Surgiu no início do século XX.
- Principais expoentes: wertheimer, Kõhler e Koffka.
- Afirmaram que "percebemos totalidades que são diferentes da soma das partes" revolucionando a teoria a respeito da maneira como percebemos as coisas.
Franz Brentano (1838-1917)...
- criou a psicologia do ato, segundo a qual os fenômenos mentais são atos que implicam objetos externos, devendo a psicologia estudar os processos mentais e não seus conteúdos.
- touxe a noção de intencionalidade, onde a conciência é sempre a consciência de algo.
- influenciou os filósofos Husserl, Meinong e Von Ehrenfels, que junto de Edgar Rubin foram os precusrores da Psicologia da Gestalt.
Edgar Rubin (1886-1951)...
- Afirmou que a percepção visual se organiza em figura e fundo.
- percebemos totalidades e, dependendo das circunstâncias, algo se destaca, torna-se mais proeminente, fica em primeiro plano — a figura enquanto o restante permanece em segundo plano — o fundo.
- Figura e fundo integram o que chamamos de Gestalt, configuração ou totalidade.
- Figura e fundo não são fixas nem estáticas: elas se modificam, são reversíveis e podem se alternar conforme as circunstâncias.
- Trata-se de um processo contínuo de formação e destruição de Gestalten.
Christian Von Ehrefels (1859-1932)...
- constituíram aquilo que viria a ser conhecido, na Psicologia da Gestalt, como Escola de Graz.
- afirmaram que:
- as sensações antecedem as percepções.
- não se pode separar "interior" (sensações) e "exterior (percepções)
- Uma Gestalt não se reduz à simples soma das partes, nem mesmo à justaposição delas, isso quer dizer que qualquer alteração em uma das partes vai alterar toda a configuração da gestalt.
Wertheimer ...
- estudou o “fenômeno Phi” ou “efeito de movimento aparente”,que demonstrou que podemos ter a sensação de movimento sem que ele ocorra.
O trabalho Clínico em Gestalt-terapia e seus princípios...
PRINCÍPIO FIGURA E FUNDO
- nem o terapeuta nem o cliente se dão conta de tudo que integra o fundo — eles podem perceber parte do fundo e, ainda que não percebam a totalidade do que está lá, isso é considerado parte do fundo.
- é preciso considerar que o sentido da figura emerge da relação figura/fundo.
- Não é a figura nem o fundo em si mesmos que determinam o significado, e sim a relação figura/fundo.
- Por exemplo: num incêndio, a água tem um sentido (o de apagar o fogo); em outra situação, o líquido tem outro sentido (aplacar a sede, por exemplo).
- tem caráter reversível, já que pode-se perceber na mesma figura, coisas diferentes.
PRINCÍPIO DO FECHAMENTO
- figuras completas são mais facilmente percebidas, razão pela qual tendemos a fechar ou completar figuras que na realidade estão incompletas.
- Tendência em identificar a figura a seguir como um círculo, embora seja uma linha curva que não se fecha em círculo.
- Uma Gestalten que não pode se fechar no processo terapêutico perturbam e impedem a fluidez do processo contínuo de formação figura e fundo, provocando tensão.
- As situações inacabadas (ou Gestalten abertas) serão mais facilmente lembradas do que as acabadas (Gestalten fechadas).
PRINCÍPIO DA SEMELHANÇA
- percebe-se mais facilmente objetos semelhantes entre si do que objetos diferentes uns dos outros;
- agrupa-se objetos por semelhança de cor, forma, textura, tamanho etc.
- categorização dos agrupamentos: com e sem preenchimento cinza.
PRINCÍPIO DA PROXIMIDADE
- coisas que estão próximas umas das outras são percebidas como pertencentes a um mesmo agrupamento.
- Tem-se 12 agrupamentos verticais e apenas 3 horizontais porém em maior proximidade, direcionando a forma como percebemos a figura abaixo
PRINCÍPIO DA SIMETRIA OU CONTINUIDADE
- Tendência a perceber objetos simétricos a partir do centro.
- Na figura observa-se primeiro 3 pares de colchetes ao invés de 6 colchetes.
- Buscamos os caminhos mais simples para nossa percepção.
PRINCÍPIO DA PREGNÂNCIA OU DA BOA FORMA
- Todos os princípiso anteriores implica nesse princípio, onde a organição será sempre tão "boa" quanto as condições permitirem.
- a organização psicológica será sempre tão “boa” quanto as condições reinantes permitirem.
- “Boa” organização é aquela que está de acordo com as condições reinantes no momento em que o percepto é percebido.
- envolve a capacidade de ajustar-se ao ambiente considerando, as possibilidades de ambos - terapueta-cliente.
Referência:
FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina Okajima. Gestalt-terapia fundamentos epistemológicos e influÊncias filosóficas. Coleção Gestalt-terapua fundamentos e práticas. Summus Editorial. São Paulo, 2013. Capítulo 6 : A Psicologia da Gestalt
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