna mais confiante em si mesmo, ganha mais autonomia para lidar com as frustrações da existência.

PODE FICAR COM ESSE SENTIMENTO?

  • ·  utilizada quando o cliente se refere a um sentimento ou estado de espírito que é desagradável e tem grande desejo de dissipar.
  • ·  Ao relatar como se sente, o terapeuta pergunta a ele: Pode ficar com esse sentimento?
  • · O cliente geralmente, se frustra ao ter que ficar com esse sentimento. O terapeuta pede-lhe para suportar a dor psíquica que sofre no momento.
  • ·  Terapeuta solicita a elaboração do cliente sobre “o que são os seus sentimentos” e “como são seus sentimentos”, quais as sensações, percepções, fantasias e expectativas?
  • · Terapeuta vai auxiliar a distinguir o que o cliente imagina e o que percebe.

 

REFERÊNCIA:

CABRAL, Álvaro. Gestalt-terapia Teoria, Técnicas e Aplicações. Quarta edição.  Zahar Editores, Rio de Janeiro. Capítulo 11- As regras e o s jogos em Gestalt Terapia. Abraham Levitsky e Frederick S. Perls.

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Indicação de Livro: Gestalt-terapia



Esta obra é considerada a pedra angular da Gestalt-terapia. Aguardada ansiosamente pela comunidade gestáltica no Brasil, foi publicada pela primeira vez em 1951 e reeditada em 1994 para resgatar os fundamentos teóricos sobre os quais se estrutura a Gestalt-terapia. São apresentados os conceitos básicos elaborados por Perls, Hefferline e Goodman que deram origem a toda a literatura posterior e nortearam as técnicas utilizadas na prática gestáltica.



 

Indicação de Livro: Adolescência na clínica gestáltica.



A Gestalt-terapia considera o indivíduo um ser em processo, dotado da capacidade de se transformar ao longo do percurso de acordo com as relações que estabelece consigo, com os outros e com o mundo. Compreendendo a adolescência como uma fase em que passado e futuro se relacionam diretamente com o presente, os autores desta obra usam de toda sua expertise para trazer uma nova compreensão dessa delicada fase da vida. Entre os assuntos abordados aqui estão a psicoterapia breve com essa faixa etária, vulnerabilidades, depressão, desconhecimento e descoberta, relações familiares, parentalidade, uso excessivo da tecnologia e rodas de conversa como modalidade terapêutica – temas atuais e contemporâneos que levam o leitor a refletir sobre a teoria e as experiências práticas aqui relatadas. Textos de: Alexandra B. dos Santos Silveira, Cintia Lavratti Brandão, Ênio Brito Pinto, Ernane R. Rijo Borges, Kamila A. da Silva Figueiredo, Karina Okajima Fukumitsu, Lia Pinheiro, Luciana Aguiar, Luciane P. Yano, Rafael Renato dos Santos, Rosana Zanella e Sâmia Silva Gomes. Prefácio de Jorge Ponciano Ribeiro.

Indicação de Livro: Experimentos em Gestalt-terapia - o simbólico além do discurso.

 



O que é o experimento em Gestalt-terapia? Essa é uma questão que este livro se propõe a responder. Nele, você encontra aspectos teóricos acerca dos experimentos e mais de 100 propostas para serem utilizadas na clínica em atendimento individual. Nesta obra, a autora aborda os principais experimentos da Gestalt-terapia: a cadeira vazia, a fantasia dirigida, o trabalho com os sonhos, o trabalho com o corpo, o trabalho com a arte e a escrita terapêutica. O leitor terá uma visão ampla acerca do tema, o que poderá trazer grandes contribuições para o trabalho clínico.

Indicação de Livro: Supervisão em gestalt-terapia - o cuidado como figura



Supervisão em Gestalt-terapia – O Cuidado como Figura, escrito a muitas mãos, discute um tema complexo, e estou diante dele, sabendo que seus autores são nomes consagrados na cultura psicoterapêutica brasileira. Às demandas de nossos estudantes e psicólogos à procura de um trabalho de qualidade. Muitas vezes, os estudantes, agora psicólogos, deixam a Universidade como generalistas, sabendo um pouco de tudo.
Entretanto, para lidar com a pessoa humana não bastam conhecimentos gerais de psicologia, um estágio no qual o aluno não apreendeu, nem aprendeu a lidar com a psicoterapia como um método rigoroso de acessar a alma humana.
Supervisionar é presença, encontro, cuidado, inclusão, confirmação das diferenças na relação aprendiz-mestre, aprendiz-cliente, pois é nessa co-existência, nessa conexão de rumos, de percepção, de soluções possíveis que intuímos o sentido da dor do outro, e é enxergando ele através dele que ambos visualizarão a estrada que possa conduzir o cliente ao encontro do caminho de volta para casa.